N

Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


sexta-feira, 28 de outubro de 2016

A FOTO IMPOSSÍVEL NA FESTA DO VOTO


Eleições no Benfica são sinónimo de festa, participação, militância e fervor clubista.

Sempre foi assim até em tempos mais distantes quando dávamos lições de democracia a uma país que vivia asfixiado pela ditadura.

Dia de festa, portanto e ontem não se fugiu à regra.

Há, porém, limites e das duas, uma: ou o povo benfiquista endoideceu de vez ou os infelizes que alegremente posam para a foto, confundiram o ladrão ensebado com algum galã de telenovela da TVI.




RC

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

A TELMA MONTEIRO ESCOLHEU


Escolheu o reconhecimento, o futuro, a dignidade. Daqui a 5, 10, 15 anos, Telma vai ser vista por todos os portugueses, sejam de que clube for, como uma briosa atleta, a melhor de sempre na modalidade. Não será um Paulo Sousa desta vida. Provavelmente terá a sua escola de judo como sempre sonhou. Terá ainda outros projetos, porque o futuro é longo e não acaba aos 35 anos. No presente conseguiu um abrigo, uma âncora. Outros desbaratam este capital por mais uns zeros na conta bancária.

JL

QUEM SERÁ O RESPONSÁVEL PELAS MODALIDADES?


A grande dúvida que paira após as eleições de hoje é quem será o responsável pelas modalidades do Sport Lisboa e Benfica. Mas se essa é uma dúvida que certamente será dissipada nos próximos dias, a pergunta que se devia fazer é como é que uma lista vem a eleições sem os pelouros definidos ou pelo menos conhecidos dos sócios. No caso das modalidades, e pelas declarações de Fernando Tavares hoje à noite, não está mesmo definido que ficará com a essa área. Será uma gestão a duas mãos? Esta indefinição poderá ter consequências nada positivas num setor que tem sofrido uma enorme pressão externa.  Uma liderança forte e competente não tem de necessariamente ser totalitária. E no caso do Benfica começam a aparecer alguns tiques.  Atenção. A carneirada é no outro lado.

JL

DA PARANÓIA (PURA E DURA)







A paranóia, também denominada pensamento paranóico (ou paranóide), consiste numa psicose caracterizada pelo desenvolvimento de um pensamento delirante crónico, lúcido e sistemático, provido de uma lógica interna própria, sem apresentar alucinações.

Nesta patologia, o indivíduo desenvolve uma desconfiança ou suspeita exacerbada ou injustificada de que está sendo perseguido, acreditando que algo ruim está para acontecer ou que o perseguidor deseja lhe causar mal.
Acredita-se que a etiologia dos pensamentos paranóicos resida em certos factores, como:
Factores genéticos;
Factores bioquímicos;
Stress.
A paranóia pode ser discreta, com o indivíduo ajustando-se socialmente, ou pode ser tão severa que o indivíduo torna-se incapacitado. As paranóias podem ser divididas em três categorias principais. São elas:

Distúrbio paranóide de personalidade;
Distúrbio delirante paranóide;
Esquizofrenia paranóide.
Distúrbio Paranóide de Personalidade
Indivíduos com este tipo de paranóia tornam-se desconfiadas sem motivo, em tal intensidade que seus pensamentos paranóicos podem destruir sua vida profissional e pessoal. Dentre as características presentes nestes indivíduos estão:

Desconfiança;
Hipersensibilidade;
Frias e distantes.
Distúrbio Delirante Paranóide
O factor que caracteriza este tipo de paranóia é a presença de um tipo de delírio persistente e não bizarro, com ausência de qualquer outro tipo de sintomatologia de distúrbio mental.

