N

Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


segunda-feira, 31 de agosto de 2015

SIMPLESMENTE ÉPICO


Simplesmente épico hoje a Supertaça de futsal. A perder por 3-0, com mais de cinquenta remates que o adversário, repito, cinquenta, num jogo absolutamente inacreditável, alcançar o empate, no último suspiro, para depois cavalgar para uma justíssima vitória. Foi um murro no azar. Foi à Benfica. São destes episódios que se criam campeões. Caros consócios, nas bancadas da Luz, tenham este exemplo sempre presente.

JL

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

UMA CORTINA DE FERRO CAIU SOBRE A EUROPA



De facto, não se pode confiar nestes ex-soviéticos: para além de cínicos e novos-ricos, com o raio da bebida trocam-se todos...






RC

DO CHONINHAS AO GUERRA


Ponto prévio sobre Pedro Guerra: não aprecio particularmente o estilo.
Do que vou vendo na Benfica TV, cansa-me o registo “picareta falante” e o tom norte-coreano com que amiúde fala do presidente e da sua (inequívoca) obra.
O tom demasiado apologético torna-se por vezes, ridículo mas admito que seja uma questão de estilo.

Durante anos a fio, as estações de televisão têm alimentado a chafurdice do futebol falado, ou antes palrado, ou melhor ainda, vomitado.
O esquema é quase sempre o mesmo, com um comentador ou paineleiro supostamente afecto a cada um dos chamados três grandes.

A coisa tem servido quase invariavelmente como pasto do anti-benfiquismo mais radical, cego, abjecto, primário.
Deficientes mentais como Barroso, Andrade ou Serrão, manhosos natos como Guedes ou Aguiar, têm feito destes programas autênticas tribunas de anti-benfiquismo.
Sem oposição nem contraditório por ali vão descarregando o ódio e o despeito mas também a mentira, a insinuação, a calúnia, a manipulação pura.

Uma mentira muitas vezes repetida torna-se uma verdade e estes reles candidatos a Goebbels, sabem-no bem, martelando inverdades a um povo que se aparvalha perante um ecrã de televisão.

Perante esta corja de autênticos talibãs do anti-benfiquismo, temos respondido quase invariavelmente com pólvora seca: ou a inteligência de João Gobern e Machado Vaz, demasiado soft, porém, uma vez que estamos a falar de verdadeiros gentlemen ou, pior do que tudo, a inofensiva e ridícula pose de um choninhas chamado Fernando Seara.
 Durante anos a fio, Seara foi motivo de chacota para Poncio Monteiro (que a terra lhe seja pesada!); nos últimos tempos Seara era completamente abafado por um anormal chamado Eduardo Barroso o que, convenhamos, é obra.
Entregar a defesa do Benfica a Seara num qualquer painel de comentadores é a mesma coisa  que pôr o inigualável Bossio a jogar uma final da Champions contra o Barcelona

E é aqui que entra Pedro Guerra.

De há umas semanas para cá, a TVI substituiu o choninhas Seara por Pedro Guerra.
Nada a dizer: até o Pato Donald defenderia melhor o Benfica do que o “mãozinhas” (Pinto da Costa dixit).

Um destes dias acidentalmente por zapping, deparei com um Eduardo Barroso completamente exasperado perante a metralha verbal que Guerra disparava.
Por um dia, por uma vez, alguém tivera a coragem de finalmente calar umas das mais asquerosas  personagens que o futebol falado pariu.
E a partir daí Guerra ganhou o meu respeito.

Não deixo por isso de me espantar com os violentíssimos ataques de que Guerra tem sido alvo por parte de algum benfiquismo (chamemos-lhe assim…).
Há pelos vistos, benfiquistas altamente melindrados, incomodados, ofendidos mesmo com a forma como Guerra fala com Serrão ou com o Barroso, como se pudéssemos continuar a encher de flores quem nos atira com esterco.

Os ataques a Guerra partem dos sectores do costume;os do anti-vieirismo cego, crónico e oportunista. Valem, pois, o que valem.

O que talvez nos deva preocupar a todos e muito, é o manifesto deserto em que se tornou a defesa pública do Benfica, deixando-nos nas mãos de um qualquer Pedro Guerra.

É esse o drama do Benfica.


RC

terça-feira, 25 de agosto de 2015

O REGRESSO DA QUINTA COLUNA


Apenas uma semana após a vitória em Coimbra, Mini Pereira mandou a braçadeira de vice-capitão às malvas e traiu.

Judas vendeu-se por bem mais que 30 moedas e um mês depois de connosco ter festejado no Marquês, provocou e insultou, cuspindo no prato que tudo lhe deu durante seis anos.

Dos paineleiros e avençados, tem sido um fartote, uma espécie de rodizio de anti-benfiquismo baixo, primário, nojento. Vil.
Um verdadeiro banquete de gala para os Barrosos, os Guedes, os Aguiares que chafurdam na interminável pocilga televisiva do futebol falado.

O cúmulo é atingido por uma personagem directamente saída do esgoto do futebol português que consegue ver um penalty cometido por Luisão…na área do Arouca.

De todos os lados e quadrantes o Benfica é atacado por cobardes, traidores, despeitados, invejosos. Eternos derrotados, todos eles.

Perante isto, o que faz uma parte do Benfica?
Pois bem, junta-se ao festim e bate em tudo quanto mexe, exigindo a demissão do presidente (um must nestas situações), o habitual folclore das eleições antecipadas mas sobretudo alimentando de forma ignóbil e cobarde o assassinato público de carácter, profissionalismo e competência de um homem: Rui Vitória.

Tudo isto ao fim de trinta dias.

Que fiquem, pois, tranquilos os Barrosos e os Aguiares, os Guedes e os Andrades, os Proenças e os Coroados: poupem-se até para melhores ocasiões porque não faltam por aí “benfiquistas” sequiosos de malhar.

Uma espécie de quinta coluna.


