N

Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


terça-feira, 29 de dezembro de 2015

TODOS COMIDOS


Os três clubes grandes a comparar pilinhas, uma imagem decadente porque já não são nenhuns meninos. São centenários cuja ereção dificilmente passa as nossas fronteiras. Nenhum dos negócios é bom, é o possível e até disso tenho dúvidas. Hipotecaram-se receitas e limitaram-se gestões futuras. Comparamos receitas de tostões que são facilmente encurtadas com os Djuricic e Ola John desta vida. Obviamente que o do Benfica é menos mau, porque não vende tudo e o que vende é por menos tempo. O que se realça deste carnaval é a inaptidão e lentidão da comunicação do Benfica. Neste campo somos mesmo comidos de cebolada. Comidos, e a cru, são os sócios que em pleno século XXI, no tempo das SAD, auditorias e CMVM, cada vez sabem menos do seu clube.   

JL

domingo, 27 de dezembro de 2015

O COLINHO

Aproximam-se jogos difíceis e isto não está tão fácil como parecia. Vamos lá adoçar a boca a quem manda nas notícias. Miguel Prates, José Manuel Freitas, Rui Pedro Braz, João Bonzinho e José Ribeiro, tudo ao beija-mão. Há meninas que são mais caras. Ainda se admiram do homem ter tão boa imprensa. Aqui.

 JL

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

DEVE SER FÍGADO


Olhando para esta foto não sei qual dos animais está com pior aspeto, se o vivo, se o embalsamado. Aconselho uma consulta com o bebedolas do Dr. Barroso. Quanto à referida “sustentabilidade dos ciclos de vitória”, e como são pequeninos, aconselho o Daniel Sampaio. Uns e outros ficam bem servidos.



JL

domingo, 20 de dezembro de 2015

QUARTO PODRE PODER


O Sport Lisboa e Benfica fechou um contrato com a NOS pelos direitos dos seus jogos em casa e pela distribuição do seu canal de televisão. Este contrato só devia dizer respeito, em primeira ordem, ao Benfica e à referida empresa, ou seja, aos associados do primeiro e aos acionistas da segunda. Obviamente que, devido aos valores e às instituições envolvidas, é normal que o negócio seja noticiado, comentado e avaliado nos órgãos de comunicação, nomeadamente os de teor desportivo e económico.

O que não é normal é o clima que se instalou de, conforme o lado da barricada, de pânico ou excitação. Desde o desmesurado regozijo das nossas hostes, às ridículas análises dos aziados do costume, tudo foi desproporcional. A título de exemplo, o palhaço pobre que escreve no semanário angolano Sol, José Lima, conseguiu torturar de tal forma os números que apresentou que eles acabaram por ceder mas completamente ao contrário do que próprio pretendia. Vale a pena ler para rir.   

O que não é exemplar e de difícil aceitação é o profundo silêncio de toda gente, salvo raríssimas exceções, sobre mais um perdão de divida ao Sporting por parte do BCP e do Novo Banco. Se a ação do primeiro diz respeito essencialmente aos seus acionistas e aos seus empregados, estes últimos alvo de uma constante politica de downsizing pressionados para aceitar propostas pornográficas de rescisões de contratos por mutuo acordo, a do segundo tem contornos inexplicáveis, pela mediatização da intervenção estatal que o Banco sofreu.

Este desnivelamento de tratamento mediático entre um legítimo contrato entre entidades privadas e um forte chuto numa divida de 55 milhões, atirando-a para as calendas gregas, por parte de uma entidade sustentada pelos contribuintes, traduz a podridão que reina no quarto poder em Portugal. Importante pelos vistos, são os seguranças dos inocentes Jesus e Trinca-Bolotas, ameaçados de crucificação, no quente Natal de 2015.   

JL  

 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

FUNCHAL GEMINADO COM AROUCA


O União vinha de uma derrota trágica. Aliás, vinha de um score negativo de 0 – 10 nos últimos dois jogos, até por isso o Benfica não podia entrar assim no jogo, mas como em Arouca foi feito tudo ao contrário. Aqueles 45 minutos iniciais foram inacreditáveis. Em vez de avassaladores, foram amorfos. Em vez de rigorosos, foram desleixados. Houve uma enorme falta de seriedade. Quando assim é, não merecem mais. O problema é que o Benfica somos nós e não eles.  

Se o jogo de hoje tivesse sido na data inicial esta exibição até podia ser tolerada á luz do estado de espirito de então, neste momento é um enorme passo atrás.

Uma pequena nota para Rui Vitória: Nem sempre o que resulta num jogo tem necessariamente de resultar noutro. Os adversários são diferentes, logo a receita também deve ser diferente. E hoje, após uma série de jogos, em poucos dias, sempre com mesmo onze, impunha-se soluções diferentes. O treinador não soube fazer essa leitura.

JL

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

UMA CHINELADA VINDA DO SEIXAL


Suponham uma criança, nascida nos anos 70, 80 ou até 90. Agora é um homem feito, ou uma mulher feita. Por razões familiares, de amizade, de azar, decide ser do Sporting. É convencido pelo pai, irmão, vizinho ou colega de carteira que o Sporting é o maior clube do mundo. Ele não desconfia, as sucessivas derrotas são fruto de uma conjuntura adversa, explicam. Nem sempre foi assim, garantem. O tempo passa e vão surgindo sinais, cada vez mais fortes, que há um quiproquó. O clube fundado para ser um dos maiores da Europa, não só passa completamente despercebido no velho continente, como até trocam o seu nome com frequência, como se fosse aquele colega da empresa que trabalha no armazém, na cave, que só vemos na festa de Natal.   

Pior, o Sporting de Portugal – ou de Lisboa como é chamado no resto do mundo – não é sequer o maior de País. E já nem é o segundo. E, azar dos Távoras, nem sequer é o maior da sua cidade, nem da rua dele, porque mais à frente na segunda circular mora o enorme Sport lisboa e Benfica. Imaginem a frustração.

É por esta razão, humanamente aceitável, que o Sportinguista se torna lagarto. Uma metamorfose inversa à da lagarta que se transforma em borboleta. Uma revolta biológica contra o equívoco que sofreu. Quando sai do casulo, transformado em lagarto, o ex-sportinguista acredita piamente nas coisas mais inverosímeis desta vida. Não que seja ingénuo ou pacóvio, mas por necessidade, para que a sua vida faça sentido.   

Acredita, por exemplo, na glória mundial de um Joaquim Agostinho, mediano ciclista a nível europeu, cujas grandes vitórias internacionais foram com a camisola de clubes franceses e belgas. Acredita que uma garagem em Leiria cheia de chinesices se pode chamar de museu. Acredita que vitórias internacionais de atletas que representam outros emblemas, também são do Sporting só porque estes são associados ou já passaram pelo clube. Acredita no embuste do clube mais eclético de Portugal e segundo da Europa, mesmo contrariando os números da história e da atualidade.

Por fim, enaltecia orgulhoso o facto de, ao menos, serem os melhores a formar jogadores de futebol. Esta era uma verdade inabalável, apesar de que olhando para os resultados desportivos e financeiros, deveriam ser também os que menos se aproveitavam desse facto e nesse aspeto, dou o braço a torcer, eram mesmo dos melhores do mundo.

