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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


segunda-feira, 4 de março de 2013

AGORA A FRIO

A história por vezes repete-se. Em 24 de Abril de 2005 o calendário da liga portuguesa tinha previsto um Estoril- Benfica. A equipa da linha, querendo aproveitar o fim-de-semana de sol, marca o jogo para o novíssimo estádio do Algarve, para conseguir vender sete vezes mais bilhetes do que venderia na Amoreira. Estávamos a quatro jornadas do fim, o Benfica liderava com 55 pontos, a apenas um estava o improvável Sporting.
No sábado, véspera do jogo do Algarve, a Académica de Coimbra empata em Alvalade. Com a lotação esgotada, o entusiamo cresceu desmedidamente com a possibilidade de se aumentar para 3 pontos a distancia para os lagartos. Quando o Benfica entrou em campo, num ambiente efervescente, ninguém colocava a vitória em causa. No entanto, o Benfica ganhou por 2-1, marcando os dois golos apenas no último quarto de hora do jogo.   
Lembrei-me deste jogo ontem. O Benfica sabia que podia se isolar no comando, a maior parte dos jogadores tinham descansado na quarta, oferecendo ao Quim a possibilidade de fazer mais um estardalhaço (que rima com palhaço, para quando o fim do complexo de inferioridade?), o estádio estava quase cheio de benfiquistas entusiasmados, num ambiente impar. Mas tudo quase se esfumou numa péssima exibição. Salvou-se o resultado, afinal o mais importante.  
Agora a frio, aquilo não é futebol que se apresente, senhor treinado do Benfica. A equipa até começou bem, marcou cedo, mas depois, como tantas vezes no passado, deixou-se enredar na teia do tempo, numa letargia injustificável. Pedeu o controlo do jogo, andou atrás da bola e colocou-se bem a jeito para sofrer uma surpresa desagradável. O que mais me surpreendeu foi o facto de Jorge Jesus, com o intervalo à sua disposição, não conseguir inverter as coisas.
Nem sei se foi cansaço, medo de falhar ou mérito do Beira-mar. O que eu sei é que o Benfica esteve longe, muito longe do normal desta época. Todavia, quero acreditar que como em 2005 a equipa vai a caminho do título, sabendo de antemão que a história não se repete exactamente da mesma forma e que no futebol a única história que vale alguma coisa é a história que fazemos no presente. Quinta-feira é já ali na esquina…
JL

2 comentários:

  1. Durante o jogo em directo não se nota muito devido ao nervosismo com que estamos a ver o jogo. Mas se voltarmos a ver o jogo reparamos que o Beira-Mar apareceu com um poder físico absolutamente notável. Revi o jogo e é incrível o que eles correram. Normalmente uma equipa aguenta aquele ritmo durante uma hora e depois disso começam a rastejar pelo campo. O Beira-Mar não. Parecia que à medida que o tempo passava mais forças eles tinham. Obviamente este super Beira-Mar não justifica tudo. Também existiram muitas perdas de bola e golos fáceis por marcar que poderiam ter matado psicologicamente aquela equipa uma vez que fisicamente era impossível. Quanto a mim acho que foi mais um obstáculo e dos mais difíceis que ultrapassamos. Já lá vão equipas ligadas aos corruptos como o Braga, Nacional, Setúbal e Académica e treinadores anti-benfiquistas como Pedro Emanuel, Costinha ou Manuel Machado. Ainda faltam alguns mas temos feito bem o nosso trabalho. Sem os internacionais que sempre nos conseguem roubar pontos acredito que seremos campeões. Mas se nos lançam 2 ou 3 seguidos é bem possível que nos roubem novamente mais um campeonato.

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  2. A apatia da equipa foi assustadora, até porque mostrou que a lição da Choupana não foi aprendida.
    E claro que o Beira-Mar fez pela vida porque sentiu que podia pelo menos chegar ao empate.
    Acho que temos de olhar mais para dentro e deixar de alimentar este choradinho: se correm é porque correm, se fazem anti-jogo é porque fazem antijogo.

    Enfim,apenas culpa nossa que nos pomos a jeito constantemente.
    Lembram-se do jogo em Coimbra para a Taça ?
    Houve Académica, antijogo, Pedro Emanuel ou Jorge Sousa que fizessem frente ao Benfica ????
    Pois é...

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