RC

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

FOSSANGA


Não é necessário grande esforço, basta escolher uma semana ao calhas. Pode ser no início do campeonato, no meio ou no fim. Basta dois ou três programas. Mas se forem todos dá na mesma. Seja qual for o canal ou a estação de rádio. O Benfica é sempre o bombo da festa nos programas de paineleiros. É comum e diário o “complot” entre os riscados para promover a mentira que o Glorioso é beneficiado pelas arbitragem.
Se fosse só isto estaríamos bem. É sinal da nossa grandeza e do medo que provocamos. Também podemos bem com os comentários dos diretos, nomeadamente da Sport TV. Já toda gente percebeu a tendência, são cada vez menos os que pagam o canal, a maior parte de nós vê em stream de canais estrangeiros.
 
Agora atingimos outro nível. Mesmo com as jogadas em que houve eventual benefício do Benfica esmiuçadas até ao pormenor doentio e com o sumiço total das imagens em que casualmente fomos prejudicados, parece que não era o possível atingir o objetivo pretendido. Assim, passámos à fase da invenção. Aqui Coroado (olha quem) acha que uma falta na área adversária deveria dar penalti contra o Benfica. Parece incrível o desplante, no entanto, nem há um ano aconteceu o mesmo. Aqui. Tal é fossanga em arranjar lances polémicos.
Contudo, ainda mais grave, são as palavras do ex-árbitro: “Luisão está a tornar useiro e vezeiro na utilização dos braços, provavelmente para colmatar algumas outras limitações”. Isto é uma clara e reles tentativa de condicionar a atuação do jogador no futuro, como o fizeram com Bynia, com Javi Garcia e que tentaram fazer com Maxi Pereira, que agora, curiosamente, já não é violento.
 
Sinceramente, a estrutura do clube já devia ter percebido que o silêncio não resulta. Mais do que comunicados ou bocas foleiras, a estratégia tem de passar por obrigar a CS a ter um mínimo de isenção. É difícil. Mas sem fazer nada, isto é um fartar vilanagem. Este Coroado foi e é useiro e vezeiro nos ataques ao Benfica. Desde sempre.

JL   

PS: Alguém consegue explicar o que foi marcado no último lance do jogo?

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

A MARIONETA-CHEFE


Boa tarde, é aqui o Museu da Marioneta?
É sim senhor.
Venho responder a este anúncio: “ Marionetas precisam-se”.
Sim, estamos com falta, vem agora o FIMFA  e falta-nos bonecada. Tem experiência?
Muita, trabalho no Jornal Record, na CMTV e em um ou outro site. Sei fazer de humano, animal ou criatura antropomórfica, respeito totalmente a vontade do animador, que quase nem necessita de controlar os fios. Os movimentos já surgem como por instinto.
Nome?
José Ribeiro.




JL

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

NOVA LIGA, NOVAS REGRAS


Andamos desatentos, deve ter a ver com paixão que temos pelo jogo, pelo clube, pela equipa. No entanto, temos os excelentes jornalistas das várias estações de televisão, jornais e rádios, todos sem exceção, para nos elucidar. Homens frios, neutrais e de grande competência, que fazem do jornalismo um baluarte da ética, com a tecnologia ao seu serviço, nos explicam as regras deste complexo desporto que é o futebol. Então, pelo que percebi, pelos comentários, notícias, repetições comentadas ao segundo por árbitros experientes e certificados pelas melhores óticas do país, e mais repetições, fotos em alta resolução e analisadas ao pixel, que exaustivamente encheram as horas que se seguiram ao jogo, pode-se marcar penalti mesmo que a falta seja fora da área. Contudo, assalta-me uma dúvida, esta nova regra, talvez introduzida pela sagacidade do novo presidente da liga, é só contra o Benfica ou com outros será também assim?




JL

DESBLOQUEIO MENTAL


Foi uma noite de desbloqueio mental. Uma equipa precisa de vitórias e numa época traumaticamente de mudanças a pré-epoca não foi, de longe, a ideal. Contudo, as coisas são como são. Como já escrevi, era impensável negar os milhões que o torneio nas américas permitiu encaixar. Agora, é seguir em frente. Só espero que esta goleada não afaste a necessidade de reforçar a equipa. Com um defesa-esquerdo, um jogador com características de um oito e um fora de serie caso saia o Gaitan.

Dos miúdos, só um pormenor e desculpem a falsa modéstia. Este blogue tem quase quatro anos e quase mil posts e neste período apenas destacámos dois jogadores. O primeiro foi em 20 de outubro de 2012, outro foi em 24 de julho de 2014. Há mais de um ano. Que seja feita justiça.

JL

domingo, 16 de agosto de 2015

ALIMENTAR QUEM NOS MORDE



Já li em qualquer lado que a imprensa separa o joio do trigo. E publica o joio. O Correio da Manhã vende e bem. As suas capas ainda mais. O “jornal” Correio da Manhã faz política, determina temas, chama a atenção do que quer, manipula a opinião pública. É um cancro na nossa democracia.

O título de hoje do referido jornal sobre o Benfica não é nada inocente. Como também não é inocente o seu destaque desmesurado, completamente assassino para o estado de espirito da equipa, em vésperas da sua estreia no campeonato. O mais grave é que tem sido uma constante nesta pré-época.

Por essa razão não percebo como é que a última grande entrevista do nosso presidente foi a um jornal do mesmo grupo. Da mesma forma que carece de explicação a primazia dada ao mesmo jornal para a grande entrevista de fundo ao nosso treinador.  No mínimo, há aqui qualquer coisa de síndrome de Estocolmo por parte da nossa “estrutura”.

JL

sábado, 15 de agosto de 2015

CALADOS PERMANECEM HERÓIS


Há gente que após o último pontapé na bola deveria fazer uma espécie de voto: o de silêncio.

Terão sido e foram, certamente, jogadores abnegados, raçudos e impregnados em mistíca-uns;  jogadores de classe, virtuosos da bola, mestres da jogada em souplesse – outros.
Quando, porém, abrem a boca a desgraça é comum e o reino também: o da asneira mas também o da cobardia e do temor perante a lei do mais forte ou a perda do lugar.

Tudo isto a propósito das aparições televisas de duas ex-glórias benfiquistas: Álvaro e Vitor Paneira.

Lamentáveis ambas mas absolutamente emblemáticas de uma certa forma de estar por parte de alguns ex-futebolistas do Benfica.

Sobre Paneira, nem consigo exprimir o que mais lamento: se a vassalagem no pré-jogo, bem expressa nalgumas declarações, se a cobardia no pós-partida, depois de certamente ter visto o lance que dá origem ao penalty que ditaria a derrota do Tondela.

