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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


domingo, 10 de maio de 2015

O RESISTENTE


No Benfica o voleibol é uma modalidade de resistentes. Nada lhes é oferecido, tudo tem de ser conquistado. Têm iniciado as épocas numa quase clandestinidade. Sem as promessas de amanhãs que cantam de outras modalidades. Contudo, com o decorrer das jornadas as cadeiras que rodeiam a ilha de cerca de uma vintena de adeptos vão progressivamente enchendo. E no final temos Benfica. Vencedor, imperioso e imparável. Numa palavra, entusiasmante.

Sabemos ainda que a modalidade a nível nacional não tem a exagerada projeção mediática do futsal, nem a inexplicável simpatia que os média destinam, por exemplo, ao andebol. Talvez por falta de equipamentos às riscas na quadra. Talvez porque a sul o Sport Lisboa e Benfica é autêntico um oásis.

Por tudo isto, este tricampeonato, que coincide com um triplete, tem um significado especial. Porque é o primeiro do nosso voleibol masculino e porque é concretizado na melhor época de sempre da modalidade. Tal como no futebol na época passada, faltou a taça europeia. Em ambos os casos a fortuna foi madrasta. A taça esteve quase nas nossas mãos.

De qualquer forma, o que fica para a história é que a partir de ontem, e durante muitos anos, quando ouvirmos as palavras Voleibol e Benfica, não nos limitaremos a recordar a gloriosa equipa das Marias. Teremos de referir também a equipa de Zelão, Roberto Reis e Hugo Gaspar. E memorar, como que gravado em pedra, o nome de José Jardim, como figura impar do clube. E acima de tudo um resistente.
 

JL

2 comentários:

  1. Confesso que não percebo o exacerbado fanatismo com o futsal. Sinceramente acho o futsal uma modalidade chata. Só incapaz de perder mais de 5 minutos a ver um jogo de futsal, apesar de adorar futebol, atenção. Mas lá está, futsal é para mim uma modalidade de futebol em pavilhão, algo de forçado. Não sou apreciador. De andebol nem se fala, é muito aborrecido.

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  2. Está nos 6 campeonatos da história do Clube.
    Dois como jogador e quatro como técnico principal.

    Falhou às vezes em alturas decisivas. Aprendeu com os erros e evoluiu bastante, tal como a equipa.
    Merece mais do que ninguém este TRI e TRIPLETE.

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