Contudo, há sempre um dia que o nosso mundo nos foge dos pés e esse dia é hoje. A notícia surge de rompante: o Sport Lisboa e Benfica vai ser distinguido na 7.ª edição dos Globe Soccer Awards, em cerimónia a realizar no próximo dia 28 de Dezembro, no Dubai, com o prémio “Best Academy of the year”, pelo trabalho desenvolvido no Caixa Futebol Campus.

O ex-sportinguista, agora lagarto, não desarma. Que importância é que isso tem? Jovens? Formação? Temos o Jesus, somos campeões da supertaça e trivencedores do dérbi. São assim os nossos vizinhos. Como uma melga no escuro do nosso quarto. É abrir a luz e usar o chinelo.
 
 

JL

sábado, 12 de dezembro de 2015

RÁDIO BENFICA (2)

Quando se prevê o retorno da BTV a Benfica TV, ou seja, à sua configuração original, é provável que toda a sua estrutura sofra uma espécie de downsizing. Surge assim uma oportunidade de reconverter alguns dos profissionais de comunicação e técnicos do canal para outro projeto do clube que desesperadamente vamos aguardando e que já foi aqui referido.

JL

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

A CHAMPIONS, OS TUBARÕES E OS CARAPAUS DE CORRIDA


Não é coisa pouca: em 6 épocas de Jesus, fizemos jogos europeus brilhantes, fomos a duas finais europeias mas deliberadamente esquecemos, ostracizamos, excluímo-nos da Champions League.

Era (é) assim o nosso ex-treinador: intuitivo e por vezes brilhante mas provinciano e pequeno perante os grandes palcos onde só os maiores têm lugar e se disputam, de facto, as grandes decisões.
Por isso, fugiu da Champions como o demo da cruz, temendo a derrota, a humilhação: fraco perante os fortes, é disso que se trata.

Esta postura cobarde e pequenina fez escola entre uma comunicação social tendencialmente ignorante, sabuja e também ela provinciana, para quem o futebol actual se resume aos recordes, birras, trejeitos e tiques de Cristiano Ronaldo ou aos seus supostos duelos com Messi.

Tudo isto a propósito do próximo sorteio da Champions.

Ficamos em 2º no nosso grupo e a consequência será jogarmos com um dos primeiros classificados dos outros grupos.
É este o formato da Champions, uma competição sem o glamour e o fascínio da velhinha e saudosa Taça dos Campeões Europeus, mas cujas regras são conhecidas.

E o que faz a imprensa desportiva portuguesa?

Pois bem, acena com papões, visões dantescas, enchendo a boca e alma com supostos tubarões que nos trucidarão sem dó nem piedade.

Abdicando pura e simplesmente do seu papel formativo e informativo, a jornalada escrita e palrada, limita-se a propagandear, a manipular, a condicionar e a quase aterrorizar o Benfica e os benfiquistas.

Já levo uns anos disto e já vi o Benfica defrontar o grande Bayern de Sepp Maier, de Franz Beckenbauer, de Breitner, de Müller e de tantas outras estrelas.
Empatamos na Luz e levamos 5 em Munique: o Benfica continuou a ser grande, respeitado, admirado.

E o que dizer daquela terrível noite de Março de 1984 em que o mítico Liverpool de Souness, Dalglish, ian Rush & Co. dizimou completamente o grande Benfica de Eriksson ?
Acaso deixou o Benfica de ser enorme, admirado, respeitado, quase venerado em Inglaterra?

É pois isso, que temos de evitar: este clima de quase histeria em que nos querem envolver, condicionando-nos logo á partida e derrotando-nos ainda antes de qualquer sorteio.

Sabemos das nossas possibilidades, e conhecemos as nossas limitações; não nos deixemos porém abater por meia dúzia de carapaus de corrida, por muito que nos falem em tubarões.

Aconteça o que acontecer, não deixaremos de ser Benfica e, sobretudo, de estar no nosso lugar: entre os maiores.



RC

DA RENOVAÇÃO DE GAITÁN


O Benfica renovou com Nico Gaitán e ainda que esta renovação seja provavelmente uma espécie de antecâmara da venda, não deixa de ser uma boa notícia.

Sobretudo se, como espero, servir para estabilizar a cabeça de um jogador que embora genial, dotado e por vezes brilhante, tem demasiadas intermitências.

Os últimos jogos foram, aliás, sintomáticos: vimos um Gaitán desconcentrado, a amuar com os árbitros, a insistir em toques de calcanhar e outro tipo de habilidades circenses que à equipa trouxeram…nada.

Gaitán é o melhor jogador do Benfica e não sei até que ponto não será esse o nosso drama.

Este rapaz argentino tão distante na pose dos raçudos guedelhudos que sempre me habituei a ver no futebol das pampas, alterna com demasiada frequência a genialidade pura com a ausência da mente ou com o inútil número de circo.

Precisaríamos talvez de um Gaitán por vezes menos exuberante tecnicamente mas mais presente fisicamente, mais empenhado no jogo e no seu (fundamental) papel na equipa.

É pois isto que espero deste momento pouco mais que simbólico: que a renovação com Gaitán seja também e acima de tudo uma certa renovação de Gaitán e aí sim, será um jogador assombroso e decisivo.


RC



NOTÍCIA SEM FUNDAMENTO, ESPERANÇAS INFUNDADAS


Acordámos no feriado com uma boa notícia. O Benfica tinha finalmente acertado o naming do estádio. É daqueles negócios onde é difícil encontrar defeitos. O estádio chama-se Estádio do Sport Lisboa e Benfica, mas ninguém utiliza esta denominação, toda agente chama, e sempre chamará, Estádio da Luz. É um verdadeiro negócio das arábias, vender algo que não se tem ou não se utiliza. Ainda mais por bom dinheiro.

Quando começávamos a ir moralizados para o estádio ver a champions o mestre da comunicação do clube, o Senhor Gabriel, apressou-se a desmentir. “Não tem qualquer fundamento”. Com tanta mentira que se escreve na impressa sobre o Benfica, acho engraçado este sentido de oportunidade e prioridade.  Isto é que é saber gerir expectativas.

Do jogo já muito se disse e escreveu, decorreu dentro do possível. No entanto, olhamos para o relvado e vemos os esforçados André Almeida, Eliseu, Pizzi  - muito uteis contra as Académicas desta vida, mas nestes jogos são apenas esforçados (adjetivo que tenho dificuldade em ligar ao Gaitan)  - e pensamos nos milhões da marca de pneus. Como fomos parar ao lago dos tubarões, o meu receito de um naufrágio não é de todo infundado. Está visto que precisamos de umas boias lá para janeiro.

Pena que os milhões da marca de pneus não têm fundamento.  