Quanto a Álvaro Magalhães na SIC-Noticias, foi ainda mais triste porque demonstrou ser tão inábil com o raciocínio quanto com as palavras: um asno manobrado e instrumentalizado, que a propósito do triste episódio dos SMS, conseguiu a proeza de se destacar pelos ataques aos jogadores do Benfica e pasme-se! a Rui Vitória: Freud, o despeito e a inveja explicariam certamente a questão.

Não é respeitado quem não se dá ao respeito e daí termos chegado a este ponto; há quem se venda por um lugar de treinador de um qualquer Tondela e há quem vomite dislates a troco de um prato de lentilhas de uma qualquer estação televisiva.

Por mim e quanto a estes dois ex-jogadores, prefiro apenas recordar os grandes momentos que me proporcionaram com camisola vermelha colada ao peito.
É uma questão de respeito: por eles, por mim, mas sobretudo pelo Benfica.

RC

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

FALTA MUITO PARA A ÉPOCA DE 2016-2017 ???


Este campeonato está condenado: fará inapelavelmente parte das desagradáveis estatísticas dos nado-mortos.

Um campeonato que é uma espécie de pescada: quer porque antes de o ser já o era, quer porque não passa de um circulo fechado, tal como a dita de rabo na boca.

O seu destino está traçado: tal como um perú de Natal, que, ainda que o não saiba, morre de véspera.

Está, pois, encontrado o vencedor e quanto a isso nada a fazer, por muito que os adversários esperneiem e finjam que estão vivos.

Aliás, nem nos tempos áureos dos vários e sucessivos apitos dourados, se assistiu a coisa assim, com o vencedor encontrado antes do apito inicial da inicial jornada.

Era então conveniente que a bem das aparências, toda a gente fingisse acreditar que ia haver campeonato e competição e que no fim ganharia o melhor ou pelo menos o mais regular.

Desta vez, é diferente e nem vale a pena negar a evidência, tal é a esmagadora superioridade de um dos candidatos (mas há mais ???), pelo que tudo isto não passa de uma perda de tempo para todos nós.

Assim sendo, despachem isto e deixem lá o querido entregar o caneco ao gordo e ao Judas. Fechem o transito no Marquês durante 15 minutos e comecem a época de 2016-2017. 

É que a malta está mesmo ansiosa.



RC

O MAIOR CLUBE DO MUNDO


Até os números, como tudo na vida, podem ser sujeitos a análises subjetivas. A título de exemplo vejam um estudo apresentado hoje pelo IPAM e divulgado assim na TSF: “Quase metade dos entrevistados acredita que o nível de desemprego vai manter-se. A outra metade divide-se entre um aumento ou uma descida.” Com estes dados podemos dizer que cerca de três quartos dos entrevistados não acredita que o desemprego vá subir, o que é significativo. Contudo, também podemos afirmar, sem ser uma falsidade, que três quartos admitem que o desempregado não vai descer, o que é igualmente importante.

Em abril de 2005, quando houve a anterior renumeração de sócios do Sport Lisboa e Benfica, chegou-se ao número de 94.700 sócios. Agora, passados sensivelmente dez anos, chegamos a um número superior a 156 mil. Não são só sessenta mil novos sócios, estes foram muitos mais. Muitos foram entretanto saindo. É sim, um crescimento da massa associativa, de sessenta mil. A meu ver, muito significativo. Nomeadamente, porque a recontagem é feita após quatro anos de profunda crise financeira e com a emigração a níveis superiores aos dos anos sessenta.

Mais significativo ainda é o facto de terem ficado de fora da recontagem, todos os associados com mais de um ano de quotas em atraso. Do outro lado da segunda circular, também fizeram uma nova recontagem, penso que em junho, tenho conhecimento que houve gente com, pelo menos, três anos de quotas em atraso a quem foi dado um novo número. Assim, os números são mais simpáticos.

O Bayern anunciou em abril de 2014 ter chegado aos 251.315 associados e que tinha ultrapassado o Benfica naquele momento como maior clube do mundo. Não duvido. Contudo, há dois dados a ter em conta, a ultima vez que o clube alemão fez a recontagem e os custos que implica ser associado do Bayern. E estou apenas a falar em termos absolutos, não fazendo qualquer comparação com o nível de vida.

Podemos fazer diversas análises a estes números. Podemos ter perdido o título de maior clube do mundo. Podemos até concluir que foi a um insucesso o projeto do presidente em chegar aos 300 mil sócios.  Mas há algo que é indiscutível, o Sport Lisboa e Benfica é cada vez maior.


JL

IMPUNIDADE, MODO DE USAR


Em dezembro de 2011, um dirigente de determinado clube depositou dois mil euros na conta do fiscal de linha que ia arbitrar o seu próximo jogo. Facto provado e que está em tribunal. Esse clube venceria o jogo. O presidente da equipa adversária, eliminada da competição, no final do jogo queixou-se da arbitragem. Isto não aconteceu na Turquia, nem na América do Sul, foi no extremo sul da Europa Ocidental. Ao clube a que pertencia (e exercia com plenas funções) o dirigente prevaricador nada aconteceu.

Em janeiro de 2012, adeptos de determinado clube queimaram parte do estádio do clube rival, isto não aconteceu na Turquia, nem na América do Sul, foi no extremo sul da Europa Ocidental. Toda a gente achou pida. São rivalidades, concluíram. O clube lesado acabou até por levar um castigo.

Em agosto de 2015, o treinador de determinado clube pressiona os jogadores da equipa rival, dias antes de uma final, através de SMS, condicionando a sua atuação. Chega a ligar para um deles a recordar dividas sentimentais. Isto não aconteceu na Turquia, nem na América do Sul, foi no extremo sul da Europa Ocidental. Toda a gente achou pida. Até se fizeram anedotas. São mind games, concluíram.

Tenho a impressão, que mesmo na Turquia ou na América do Sul, estes atos dariam, no mínimo, a descida de divisão do clube transgressor. Contudo, estamos extremo sul da Europa Ocidental, no país onde o árbitro que mais decidiu jogos e campeonatos dos últimos anos é o presidente da liga.