Cinco tipos distintos de delírio podem ser observados neste distúrbio paranóico:

Delírio da grandeza ou megalomania;
Delírio persecutório (perseguição);
Delírio do ciúme;
Delírio erótico;
Delírio hipocondríaco.
Esquizofrenia Paranóide
Comportamentos e pensamentos paranóides compõem uma forma de esquizofrenia denominada esquizofrenia paranóide. Pessoas afetadas por este tipo de paranóia comumente são acometidas por delírios altamente bizarros ou alucinações, quase sempre sobre um determinado assunto. Costumam ouvir vozes que os outros não ouvem ou acham que seus pensamentos estão sendo controlados ou propagados em voz alta. Além disso, a relação com a família e no ambiente de trabalho vai se deteriorando, e em muitos casos, sem expressão emocional.



Com a devida vénia a site da especialidade, a Travessa do Alqueidão assume os sublinhados, reservando-se, porém o dever de não fazer comentários em matéria tão especifica e sensível.

Apenas uma justificação relativamente a um item não sublinhado: o delirio erótico. 
Podendo ser observado neste tipo de patologia, entende-se que seria demasiado penoso para nós e para os nossos leitores imaginar os delirios eróticos de gente como o Bruno e o Saraiva, o Octávio e o Barroso, o Dias Ferreira e o Oliveira e Costa.


RC

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

LEILOEIRA DO CAMPO GRANDE? NÃO, OBRIGADO!


Sobre o estado das modalidades e sobretudo a sua sustentabilidade no pós-Bruno de Carvalho, é assunto a que voltaremos em breve.

O que espero não aconteça é ver o Benfica envolvido em leilões, seja por quem for.

Cento e doze anos de uma história ímpar e recheada de glória também nas modalidades, por força de nomes como José Maria Nicolau, Guilherme Espírito Santo, Venceslau Fernandes, António Ramalhete, António Leitão, Carlos Lisboa e tantos outros, não poderá nunca ser beliscada sequer por qualquer leilão em praça pública, lançado e alimentado por um desesperado incendiário-aprendiz-de-presidente que pratica uma política de terra queimada.

Que o faça em relação ao seu clube, é lá com ele e com a sua carneirada e de resto até lhe agradeço: quanto pior, melhor.


Do Benfica, tratamos nós e é isso que todos esperamos dos nossos responsáveis.


RC   

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

MENINO DE OURO



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Golden Boy para o Tuttosport e para a Europa do futebol, menino de ouro para nós, para os seus, para o povo Benfiquista que o viu chegar, crescer e vencer.

Vítima de uma campanha sem precedentes no futebol português, Renato a tudo resistiu, deixando a sua marca no inesquecível 35.

Uma força da natureza, uma alma imensa, jogador puro, intenso, imenso: à Benfica, claro! ainda que hoje vista outras cores.

Menino que soube ser Homem na hora da saída, não esquecendo o clube que tudo lhe deu e lhe permitiu chegar onde chegou.

Prometeu regressar.
Porém, regressando ou não, será sempre um dos nossos.


Parabéns, Renato! 

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RC

domingo, 23 de outubro de 2016

A SÉTIMA DE DOIS MIL E DEZASSEIS


Sete supertaças coletivas. Aqui está a essência do clube.  



JL

ROMA VAI PAGANDO A TRAIDORES (POR ENQUANTO...)

A apresentação de Nélson Évora na agremiação do Campo Grande coincidiu, curiosamente com uma notícia que passou despercebida a quase todos: mais a norte e para o jogo contra o Arouca, Maxi Pereira não foi convocado por opção técnica.

Aparentemente, estes dois factos nada têm em comum nem existe qualquer relação entre eles.
Aparentemente, apenas.

Esta gentalha que trai cobarde e miseravelmente, cuspindo no prato em que comeu, esquece uma coisa elementar: deixaram de ser dos nossos e não serão nunca um deles.

No Benfica passaram a simples nota de rodapé, ao optar despejar a história e a glória na mesma sanita onde verteram dignidade e gratidão.
Por lá, passado o folclore da apresentação e da novidade não deixarão nunca de ser vistos como corpos estranhos e como mercenários e reles traidores de que efectivamente não passam.

Mini Pereira é já passado e felizmente viu o 35 de longe.

Quanto a Évora, já estava acabado como atleta de elite e provou agora que também como homem, já teve dias bem melhores.


