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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A GUERRA DAS COMADRES E AS VÍTIMAS DO COSTUME


Adivinhava-se que a zanga de comadres que se instalou no futebol português iria sobrar para alguém.
Pois bem, como habitualmente, fomos nós que apanhamos com os "danos colaterais".

É oficial: a meia-final Porto-Benfica foi adiada por força da confusão instalada entre andrades e osgas.
Vejam bem: o futebol português que vive em regime de mentira, batota e vigarice há mais de 30 anos descobriu agora que o seu grande problema estrutural é um atraso de 3 minutos no início da 2ª parte de um bisonho jogo da Taça “Lucilio Baptista” (ou será antes a Taça “Desta já nos livramos”?).

De um lado, velhos mafiosos tarimbados por 30 anos de experiência e saber com resultados apresentados; do outro, candidatos a tal, mas com pretensões a gente bem e de discurso moralista à boa maneira do chamado “Estado Novo” de cuja concha nunca ousaram sair.

A confusão está, pois, armada com o beneplácito da nossa miserável imprensa desportiva que demonstrou uma vez mais de que massa são feitos os cobardes e os vendidos: para todos os Vitores Serpas deste pobre jornalismo desportivo português, foi este o maior escândalo das últimas 3 décadas do futebol português.

Perante tudo isto, ao Benfica resta uma atitude: apresentar-se no Ladrão na data e hora previstas e caso não haja jogo, abandonar a Taça da Liga.
Uma vez mais, usado e desrespeitado; uma vez mais, joguete de interesse alheios; uma vez mais entalado entre várias provas e ainda para mais com um calendário apertadíssimo que não se compadece com manobras de bastidores e guerras de comadres desavindas.

Depois de quase 40 anos em que fomos e continuamos a ser roubados, espoliados, usurpados era o que faltava sermos ainda apanhados no meio de uma guerra entre duas espécies de trastes: os que não sabem ganhar e os que não sabem perder.

 RC






quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

domingo, 26 de janeiro de 2014

LÁGRIMAS DE OSGA


Lágrimas de crocodilo: lágrimas hipócritas, insinceras; expressões de dó, de piedade fingida, não sentida.
In Grande Dicionário da Língua Portuguesa de José Pedro Machado, Vol. III, Alfa



 Em tempos não muito longínquos, festejava-se a eliminação: “desta já nos livrámos!” disse um dia Pinto da Costa sem a habitual ironia, depois de uma derrota na Luz.
Para os outros, era apenas a “Taça Lucilio Baptista” recordando um jogo em que para além de uma azia que dura anos, houve medalhas de mau perder pelo ar.

Pois bem, por causa desta Taça a que ninguém liga(va), pelo menos enquanto o Benfica tiver mais vitórias, as comadres voltaram a zangar-se com consequências imprevisíveis para o futuro da nação.

De tudo isto, o que mais me espanta, (se é que ainda tenho a capacidade de me espantar com alguma situação parida pelo futebol português…) é a dimensão atingida por mais uma enorme choraminguice de Bruno Carvalho.

Num futebol que ao longo de mais de 30 anos foi falseado de forma evidente e comprovada por vigaristas e batoteiros profissionais, basta um golo marcado aos 95 minutos na Taça da Liga para dar azo a editoriais indignados desse invertebrado de nome Vítor Serpa, intervenções dessa luminária chamada José Manuel Meirim ou a repercussão generalizada numa comunicação social habitualmente tão casta e que noutros casos bem mais graves se limitou a assobiar para o ar, fingindo que nada viu.

Pede-se ao Benfica e sobretudo a alguns benfiquistas de coração mais mole, que deixem este suposto caso, para quem o criou, sugeriu ou inventou: é lá com eles e que lhes faça bom proveito.

A nós cumpre-nos apenas cumprir a nossa missão: ganhar no Ladrão e, assim, dar mais um passo para pôr fim a um longo reinado de podridão no futebol português, de que fomos as maiores, senão mesmo as únicas vitimas.




RC

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

SEI O QUE FIZESTE NO INVERNO PASSADO



O Benfica informou de forma pomposa, que no caso desta Direcção quer dizer através de um comunicado, que “devido ao momento de pesar e luto que vivemos pela morte de Eusébio da Silva Ferreira não se realizará a Gala comemorativa do 110º aniversário do Sport Lisboa e Benfica, no próximo mês de Fevereiro”. 

O tema deste post não é sobre a eventual forma desmedida como o Benfica está a homenagear o melhor jogador que o mundo alguma vez conheceu. Se há tema consensual entre os postantes deste blog é a importância do “King” para o universo benfiquista e futebolístico, como ficou demonstrado através de palavras e imagens ao longo dessa terrível semana. Ficará portanto para outro momento o debate sobre se o grande Eusébio aceitaria que a sua cara surgisse em marca de água nas camisolas, se gostaria que o Benfica cumprisse um longo luto de um ano, se aprovaria que a sua morte servisse de justificativo para um sem número de tropelias à tradição e ao bom senso. Eusébio não era um falso modesto, tinha consciência do seu grande valor, mas também sabia, e disse-o várias vezes, que ninguém está acima do clube. Nunca.  

