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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


sexta-feira, 15 de junho de 2012

BREVES NOTAS SOBRE A AG


Da quentinha e bem concorrida Assembleia Geral de ontem devemos tirar algumas ilações. Em primeiro lugar, e mesmo considerando os votos dos órgãos sociais, pareceu-me claramente que houve mais gente a votar contra o Orçamento do que a favor. O Orçamento acabou por passar com alguma margem porque a esmagadora maioria dos votos favoráveis tinham valoração de 20 e 50.   
Este dado tem um significado histórico relevante, nomeadamente pelo facto de estarmos a falar de uma Direção que foi eleita com mais de 90% dos votos e por faltar pouco mais de quatro meses para as eleições.
Os votos contra não o foram contra o documento em si, que me pareceu um bom documento de trabalho para a próxima época considerando a realidade do clube, mas contra um certo autismo institucional que LFV começa a revelar e que não é próprio da cultura do Benfica.
Ficou provado da vantagem do escalonamento dos votos por antiguidade. Um orçamento é um documento enquadrador e o seu chumbo neste caso teria apenas um significado simbólico.
De resto, houve de tudo na meia hora final (que contrariando os estatutos se prolongou e bem), muito barulho, demasiadas e injustas ofensas, intervenções assertivas e outras nem por isso. Com dificuldade Luis Nazaré lá foi gerindo o ambiente.
Há sócios que, talvez por inexperiência, não se sabem comportar numa Assembleia. Por mais razão que tenham, perdem-na toda ao misturarem a diferença de opinião com a ofensa pessoal.
Já estive seguramente em mais duas dezenas de AG. Algumas bem dramáticas. Recordo aquela em que a Direção de Jorge de Brito se demitiu, com o antigo pavilhão complemente cheio a aguardar a chegada do seu motorista com a carta de demissão que tinha ficada esquecida no carro. Lembro-me do vazio de poder que se seguiu e que durou algumas horas, tendo sido fundamental a intervenção do cineasta João Botelho.
Podia também lembrar as indiscritíveis AG do tempo do Vale e Azevedo, com votos mal contados, agressões, invasões de pavilhão, etc.
Felizmente esse tempo passou e por mais descontentes que estejamos com esta Direção (e temos razões para estar) existe uma disparidade monumental entre o clube de hoje e o de há dez anos atrás. Este facto foi bem realçado numa intervenção muito lucida da Dr.ª Suzete Abreu, que poucos ouviram porque ambiente já estava perto da anarquia. Anarquia provocada também por alguns oradores que teimam em chamar "claques" a sócios que como tal têm os mesmos direitos dos demais.
Por fim, depois do que se ouviu, de vários intervenientes e especialmente da boca do Presidente, esta Direção ficou com muito pouca margem de manobra para negociar com a Olivedesportos.  Este foi sem dúvida o dado mais relevante da AG de ontem à noite.
 JL

3 comentários:

  1. alguns oradores que teimam em chamar "claques" a sócios

    Não são claques?
    Então porque se identificam como tal na bancada onde se encontram?

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  2. Numa AG um sócio é um sócio, com o número de votos correspondente à sua categoria. Se pertence por acaso a uma claque, a um partido ou a grupo de forcados não tem relevância numa Assembleia.
    Acresce que o termo “claque” foi nesta sede utilizado de forma pejorativa e para diminuir as opiniões individuais de quem pertence a grupos organizados de sócios e isso parece-me muito pouco democrático.

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  3. Se tivesse de descrever a última AG era com este texto, sem tirar nem pôr.

    Na AG só entram sócios do Benfica, que interessa o resto??

    São Sócios do Benfica.

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