RC

RICO, MAS SEM ABRIGO


Já não é primeira vez que Nelson Évora troca de clube. Em 2002 já tinha saída para o FC Porto, mantendo-se por lá dois anos. Naquela altura era apenas uma esperança e apesar de formado na Luz, não era ainda um potencial ícone do clube, nem tinha lugar de destaque no Museu que não havia. Na época o atletismo do Benfica não era o projeto promissor que é hoje e não ganhava campeonatos às dezenas. Ir para o Sporting agora não é o mesmo do que ir para o Porto em 2002.

Nelson Évora vai ganhar para o Sporting essencialmente dinheiro. O dobro, dizem. Perde a ligação a um clube que sempre o apoiou. E aqui a palavra “sempre” ganhar contornos mais elevados. O atleta teve maus momentos físicos, lesionou-se com gravidade, esteve preste a abandonar, mas nunca foi abandonado.

Para 2020 faltam 3 anos. Se Évora for aos próximos Jogos Olímpicos será um atleta de 36 anos. Terá eventualmente a conta bancária mais recheada. Isto se ainda houver atletismo no Sporting. Contudo, olhará para o resto da vida, que se espera ainda longa e verá que nunca será recebido com a honra de campeão na Luz, em Alvalade ou mesmo no Dragão. Um sem abrigo.

Quanto aos clubes, o Sporting aparenta pretender acabar com o projeto do Vieira de construir o Lar dos Atletas. Já o Benfica, deve continuar com o seu projeto, no qual o veterano Rui Silva e a sua escola de formação do Cartaxo parecem encaixar bastamente bem.
JL

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

EINSTEIN VEZES ONZE


No que diz respeito à Liga dos Campeões e aos jogos fora, o Benfica fez das melhores exibições dos últimos tempos. Massacrou o adversário? Longe disso. O Dínamo foi inofensivo?   Nem pensar, Ederson foi dos melhores em campo. Então? Teve uma enorme personalidade. A forma como abordou o jogo, como incutiu as suas fraquezas e realçou os pontos fortes e essencialmente como geriu as dinâmicas da partida. O futebol é inteligência em movimento, hoje estiveram 11 "Einsteines" em campo equipados de vermelho, ou melhor, 14.
JL

domingo, 16 de outubro de 2016

CADA ÉPOCA TEM O SEU OLA JOHN


Pois, parece que assim é.

Sejamos, porém pacientes, dando tempo ao tempo: é sempre complicado com jogadores que vêm de clubes pequenos.

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RC

sábado, 15 de outubro de 2016

TONI


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Foi muitas vezes mal-amado, injustiçado, ofendido até por uma massa associativa tão entusiasta quanto cruel.

Filho da casa, pagou por isso: lembravam-se dele apenas em tempos de vacas magras.

No Benfica e pelo Benfica foi mal tratado. Traído até.

E no entanto, esteve sempre presente quando o Benfica dele precisou.

Depois de falsos Messias desperdiçarem dinheiro, arruinando e despedaçando equipas, cabia inevitavelmente a Toni colar os cacos.

Deu sempre a cara sobretudo nos maus momentos, assumindo sobre os seus ombros o insustentável peso de culpas e erros alheios.

Ganhou e passou a número dois, voltou a ganhar e foi despedido.

Mais tarde, durante os anos do caos, voltou para um sacrifício anunciado.

Saiu como entrou: com a humildade e o desprendimento de que só os grandes são capazes.

Toni é assim, está-lhe na massa do sangue, não consegue ser de outra maneira.

Completou 70 anos, 35 dos quais profissionalmente ligados ao Benfica.

Simples estimativas numéricas, porém.

Toni é muito mais que os breves 35 anos em que no campo e fora dele deixou sangue, suor e lágrimas pelo Benfica.

Toni faz parte de uma curta galeria de heróis que foram, são e serão o Benfica, confundindo-se com o clube e com a sua Gloriosa história.

Sempre.

E para sempre.


                       

RC

DA MÍSTICA



segunda-feira, 10 de outubro de 2016

BASQUETEBOL: REFÉNS DE LISBOA?