O tema deste post é sobre a não realização da Gala e a forma como o Benfica actual comemora os seus aniversários. “Devido ao momento de pesar (…) não se realizará a Gala comemorativa” refere o comunicado. E no ano passado? A gala não se realizou, ponto. Qual foi a razão? Dizem nos corredores que foi por falta de organização interna. Que a Hidra de Lerna em que se tornou o vieirismo não conseguiu controlar os seus vários egos. Outra versão mais apaziguadora, mas não mais generosa para organização, fala no inesperado atraso na finalização do Museu.      

Seja qual for a versão, a verdade é que o 109º aniversário foi comemorado de forma pomposamente clandestina, obviamente através de um comunicado, com o Presidente a dar novidades fresquinhas sobre a Benfica TV. Somente. Nada mais.

Sensivelmente três meses antes, um grupo de sócios anónimos, sem qualquer apoio da Direcção, conseguiu colocar uma placa comemorativa do nascimento do clube, onde outrora estava estabelecida a Farmácia Franco. Foi um momento único, de grande fervor. Aberto a todos, na rua. Como o Benfica. 

Ficaram ainda por entregar os tradicionais galardões Cosme Damião. Acho eu, porque em 13 de abril, o site do clube anunciou os nomeados e o povo votou. Quanto a resultados e a entrega de prémios, se os houve, foi tão parcamente divulgado que não encontrei registo no Deus Google. 

Não está em causa a realização da Gala por si. Recordo que a mesma era um acto extremo de elitismo, onde os sócios estavam absolutamente impedidos de participar, caso não fossem convidados. A Gala foi alvo de manifestações de desagrado à porta do Casino do Estoril, foi até criada uma página do facebook “Queremos a Gala dos 110 anos do Sport Lisboa e Benfica aberta aos sócios”. O Aniversário do clube era comemorado com as bases à porta e com o Joaquim Oliveira a comer croquetes lá dentro. 
 
Fim da Gala, nos moldes que se realizava, seria uma boa notícia. Só não o é pelas razões apresentadas. E pelo exemplo de errância do ano passado. A falta de sensibilidade dos assessores da SAD sobre a essência do Benfica é confrangedora. Estamos bem entregues.

 JL

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

PORTO DESFALCADO



Segundo A Bola de hoje a dupla de árbitros de andebol Rui Rodrigues e João Fernandes decidiram terminar a carreira. Fica a modalidade mais limpa. Esta decisão fica a dever-se ao facto de um deles ter sido castigado com a pena de 30 dias devido a umas declarações anti Benfica colocadas no facebook. 

O grave da situação não tem a ver com as declarações em si, mas com o facto de terem sido divulgadas a seguir ao Benfica-Porto realizado em 18 setembro passado. O Jogo acabou com a derrota do Benfica e, como é hábito, com a arbitragem a ter uma influência decisiva no desfecho do resultado. Aliás, para ser mais correto foi mesmo uma arbitragem vergonhosa. 

O Andebol é um desporto de muito contacto, onde por vezes é difícil avaliar a intensidade das faltas. A lei das exclusões permite às arbitragens gerirem o jogo a seu belo prazer. É fácil num jogo de andebol, quando as equipas têm nível idêntico, desequilibrar para um dos lados. O FCPorto aproveitando o seu domínio na associação regional e esta o seu peso a nível nacional, tem reinado como ninguém. Chega ser cómico as duplas de artistas que se apresentam na Luz. Não é só no andebol que esta estratégia é utlizada, aqui é apenas mais à descarada. 

JL

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

ALBERGUE ESPANHOL TV



Compreendo perfeitamente a necessidade da Benfica TV dar uma imagem de uma certa neutralidade, por causa da pressão externa, mais do que esperada perante o retumbante sucesso (vide as notícias de hoje do jornal o Público). Isto apesar de se assumir indiscutivelmente como um canal de clube. A Benfica TV está longe, muito longe, do execrável processo de olivalização do canal Porto. Embora este último não tenha ainda, qualquer patrocínio autárquico. 

Esta aceitável ”abertura” não deveria implicar dar guarida a todo o tipo de sem-abrigos, incluindo aqueles que tiveram para com o clube atitudes muito pouco dignas. Durante esta semana já vi por lá alguns. Mas pior que isso é que hoje estreia um programa de (realço o “de” em vez do “com“) um ex-Presidente de Câmara, que enquanto tal nunca mexeu uma palha para ajudar o clube, que partilhou mesa em locais públicos com inimigos declarados do Benfica e que semanalmente nos envergonha num programa onde supostamente estaria em nossa representação. Este sem-abrigo de luxo é o exemplo maior do chamado benfiquisto.              


JL