JL

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

FUTSAL – BALANÇO E ANTEVISÃO


Mais uma modalidade em que o balanço da época 2014/2015 foi mais que positivo. Eu diria que foi excepcional. A todos os níveis. Contratações fantásticas não só em termos de qualidade, mas em termos de atitude. Um treinador que superou todas as expectativas. Com uma capacidade e um discurso tão cativante que é a figura do ano no Clube, para mim (futebol incluído). E até podíamos não ter sido campeões…

 

Com a chegada de Patias, Chaguinha e Juanjo mudámos o panorama do futsal português. Contratações diferentes do habitual pois apesar destes jogadores de campo serem brasileiros (Patias é internacional italiano nascido no Brasil) jogavam no futsal italiano, ou seja, com uma rodagem completamente diferente dos reforços dos anos transactos, vindos directamente do futsal brasileiro.

Quanto a Juanjo, para mim é simplesmente o melhor guarda-redes que alguma vez actuou em Portugal. Reforço de selecção espanhola foi o jogador mais importante da época.

O jogador revelação da época acabou por ser Jefferson. Tinha muitas dúvidas em relação ao seu potencial, mas a sua força de vontade superou tudo o que podia exigir.

 

Apesar das referências individuais que fiz, esta equipa sobressaiu acima de tudo por isso, ser uma equipa. Mérito total para Joel Rocha. Num ano em que só o andebol fracassou vou dizer que em termos de atitude esta foi a equipa mais “à Benfica” do Benfica. Não me lembro de uma equipa tão abnegada e com um sentido colectivo como esta. E já não sou novo.

 

Mudanças e expectativas para 2015/2016:

Além da habitual força fora de campo, que não foi suficiente na época transacta, a “maior potencia desportiva nacional” virá com tudo para esta época. Copiaram o modelo que se revelou eficaz do Benfica em mais uma jogada de visão. Se as temporadas sempre foram “a dois”, esta será ainda mais. A mim só me preocupa a força fora de campo. Faz muita diferença. É que a deles é aquela que corre nas linhas laterais durante os jogos.

Em relação ao Clube que interessa, saíram Mancuso, Xande, Vítor Hugo e Pablo Del Moral. A melhor das sortes a todos eles.

Chega um reforço sonante, o internacional argentino Fernando Wilhelm, e dois reforços nacionais de muita qualidade, Fábio Cecílio proveniente de Braga e Mário Freitas da Desportiva do Fundão.

À primeira vista ficamos ainda mais fortes. Com uma equipa para lutar por tudo contra todos. Se mantivermos o nosso sentido colectivo, juntando a esse mais qualidade individual acredito que não há limites para esta equipa.

Não vamos ganhar sempre, mas não vamos dar nada a ninguém.
 
Eddie

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

IMPREPARADOS PARA O PIOR



Do Mourinho da Porcalhota esperava-se que descesse, pressentia-se o pé de suíno a fugir para o chinelo: são assim os despeitados.
.
Pois bem, foi ainda pior: os mind games deselegantes, baixos e boçais em relação a um colega de profissão mas também em relação ao clube que lhe deu projecção, dinheiro, títulos e glória, tirando-o de um anonimato de onde, percebe-se agora, nunca deveria ter saído.

Depois, o catedrático tratou de abrir o livro e houve de tudo: provocações várias ao banco do Benfica, aos seus jogadores, escárnio na hora da vitória, gestos para o público, a inacreditável chapada a Jonas.

Mas não só: do jogo, recordemos as várias entradas madrugadoras sobre Gaitán numa estratégia clara e pensada de intimidação daquele que seria, à partida, o nosso maior desequilibrador.

A tudo isto, some-se o arraial que o banco do Sporting (com Octávio à cabeça, que os velhos hábitos e a boa escola não se esquecem…) promoveu junto do quarto árbitro e do fiscal de linha aquando da anulação do golo; o clima de pressão e uma vez mais de intimidação.

Têm, pois, razão os jornais, toda a eufórica e impante comunicação social, televisões públicas e privadas: a máquina está bem oleada e a funcionar. Tão bem, aliás, que Bruno de Carvalho já nem se dá ao trabalho de se levantar do banco, agora que tem ao serviço uma corja de jagunços para fazer o trabalho sujo.

É bom que não desvalorizemos estes sinais e sobretudo que não sub-valorizemos a teia que está a ser tecida pelos novos aspirantes a Padrinhos do futebol português.

Com Proença na Liga, Octávio e Inácio metidos até ao tutano na estrutura de um clube financiado por dinheiro sujo e liderado por um rufia exibicionista e sem escrúpulos, temo que não estejamos preparados para tudo o que aí vem.


RC

VOLEIBOL – BALANÇO E ANTEVISÃO


O melhor ano da história da secção. Vencidas foram todas as competições nacionais e ainda se juntou a presença numa final europeia. Na caminhada para essa final eliminámos uma equipa italiana, penso que foi a primeira vez que alguma equipa portuguesa elimina uma equipa italiana.

Só há um destaque negativo desta época, foi mesmo não termos conseguido superar a equipa sérvia na final europeia. Parece-me que acusámos um pouco a pressão de sermos vistos como favoritos, foi pena. Teria sido realmente histórico.

 

Mudanças e expectativas para 2015/2016:

Acontece a saída de vários jogadores por diversas razões. Perdemos os 2 distribuidores (Perini e Vinhedo), o (que me lembre) melhor central da nossa história (Marc Honoré), um dos melhores jogadores nacionais zona 4 (Flávio Cruz) e também um central muito experiente mas já na curva descendente da carreira (Kibinho). Há também a saída do líbero suplente João Magalhães, menos relevante.

Tirando a posição de líbero que deverá ser ocupada por um jogador da formação ou pontualmente (digo eu) por Roberto Reis, para todas as saídas chegará um reforço.

Para o lugar da dupla Vinhedo/Perini, chegam do Brasil Gelinski e Renan. Se Renan é um regresso (que não deixou muita saudade), Gelinski vem conotado como reforço a sério. A minha expectativa é que não percamos qualidade na distribuição. É essencial para o sucesso da época, veremos o que acontece.

Para a dupla de centrais Honoré/Kibinho para já entra Rogério vindo também ele do Brasil. Jogador experiente e com grande currículo, veremos em que condição física se encontra. Ainda falta um reforço para esta posição.