JL   

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O VERBO FORMAR NÃO JUSTIFICA TUDO


Não é desta época. A equipa B está muito abaixo das suas possibilidades. Já o tinha escrito aqui. Qualquer equipa, com alguma organização tática, consegue bater o pé ao Benfica B, cheio de craques e promessas do nosso futebol. Num projeto que dizem apostar muito na formação e em que o ano zero já vai bem longe, as três equipas da fase final do percurso – Juniores, Equipa B e Equipa Principal – estão longe, muito longe dos seus objetivos nos respetivos campeonatos. Isto não fará pensar os responsáveis? Podem ser várias as causas: Inadequação das equipas técnicas, jogadores mal distribuídos pelos três escalões, empréstimos mal feitos e outros por fazer, despensas abusivas. Uma coisa é certa, são demasiados os maus resultados. E não me venham falar que o importante é formar, não estamos a falar propriamente de iniciados.  

JL

domingo, 6 de dezembro de 2015

O NOSSO FUTURO (PARA ALÉM DO ÓBVIO)


É óbvio que o nosso futuro passa por uma equipa de futebol altamente competitiva, que ganhe três em cada quatro campeonatos e a passe com frequência a fase de grupos da Liga dos Campeões, sustentada financeiramente por um conjunto de receitas ordinárias. O sobe e desce de investimento, para além de ser mais arriscado desportivamente, pode causar fissuras no clube, tanto ao nível da sua estrutura técnica, como a nível económico-financeiro.

Contudo, não chega. E não chega porque o mercado em que o Benfica está instalado é minúsculo. Sofremos uma espécie de claustrofobia competitiva. Vejamos os ataques dementes do trinca-bolotas. Em outra dimensão seria uma anedota de rodapé, aqui faz capas de jornais. Cada vez que o trinca-bolotas abre a boca é como um peido num elevador. E é desse elevador que temos de sair.

O futuro tem de passar impreterivelmente por novos mercados. Algo já há muito detetado pelos maiores clubes europeus e muitos deles não têm a nossa diáspora, nem à disposição a enorme paixão ainda vivida nos países de expressão portuguesa.

Mas não só. Deve ir para além do futebol. É difícil, vivemos num país em que o desporto extra futebol é mesmo paisagem. No entanto, é um caminho que tem ser feito e se for com o Benfica a liderar tanto melhor.

O ecletismo do Benfica, apesar de mediaticamente mal tratado (por culpa nossa), é único no mundo. Nenhum clube tem tanta expressão. Essa vantagem deve ser trabalhada à séria e passa por três modalidades que à primeira vista podem parecer improváveis: Futsal, Ciclismo e Rugby.

O Futsal é a modalidade de pavilhão com maior crescimento. Talvez pela velocidade, pela incerteza dos resultados ou pela analogia com o futebol. Acresce que é uma modalidade onde temos reais hipóteses de ganhar na europa e no mundo. Se juntarmos o facto da fase final do Nacional se realizar já com todas as competições paradas, ou seja, com a quase exclusiva atenção de todos os agentes, concluímos da importância do sucesso na mesma.

O Ciclismo tem um peso mediático gigantesco. As provas, que se realizam, na sua maioria, durante o período de defeso do futebol, são essencialmente um enorme espetáculo televisivo. Com as comunidades portuguesas espalhadas por essa europa considero que não seria impossível encontrar um patrocínio que garantisse a participação do nosso clube nas maiores provas europeias. A volta a França, por exemplo, é vista mundialmente. Da América ao Oriente. Três anos de sucesso no Tour valeriam para a promoção do nosso nome como uma Liga dos Campeões.     

O Rugby é um desporto com futuro. Moderno, urbano, em crescimento. Os seus praticantes e adeptos são na sua larga maioria filhos das classes média-altas, estudantes universitários, quadros superiores. Dela pode surgir uma importante base de apoio para o clube. O Benfica não pode continuar a olhar para a secção das sedas como uma estrutura autónoma. Apesar de SAD, é nossa e tem uma história centenária. Não deve definhar na segunda divisão.

 

JL

   

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

JOGOS DO BENFICA? OBVIAMENTE NO ESTÁDIO

Ainda é muito cedo para grandes conclusões sobre o negócio Benfica /Nos. Nem embandeirar em arco, nem criticar sem apelo, nem agrado. O anúncio é feito em grande: 400 milhões, mas depois vem as letras pequeninas: contrato por 3 anos, podendo ser renovável até 10, com montantes anuais progressivos. Assim, as explicações são muito necessárias, nomeadamente no que diz respeito ao acesso ao canal Benfica.
A este propósito é importante recordar dois aspetos fundamentais:
Primeiro, os objetivos iniciais do canal do Benfica, que seriam a divulgação da atividade do clube, promover o benfiquismo, defender os nossos ideais e especialmente alargar a marca nos PALOP, nas comunidades portuguesas no mundo e em novos mercados.  
Segundo, a forma como o Benfica é tratado na Sport TV. Basta assistir a uns minutos de qualquer jogo da nossa equipa transmitido pelo canal do Oliveira, seja ele nacional ou de uma competição europeia, para verificarmos o elevado nível de antibenfiquismo que corre naquela estação. E não me refiro apenas aos comentários, as imagens selecionadas, as repetições, tudo tem um objetivo de ataque ao nosso clube. Esta foi a principal razão para que a BTV assumisse as transmissões. Será que a isenção está assegurada neste novo contrato ou vamos continuar a ser enxovalhados?
 
De qualquer forma, ontem já se perguntava: “ onde vamos assistir aso jogos do Benfica?”
Resposta óbvia: No estádio, claro.

JL

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A ARTE DO CHOCALHO


O que foi tornado património mundial foi arte do fabrico do chocalho, não o ato de chocalhar. Contudo, num país de rebanhos e varas é este último que dá resultados. O som estridente do chocalho vence a música do trabalho sério.

Olhando para as contas trimestrais dos três grandes percebe-se agora o barulho insistente e contínuo do trinca-bolotas. Tinha de ser assim, não podia ser de outra forma. Citando Primo Levi, “compreender é justificar” e nada justifica os absurdos ataques que temos sofrido. Devemos responder à barbárie com civilidade. O ponderado mas firme comunicado de ontem pareceu-me um bom início de conversa. Todo cuidado é pouco, se vamos deixa-los a chocalhar em direção ao abismo, não podemos ir agarrados a eles. Ainda os salvamos, como já aconteceu no passado.

 JL

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

SUN TZU AO JANTAR


Muito deve ser do agrado do nosso treinador a citação de frases da Arte da Guerra. “A habilidade de alcançar a vitória mudando e adaptando-se de acordo com o inimigo é chamada de genialidade.”

Até enfim que contra equipas que se aproximam do nosso nível Rui Vitória resolveu preencher o meio-campo. Não digo que em casa, contra volumosos autocarros, não seja fundamental ter vários homens com vocação ofensiva em campo, mas quando se prevê que parte do jogo de desenvolva no meio-campo que sentido faz partir a equipa? Um dos mitos mais imbecis do futebol é pensar que quanto mais atacantes melhor.  

O Benfica não esteve sempre bem, chegou a estar encostado às cordas no início da segunda parte, teve dificuldades em efetivar as possibilidades de contra-ataque que o Sporting de Braga generosamente lhe proporcionou, mas acabou o jogo a controlar. Uma vitória justa, importante e saborosa.

Da arbitragem mais do mesmo. Dualidade de critérios, amarelos ridículos aos nossos, vista grossa a penalidades do tamanho do Sameiro. Cheira a anos noventa que tresanda.  

