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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


quarta-feira, 5 de junho de 2013

O REI ARTUR E UMA CONVERSA REDONDA

A seguir ao treinador, a posição de guarda-redes é aquela que convoca menos consenso entre os adeptos, talvez apenas encontre paralelo no caso do ponta-de-lança. O Benfica na última década não foi bafejado pela sorte em relação aos jogadores que usam obrigatoriamente luvas. Desde o saudoso Enke, tivemos Moreira, Bossio, o ressabiado e medíocre Quim, Moretto, Júlio César e o mediático e decisivo Roberto Jimenez. Isto só para referir aqueles com mais jogos nas pernas, porque o panorama dos suplentes chega a ser deprimente e vai desde obscuros brasileiros até a inimagináveis norte-americanos.
Foram dez anos disto, até que finalmente chega Artur Morais. E certamente não estou a abusar se disser que voltámos a sentir alguma segurança na baliza do Benfica. Recordo o som de aflição, que vinha a descer do piso 3 até ao relvado, cada vez que a bola passava junto da baliza do Moretto, lembro ainda os anedóticos golos sofridos pelo Roberto e, essencialmente, não me recordo de alguma vez o Quim ter sido decisivo em algum jogo ou de ter feito um conjunto de grandes defesas. Talvez esteja a exagerar, defendeu um penálti que nos deu a Eusébio Cup e logo a seguir fez um valente manguito aos sócios do Benfica.  
Com Artur Morais as coisas são um pouco diferentes, não nos lembramos só dos frangos mas também das grandes defesas e exibições (tal como era com o grande Bento). Claro que é desagradável sofrer um golo dos andrades devido a um pontapé na atmosfera, ou a ver a bola ser rechaçada diretamente para os pés de um jogador do Vitória de Guimarães. Mas será que estes lances teriam acontecido se nessa fase do jogo a defesa não estivesse constantemente a passear com a bola junto da baliza, deixando Artur claramente pressionado pelos adversários? Acresce que no caso do primeiro golo do Vitória o jogador que recebe a bola estava longe de estar isolado.
A meu ver, não sendo um jogador prefeito (quem o é?), Artur é dos melhores guarda-redes que já passaram pela Luz, pelo menos recentemente e foi positivamente decisivo em vários jogos. Condená-lo por um ou dois erros cometidos no fim da época, é duma injustiça atroz, nomeadamente quando outros são contemplados com renovações chorudas de contrato e reestruturações a seu belo prazer (pela quarta vez).
Ver em vários jornais e sites um cortejo de possíveis novos residentes para a baliza do Glorioso (e não só no insano record) é de uma irracionalidade extrema. Ainda não nos livrámos do Júlio César e já se fala de mais um marreta do Estoril. Tenham dó. O Artur e o Oblak não chegam?
Que o Benfica faça um comunicado a dizer que a baliza está bem entregue e fecha-se o assunto de vez. Ou então não há interesse em fechar o assunto e o grande mestre da tática quer mesmo outro guarda-redes. Lamento mas o meu otimismo está a dissipar, a pouco e pouco.

JL

5 comentários:

  1. Erros no final da época? Estoril, porto - ambos nos dois jogos -, nacional da madeira, guimarães e podia continuar a lista. Custou-nos 2 competições e com Chelsea em vez de ficar a olhar para a bola podia ter tentado defender o remate do Ivanovic. Um frangueiro. no dragão enterrou-nos. no jamor idem.

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  2. é muito suspeito em jogos decisivos deixa a sua marca - INSEGURANÇA

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  3. Estoril e guimarães, dois golos em fora de jogo, e a culpa é do Artur... Por estas e por outras é que o Tobia era grande guarda-redes...

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  4. patriarca disse:

    Se queremos e desejamos um Benfica Campeão o Artur Morais não pode ser o guarda-redes titular, para suplente talvez desenrasque, mas nº.1 nem pensar, pois ele nas horas H FALHA SEMPRE, parece que tem UM AVIÁRIO preparado, não tem consistência e não é regular, vai do 8 ao 60 e como tal algo tem que ser feito em nome do Benfica senão arriscamo-nos a mais um desaire colectivo.

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  5. Digam-me um jogo verdadeiramente importante em que o Artur tenha sido decisivo.
    O Artur não passa de uma versão light do Roberto.

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