Para o lugar de Flávio Cruz chega Ivan Kolev, que representou a Fonte do Bastardo na época transacta. Aparentemente, ficamos a perder com esta troca. Kolev não rendeu o esperado nos Açores.

O objectivo só pode continuar a ser vencer tudo em Portugal. Este ano não partindo como outsiders na europa, será teoricamente mais complicado o sucesso.

 Eddie


 

NÃO ACHAM QUE ESTÃO A EXAGERAR?


É consensual que o Benfica está a ter dificuldades nesta fase de transição. Foram seis anos com o mesmo treinador. Inédito nas últimas décadas. Foi um Bicampeonato e, há dois anos, a melhor época futebolística dos últimos cinquenta anos. Momentos únicos.

Como também já ninguém duvida que da pré-época apenas se salvaram os três milhões e meio de receita. Atribulações comuns nos últimos anos. As pré-épocas do Benfica (e dos outros clubes) deixaram de ter disposição habitual - reforços, estágio, jogos de preparação e apresentação aos sócios. O carrocel é cada vez mais desordenado.

Contudo, passem os olhos pelos três jornais desportivos. Até os comentadores afetos ao Benfica estão a surfar a onda. Há definitivamente uma bela e um monstro no futebol português. Vou guardar estes títulos, estas considerações cheias de certezas, e construir um castelo.

JL

terça-feira, 11 de agosto de 2015

HÓQUEI EM PATINS – BALANÇO E ANTEVISÃO


Mais uma modalidade com um balanço extremamente positivo da época passada. A conquista da dobradinha passados 20 anos e um plantel que se calhar era o melhor da nossa história revela uma grande vitalidade.

 

Destaques pela negativa de 2014/2015:

- A ausência na final four da Liga Europeia. Afastados pelo nosso maior adversário ao nível nacional, destaco pela negativa não o afastamento, mas sim a forma do mesmo. Com um primeiro jogo em casa facilitámos bastante, penso até que houve um excesso de confiança que não poderia de maneira alguma acontecer. Eu sei que eramos e somos superiores, mas não se pode facilitar nunca. E depois no jogo fora apanhámos uma arbitragem que inclinou ligeiramente o campo, mas tínhamos sem dúvida alguma que fazer mais. Principalmente porque podíamos!!!

- A “Nicoliodependência”, algo que se foi acentuando ao longo da época e que não me parece nada positivo. Os génios existem para fazerem a diferença, mas prefiro sempre que o estilo de jogo seja um “estilo de jogo colectivo que faz sobressair as individualidades”, ao invés de um “estilo de jogo individual onde o colectivo acaba por beneficiar”.

- A saída de Carlos Lopez. Penso que será o melhor jogador que eu já vi jogar com a camisola do Sport Lisboa e Benfica. Um génio com um sentido colectivo enorme, ao contrário de Panchito.

 

Destaques pela positiva de 2014/2015:

Quando se acaba o campeonato só com um empate cedido e ainda se junta ao campeonato a dobradinha não há muito mais a dizer.

 

Mudanças e expectativas para 2015/2016:

As mudanças estão trabalhadas e anunciadas há bastante tempo, o que é sinal que se trabalha bem na secção. Neste momento já se trabalha a pensar em 2016/2017 o que é óptimo! Portanto há apenas duas entradas e duas saídas: já falei em Carlos Lopez, e ainda sai Tuco para o rival do Campo Grande. Entram dois espanhóis, Adroher e Torra vindos de Breganze e Barcelona, respectivamente. Teoricamente ficamos com um plantel ainda mais forte, embora com menos soluções defensivas.

Nos rivais lá de cima está-se a trabalhar bem e finalmente arranjaram um treinador. Juntando a isso o habitual controlo dos meandros da Federação de Patinagem espero uma luta até ao fim. Há que ter atenção também à Oliveirense que vai ter um plantel de grande qualidade.

Sei que o bicampeonato será sempre a prioridade, mas temos plantel para ganhar todas as competições em que estamos inseridos.
 
Eddie

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

BASQUETEBOL – BALANÇO E ANTEVISÃO



Em relação à época 2014/2015 não há muito a dizer. O Sport Lisboa e Benfica vence todas as competições nacionais em que está inserido e faz uma campanha europeia dentro das expectativas. É difícil pedir mais a Carlos Lisboa e seus pupilos. O domínio do Sport Lisboa e Benfica no basquetebol nacional é inequívoco!

 

Ainda assim vou destacar pela negativa em 2014/2015:

- A inadaptação de Fábio Lima. Com a retirada de Carlos Andrade anunciada para a próxima época não há muitas soluções nacionais de igual valor. Foi uma pena que Fábio Lima não conseguisse agarrar o lugar.

- Demasiada dependência do jogo exterior, sem que esse jogo exterior seja acompanhado de jogo interior. Não se compreende que em alguns jogos em que a superioridade no jogo interior é avassaladora não se veja a bola a entrar nos jogadores interiores de forma consecutiva. “Bola dentro, bola fora” é das frases mais famosas do basquetebol e que não se aplicou tantas vezes como deveria.

- A grande má notícia da época chegou com a retirada de Jobey Thomas, talvez o melhor jogador que já passou pelo basquetebol do Sport Lisboa e Benfica pós Carlos Lisboa. Que prazer ver um jogador deste calibre nos nossos pavilhões!

 

Mudanças e expectativas para 2015/2016:

Com os outros a voltarem finalmente à liga o grau de dificuldade vai naturalmente aumentar. Em termos de reforços nacionais fomos buscar Nuno Oliveira e Marko Loncovic ao Barcelos, sendo que foram os dois grandes destaques dessa equipa e Loncovic, contando como português, é sem dúvida alguma um grande reforço. Portanto ficamos em teoria com os melhores portugueses disponíveis.

No entanto, o sucesso da nova época dependerá sempre da qualidade dos três estrangeiros que contratemos (já que saíram Jobey Thomas, Seth Doliboa e Ronald Slay). Já sabemos que os nossos maiores adversários se estão a reforçar bem, portanto temos que trabalhar da mesma forma. Para já no primeiro reforço parece-me que o fizemos!

Apesar de termos vencido tudo a época passada, nesta época não há mais nem menos pressão: É lutar para vencer tudo outra vez!!!