O que aconteceu ontem em Vila Real foi, não tenhamos medo das palavras, absolutamente vergonhoso.

Não é a derrota em si que está em causa mas a forma como se perde.

Sem jogo de equipa, sempre em sofrimento e em esforço, sem capacidade de reacção nem de contrariar os pontos fortes da equipa adversária: este é o Benfica de Lisboa.

Como se tem visto nos últimos tempos, bastou o Porto regressar e investir de novo na equipa de basquetebol e a pretensa superioridade esmagadora do Benfica ruiu como um castelo de areia.
O Benfica de Lisboa é assim: forte perante os fracos e ainda assim tem dias.

Carlos Lisboa foi a maior figura do nosso basquetebol. Aconteça o que acontecer, teve, tem e terá sempre um lugar indelével na história do Sport Lisboa e Benfica. A camisola 7 lá está no pavilhão a perpetuar um nome e uma época.

Carlos Lisboa não tem, porém, condições para ser neste momento treinador principal do basquetebol do Sport Lisboa e Benfica e o pior que poderia acontecer era o Benfica ficar refém de Lisboa: seja do seu passado enquanto jogador, seja do das suas funções enquanto director-geral das modalidades.

Já todos entendemos que a questão não se resolve deitando dinheiro para cima do problema, leia-se contratando jogadores às carradas. Aliás, creio que teremos nesta altura um lote de jogadores bem mais equilibrado e forte do que na época passada, mas as pechas e as lacunas da equipa mantêm-se e, arrisco, manter-se-ão.
Também o alargamento da estrutura não é a solução: podem vir Carlos Seixas, Diogo Carreira ou mais uma mão cheia de adjuntos e secretários-técnicos que nada mudará. O problema está, evidentemente, a montante.

Urge, pois, fechar uma página no basquetebol do Benfica.

Carlos Lisboa prestou grandes e indeléveis serviços ao Benfica e ao seu basquetebol.

Está na hora de prestar outro de não menor dignidade nem importância: apresentar a demissão de treinador de basquetebol do Benfica e desta forma proteger-se, protegendo também o clube.

O treinador do basquetebol não pode ser aferido de forma diferente dos treinadores das restantes modalidades. Ou pode?

Tem, pois, a palavra o director-geral das modalidades.


RC



  

terça-feira, 4 de outubro de 2016

OS AMIGOS DE VIEIRA

Julho de 2009. Campanha eleitoral para a Direção do Sport Lisboa e Benfica. Bruno Carvalho, o nosso, coloca em causa a legitimidade e legalidade de Luis Filipe Vieira em candidatar-se. Interpõe inclusivamente uma providencia cautelar no Tribunal Cível de Lisboa. Bruno Carvalho considerava, talvez até com razão, que a demissão dos órgãos sociais em bloco correspondia a uma violação dos estatutos do Clube, pelo que, segundo o seu entendimento, Luís Filipe Vieira estaria impedido de se candidatar durante seis anos.
Contudo, num despacho emitido no dia das eleições, um juiz da 9.ª vara considerou não existir "qualquer título executivo judicial suscetível de ser executado" e multou Bruno Carvalho em cerca de 190 euros por "falta de prudência" no requerimento que pedia a execução da citação ao Benfica.
 
Resultado: apesar das propostas pífias de ambas as listas, a Assembleia Eleitoral regista uma das maiores participações de sempre, com mais de 20 mil votantes. Com um resultado Coreano, a lista de Vieira vence esmagadoramente com 92% dos votos.
 
Outubro de 2016. Vieira concorre sozinho às eleições. Provavelmente 92% dos benfiquistas nem percebeu ainda que vai haver eleições. Mas é por pouco tempo. Outro Bruno, que também com Carvalho no nome dá ordens à comunicação do seu clube para divulgar um comunicado, ao nível do melhor dos Monty Python, metendo-se de cabeça nas eleições…do Benfica. Não se percebe bem a estratégia, mas sobre quem será o maior beneficiado não restam dúvidas.  
 

JL