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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


quarta-feira, 30 de setembro de 2015

...E ISSO ME ENVAIDECE


Benfica, clube da europa, clube do mundo. Perante estrelas de milhões, fomos enormes. Uma jornada histórica, pelos golos, pelo brio, pelos putos feitos na casa. Pela humildade. Pela vitória do Rui. Porque é dos nossos e isso vê-se à distância.

JL

domingo, 27 de setembro de 2015

DAR O OURO AO BANDIDO


Quando uma equipa do Benfica joga, há três resultados possíveis, dois deles não são acetáveis. Ainda assim, perder não nos destrói e por vezes até nos pode tornar mais fortes. Aconteceu na semana passada no Dragão.

Hoje a nossa equipa de hóquei em patins ofereceu a supertaça masculina da modalidade ao clube do Bucha de Carvalho. O que não é mesma coisa do que perder com a Oliveirense ou com o Barcelos e os nossos atletas, das várias modalidades, teimam em não perceber isso.
Com os melhores jogadores atuam em portugal, contra uma equipa de veteranos e segundas escolhas, o Benfica fez tudo para não vencer. Com uma atitude miserável (os riscados chegavam sempre primeiro às bolas divididas), desperdiçamos uma vantagem de 2-0, livres e penaltis em barda, vantagens numéricas e por aí fora. Bastava olhar para os dois bancos e perceber quem tinha mais vontade de ganhar.

Assim não. Deviam pedir desculpas.

JL

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

QUATRO PROBLEMAS OU QUATRO SOLUÇÕES ?


É dos livros e da história do Benfica: cada vez que algo corre menos bem, cada um de nós tem um coelho para sacar da cartola, um salvador da pátria, um Santo Graal para tudo curar.
Não é, porém, disso que se trata, mas apenas de abrirmos ao debate a situação de quatro jogadores do Benfica que num plantel algo “curto” poderiam acrescentar um pouco de qualidade.

Poderiam. Ou não.

Não esqueçamos nunca que é o treinador quem decide e sobretudo quem avalia o trabalho diário, o empenho, o modo como cada jogador justifica ou não a chamada ao onze ou pelo menos ao lote de convocados.

Todos estes jogadores poderiam fazer parte da solução.

Assim, pelo menos alguns deles, são apenas e para já, problema.

Cristante: é decididamente um caso estranho. Vem daquela que é para mim a melhor escola táctica do mundo. O futebol italiano pode não ser propriamente o mais entusiasmante do mundo mas é uma incomparável escola de táctica, de rigor, de pragmatismo e dentro destes parâmetros, de qualidade.

Ora, Cristante parece ter tudo isto; tem escola, tem mercado em Italia e é bastante considerado não só pelos tifosi ( a sua saída chegou a motivar alguns focos de revolta entre a tifoseria rossonera), como também pela exigente imprensa desportiva italiana.

Cristante não foi nunca opção para o anterior treinador e também agora parece carta fora do baralho, pelo menos até ao momento.

Num meio-campo que parece por vezes algo limitado em termos de opções, o continuado “desaparecimento” de Cristante é, pois, algo enigmático.

Carcela: já teve oportunidades e quem viu reconhece que tem futebol, que poderá trazer um acréscimo de imprevisibilidade e magia ao futebol do Benfica, como talvez apenas Gaitán o faça neste momento.

Parece claramente uma questão de adaptação e sobretudo de cabeça.

Não tenho dúvidas de que se Carcela realmente quiser (leia-se fizer por isso e trabalhar) será, mais tarde ou mais cedo, titular do Benfica e poderá brilhar.

Djuricic: aparentemente um lamentável caso de talento desperdiçado.

Quando chegou, deslumbrou na pré-época. Tem toque de bola, tem classe, tem tudo para fazer a diferença numa zona do campo onde falta isso mesmo.

Consta que á chegada exigiu o mítico número 10 e poderia perfeitamente sê-lo numa equipa que às vezes parece estar órfã de quem organize e pense o jogo. E já agora de quem, pela classe, faça a diferença.

Falhou no Benfica, no Mainz, no Southampton e aí está de novo, aparentemente e de novo carta fora do baralho das opções do treinador.

Uma pena e sobretudo um desperdício.

Taarabt: poderá ser um caso definitivamente perdido ou a fénix que renasce das cinzas.

Chegou a fazer magia no Milan e quem consulte a imprensa da época, constata isso mesmo.

Considerado um fora de série, Taarabt é um daqueles casos típicos em que os neurónios parecem andar ao ritmo inverso do talento que tem nos pés.