 Eddie

domingo, 9 de agosto de 2015

"A BOLA": REQUIEM POR UM JORNAL

Já foi referência do jornalismo português (e não apenas desportivo…), e era por isso considerada “A Biblia”.
Comprava-a para ler a cronica do jogo, a antevisão da jornada ou até as fantásticas reportagens sobre a volta a França.
Cresci a ler e a aprender com Carlos Pinhão, Vitor Santos, Alfredo Farinha, Aurélio Márcio, Homero Serpa, Cruz dos Santos, Carlos Miranda.

Mestre do jornalismo, todos eles.
Gente séria, de convicções fortes que construiu um jornal único e irrepetível.
Um a um foram desaparecendo e com eles a lenda de um grande jornal
.
“A Bola” de hoje não passa de um jornaleco dirigido por um burgesso gordo e pretensioso, sabujo e baixo, que destila anti-benfiquismo primário e boçal.
Vitor (Serpa era o pai, esse sim, um verdadeiro belenense), não passa de um lacaiozinho ao serviço de qualquer causa anti-Benfica.
Quem não recorda os elogios embevecidos a Pinto da Costa, quando o D. Corleone de Contumil recitava António Nobre, quem esquece a admiração perante o “clube diferente”, quem pode esquecer um editorial vergonhoso pondo em questão a data de fundação do Benfica e a presença no mesmo dia no jantar da gala de aniversário?

Dizia o grande Carlos Pinhão que “em Portugal, as homenagens são sempre contra alguém” e por isso o sentido do artigo elogioso a Jorge Judas escrito em “A Bola” de ontem é inequívoco.
O outrora arrogante, boçal e deselegante treinador é agora elogiado em tons laudatórios pelo papa-croquetes. Comparado com Mourinho pela destreza com que utiliza os “mind games”, JJ é abençoado pelo reco da Travessa da Queimada.

O que terá mudado em Jesus?
 Apenas o lado da 2ª Circular mas para o Vitor sabujo é quanto basta, servindo-se de um discurso primário, arrogante, deselegante, ingrato e eticamente lamentável em relação a um colega de profissão, para espetar mais uma farpa no Benfica.

É nisto que se tornou “ A Bola”: um miserável pasquim indigno da sua história, tradição e memória, dirigido por um labrego que nos odeia e que usa a grandeza e a popularidade do Benfica em modo conveniente apenas para vender e evitar que as tiragens continuem a definhar.

Por mim, que definhem até acabar porque “ A Bola” que eu conheci um dia e por onde aprendi a amar o futebol e a admirar o jornalismo de excelência, já morreu há muito.


RC

ANDEBOL – BALANÇO E ANTEVISÃO


No “ano 0” da nova direcção do andebol benfiquista, mantiveram-se alguns dos problemas verificados no passado embora também se tenham começado a registar várias mudanças positivas.

Destaques pela negativa de 2014/2015:

- A habitual falta de empenho de alguns atletas aliada ao conformismo de outros. Já tinha alertado aqui a época passada sobre isso. O “profissional” Cláudio Pedroso é alguém que esteve anos a mais a servir-se do Clube.

- A falta de preparação mental em alguns momentos.

- A lesão do lateral Albert Pujol veio complicar as soluções para aquela posição. Reforçámo-nos no mercado de inverno com o que havia. Chegou um central experiente mas sem capacidade para ser a solução necessária.

- Discurso da secção face à comunicação social. Penso que era óbvio para todos que o Sport Lisboa e Benfica não iria ser campeão nacional de andebol, ou pelo menos que tinha muito poucas possibilidades de o conseguir. Era de evitar um discurso onde nos afirmamos como candidatos, e teria sido preferível um discurso mais contido e realista.

 

Destaques pela positiva de 2014/2015:

- Enorme aposta do treinador na juventude que tinha ao dispor. Revelou-se uma aposta ganha, até porque chega ao fim da época com os resultados iguais aos seus antecessores mais recentes com um plantel bem mais “barato”

- O andebol rápido e agradável que praticámos, com várias soluções ofensivas é algo que destaco. Infelizmente a qualidade individual aliada à falta de experiência não deu para mais do que os resultados conseguidos.

- Parece-me que o treinador ao longo da época foi percebendo quais eram os problemas da secção e os foi “afastando”, contando apenas com os atletas que faziam parte da “solução”.

 

Balanço da época:

Terceiro lugar no campeonato e presença numa meia-final europeia chega-me para considerar a época como positiva, se tiver em conta as minhas expectativas iniciais. Mas não é suficiente para o Sport Lisboa e Benfica que todos almejamos.

Na formação penso que fomos às fases finais em todos os escalões, embora não tenhamos conseguido vencer nenhum título nacional. Também me parece que havia alguns atletas a jogar no escalão acima, pelo que diria que o trabalho que se faz continua com sinal positivo.

 

Mudanças e expectativas para 2015/2016:

No “ano 1” vão-se limpar alguns problemas que se deviam ter limpo no “ano 0”. Mais vale tarde que nunca. Talvez haja jogadores que paguem por tabela, como é o caso do José Costa, mas compreendo e aceito a decisão.

Chegam novos reforços estrangeiros: um GR, um lateral esquerdo e um pivot. O que será a época 2015/2016 depende muito da valia destes atletas, cujo valor desconheço. Chega ainda Belone Moreira, um reforço para lateral/ponta direita.

Acho que os nossos opositores continuam mais fortes do que nós e continuo sem falsas esperanças, mas acredito que o caminho traçado é o correcto. Se vai resultar só o tempo e a qualidade do trabalho o dirão.

Com a recente notícia do “camelo” lá em cima há logo uma facada neste novo projecto. Não podemos andar a formar jogadores para os outros. É preciso dominar mais e melhor os meandros do andebol. Não podemos ser apanhados desprevenidos, temos de evitar estas situações.
 
Eddie

sábado, 8 de agosto de 2015

MODALIDADES – 5 DIAS, 5 POSTS


A partir de amanhã, este blog vai iniciar a publicação diária de um post sobre cada modalidade de pavilhão. Todos os dias, mais ou menos à mesma hora, na “ponta da caneta” do Eddie, o rescaldo da época passada, as glórias e os falhanços, o futuro, ambições, perspetivas, saídas e aquisições. Numa escrita de qualidade e com conhecimento profundo sobre o tema, o essencial sobre o que foi e o que esperar do andebol, hóquei, basquetebol, voleibol e futsal.