O Benfica pode ter iniciado aqui um novo ciclo. Depois da bonança que foi o bicampeonato e da tempestade que tem sido este início de época, podemos estar perante um novo despertar.

“Como a felicidade pode se transformar na insatisfação, assim o desespero pode sumir no despertar de uma nova primavera. Com cada dia pode nascer um outro entendimento de nosso estado e dos nossos objetivos.” Outra vez o nosso Sun Tzu.
 

JL

PS: Um Benfica à Benfica não equipa de preto, amarelo ou roxo, equipa de vermelho e branco ou de vermelho ou de branco.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

UMA EQUIPA À BENFICA

É um título propositado. Provocador, estamos a minutos de jogar em Braga quando a esperança numa grande exibição e melhor resultado é pouca. Contudo, pode ser que pegue por osmose, porque a equipa a que me estou a referir é a nossa equipa de iniciados. São 14 jogos, 14 vitórias. São 70 golos marcados, o que dá uma média de 5 por jogo. E talvez mais importante, nenhum sofrido, ou seja, já são 980 minutos sem sofrer golos. Impressionante.

JL

domingo, 29 de novembro de 2015

ENTRE PERDER O CAMPEONATO E O CAMPEONATO PERDIDO


O Benfica é o único que pode perder o campeonato, os outros apenas podem ganhá-lo. Esta diferença devia ter-nos dado outra força, outra ambição. Por várias razões, muitas, mais do que aquelas que se referem por aí, não foi o caso e estamos neste momento mais perto de perdê-lo do que os outros de não ganhá-lo. Amanhã em Braga, depois do jogo, terei mais ou menos razão, mas este post continuará sempre a fazer sentido. Pelo menos até dezembro.

No final do ano, quando abrir a nova época de mercado, a estratégia terá de ter a ver diretamente com a nossa posição no campeonato. Se considerarmos que na altura saberemos quem será o nosso adversário nos oitavos da champions e consequentemente as nossas hipóteses e que a Taça da Liga, até pelo nosso domínio, não nos dá o brilho de outras competições, será a dicotomia entre o risco de perder o campeonato e o facto de o campeonato estar perdido que deve determinar o tipo de investimento a efectuar.

Se as hipóteses do tri ainda forem reais, ou seja, se a distância do topo for menor que duas vitórias, faz todo o sentido qualificar a equipa em duas ou três posições chave para o imediato. Recebemos o Porto, o Braga, vamos a Alvalade, o sucesso nestes jogos coloca-nos lado a lado. Se ao contrário, a distância atual ainda aumentar, o Benfica não pode perder a oportunidade de ter o campeonato perdido e preparar condignamente esta nova fase do nosso futebol. Que foi precisamente o que faltou neste defeso. E como? Por exemplo, determinar um bom suplente para o Júlio Cesar, descobrir um novo Luisão, limpar a equipa de 4 ou 5 jogadores que andam no limbo, dar futuro aos jovens, tenham vindo do Seixal ou de qualquer outro destino europeu, fazendo-os jogar com critério. E mais importante que tudo, definir um modelo de jogo.   

O pior que pode acontecer é perdermos o próximo comboio por estarmos à espero de um que já passou.

 

JL

PARABÉNS JORNAL


O nosso jornal fez ontem, 28 de novembro, 73 anos de vida. Como explica Alberto Miguéns aqui, sem dúvida a publicação desportiva em Portugal. São 3735 números em 73 anos. Outro semanários conseguem ter 3547 números em 94 anos. Enfim, parabéns O Benfica.

 
JL

terça-feira, 24 de novembro de 2015

TERRORISMO CLUBE DE PORTUGAL


Os clubes não são todos iguais. Há clubes que são realmente diferentes. A coletividade do Lumiar, conhecida internacionalmente como Sporting de Lisboa, retirou a rede de proteção do fosso apenas em frente aos adeptos do Benfica. O carniceiro argelino está no sítio certo. Talvez seja o Sporting que está no local errado. Provavelmente Raqqa seja o sítio ideal para gente desta estirpe.  

 
JL

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

SOBRE EQUÍVOCOS


Para que serve esclarecer os equívocos se as causas persistem? Perguntava Sartre. A política de contratações do futebol do Benfica tem sido nos últimos anos, largos anos, no mínimo, errante. Aproveitou-se o facto do anterior treinador ser um obcecado, pontuais crises dos adversários diretos e ganhou-se três campeonatos em seis. Aproveitou-se também uma muito positiva política económica e financeira, temos de reconhecer o mérito da Direção, e o Benfica teve possibilidades de ir ao mercado com os bolsos cheios.

Contratou-se bom, contratou-se mau, mas essencialmente contratou-se muito. E continuamos. Não vale a pena dizer que era o Jesus que exigia. Como é que um gestor da SAD explica negócios como Candeias, Farina, Marçal, o preço do Pizzi, o investimento em Ola John, e podia continuar, porque são tantos, só emprestados são trinta e cinco.  

O problema é que a percentagem de aproveitamento das contrações é cada vez mais baixa. De ano para ano. Tanto na equipa principal como na B. Tanto jogador que chega, internacional jovem no seu país e depois nem calça.

Vejamos a principal. Do onze inicial apenas os avançados são titulares e nem sequer são os dois ao mesmo tempo. Na realidade, o Benfica com o que sobrou do ano passado apenas joga de início com um reforço, ou é Raul ou é o Mitro. Assim, considerando as saídas, a equipa tem efetivamente menos recursos.

Não, nós não nos esquecemos que Rui Vitoria entrou já com o comboio em andamento e que a sua responsabilidade na constituição do plantel é quase zero. Contudo, exigia-se mais à SAD e exigia-se que ele, o treinador, também exigisse. Porque há coisas que não fazem mesmo sentido nenhum.      

Apesar do Benfica ter no meio campo o seu grande problema, o treinado tem à sua disposição nada menos que dez jogadores: Fejsa, Cristante, André Almeida, Samaris, Taarabt, Talisca, Pizzi, Djuricic, Teixeira e Renato Sanches. Todos já foram internacionais, não são nenhuns pernas-de-pau. No entanto, o meio campo continua, ao fim de três meses de trabalho, a não resultar e curiosamente continuam sempre a jogar os mesmos. Essa é a nossa aflição. A insistência no Talisca é um mistério. Outro mistério é o Carcela. Será que nem com o castigo do Gaitan vai ter possibilidades de jogar mais uns minutos?  

O Benfica, bicampeão, tem de fazer obras grandes no seu plantel. Quem não conta deve sair. Cristante, Taarabt, Djurcic. Dos jovens só vejo com maturidade para jogar e treinar permanentemente o Guedes e o Semedo. Os outros têm de jogar e jogar muito, mas na B. Minutos com fartura para o Teixeira, Nuno Santos, Renato, Andrade e Lindelof. E é urgente, muito urgente, que chegue um jogador para o meio-campo que nos dispense de ver o Pizzi e o Talisca muitas vezes em campo.   

JL

domingo, 22 de novembro de 2015

IMPUNIDADE?


