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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

HÁ ISENÇÕES E ISENÇÕES, HÁ DEMAGOGIA E ALDRABÕES


Sobre benefícios camarários a clubes desportivos a capital está a anos-luz de autarquias mais a norte, nomeadamente duas, separadas entre elas pelo Rio Douro. Foram anos de favores, cuja denominação de benefício é extremamente redutora. Do estádio ao Centro de estágio, a negociação de terrenos efetuou-se com sucessivos atropelos graves à lei, autênticos casos de polícia. 

O Sport Lisboa e Benfica durante os últimos 100 anos elevou o nome de Portugal e de Lisboa aos quatro cantos no mundo, como nenhuma outra instituição nacional. Diria mesmo que o Benfica, por ser do mundo, é o maior património da cidade. Nas instalações do Sport Lisboa e Benfica, em Lisboa, praticam desporto mais de cinco mil atletas, a sua esmagadora maioria jovens. 

Ao longo da história o Sport Lisboa e Benfica sacrificou-se diversas vezes em benefício da cidade, sem nunca ter sido devidamente compensado. Um exemplo foi o abandono do campo das Amoreiras para a construção da autoestrada Lisboa-Jamor.
O Sport Lisboa e Benfica está longe de ser o clube mais beneficiado da cidade pela autarquia. Mesmo em valores absolutos. O Sporting e o Belenenses têm conseguido fazer sucessivas alterações de PDM em volta das suas instalações desportivas. 

Nos terrenos onde o Benfica agora reclama a isenção de taxas foi construído um complexo de piscinas, dois pavilhões desportivos, um museu impar na cidade e de extrema qualidade, que até ganhou o prémio de melhor museu nacional do ano. Uma obra, na sua totalidade, ao serviço da cidade e dos seus cidadãos. 

O orçamento anual da Câmara Municipal de Lisboa é de mais de 700 milhões, este alegado benefício não chega a 0,5% do mesmo. Até mesmo em relação ao Benfica, que no exercício consolidado teve cerca de 200 milhões de receitas, estes 1,5 milhões, significam uns meros 1%.   

O curioso é que este ataque moralista e demagogo a “benefícios a clubes de futebol” não vai beneficiar ninguém, especialmente a cidade e a sua população. Contudo, vai prejudicar essencialmente e num futuro próximo o clube que pertente construir um pavilhão. Se é que algum dia vai chegar a ser construído. Houve alguém que disse que um estúpido é aquele que prejudica os outros sem tirar daí qualquer benefício para si próprio. E quando vai mais longe e até se prejudica a si próprio? 

JL

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

TODOS PAGAMOS O ANTI-BENFIQUISMO


Os meios de comunicação social sustentados com capitais privados têm o direito de definir a sua linha editorial como bem entendem. O jornal Record, por exemplo, deve ter liberdade total para o jornalismo de sarjeta que pratica. Se os seus responsáveis e os coniventes jornalistas consideram que ser descaradamente o jornal oficial de um clube, atacando permanentemente e cegamente o Sport Lisboa e Benfica, é o melhor para o futuro da publicação, estão no seu direito.
O mesmo já não se passa com os meios de comunicação social sustentados com o orçamento de Estado, ou seja, com o dinheiro dos contribuintes. Sou defensor acérrimo da existência de um serviço público de rádio (como, já agora, de televisão) e considero que temos, de uma forma geral, um excelente serviço público de rádio, apesar do ataque que vem sofrendo nestes últimos anos por quem nos governa.
A antena 1 é uma boa estação de rádio, exceto no que diz respeito ao fenómeno desportivo. Não existe uma receita definida sobre como fazer serviço público, mas existe uma coisa chamada a lei do bom senso. Colocar a comentar um jogo do Benfica um anti-benfiquista primário como um tal de Manuel Queiroz não encerra qualquer tipo de vantagem para os ouvintes, que tratando-se de um relato de um jogo do Benfica, deverão ser, penso eu, na sua esmagador maioria benfiquistas.
Ao menos uma tentativa de neutralidade, mesmo que ligeira, era o que se pedia. No sábado o destilar de odio e de azia foi tanto que parecia estarmos num programa de comentários da Sporting TV ou da Porto TV. Será que só existe este “comentador” disponível? É que os Benfiquistas também pagam impostos e estar a pagar para ser insultado, tanto nas suas convicções, como na sua inteligência, de forma tão descarada como ontem, é evidentemente insustentável.
Obviamente que mudar de estação é sempre uma opção. Contudo, se o eventual fecho, por falta de resultados financeiros, do Jornal record, não nos aquece nem arrefece, a redução de auditório da antena 1 pode vir a ser utilizado como argumento de desinvestimento no serviço público de rádio, o que seria uma pena, especialmente para os seus profissionais.
O Benfica merece respeito. Esse tal de Manuel Queiroz antes de pronunciar o nome Benfica devia de lavar a boca.
JL

