N

Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


quinta-feira, 31 de maio de 2012

ALGUÉM ME PODE EXPLICAR?

O Benfica tem um batalhão de extremos e avançados no plantel, mais um batalhão de emprestados e mesmo assim vai gastar 9 milhões no Ola John e anda a discutir com o Atlético de Madrid a contratação do Sálvio por 8/ 10 milhões. Pelos jogadores tudo bem são duas mais-valias. E se o Gaitan sair mesmo, é de aproveitar a entrada de capital para valorizar a equipa. Mas tantos milhões?
Em contraponto, temos um sector da equipa que está completamente deficitário. Estou a falar das laterais. E não é só a esquerda. Na direita também só temos o Maxi. O que fazemos? Em vez de comprar um jogador de peso, que faça a diferença, andamos a comprar jogadores ao preço da uva mijona.
Reconheço por exemplo que o Ansaldi, que tem a vantagem de jogar nos dois lados, é caro e tem um ordenado elevadíssimo. Mas pelo que vi do Marcos Rojo é um jogador muito limitado e o Siqueira só começou a dar nas vistas este ano. Porque se fala neles? Em relação ao primeiro o Spartak quer despachá-lo por um ou dois milhões, o segundo até é dado se deixarmos lá o Carlos Martins.
Foi exatamente isso que aconteceu na época passada. Gastámos milhões em sectores cheios de jogadores (que depois andámos a emprestar) e para a lateral esquerda fomos buscar em saldo o Émerson que já nem era titular no Lille, o velhinho Capdvila (com um ordenadozorro) e para a direita, para suplente do Maxi…ninguém…foi a época toda a desenrascar.
Como cereja no cimo do bolo agora ao fim da tarde vêm falar de um tal Luisinho do Paços de Ferreira. É para a equipa B? Os 70 ou 80 jogadores que o Benfica tem sob contrato não chegam? Vamos chegar aos 100?
O Michel já é outra conversa, não é mau jogador (um novo Weldon?), mas é mais um avançado. Há necessidade?
Cheira-me que este negócio é mais abrangente. Ou então anda tudo maluco.  

DIZER TUDO

Este texto de António Pedro Vasconcelos diz tudo:

“No espaço de poucos dias, Pinto da Costa referiu-se ao Benfica, sem o nomear (o simples facto de o nomear parece que lhe queima a língua) como sendo “o clube do tempo do fascismo”, e chamou “burros” aos benfiquistas, sem nunca os nomear (a sigla do clube só é usada quando os adeptos e jogadores precisam de se animar com uns cânticos onde chamam nomes às mães dos adeptos do clube dos mouros), a propósito da nomeação de Pedro Proença para apitar a final da Champions. O país não se indignou. A imprensa desportiva assobiou para o lado. O estatuto de impunidade dá o direito a PC de insultar quem quer, de caluniar quem lhe apetece e de incitar ao ódio e à violência sem que ninguém o incomode. 
Uns dias depois, no Dragão Caixa, o Benfica sagrou-se campeão de basquetebol, vencendo com dificuldade mas com mérito um adversário de grande qualidade, o que deu mais brilho à vitória. No final de um jogo em que o árbitro não interferiu no resultado, os treinadores cumprimentaram-se, como mandam as regras do fair play. 
Mas, quando o jogo acabou, a culminar um clima de insultos e intimidação, os ânimos dos adeptos do FCP exaltaram-se. Agrediram os jogadores, levando a que a polícia não conseguisse garantir a ordem e a segurança e que a Taça fosse entregue ao vencedor nos balneários. Ao que se diz, Carlos Lisboa, treinador do Benfica, não terá resistido a responder às provocações e aos insultos com um gesto menos elegante. Tanto bastou para que o chefe do FCP entrasse no ringue e virasse o ónus da violência para o clube vencedor (como fizera com os famosos túneis da Luz), e vituperasse o comportamento da polícia que tentou, em vão, meter os adeptos do FCP na ordem. 
No dia seguinte, Luís Filipe Vieira decidiu finalmente responder ao chefe do FCP num discurso duro, pondo em relevo factos que são conhecidos da opinião pública. O que fizeram a maioria dos comentadores (incluindo alguns que se dizem benfiquistas!)? Meteram tudo no mesmo saco: os insultos de PC e o discurso de LFV, o gesto de CL e a violência dos adeptos do FCP. O medo impera. E o servilismo também.”
In Jornal Record.