No futebol português voltou a valer tudo. A agressão gratuita do carniceiro argelino ao Samaris, quando o colega de profissão estava de costas, sem bola, vai ficar impune? Com o Judas, com o Trinca Bolotas e o Machado no banco, voltámos aos anos oitenta, mas agora um pouco mais a sul.
 
JL

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

RÁDIO BENFICA


Foi uma das promessas eleitorais de Luis Filipe Vieira. Não me recordo se foi nestas ou nas eleições anteriores, mas pelos vistos pode vir a fazer parte do programa das próximas. A Benfica TV, agora BTV, foi um passo enorme para quem acompanha o Benfica com regularidade. Fomos, de facto, vanguarda. O ceticismo dos nossos adversários, e até de alguns benfiquistas, sobre a viabilidade do projeto foi até significativo.

Chegou o momento em que só a BTV já não chega, mesmo com dois canais. O Benfica joga muitas vezes fora, o que implica uma enorme “ginástica” daqueles querem ter a informação no imediato. A TV lagarta, a do Porto, links manhosos, canais do youtube, sites federativos, rádios locais, tudo tem servido para ver e ouvir sobre o desempenho dos nossos atletas.

A criação de uma Rádio Benfica seria um passo fundamental. Permitiria acompanhar muitos dos jogos e provas fora do nosso estádio e até ter uma programação autónoma interessante. Dar informação imediata de resultados de competições que se desenrolam em simultâneo. Seria ainda mais um meio para divulgar os programas de debate e análise da BTV. Aliás, os seus conteúdos poderiam ser partilhados entre os vários meios do clube, como já se faz agora.  

O investimento não seria de grande monta. Admito dificuldades ao nível das licenças e das frequências disponíveis, mas com o advento das rádios on line penso que seria um falso problema. Este é um projeto que devia de avançar o quanto antes, sob pena de outros se anteciparem.

JL

terça-feira, 17 de novembro de 2015

AS SETES VIDAS DA VANESSA


No que diz respeito aos grandes nomes do extrafutebol, Vanessa Fernandes fez a ponte, num momento de recuperação do clube, entre um leque de atletas imaculáveis como foram José Maria Nicolau, Carlos Lisboa ou Oliveira Ramos e outros que vão ficar registados na nossa história com a marca da eternidade como é o caso do Nelson Évora ou da Telma Monteiro.   

No triatlo ganhou mais de 20 vezes a Taça do Mundo e foi medalha de prata nos Jogos Olímpicos. Esta semana conseguiu em Valencia os mínimos para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro logo na sua estreia na maratona.

Apesar de ser difícil a sua participação na prova que se vai disputar no Brasil, para o ano que vem, já que cada país só pode selecionar três atletas, este feito é de todo notável para uma jovem que muitos consideraram acabada para o desporto de alta competição.  

Vanessa Fernandes, que nos últimos tempos tinha humildemente contribuído para várias vitórias a nível coletivo do nosso clube no meio-fundo, é a imagem do deve ser um atleta à Benfica. É fácil quando andamos por cima e os elogios surgem em cada esquina. A atleta percebeu que mais do que as grandes vitórias internacionais, uma campeã tem de vencer primeiro as suas guerras interiores. Não é por acaso que é filha do grande Venceslau Fernandes.      

JL

sábado, 14 de novembro de 2015

ON EST PARIS!



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Bem pode ser considerada a nossa terceira cidade porque ali vivem, trabalham e estudam cerca de um milhão de portugueses, mas não é sequer isso que está em causa, porque as vítimas do terrorismo não têm nacionalidade e são apenas isso: vítimas.

Paris voltou a ser alvo da face mais odiosa e cobarde da violência: o terrorismo exercido contra cidadãos anónimos e indefesos, contra gente comum com vidas normais  e iguais à de cada um de nós: um jantar em família ou com amigos, um concerto, uma simples ida a uma festa chamada futebol.

Na noite em que todos fomos parisienses, morreu gente inocente cujo único crime foi estar no sítio errado à hora fatídica.

Para alguns deles o local que devia ser de festa e se transformou em morte e tragédia, foi o Stade de France.

Os cobardes alucinados que semearam o terror na noite de Paris sabiam bem os quês e os porquês: apesar de todo o mercantilismo que hoje existe, o futebol continua a ser em qualquer parte do mundo uma das grandes festas genuinamente populares e é talvez ali que o grande lema da República Francesa mais sentido faz: só quem nunca festejou um golo ou uma grande vitória na liturgia única de um estádio, pode pensar que “Liberté-Égalité-Fraternité”, nada têm a ver com futebol.

É isso que nos move quando, de muitos nos tornamos um só; quando afastamos as diferenças e somos iguais no apoio às nossas cores; quando no êxtase do golo, abraçamos o desconhecido que está ao nosso lado.


É tudo isso que o terrorismo quer também matar: o nosso modo de vida, as nossas paixões, a nossa possibilidade de em liberdade, igualdade e fraternidade festejarmos os golos da nossa vida.





RC




sexta-feira, 13 de novembro de 2015

SEGUNDOS DE GLÓRIA


Num segundo muda tudo, mas para aparecer esse segundo são necessárias centenas de horas de trabalho sério, de presistencia, de convencimento do valor. O Benfica é isto. O futsal do Benfica é isto. Já o tinhamos aqui escrito. É o incio de nova era nesta modalidade.
 

JL           

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

"NUNCA PENSEI...



…Estar nesta situação. A minha lealdade esteve durante vários anos sempre presente para com o Benfica”.

No contínuo e ridículo processo de calimerização do Sportém, faltavam agora estas palavras tão doridas do supostamente injustiçado Judas de serviço, à saída do tribunal do Barreiro.
É assim o Sportém: um clube perseguido e acossado onde todos são vítimas de qualquer coisa e Jesus, claro, não poderia fugir à regra: injustiçado e maltratado pelo Benfica, esse clube de ingratos que o encheu de dinheiro, lhe proporcionou glória e títulos e que tentou dá-lo a conhecer à Europa do futebol. 
(Em vão, porém: para Jesus a Europa acaba no Campo Grande, como aliás, se está a ver…).

Ao invocar conceitos como lealdade, o actual treinador do Sporting mostra uma vez mais a sua faceta de farsante narcisista, mentiroso e manipulador.

Desengane-se quem pense que Jesus exultou com alguma vitória ou título do Benfica: Jesus exultou com as suas vitórias, com o seu monstruoso e deformado ego, com a sua inata mentalidade de lagarto pequeno e desabituado de ganhar.

Não tenho hoje qualquer dúvida de que Jesus tinha a decisão tomada há muito tempo e nem preciso de recordar o artigo de Pedro Candeias no “Expresso”, mencionando contactos em Março(!) com gente da estrutura do Sporting.

A mim bastou-me estar na Luz e em Coimbra e ver a forma forma fria e distante como Jesus festejou os títulos: logo na altura senti o cheiro a esturro ou a esterco para sermos todos mais precisos.

É pois, este o traste que enche a boca com conceitos como lealdade,vitimizando-se perante a opinião pública e dizendo-se maltratado e injustiçado pelo mal-agradecido Benfica.