domingo, 22 de fevereiro de 2015

SPORTÉM: OUTRA VITÓRIA PARA A HISTÓRIA


Mais uma vitória mítica, retumbante, daquelas que perduram na história e que definem um clube.

Há, de facto, clubes assim: talhados para os grandes feitos, fazem deles o seu dia-a-dia, a sua forma de vida.

Neste domingo de inverno aparentemente bisonho e sem história, soube-se que William Carvalho revelou à Sporting TV que há uns anos recusou o Benfica porque queria jogar no Sporting (sic).
Mas não ficou por aqui: revelou também que a pesar na decisão, esteve um telefonema de Nani (sim, o tal, esse ganhador nato e visionário que aos 27 anos trocou o Manchester United pelo Sporting).


Inequivocamente, é desta massa que se fazem os grandes vencedores e a história dos grandes clubes.


RC

3 IMPORTANTES PONTOS MAS...


A exibição do Benfica ontem em Moreira de Cónegos, está longe de ser tranquilizadora relativamente ao campeonato que falta para jogar.
De uma forma intrigante, a equipa mostrou pouco ter aprendido com a lição de Paços de Ferreira e voltou a pôr-se mansamente a jeito para algo que, nesta fase, poderia ser fatal.

Antes de mais e sem rodeios: este Benfica é ainda e claramente uma equipa em construção: Pizzi é um regalo para os olhos com a bola nos pés, mas no processo defensivo falta-lhe (ainda?) o raio de acção, a quase omnipresença e o poder de choque de Enzo Perez.
O facto torna-se ainda mais evidente quando ao lado, em vez de Samaris, está André Almeida, sem qualquer desprimor para o jovem português, um daqueles jogadores que qualquer treinador quer ter num plantel.

Na frente, Jonas é um jogador finíssimo, de superior inteligência mas obvia e claramente diferente de Rodrigo, que proporcionava movimentos de ruptura e dinâmica ofensiva que não são, agora, repetíveis.

Grave é, porém, quando aqueles que podiam ser os desequilibradores, não saem da concha: Ola John dá um passo em frente e três atrás e Salvio está complicativo e ineficaz até ao desespero.

E foi basicamente o que se viu sobretudo na 1ª parte: falta de agressividade competitiva, posse de bola sem consequências, cantos sobre cantos sem perigo para Marafona.

Sobre a 2ª parte, todos podemos agora especular com tudo e com o seu contrário, mas a equipa pareceu vir disposta a mudar o rumo do jogo e talvez o momento chave do jogo, tenha sido o golo do grande capitão.

Globalmente, não gostei do que vi: o laxismo, a ineficácia e moleza competitiva da 1ª parte poderiam ter custado muito caro, numa fase em que é proibido cometer erros e perder mais pontos.

Vão obviamente longe os tempos da máquina trituradora de Jesus: outros tempos, outros jogadores, circunstâncias diferentes.
Gostaria, porém, de ver uma equipa mais afirmativa, incisiva e decidida quanto ao que, de facto, importa: resolver os jogos e conquistar os 3 pontos.

Seria importante até para acabar com a gigantesca vaga de fundo que começa a ser levantada pela escumalha do costume, à volta de tudo quanto acontece nos nossos jogos.