Um predestinado que insiste em fintar um destino que poderia ser brilhante.

O Benfica talvez seja a sua última oportunidade de ser alguém no mundo do futebol.


Resta saber se Taarabt está interessado.


RC

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

PERDER POR FALTA DE COMPARÊNCIA


Na sexta-feira, durante a Assembleia Geral de apresentação do Relatório e Contas 2014/15, o Vice-Presidente Nuno Gaioso, referiu muito ao de leve a situação do nosso jornal oficial. Penso até que a questão surgiu a partir de uma pergunta colocada por um dos sócios. O Dirigente previamente assumiu que não percebia nada de comunicação social, contudo lá foi dizendo que a situação não era preocupante, que os jornais em papel estão em vias de extinção e que o Benfica tem um leque alargado e diverso de meios para chegar aos sócios, que estes estão permanentemente ligados ao clube, praticamente ao minuto.  

Não colocando em causa este facto, gostaria de realçar que o Jornal do Benfica não é apenas um simples e antiquado meio de divulgação de informação. É, acima de tudo, e agora vou usar as palavras do Presidente da Direção, “(…) um documento de registo da nossa história”.

Colocar o jornal no mesmo patamar que as redes sociais, os mails ou mesmo a BTV e a revista Mística é esquecer tudo o que foi feito desde 1942, data da sua fundação e que o torna a publicação desportiva mais antiga do país, por mais acrobacias e saltos na numeração que façam os lagartos em relação ao seu jornal.  

Acho que ninguém da estrutura ligada à comunicação do Benfica julga assim. Caso contrário, não tinha votado o Jornal ao quase total esquecimento, com uma distribuição miserável. Sendo quase impossível encontra-lo nas bancas em algumas regiões do país. Quase sem promoção, nem atenção, não admira que ande a definhar nos 8.000 exemplares.

Ia escrever raramente, mas a palavra é mesmo “nunca”, o clube dá primazia ao seu jornal quando quer divulgar notícias, o próprio Presidente, na sua entrevista de fundo de inicio de época, optou por um jornal nos têm tratado muito bem e portanto mereciam essa prenda. O treinador idem.

E assim podemos estar a fazer desaparecer um dos pilares do clube, que foi heroicamente salvo na época negra de Vale a Azevedo quando o valiosíssimo arquivo do jornal foi escondido para não cair em mãos eradas, como se fazia na segunda guerra mundial em relação a certas obras de arte.

Esses sócios mereciam que se fizesse algo pelo jornal. Um dia até pode fechar, mas tem de ser dada luta. A Direção tem culpa, mas quem mais tem são os sócios e adeptos pelo seu absentismo à sexta-feira nas bancas. Vamos perder o jornal por falta de comparência.

 

JL

domingo, 20 de setembro de 2015

TEMOS EQUIPA?


Conhecem aquela expressão futeboleira irritante “perdemos o jogo, mas ganhámos uma equipa”? Fiquei a pensar nela, após o apito final. Foi uma exibição honesta, num jogo razoável. Nos últimos anos quantas vezes perdemos e quantas dessas vezes saímos de lá com a sensação que podíamos perfeitamente ter trazido pontos? Este Benfica não fez pré-época, tem o plantel com menos recursos dos últimos anos, tem sido atacado e enxovalhado diariamente e mesmo assim quase pontuava no Dragão, muito justamente. Contra uma equipa de milhões. Não estou feliz, mas cada vez estou mais longe de colocar em causa a opção feita.

JL  

sábado, 19 de setembro de 2015

32848

32848.
Trinta e dois mil, oitocentos e quarenta e oito.
Frio como como o são todos os números, mas significativo e miserável este: o número de lugares que ficaram por preencher no Estádio da Luz na passada terça-feira perante o Astana em jogo da ambicionada Champions League.

Isto num clube onde tudo se exige e tudo se reclama, onde se critica o desinvestimento na equipa de futebol e o presidente por vender e por não vender, por comprar e por não ter comprado, onde se lançam petições de veemente e indignado protesto pela cobrança de 5 euros pelo novo cartão e onde alguns continuam a acreditar que por 12 euros mensais podem exigir este mundo e o outro e insultar meio mundo sempre que as coisas não correm bem.

Muito do benfiquismo que por aí existe tornou-se isto: uma paixão(???) amorfa e aburguesada, cobarde e interesseira, confortavelmente instalada no sofá e que apenas desce ao estádio e à rua quando cheira a festa e a título.

Desvalorizo por isso qualquer estatística que mencione os famosos 6 milhões ou qualquer recorde de número de sócios.