E é este o homem que muitos benfiquistas(?) continuam a defender  e isto, sim, é grave, preocupante e profundamente triste.

RC





segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O NOVO SISTEMA: MATAR OU MORRER


Seria sensato e de todo aconselhável que, finalmente, começássemos a levar a sério a Sociedade Recreativa do Campo Grande, vulgo Sportém.

Não porque neste campeonato estejam a praticar um futebol de alto nível com elevada nota artística como “o Cérebro” gosta de apregoar.

Menos ainda porque se se tenham tornado um clube credível, respeitável e decente, dirigido por gente leal e séria: poucas vezes o terão sido ao longo da história, menos ainda agora que são dirigidos por um hooligan engravatado, directamente saído das catacumbas frequentadas por ultra-nacionalistas, skinkheads e demais tipo de escumalha.

Nada disso: como se vê pelo brilhante desempenho europeu, ao Sportém tudo acontece quanto lhe falta a mão que o tem embalado internamente.

Do clamoroso fracasso que foi a pré-eliminatória da Champions, à estrondosa e humilhante derrota perante um colosso albanês, já tudo aconteceu à equipa do Cérebro e do Trinca-Bolotas.

Quanto, porém, voltamos às competições internas, o caso muda de figura e apercebemo-nos que, de facto, é conveniente levá-los a sério: nada, mas mesmo nada foi deixado ao acaso.
…//…
A estratégia foi, reconheça-se, bem montada: da habitual vitimização, apregoada e vendida em coro por todos os Rui Santos deste miserável jornalismo desportivo português, passou-se rapidamente à criação de uma mega manobra de intoxicação e propaganda visando exclusivamente a descredibilização do Benfica e a suspeição sobre o nosso clube.

Junte-se a isto a contratação de personagens sinistras como Octávio Machado e está montado o carro de assalto ao campeonato.

E é a isso que todos temos assistido: de Tondela a Arouca, o campeonato do Sporting tem sido um passeio de favores e de decisões polémicas cujo beneficiário é invariavelmente o mesmo.

Confesso que tenho dúvidas sobre qual a estratégia a adoptar por parte do Benfica: estamos numa posição difícil, hostilizados que por uma imprensa que nos detesta na mesma medida em que precisa de nós e  faltam claramente  opinion-makers que assumam claramente a defesa do Benfica.

Aproximam-se dois jogos que poderão marcar o que resta da época: do jogo da Taça em Alvalade, espera-se, receia-se e pressente-se nova Xistrada, ainda para mais sendo um jogo a eliminar.

Quanto ao jogo de Braga, tal como a nau Catrineta, tem sempre muito que contar, pelo que tudo podemos e devemos esperar.
…//…
Ou muito me engano ou o novo sistema que vigora no futebol português vai tentar desferir a estocada final neste Benfica 2015-2016.

Talvez seja, pois, chegada a hora de jogar na antecipação e marcarmos uma posição firme, clara, inequívoca e desassombrada: poderá ser a última oportunidade.

  


RC

domingo, 8 de novembro de 2015

O COSME JÁ NÃO MORA AQUI ?




Esta bandeira tem no máximo um metro por dois. Estou a falar do tamanho. Porque a imagem nela exibida tem uma dimensão não mensurável de benfiquismo. Quem a fez, ou a mandou confecionar, foi guiado pela paixão. Mostrar o Grupo Sport Lisboa do início do século passado não é um mero maneirismo revivalista, é patentear com um orgulho muito seu, muito nosso, as camisolas berrantes do maior clube do mundo.

O dono do pendão, quando se desloca à Catedral, eleva-a mais alto que pode. Com vaidade. Para tal utiliza um simples tubo de eletricista, estreito, daqueles que usávamos quando eramos putos para atirar grãos uns aos outros, utilizando a força do sopro. O tubo é de uma inofensividade sem paralelo. Tem uns 4 ou 5 centímetros de espessura e, no máximo, uns dois metros de comprimento. Que bonito era o ver esvoaçar nas bancadas da Luz.

Mas não é possível. Não é possível porque pela terceira vez consecutiva os seguranças das portas 10 e 11 do nosso estádio – e aqui realço “nosso” – impedem que a bandeira entre com o “perigosíssimo” tubo plástico de cinco centímetros.

São ordens! Argumentam cheios de sapiência profissional, enquadrados orgulhosamente pela licença do MAI, que lhes permite serem ARD – Assistentes de Recintos Desportivos, essa modernaça designação que teoricamente lhes devia ter dado competências especificas para atuarem em tão complexo local, mas que no fundo lhes dá apenas preparação técnica para, no limite, garantirem sem grandes problemas a paz em qualquer cemitério de província.

Podia preguiçosamente pegar em Hannah Arendt para justificar tão imbecil proibição. Contudo o problema é mais prosaico. Tem a ver essencialmente com a falta de visão de quem organiza os jogos na nossa Catedral.
Quem se desloca ao estádio da Luz, para ver o grande Benfica, não o faz da mesma forma que vai ver um concerto, a um filme ou a uma corrida de fórmula 1. A paixão é aqui um ingrediente central. Sem ela, maior parte de nós ficava sentadinho no sofá, com o comando na mão, a coçar a barriga. É mais fácil, é mais barato e até se vê melhor o jogo.

Este episódio da bandeira é apenas um exemplo, Os sócios do Benfica são tratados em cada jogo como um incómodo. Como uma chatice. Um ingrediente a mais que se tolera. Bandeiras só as oficiais, esvoaçadas por funcionários pagos à medida. Cânticos só comandados pelo speaker e pelo ecrã gigante. Até os movimentos dentro do estádio são limitados ao máximo, como gado em qualquer processo agropecuário.

Há cerca de dois anos o Benfica fez um jogo particular em Abu Dhabi. Na transmissão televisiva o comentador enfatizou o facto da equipa local ter uma claque contratada. Eram uns cinquenta indivíduos pagos para apoiar a equipa. Pareceu-me algo estranho na altura. Hoje, pensando bem, é uma realidade que não está assim tão longe. Estão matar o meu futebol.
 
JL

DIA DE COSME DAMIÃO


Cumprindo a tradição, este ano em dia de jogo, alguns de nós realizaram a habitual e sentida homenagem nos Prazeres ao grande Cosme Damião. No local onde descansa o corpo de quem deu o decisivo empurrão para que de um pequeno país no canto da velha Europa nascesse o maior clube do mundo, uma centena de bravos cantaram os parabéns a você, o ser benfiquista e gritaram bem alto o nome do Sport Lisboa e Benfica. O Senhor Cosme Damião, lá do alto, sentiu-se certamente orgulhoso. Olhou para o Capitão Coluna e para o Rei Eusébio e disse: “Estes são os meus filhos!”.
 
 

JL

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

E A ESTÁTUA?


Já lá vão dois anos. Foi em 2013 que a proposta de erguer uma estátua ao grande Cosme Damião foi uma das vencedoras do Orçamento Participativo em Lisboa. Onde vai ficar, como vai ser, quando vai ser inaugurada. Nada, nem uma informação. Não há um prazo para estas coisas?