RC

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

DO MAU GOSTO

Foi na esquina entre a rua do Jardim do Regedor e a das Portas de Santo Antão que conheci o Sport Lisboa e Benfica. Fiz-me sócio, procurei um proponente, delirei com os resultados das modalidades e das camadas jovens, fixados num quadro negro à entrada, com letras colocadas pelo porteiro. Tardes inteiras a ver bilhar, visitas à sala das taças, ouvidos atentos aos mais velhos. Foi uma geração inteira que se fez benfiquista naquela esquina. O emblema, a sua altivez, a sua força, era o símbolo dessa geração. Geração que não merecia o que colocaram esta semana a substituir o tradicional emblema. Era alvo de vandalismo? Faziam-se uns 50 para ir substituindo. Agora aquela coisa que parece um bolo encomendado no Pingo Doce é que não respeita minimamente a história do clube. Mesmo que seja temporário.



JL

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

UM CASO CLÍNICO



 “(…) [Ainda me lembro] das vezes em que a falta de uma resposta positiva minha a essa pseudo aliança o levavam a entrar no meu carro, quando eu não estava presente, tentando convencer o meu motorista das virtudes de uma aliança.

Definitivamente, este tipo não é bom da cabeça. Parece uma brincadeira de crianças. Estamos mesmo a imaginar, o Luis Filipe Vieira a esgueirar-se para o carro do Bruno de Carvalho para ter uma conversa com o motorista. Para além de mitomaníaco, sofre de transtorno obsessivo compulsivo. Sobre a publicidade da cerveja Sagres, marca que patrocina o Belenenses, clube contra o qual o Patrício deu o frango, saiu-se hoje com esta:   

(…) tenho a certeza que nos próximos dias haverá um vídeo promocional da marca, sobre os vários erros cometidos esta época nos jogos do Benfica, pois darão com certeza notas bem mais artísticas do que esta (...)”

Mas onde aparece o Benfica nesta história? Só na cabeça deste doente.

JL

PS: Foi confrangedor ver no domingo um tal de Manuel Queirós a destilar o odio que tem ao Benfica. “ O mais grave desta guerra Benfica-Sporting foi a tarja do futsal, quando a vi já nem conseguiu ver o resto do jogo”.  Prontamente desmentido pelos colegas de painel: “Ó Manel, mas a tarja não apareceu no direto”. Simplesmente ridículo.  

JE SUIS SAGRES



Pois é, não demorou muito, pouco mais de um mês depois da comoção geral devido ao atentado do Charlie Hebdo, quando a liberdade de expressão foi elevada a religião, quando o tipo do “querido mudei a casa” foi enxovalhado por destoar da unanimidade, eis que surge o portugalzinho no seu melhor. Ninguém agora se levanta a defender uma das marcas mais emblemáticas do país? Que cometeu o “crime” de chamar frango a algo que toda gente chama frango. 


JL

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

PORQUE NÃO TE CALAS


Em entrevista a Bola Branca, Gaspar Ramos condena, ainda, os actos dos adeptos do Benfica "que evocaram uma situação trágica na final de uma Taça de Portugal", (…) Sobre os incidentes, Gaspar Ramos considera que "a direcção do Benfica deve tomar uma atitude", sugerindo que "seja feito um inquérito e que sejam punidos os infractores".

Existem duas figuras muito sui generis no Benfica. Uma, é o inigualável Jaime Antunes, o outro é este Gaspar Ramos. Figuras que pouco têm em comum, na idade, nos anos de sócio e no tempo que dedicaram ao clube, mas que partilham um imenso desejo de protagonismo. Se o primeiro não passa de um pobre diabo, que se vê a léguas que não sabe do que fala, Gaspar Ramos, pelo seu historial e benfiquismo merecia de si próprio algum recato. Não há derrota ou empate do Glorioso que não sejam acompanhados nos dias seguintes por declarações destas duas figuras. 

Acontece que o Benfica não perdeu e o empate em Alvalade, pela forma como foi obtido, valeu quase tanto como uma vitória. Da mesma maneira que a derrota em Paços de Ferreira valeu uma derrota e meia.

