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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


quinta-feira, 23 de maio de 2013

O MARQUÊS, O POVO E O BUSINESS


Haja quem, nestes dias amargos como nunca, esfregue as mãos de contentamento.
Contado por alguém com anos e responsabilidades na estrutura, o ano foi excelente. Quem diria?
Foi, no entanto, assim: bons e fartos negócios entre venda de jogadores de que a equipa acabou por não se ressentir (diz ele…), um empréstimo obrigacionista que foi um sucesso, novos negócios para a BTV e a marca a vender como nunca.
Claro que não há bela sem senão e o tecnocrata em questão diz que só faltou “mandar o povo para o Marquês”.
Uma pena, portanto: com o aparvalhado povo no Marquês, a marca tinha valorizado ainda mais, os jogadores também, novos e grandes negócios se avizinhariam porque a nora não pode parar, pelo menos enquanto houver povo para andar à volta.

No entanto, o povo anda triste.
Foi em festa para a festa e veio da festa destroçado, embora orgulhoso.
De avião, de carro, de carrinha, de autocarro, de comboio, percorreu meia Europa atrás de um sonho e tudo apenas 5 dias depois de um enorme pesadelo que lhe continua a atormentar a alma.
Povo tremendo, este.

Daqui a 5 dias lá estará de novo na festa, perdoando ao seu amor de sempre e fingindo que esqueceu tudo.
De alma lavada e pronto para outra.
Oxalá não seja ingrato e continue a valorizar a marca.

RC



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