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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

DANÇAR NO ARAME

O Benfica começou com pouca vontade, com a mesma que a equipa de futsal se apresentou em Braga no domingo. Lenta, a chegar sempre tarde à disputa de bola, permitindo a uma equipa banal correr enquanto tinha pernas. Vendo as coisas com a distância do tempo, sofrer um golo na primeira meia hora foi o melhor que nos aconteceu. Foi o tiro de partida para uma vitória justíssima.
Tal como o artista circense que se abana no arame para despertar os espectadores, o Benfica, distraído, ainda provocou alguns sustos, que iam deitando tudo a perder, mas no final a vitória pareceu-nos tão natural como a nossa sede. Mesmo com a teimosia do nosso treinador em manter o ineficaz e cansado Olá John em campo além do aceitável. O que seria o jogo se o Gaitan tivesse entrado mais cedo? Ou se em vez do Gaitan, que até entrou bem, cavando duas faltas, tivesse aparecido o dinâmico Nolito?
É que a bebedeira da vitória em Alvalade, com olés finais e a lagartagem de gatas não nos deve retirar a lucidez para analisar certos aspectos menos positivos. Estou também a pensar no Maxi Pereira, um jogador que merece todo o nosso respeito pelo seu passado no clube, mas que esta época está numa numa baixa de forma tremenda. Até para protege-lo é urgentíssimo arranjar-se um substituto à altura.  
De qualquer forma, o Benfica rebentou autenticamente com um adversário que não se pode de forma alguma justificar com o jogo de sexta, pois que me lembre, Patrício, Rojo, Eric, Panjic, Elias, Wolfswinkel e Carrillo, não jogaram nesse dia. Sete do onze inicial.
Ficou assim demonstrada uma superioridade tal, que o Benfica pôde actuar sem rede. Como os equilibristas experientes, que o fazem de olhos vendados, em cima de cadeiras ou rodas de bicicletas. Nós tivemos um Maxi perdido, um Olá John cansado e um Jesus lento a reagir e mesmo assim, foi uma noite memorável. Viva o Benfica.
PS1: O homem que fez capa de jornal a dizer que o seu adversário estava com medo, que mentiu descaradamente no fim-de-semana, veio dizer que veio para o futebol para elevar o nível.  A lata é algo que lhe assiste com grande intensidade.
PS2: Ouvi o médico do fígado, ouvi o homem dos paquetes, um padrão: na falta de argumentos, repete-se a mesma frase várias vezes. Será sintoma de stress pós-traumático?  


JL

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