Seria bem preferível que fossemos menos mas que fossemos melhores e que em vez de apenas reclamar, criticar e tudo exigir ao clube e aos seus responsáveis, todos nós fizéssemos um pouco mais pelo Benfica.


RC

ACREDITAR

Longe vão os tempos do domínio avassalador do Porto.

Não há império que escape à queda depois do apogeu ainda para mais quando na base do espólio conquistado estiveram a corrupção, o tráfico de influências e a trafulhice pura.

É pois caso para dizer que a criatura acompanhou o declínio do criador: a figura sinistra de Pinto da Costa (a propósito, alguém sabe dele? ou é um mero remake do Salazar moribundo  com quem os ministros cobardes fingiam ir a despacho?) já não assusta ninguém, consequência da erosão do poder e dos anos, do apito dourado e da inequívoca ascensão do Benfica.

A contratação de Mini Pereira foi o último estertor do moribundo, a última mordidela venenosa da víbora desesperada que se se reconhece à beira do fim.
Nada de novo, apenas mais do mesmo, depois de Rui, Dito, Sokota, Panduru, Rodriguez e outras figuras menores como Kennedy ou Pedro Henriques.

O Porto de hoje não passa de uma amálgama de jogadores sem identidade nem liderança; aliás, quando um jogador acabado de chegar do Benfica é uma das referências, está tudo dito.
Este milionário Porto apesar de um valioso (em todos os sentidos do adjectivo) plantel, parece um barco à deriva, fruto de uma liderança fraca, confusa e atabalhoada.
Lopetegui é claramente um treinador perdido, sem unhas para esta viola, como, aliás, se viu na época passada e por  muito que a criadagem do costume tente escamotear a realidade.

Tudo isto para dizer que o Benfica não tem que ir diminuído para este confronto.
Pelo contrário, tem que assumir a sua condição de bi-campeão, puxar dos galões e jogar com o pensamento na vitória.
Jogar para ganhar, inequivocamente: sem fanforranadas ,disparates ou ingenuidades competitivas (num passado bem recente custaram títulos e humilhações...) mas sem receios nem hesitações.

Jogar à Benfica.
Acreditar.
 Resultado de imagem para fotos lima benfica CONTRA O PORTO




RC

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

AG E OS LIMITES DO RIDÍCULO


Hoje é noite de Assembleia Geral. As últimas até têm corrido bem. Espero que não percamos o nosso precioso tempo a falar de 5 euros.

 
JL

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

FINALMENTE NICO


Como eu esperava Nico Gaitan não saiu do Benfica. Contudo, depois dos últimos dois jogos e a continuar neste nível, provavelmente já cá não estará em janeiro. Dois jogos mudam tudo? Sim, quando se altera a maneira de encarar o jogo. Gaitan foi sempre um dos mais talentosos jogadores a jogar em Portugal, atualmente talvez até seja o mais talentoso, mas só agora tem a influência na equipa correspondente ao seu talento.

Isto do talento tem de ser merecido e Gaitan não o merecia, porque não o usava em benefício da equipa. Atualmente assume o jogo, consciente da sua importância e o seu peso no conjunto e isso faz toda a diferença. Temos aqui uma natural maturação ou a influência de um novo estilo de orientação técnica?  

JL

PS: E porque há promessas a cumprir: Link

sábado, 12 de setembro de 2015

O SERPA FOI AO MERCADO


Do que penso sobre o pasquim do Serpa, escrevi aqui e há bem pouco tempo.

Soube agora e por mero acaso que o gordo papa-croquetes contratou um novo cronista para a espelunca: nem mais nem menos do que Dias Ferreira, um dos mais destacados talibãs do anti-benfiquismo puro e duro.
Depois de Barroso, Ferreira, para juntar ao Sousa Tavares e ao Marques Lopes, jihadistas de outros quadrantes mas com objectivos comuns e de semelhante retórica.

Seguir-se-ão talvez as “Cartas da prisão” de Pereira Cristóvão ou uma nova versão do Mein Kampf escrita por um qualquer skinhead da Juve Leo e a fossa séptica em que se tornou a outrora Biblia do futebol ficará a transbordar.


Em tudo isto, espantam-me duas coisas: que haja quem continue a argumentar que o pasquim do Serpa é o jornal oficioso do Benfica(!) e sobretudo que haja ainda milhares de benfiquistas que continuem a sustentar o Serpa e a sua corja,


RC

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

MACRON

Parece que o árbitro do Rio-Ave – Sporting é o representante em Portugal dos equipamentos utilizados pela equipa do Sporting. Será que o árbitro vai sentir-se tão enojado e com medo, como referia o jornal “o jogo” de ontem sobre os tempos do Cristóvão. Talvez não. Contudo, terá perto do relvado, no banco de suplentes, o presidente leonino que o poderá recordar da importância do sucesso da sua equipa para a venda dos equipamentos que negoceia. Será que é demais esperar por um comunicado.