JL

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

DO QUE SE FALA POR AÍ


Diz-se por aí que há um contrato de patrocínio, com alguma dimensão, com uns chineses, muito vantajoso para o Benfica. Fala-se de alguns milhões, algo inédito em Portugal. Parece que outros, que nem conseguem um mero patrocínio para as camisolas, ficaram preocupados e vai daí, toca de encher a ventoinha de trampa. As tão faladas e inexistentes refeições foi o que se arranjou para conspurcar o ambiente, numa tentativa serôdia de afastar investidores. Corre que na base da conceção do caso da caixa dourada, mais que criar uma envolvente de pressão no dérbi, esteve o objetivo de gerar um ambiente de suspeição generalizado no futebol português. Uma espécie de política de terra queimada aproveitando a universal incompetência dos jornalistas desportivos. Com a cegueira de arranjar notícias bombásticas, não houve uma alminha que se deslocasse ao Museu da Cerveja para investigar a que dava direito o tal voucher. Não percebo o que aprendem nos cursos de jornalismo.  
Aparentemente foi com silêncio tático que o Benfica tentou transmitir para fora uma forte e robusta serenidade e confiança. Se o conseguiu, a nível financeiro, veremos nos próximos tempos se há chineses ou não. Diferente será ao nível da imagem, vai dar um trabalho imenso a juntar os cacos. Porque para qualquer zé da esquina, que apenas bebe a espuma das notícias, o Benfica pagou refeições aos árbitros, ponto. E este tipo de coisas demora décadas a serem apagadas.

JL

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

"RESPECT" OU RECORDANDO JANEIRO DE 2005


24 de Janeiro de 2005: o mal-amado Benfica de Giovanni Trapattoni é despedido com uma vaia monumental e um mar de lenços brancos após uma impensável derrota caseira por 2-0 diante do Beira-Mar.

No fim do jogo, Luisão ainda não como capitão mas já como líder, veio à sala de imprensa e prometeu a todos que no fim se veria quem iria festejar.

O resto é história, lenda mesmo: da raiva e do orgulho ferido de um líder e de uma equipa se fez a argamassa com que se construiu aquele memorável título de 2004-2005.

Cumpriu e bem, o nosso futuro capitão: num fantástico fim de tarde de Maio com aquela cabeçada mágica e inesquecível que fugiu às mãos de manteiga de um atarantado Ricardo, Luisão tornou-se mito e entrou na galeria dos que verdadeiramente fizeram história no Benfica.

De tudo isto me lembrei quando ontem vi o nosso capitão a apontar para a inscrição “Respect” que ostenta na camisola.

Hoje mais até do que em 2005, o Benfica é diariamente desrespeitado por uma horda de invejosos, frustrados, traidores, cobardes: simples ressabiados e derrotados da vida, todos eles.

Hoje, mais do que em 2005, mais do que nunca, quase diria, o Benfica é alvo de uma campanha sem quartel nem tréguas em que o alvo mais fácil porque mais exposto é precisamente a nossa equipa, os nossos jogadores, o nosso treinador.

Que Luisão ontem como naquela fria noite de Janeiro de 2005, tenha dado o mote para aquilo que é realmente importante: o toque a reunir de uma equipa e de um clube que só por ser enorme resiste a tanto.


Não há alternativa: de muitos, teremos de voltar a ser apenas um.




RC

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

130 ANOS


Foi há 130 anos que nasceu Cosme Damião. Figura fundamental na história do Sport Lisboa e Benfica. Vivemos um momento crucial na história do Clube. Saibamos honrar a sua herança.    
 
 

JL

domingo, 1 de novembro de 2015

BREVES NOTAS ENTRE DOIS JOGOS


Não sei o minuto certo, mas estávamos certamente no último quarto de hora do jogo de Aveiro da última sexta-feira. A bola sobra para Talisca à entrada da área e este remata de primeira. A bola bate num defesa e engana o guarda-redes que se lança para o lado contrário. Infelizmente a bola sai ao lado. Porém, é pontapé de canto. Que me lembre foi o único momento positivo do jogador brasileiro. No jogo? Não, na época.

Todos de boca aberta ao verem o avançado Clésio no relvado e a defesa direito, ainda mais com o internacional português Eliseu na bancada. Com Semedo lesionado, com André Almeida como único trinco disponível para terça-feira, Rui Vitória não quis arriscar e guardou Eliseu para o jogo com os turcos. Até porque Clésio não está inscrito para jogos internacionais. Foi isto ou é um caso grave do foro psíquico.

O Benfica terminou a primeira parte com dois remates à baliza, não obstante estar a jogar, teoricamente, com dois pontas-lança. Este facto, apesar de estar a ganhar por 3-0, faria qualquer treinador mexer imediatamente na equipa. Só aconteceu aos 64 minutos, porque o avançado Clésio, que estava jogar a defesa direito, teve um problema muscular. Era muita intensidade para quem pouco joga na equipa B.

Carcela aqueceu do intervalo até aos 71 minutos. Foi só a partir dessa altura que o Benfica começou a atacar e a criar perigo junto da baliza adversária. E até marcou um golo nesses meros 20 minutos em que fez mais do que nos restantes 70. O golo foi precisamente do Carcela, só dele. Não sei quantas vezes o marroquino foi apanhado na noite, nem as vezes que o Vitória o avisou para não se agarrar tanto à bola, mas quem quer bem ao Benfica só pode estar a pedir uma generosa amnistia.   

Uma vitória com o Galatasaray deixa o Benfica nos oitavos da champions. Uma derrota deixa o Benfica em maus lençóis. Os turcos, que ainda vão a Madrid, não podem empatar. O Benfica tem Fesja e Samaris indisponíveis. Vai ter por isso de jogar com o Almeida e infelizmente com o Pizzi no meio-campo. O Raul não tem jogado bem e Mitroglou está em dúvida. Seria arriscar muito colocar o Gaitan no meio, com o Guedes e o Carcela nas alas? Os problemas trazem oportunidades.    

JL

TRIATLO – VERGONHA FEDERATIVA


O Benfica domina o triatlo em Portugal, tem os melhores atletas, os melhores técnicos e os melhores dirigentes. Como sempre, ao logo de mais de um século no desporto português, trabalha mais e melhor do que outros. É o Benfica, o maior de Portugal. Ganharia normalmente o campeonato nacional de triatlo, como fez em anos anteriores. Realço normalmente, porque não é normal a Federação de Triatlo de Portugal marcar duas das quatro etapas, do referido nacional, para datas onde era impossível os melhores atletas do Benfica participarem. E era impossível porque estavam empenhados em provas internacionais. Apesar do esforço que o Benfica fez junto da federação para que as datas fossem alteradas. Não são necessários mais comentários, o Benfica não é só o maior de Portugal, é mesmo maior que Portugal. Um clube grande demais para um país tão pequeno.

 
JL

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

DA SÉRIE: “TODO O CÃO E GATO…”


“Para mim o Luisão acabou”
Manuel Sérgio de 82 anos sobre o defesa-central do Benfica de 34 anos.
JL
 

NERVOS DE AÇO


E o ataque continua. Vieira e a sua Direção resistem. São necessários nervos de aço para aguentar esta estratégica. Para tanto esforço terão de ter muitos trunfos na manga.