O INTRUSO IMPROVÁVEL


Está uma família reunida na sala. Até se pode falar em duas famílias. Com crianças. Manda a boa educação que a televisão seja um elemento secundário. Mas se tiver ligada, deve estar na BTV. O Benfica como âncora moral e intelectual, como suporte espiritual. E de repente, surge um individuo de equipamento alagartado. Símbolo de tudo o que há de mais asqueroso no desporto.  A ambição sem regras e sem respeito pelos adversários. É a história centenária deste grupo de figurões a que chamam Sporting de Lisboa.
Havia necessidade? Existe alguma obrigação moral, legal, intelectual ou racional que obrigue a dar guarida a estes animais? A BTV quer tornar-se um canal de desporto e livrar-se da ligação ao clube? Por razões comerciais? Como tantos benfiquistas, por esse mundo fora, é mesmo necessário ocupar tempo de antena com estes tipos?

 
 
JL
 

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A NATUREZA DAS COISAS MENOS SIMPLES


Dizia-me um treinador de futebol com alguma experiência: “noventa por cento dos jogadores são monotáctica, ou seja, não conseguem mudar o chip em determinados momentos do jogo, nem sequer de jogo para jogo”. E mesmo para interiorizarem a forma de jogar da equipa e atuarem em bloco, o treinador tem de repetir procedimentos de forma exaustiva, todos os dias. E mesmo assim, há jeitosos para o chuto na bola que nunca chegam lá. Com anos de experiência e não sabem onde estar em campo quando não têm a bola nos pés. Claro que há exceções, mas esses são aqueles que todos querem nas suas equipas.

A tática é importante, mas não é tudo. Muitos dos novos treinadores cometem este erro. Ver o futebol como um jogo de xadrez. Aqui as peças são homens, com todos os seus defeitos virtudes. Não há 4-3-3 ou 4-4-2 que resista à imprevisibilidade humana. Também no futebol a palavra sucesso vem a seguir à palavra trabalho. Repetir, repetir, repetir. Para isso é necessário tempo.

É neste campo que Rui Vitória parte em desvantagem. Teve o mesmo tempo que Jesus, mas não teve as mesmas condições. E não falo só do clube, falo essencialmente da vergonhosa campanha na imprensa “especializada”. Inacreditável, ou talvez revelador, como as declarações infames e boçais do treinador do Sporting não tiveram da parte da comunicação social um violento repúdio.

Como nunca, nesta pré-epoca o Benfica precisava de ganhar jogos. Nem que fosse com o Mafra.

No entanto, as coisas são com são. O Benfica pode estar em projeto e o adversário levado ao colo, mas há algo que não muda. O Benfica não deixou de ser Benfica e o Sporting não deixou de ser Sporting. E seja em qual for o escalão, há sempre uma das equipas que ganha mais. São coisas da natureza.

JL

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

FINALMENTE, ACABOU A PRÉ-ÉPOCA!



É oficial: a pré-época chegou ao fim.
Do pouco que vi, não deixa saudades. Do que fui lendo e ouvido, ainda menos.
Nada de novo, no entanto: cada vez mais a pré-época, qualquer pré-época não passa de uma aperitivo pobre, sem graça e completamente desenxabido, quer goleemos o simpático Carouge ou fiquemos em penúltimo na International Champions Cup.
Ou também que sejamos humilhados e goleados pelo Arsenal.
Pois é, a memória por vezes para além de curta, é selectiva.
…//…
Era demasiado evidente que o pós-Jorge Judas não seria fácil qualquer que fosse o treinador.
Foram 6 anos de Benfica, 6 anos de grandes sucessos e algumas derrotas estrondosas.
Seis anos em que Judas e uma organização (é proibido agora dizer estrutura, algumas almas sensíveis incomodam-se…) cada vez mais profissionalizada, devolveram o Benfica ao Benfica.
Seis anos de inequívoca e frequente nota artística mas também de derrotas dramáticas e dolorosas de uma equipa que por vezes parecia ter pavor de ganhar.
Seis anos de uma liderança forte. Para o bem e para o mal.
…//…
Rui Vitória não é obviamente Jorge Judas.
Outro perfil, outro discurso; menos empirismo e intuição, mais preparação académica.
Depois de seis anos de “JJ style”, os benfiquistas sentem-se perdidos e renegam qualquer diferença; uma digressão sem brilho nem vitórias fazem o resto.
Vitória é já abertamente criticado porque a equipa não pressiona, afunila o jogo, joga sem extremos e comete erros defensivos em série.
Mas também porque mete as mãos nos bolsos, não masca pastilha, não exige reforços nem grita com os jogadores.
Pelo meio, arrasa-se o presidente, a gestão, os reforços que chegaram e os que nem por isso, a digressão nas Américas (como se os maiores clubes da Europa não as fizessem…) e o sacrilégio de jogar a Eusébio Cup fora da Luz, esquecendo que nas duas últimas edições, a Luz nem meia casa registou.
…//…
Enfim, nada disto é novo no Benfica, mas por vezes cansa.
 Da euforia desbragada à depressão, ao desânimo e à maledicência pura e dura é apenas um pequeno passo, quaisquer 30 dias de uma pré-época desenxabida.

Felizmente acabou, pelo que deixemo-nos de ladainhas e vamos lá ganhar a Supertaça à equipa do Cérebro.


RC

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

JORNALISMO DE INVESTIGAÇÃO: DÃO-SE ALVÍSSARAS


"O Sporting está a olhar para o mercado, como todas as equipas têm de estar, mas de uma forma calma e serena. (...) Se olharmos para a próxima época, eu gostava que os sportinguistas tivessem uma noção, que às vezes não têm. Em primeiro lugar, as chamadas três equipas grandes têm um problema em mãos que nenhuma conseguiu ainda resolver, que é o patrocinador principal da camisola. E isto é um problema que não está resolvido até hoje e que o facto de, garantidamente, terminarmos o campeonato em terceiro lugar não melhora, porque cada vez há menos dinheiro, cada vez há menos empresas com possibilidade para entrar no futebol, porque têm indicações expressas da Troika, das suas administrações para não o fazerem, e o terceiro lugar não nos garante o acesso direto à Liga dos Campeões. Portanto, não faço a mínima ideia que orçamento terei para a próxima época. E os sportinguistas têm de se habituar a ser confrontados com a verdade e a ser confrontados com uma realidade", começou por alertar.