JL

quarta-feira, 30 de maio de 2012

OS TRABALHOS DE JESUS – 1ª Parte

De há uns anos para cá o Benfica adotou a estratégia de comprar muito, jovem e barato. Não tenho a intenção de analisar neste momento esta estratégia, até porque penso que ela não pode ser vista de forma global, mas sim tendo em consideração as dezenas de pequenas decisões que a sustentam.
O que gostaria de abordar são os dilemas com que o nosso treinador se depara com quase uma centena de jogadores com contrato profissional. Estas decisões são determinantes no desenrolar da época. Quem chegasse vindo de Marte no meio do campeonato passado e olhasse para os laterais do plantel não acreditaria certamente que o Benfica no princípio da época tinha um naipe tão extenso de escolha.

Mas a realidade é que ficámos com o proscrito Capdevila, o limitado Emersson e o inutilizável André Almeida.


Vamos então começar a analisar sector a sector o plantel:
 
 
Guarda-redes
O Artur é indiscutível. Descartado o Eduardo, demasiado caro para suplente, o bom senso mandaria apostar em Mika e Oblak. O primeiro é uma grande esperança e todos se recordam do grande Campeonato do Mundo de Juniores que fez. O segundo efetuou uma época excecional no esfrangalhado União de Leiria. O que mais impressiona em Oblak é a sua maturidade apesar da tenra idade. Penso que está preparado para ser suplente de Artur e jogar, por exemplo, na Taça da Liga. Já o Mika necessita de jogos podendo por isso continuar a ser o terceiro guarda-redes e ao mesmo tempo jogar na equipa B, pelo menos alguns jogos.
Rafael Copetti devia ser emprestado mais um ano, de preferência a uma equipa da primeira divisão. E Júlio César vendido se possível. José Costa e Bruno Varela vão subir a seniores, mas pela inexperiência qualquer empréstimo teria como inevitável resultado o banco. Assim sendo, deviam ser apostas para a equipa B, sendo suplentes do Mika e irem jogando progressivamente.
A contratação no ano passado do Eduardo teve como objetivo principal a ocupação de uma vaga de português no plantel. Os clubes nacionais são obrigados a ter 8 jogadores portugueses. Espero que este ano não surja essa necessidade.

Defesa
Começando pelos laterais temos certo apenas Maxi Pereira. O jovem André Almeida deve ser emprestado. É muito verdinho para jogar no Benfica. O Luis Martins tem de jogar, tal como o Mika a equipa  B é a melhor solução. Apesar de considerar que Carole, Shaffer ou Waas dariam bons suplentes, não me parece que JJ tenha vontade em tê-los no plantel. O Benfica deve tentar fazer dinheiro com eles.
De referir ainda o inacreditável empréstimo de Ruben Amorim ao Braga por ano e meio (esta frase podia tê-la colocado em todos os sectores menos na baliza)
Assim, com a situação do Emersson e Capdevila resolvida temos de ir buscar 3 defesas laterais. Para a esquerda fala-se em Ansaldi (este joga dos dois lados), Rojo, Siqueira, Júnior Caiçara, Fabio e o português Eliseu. Para a direita fala-se muito pouco, mas necessitamos de um suplente para o Maxi. Se eu mandasse alguma coisa tentava um nome: Nelson do Bétis de Sevilha.
No centro os intocáveis são o Luisão e o Garay (espero não estar errado). Por mim quem também ficava no plantel era o Miguel Vitor. Se for verdade que alguém ofereceu 4 milhões pelo Jardel, não sei do que estão à espera. Fica a faltar o 4ª central.
Considerando que o Leo Kanu é para a equipa B e que o Fabio Faria está com aquele grave problema de saúde. Só resta mesmo o Sidney. Se for encontrado outro sítio para o brasileiro rodar ou mesmo se sair o Garay (sapo, sapo, sapo), assim de repente gostava de ver equipado com as cores do Gloriosos o Dédé ou o Sebastián Coates.
Hoje ficamos por aqui.
(Cont.)
JL