JL

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

5 EUROS


 
 
Os mais atentos já repararam que anda por ai uma celeuma nas redes sociais por causa do custo do novo cartão de sócio. Quero acreditar que não estão em causa os 5 euros. Quem não pode despender 5 euros de dez em dez anos para um cartão, não deve ser sócio do Benfica. Ponto. Quem pode e não quer, por maioria de razão, também não. As pessoas têm de ter noção do ridículo, 5 euros nem para um corte de cabelo dá.
Mais esta polémica tem subjacentes dois aspetos que são importantes realçar. A relação do Benfica com os sócios e a relação dos sócios com o Benfica.
Falemos primeiro da segunda. Talvez devido à primeira, a maioria (e realço a generalização) dos associados do Benfica habituaram-se a exigir sempre muito do clube e a dar muito pouco. Se exigir é uma virtude e talvez contribua para o fato de sermos o maior clube desportivo do mundo, o não querer dar nada em troca, torna-se problemático na gestão dos recursos financeiros à disposição das várias Direções.  
Sempre se reclamou de tudo, do preço dos bilhetes, do redpass e das quotas. No entanto, alguém já parou para comparar os valores que dá ao seu clube de coração e aqueles que despensa para o ginásio, para o jantar no restaurante da moda, nos festivais de música, nas férias no resort de umas tantas estrelas, nos telemóveis topo de gama. Se sim e se mesmo assim acha que tem razão é porque o clube não tem assim tanta importância.  
Infelizmente o Benfica nasceu num país pequeno. Mesmo sendo, inequivocamente, o clube nacional com maior expansão mundial, muito graças à sua implementação nos PALOPS e nas comunidades de emigrantes, está em permanente desvantagem em relação aos clubes com mercados como o espanhol, inglês e alemão.  
O primeiro aspeto é, a meu ver, ainda mais determinante. A situação de sócio do Benfica perdeu uma importância significativa nos últimos anos. Sem redpass a diferença no preço dos bilhetes é insignificante. E mesmo com o redpass, muitos se questionam sobre as suas eventuais vantagens. O que é estranho, pois deveria ser um produto cujos benefícios deviam ser inquestionáveis.
Mas o maior problema, a meu ver, tem ver com algo dificilmente mensurável. A ligação emotiva com o clube e as suas estruturas de decisão.
O clube tem à sua disposição, como nunca, um conjunto de meios de comunicação que deveriam contribuir para criar canais dinâmicos entre os sócios e os seus eleitos. Ao invés, os sócios sentem estar perante uma elite entrincheirada nos estúdios da BTV, que com ou sem razão, vão usufruindo de um clube que deveria ser todos. As constantes reportagens sobre vernissages, torneios de golfe e festas VIP alimentam sobremaneira esse sentimento. Se calhar inadvertidamente, mas os sócios, que são alma e a razão do Benfica, são constantemente atirados para fora da esfera do clube. Não sentem o clube seu, sentem-no como uma marca.
O Benfica necessita urgentemente de uma nova política de comunicação interna.
O que sente um sócio no estádio, que é seu, ao ouvir o locutor a agradecer o apoio? A dizer que são os melhores espectadores do mundo? Aquilo é o quê, um espetáculo do zoomarine? Os sócios são mais Benfica do que os onze que entraram em campo com a nossa camisola.
JL

 

UMA MÁ NOTÍCIA


Goran Nogic está de saída do Benfica. Por razões familiares acompanhei de perto a entrada deste sérvio no clube há cerca de oito anos e posso afirmar que ao nível da formação do basquetebol há um antes e um depois de Nogic.
Estamos a falar de um total de 38 troféus, da introdução de novas equipas em vários escalões, da início e do desenvolvimento de base do setor feminino, de uma política desportiva assente no rigor e na qualidade do trabalho.
A sua saída justifica-se por razões familiares, vai abraçar um projeto no Canada, perto da universidade para onde a sua filha e ex-atleta do clube vai estudar. É a vida. Nada é eterno. Esperemos que haja um regresso.

Para seu lugar, de coordenador das camadas jovens, vai o técnico Nuno Rodrigues. Não sei se estará à altura, o tempo o dirá. Contudo, dedicação ao clube tem que sobra, o que já é meio caminho andado.

JL