"Porque, se calhar, se o presidente do Sporting passa uma época inteira a pressionar, a estabelecer objectivos, se calhar tem uma visão que não é de mero futebol, mas daquilo que tem de fazer no dia-a-dia, que é gerir o clube. O Sporting, ao dia de hoje, que está a dois jogos do final da época e mais um da Taça de Portugal, não sabe que dinheiro vai ter na próxima época. E não sabe por estes dois motivos. Primeiro, camisola e, depois, não sabemos se vamos ou não chegar à fase de grupos da Liga dos Campeões. O que significa que a rapidez com que nós gostaríamos de preparar a próxima época foi-nos cortada por aquilo que são as incertezas normais de se vamos ou não vamos, porque estamos sob a égide do fairplay financeiro e porque estamos sob a égide de uma reestruturação. Portanto, às vezes é muito fácil dizer que o Sporting precisa de um dez, de um ponta-de-lança, de um defesa, de um avançado… de tudo, mas, sobretudo, do que o Sporting precisava era de ter clarificado aquilo que é o seu orçamento e infelizmente não o tem", admitiu."

(Bruno de Carvalho, Maio de 2015)


RC

terça-feira, 4 de agosto de 2015

JÁ COMEÇA A NÃO FAZER SENTIDO

No dia 31 de julho, na passada sexta-feira, escrevi aqui mais ou menos isto: “Findo o estágio (…) faz todo o sentido que (…) a equipa seja finalmente reforçada. Luís Filipe Vieira garantiu que Rui Vitória teria as mesmas condições que Jesus. Ainda não tem. Por isso, até ao início da próxima semana, dou o benefício da dúvida.”
Não me referia às indigentes exibições no continente americano que, embora desagradáveis, no plano de uma pré-época valem o que valem. Falava sim, do necessário e indispensável reforço da equipa, acentuado com as saídas de Maxi Pereira e Lima e com a gravíssima lesão de Sálvio.
O Benfica inicia a época apenas com Carcela como mais-valia. Taarabt ainda está fisicamente inapto e, sejamos francos, se excetuarmos o Semedo, que por acaso até parece não ser aposta de Vitória, o resto dos jovens não são para o imediato. Talvez seja Fejsa, caso se confirme o regresso em pleno, a maior novidade. Este é o panorama de um plantel que na época passada tinha sido muito esticado e que não era certamente o mais valioso do campeonato.
Pareceu-me que a estratégia da “estrutura” era experimentar o maior número de jogadores possíveis e ao mesmo tempo ir preparando a equipa. Ambas as coisas foram feitas com alguma deficiência, devido a vários fatores, que já me chateia escalpelizar. Contudo, esperava eu, que mal chegasse a Lisboa, Rui Vitória teria já a aguardar pela equipa, no Seixal, de roupa de treino vestida, dois ou três reforços irrepreensíveis.
Nada disto está a acontecer. Alguns nomes vão desfilando pelos jornais, alguns mais ridículos que outros, e a “estrutura” a remeter-se a um enervante silêncio. Os jogadores, disponíveis e interessantes, vão sendo colocados e nós continuamos a aguardar, comos sempre, pelo dia 30, para conseguir aquele negócio.
Vão-me recordar, se não fosse assim nunca teríamos o Jonas. Aceito. Mas recordo igualmente o valor que pagámos pelo Eliseu, quando no ano anterior era gratuito e a quantidade de jogadores que marcharam para o Porto devido à nossa tradicional hesitação.
Não está em causa o jogo da Supertaça. Somos o Benfica e o nosso destino é o de vencer. Mas temos a Liga dos Campeões e o início do campeonato à porta e arrumar a casa só a 30 de agosto, surge-me como demasiado arriscado e não vejo o Rui Vitória com aptidão de equilibrista, como tinha, de alguma forma, o Jorge Jesus.
No entanto, o que parece mais preocupante é a violenta e trágica descapitalização de confiança que a massa associativa está a sofrer, curiosamente a seguir a sermos bicampeões. Alguém deverá recordar à “Estrutura” que o Benfica vive de receitas que, mais do que dos cachets de torneios de prestígio, dependem da quotização, das vendas dos lugares anuais e da subscrição da BTV.
Voltando ao tal post de sexta-feira, se até àquela data as coisas pareciam fazer sentido, neste momento começo a evidenciar algum mal-estar. Mais preocupado fico quando oiço Rui Vitória a mencionar que vai reunir com calma com a “estrutura” e analisar as deficiências da equipa e como devem ser colmatadas. Então a “estrutura” não assistiu aos jogos na televisão? Não foi falando com o treinador?
Abram a pestana! Com tanta demora, só mesmo com duas ou três bombas atómicas é que têm desculpa.
 
JL
 
PS1: Gostava que me explicassem, qual a razão do regresso ao futebol brasileiro de César, um dos centrais mais promissores que vi jogar, que custou mais de 3 milhões e que necessitava de se adaptar ao competitivo futebol europeu.
PS2: O nosso andebol consegue coisas impossíveis, agora até perdemos jovens da formação para o FCP.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

AO CUIDADO DO RUI VITÓRIA


O Talisca não é extremo. O Pizzi joga menos do que dizem. O Talisca não é extremo. O Djuricic existe. O Talisca não é extremo. A qualidade do Gaitan não resolve jogos. O Talisca não é extremo. O Lindelof é um razoável trinco ou lateral, mas é um péssimo central. O Talisca não é extremo. O Carcela existe. O Talisca não é extremo. O meio-campo funciona com o Samaris e Fejsa. O Talisca não é extremo. O Jonas não é o super-homem. O Talisca não é extremo. O Semedo é o melhor lateral direito do plantel. O Talisca não é extremo.

JL


PS: uma curiosidade: vendo um quadro publicado no blogue “Em defesa do Benfica”, concluímos que, nos últimos 30 anos, esta foi a pré-época com menos jogos de preparação. Ao menos que tenha sido a mais lucrativa.