Ontem, como não havia nada para além da derrota, pesada derrota, os jornais foram buscar os custos das transferências de suplentes e reservistas. Hoje, depois de estapafúrdia teoria, já há mais qualquer coisa. Não sei a dimensão das palavras ditas, nem a forma. Higienicamente decidi não comprar mais jornais desportivos e evitar esses programas de guerrilha, mas como escreveu Sophia, vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar. Leio então nas capas dos pasquins que alguém, benfiquista, fez um comentário e censurou, com intensidade que desconheço, a estrutura da Benfica SAD. Qual é o problema? A sua função nos tais programas não é precisamente comentar?

Mas esperem, afinal trata-se de um vice-presidente do clube. Há aqui alguma coisa que não se entende. Se o Benfica, por uma razão que ainda desconhecemos, optou por um pesado e estratégico silêncio, como é que um vice-presidente fala semanalmente, durante mais de uma hora, sobre aquilo cuja direção, da qual faz parte, quer manter o tal silêncio? Só a mim é que me parece que há aqui uma contradição de dimensões bíblicas?

A verdade é que nervos de aço é o que necessitam todos os benfiquistas para aguentar diariamente esta catadupa de factos, notícias, boatos e opiniões. Que premio teremos no final? As palmadinhas nas costas do speaker? Vocês são os melhores adeptos do mundo. Obrigado por aguentarem.     

JL

terça-feira, 27 de outubro de 2015

NUNCA FOI TÃO FÁCIL ATACAR O BENFICA


Há uma característica que dizem ser muito portuguesa que é a típica atração pelo acidente. Dos outros, pois claro. São os chamados orçamentistas. No Crash do Cronenberg esse atraimento era pessoal e inclusivo, por isso mais honesto e moral. Não é disso que se trata. Aqui, em lusas terras, é de quem está do lado de fora. Ou pensa estar. Porque não fazendo parte da desgraça, olha de cima, numa clara sensação de superioridade. Quero acreditar que é uma generalização abusiva ampliada pela Bíblia do desastre e da calamidade, o Correio da Manhã, e que a maior parte dos portugueses, como todos os povos saudáveis, respeitam o infortúnio do próximo, especialmente quando estamos a falar de desporto.

O Benfica, o maior e mais glorioso clube nacional, ficou ferido no sábado. Muito ferido. Não perdia há mais de sessenta anos, por três golos em casa, com o seu rival de Lisboa. É normal que sejam horas terríveis para o Benfica e momentos de excitação para o Sporting de Lisboa. Porém, o diretor do jornal A Bola em vez de apontar o dedo para a inédita vitória dos do Lumiar, enfia violentamente o dedo na ferida do bicampeão. São estilos, como diria o excedido Pedro Guerra.

Que oportuno encher hoje as bancas com Taarabt, Carcela, Cristante, Djuric, Talisca e Lisandro. 27 Milhões fora do relvado, escreve nas paragonas. Seis casos, sobre os quais muito se podia escrever e analisar, mas todos diferentes entre si e que juntos não fazem uma teoria. E nem sequer é situação exclusiva do Benfica. Querem fazer as contas aos milhões do Sporting e do FCP que também não calçam? Não querem, porque não vende, pois a onda que se deve surfar é a crise do bicampeão nacional.

No entanto, pergunto-me se algum adepto do Benfica, nestes dias de descontentamento, sente vontade de comprar o jornal? Encontrará nele alguma esperança nestas notícias? Ou o público-alvo são os outros? Aqueles cujo clube que professam é o anti-benfiquismo? Provavelmente.

A questão não é meramente pontual. Desde o início da época, o bicampeão, o clube que mais venceu nos últimos dois anos, tem sido atacado de forma contínua e ininterrupta. Tem sido um fartote. Não há página, não há programa, não há artigo, que não enfatize o mau momento, a crise, as opções. Tornou-se fácil bater no Benfica. Não dá trabalho. Não custa. E pelos vistos, rende.

O que seria se o Benfica contratasse um treinador à socapa e este andasse fugido e escondido durante várias noites? E se o Benfica tivesse meses e meses de insucesso para conseguir uma empresa interessada em patrocinar a camisola? E se tivesse um ex-dirigente em tribunal, acusado de clara corrupção, em nome do clube? E se porventura comprasse um jogador com a ajuda de um fundo e depois ficasse com o dinheiro da venda? E se fosse eliminado da liga dos campeões e estivesse aflito no grupo da liga europa, com equipas de segunda ordem?  E se investisse como nunca e mesmo assim, não liderasse o campeonato? E se o Vieira passasse dias e dias a atacar o rival, delirando infantilmente sobre jantares com champanhe?

Hipoteticamente, os nossos jornais seriam os mais lucrativos do mundo. Porque nunca foi tão fácil atacar o Benfica

JL

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

QUANDO O MUNDO SE UNIU PARA NOS TRAMAR


Sabíamos que não ia ser fácil. O jogo e a época. A equipa está numa fase de transição. Já não é o Benfica de Jesus, mas ainda não é o de Vitória. Contudo, como disse um dia o grande Toni, se o Benfica fosse um circo, ontem, até o anão crescia. Três remates, três charutadas, três golos. Perder por três zero em casa acontece e nunca vem num bom momento, mas este era talvez um dos piores. A lesão do Semedo, a chuva, o jogo na Turquia, o inacreditável jogo do nosso adversário com uns azarados albaneses, a estratégia do trinca-bolotas, o silêncio do Vieira, o Marco Ferreira, a incompetente e inqualificável comunicação social, as contingências do jogo, a forma de alguns jogadores, o Pizzi, o Jesus, enfim, dá vontade de olhar para o céu e perguntar: O que falta? Chover pedras?

JL

sábado, 24 de outubro de 2015

AZIA? TEMOS BICAMPEONATO DE SÓDIO


É cíclico há mais de um século. De tempos a tempos sofremos um ataque. Uns mais fortes que outros, uns trágicos, outros cómicos, mas quase sempre inofensivos. Como já aqui escrevi, só à primeira vista este é inócuo. Deixa-nos numa posição em que um passo em falso nos pode ser prejudicial. O boato e a mentira já resvalou para Espanha. É estúpido, mas as atitudes de um estúpido não são conhecidas por o beneficiar.

O SCP é pequeno e não sabe crescer, mas cobiça um reinado inacessível. Quando vê o trono, ao longe, estica os curtos braços, contudo este fica mais longe. Frustrado, quase que sufoca. E grita aflito, a escorrer suores. Já todos tivemos pesadelos, sabemos como é.

O jogo de manhã é apenas mais um jogo. Estamos a cinco pontos (temos de pensar assim), mas temos atrás de nós um bicampeonato, seis títulos e trofeus nas últimas duas épocas, a casa arrumada e uma estratégia. Não investimos de forma desesperada, não exasperamos diariamente nos jornais. Por isso vamos entregar os pontos? Não. Vamos com certeza ganhar, porque somos melhores e porque é mais justo. Mas esta vontade de ganhar, não nos pode desesperar em caso de insucesso. O desespero não já não é a nossa praia. Felizmente.

JL