Contudo, desta vez, a motivação teve a ver com a pirotecnia verbal do dromedário que preside ao sporting de Lisboa. Está a Direção do Benfica a tentar manter um silêncio higiénico, numa contenção de difícil gestão, para não se conspurcar com a merda que o homenzinho do Lumiar coloca na ventoinha e vem este antigo dirigente lançar lenha para fogueira alheia. Com amigos destes…

JL

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

SIGAM O STROMP

Comunicado nº 34560 do grande Líder Bruno de Carvalho: “Castiguem o Benfica. Esqueçam que incendiamos o estádio da Luz no passado. Fomos multados, lembram-se? O valor foi ao nível de uma multa de estacionamento da EMEL, mas fomos multados. Agora foi pior, o foguetório ao minuto 93 foi terrível para a minha azia. E a tarja? Uma coisa dessas em Alvalade era impossível. Gozar com mortos? Se eu visse alguém a fazê-lo atirava-o para o fosso. Ou então mandava-o abraçar um comboio em Sete-Rios.”


JL

A NOITE DOS HERÓIS IMPROVÁVEIS


Esta foi a noite em que ficou demonstrado que um Benfica em versão aparentemente contra-natura, com pouca inspiração e escassa dinâmica ofensiva, pode perfeitamente bastar para empatar com um sportém veneradamente levado ao colo pela comunicação social e, como tal, em níveis máximos de empenho, motivação e rigor táctico.
Uma noite, pois, alla Trap: “quando não se pode ganhar, empata-se”.
É apenas disto que se trata quando em causa estão jogos, pontos, títulos.

Esta foi, também, a noite de Jardel, o eterno mal-amado de serviço entre uma larguíssima franja de sócios do Benfica.
Aos que o acusam de ser tosco, de não ser Garay(!), de não ter qualidade para jogar no Benfica, Jardel responde com trabalho, dedicação, profissionalismo: de cabeça ligada se assim tiver que ser, de máscara jogos a fio, a despachar para a bancada se for essa a melhor solução.

E com golos, por vezes, como o de hoje, que não calou apenas aqueles pobres tristes que cantavam olés em jeito de ejaculação precoce.

E claro, esta foi também e, obviamente, a noite em que Artur Morais fez a maior defesa da sua vida, ao passar, como disse “ de cabeça erguida e de forma honesta” diante de uma cáfila de pulhas e cobardes sem dignidade nem formação, que durante uma semana promoveram a mais suja e ignóbil campanha de desestabilização a um jogador de que há memória no jornalismo (?) desportivo português,


E é também destes heróis que se fazem os campeões.


RC 

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

OS GOEBBELS E AS SUAS PUTAS



Se não houvesse mais provas, aqui está a confirmação do que foi escrito no post anterior. Ontem houve Taça da Liga. Houve jogos oficiais com equipas profissionais e de primeira linha do nosso futebol. O histórico Vitória de Setúbal ficou apurado para as meias-finais. O “Invencível” Sporting de Bruno de Carvalho foi eliminado. Sabiam? Se calhar não. Porque vendo as capas dos jornais de hoje nada disto aconteceu. Importante? O aniversário do menino Ronaldo (não o fenómeno, o da Madeira), uma estatística pífia sobre o derby, uma não-noticia sobre a renovação do Jesus (que jeito faz criar um caso destes antes do jogo de domingo). 

O engraçado é que na primeira jornada desta Taça da Liga, onde tudo estava ainda em aberto, os jornais abriram alas para uma brilhante vitória dos jovens Sportinguistas. Comparem. 

Temos jogadores razoáveis, bons treinadores, maus dirigentes. Mas maus, mesmo maus, são os nossos jornalistas desportivos. Foram eles que mantiveram um silêncio cúmplice no apito dourado, fizeram ouvidos moucos às escutas publicadas no youtube, que se calaram quando um dirigente depositou um cheque numa conta de um fiscal de linha e que vão a correr ouvir os dirigentes a seguir aos blackout, como putas baratas. 

 Primeira jornada:


 Ultima e decisiva jornada:





JL