O DIRECTOR DO DEPARTAMENTO DE FUTEBOL

Consequência dos anos que vão passando e da paciência que vai escasseando, dou por mim a recordar com nostalgia tempos em que as coisas eram diferentes.
Não falo da regularidade com o que o Benfica ganhava: evitemos um assunto que nos levaria  a uma espécie de depressão colectiva de efeitos colaterais inimagináveis.
Recordo com saudade, algum carinho e laivos de romantismo, admito-o, a figura do Director do Departamento de Futebol.
Figura grada dos benfiquistas, homem com prestígio e serviços prestados ao clube, a nomeação para esse cargo era muitas vezes, uma espécie de prémio de carreira.
Eram tempos diferentes, obviamente, sem a pressão do profissionalismo exacerbado e sem o advento das SAD’s. Para o bem e para o mal.
O Director do Departamento de Futebol tinha, pois, o cargo mais apetecido na estrutura do clube: figura tutelar para os jogadores,  próximo do presidente, era ele o homem da acção no terreno quando se tratava de negociações e contratações, de declarações á imprensa, de novidades sobre o futebol. 
Confesso que mesmo entendendo que os tempos mudaram e que o futebol entrou numa era de profissionalismo desenfreado  levado às últimas consequências com tudo o que isso acarreta em termos de “superestrutura circundante” (leia-se bocas para alimentar…), olho para o meu clube e vejo uma multidão de assessores, directores de comunicação, secretários-técnicos, culminando na originalidade de termos 2 directores desportivos, sem que nessa gigantesca teia se perceba muito bem “quem faz o quê”, sobretudo quando  assessores jurídicos decidem  botar discurso sobre… negociações e hipotéticas contratações de jogadores.
Tenho por isso, uma nostalgia assumida, dos tempos em que se percebia claramente quem decidia as contratações e as dispensas, quem, se fosse caso disso, controlava os desvarios do treinador, quem, enfim, assumia e punha em prática uma política desportiva.
RC

NEL BLU DIPINTO DI BLU




Resultados falseados? Corrupção? Atropelos à verdade desportiva? Suspeição no futebol?

Ainda bem que por cá não há disso!

RC

terça-feira, 29 de maio de 2012

Há vidas difíceis.

Dança do varão quer ser desporto olímpico


Há um clube que tem um relevante dirigente que é proprietário de vários estabelecimentos onde se se pratica esta modalidade. Obviamente esse clube parte em vantagem. Mas depois as atletas vão ter que conjugar (alternadamente, claro) os treinos, o trabalho e as habituais visitas aos estabelecimentos hoteleiros onde por coincidência também costumam ficar os árbitros. Há vidas difíceis.

JL

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Os dias longos do defeso.


Começámos a chamada época do defeso. Para o Benfica é um período sui generis. Não deve haver clube igual no Mundo. Tão dado a contratações. Em permanente negociação. De falhanço em falhanço até à aquisição final. Segundo os jornais, rádio e TV o Benfica está sempre atento a tudo o que mexe. Uma mistura de coruja e falcão na pele de águia.
No final vão ser cerca de 300 a 400 Jogadores acompanhados e observados, mais de 200 em conversações. Uns 100 quase contratos, metade dos quais vão ficar com as negociações complicadas logo a seguir a uma ou duas edições do jornal. Já nem conto com os que vão assinar pelo Porto em 5 minutos depois de semanas em negociações com o Glorioso.

Vai ser a festa do costume. Vamos ouvir na rádio o pai, o sogro, o grande amigo ou o empresário de dezenas de craques ou pretendes a craques que nunca vestirão o manto sagrado. Vamos ouvir jogadores de 3ª linha a jogar no Chipre mas que se cruzaram pelo menos uma vez com o grande craque. Vão jurar que ele está entusiasmado e que é o jogador certo para o lugar certo. Que o Benfica não se vai arrepender.
Uns vão chegar a vestir camisola para foto. Outros vão obter recordes de visualizações no you tube. Outros ainda, nem que seja por um dia vão ser os novos Di Maria.

Este ano esperava uma coisa mais branda devido ao Europeu. Enganei-me, já nem sei quantos avançados, extremos ou defesas o Benfica já esteve prestes a contratar e ainda falta um mês para equipa se apresentar. Quantos milhões já foram colocados na mesa. Quantas capas com Salvio, Siqueira, Roja, Matias Rodrigues, Elia, De Jong, Mauro Cabllero, Fabio, Ansaldi, Taiwo, Morata, Dédé, Patito Rodrigues, Simão, Funes Mori, José Rodrigues, Junior Caiçara, Andersson, e muitos mais?
Longos dias nos esperam.

JL

SECTOR W


25 de Maio de 1988.
5 dias antes da final, o pior dos prenúncios: um tal Adão decide perpetuar-se no futebol português à custa da perna fracturada a Diamantino, o capitão, o melhor dos nossos, então numa forma fabulosa.
E depois, tudo: as botas a saltarem dos pés de Pacheco, um Magnusson que apenas se equipou, um Rui apagado mais pela traição do que pela lesão, um Silvino encolhido, acabrunhado, derrotado e inapelavelmente batido antes mesmo dos holandeses partirem para a bola nos malditos penalties.
E chega o momento fatidico, fatal, cruel.
Talvez a falha única de uma carreira briosa, abnegada, marcada pela entrega, pela raça, pelo suor nunca negado.
O melhor jogador em campo naquela quente tarde alemã, provou de forma inglória que o futebol consegue subitamente tornar-se num desporto estúpido, brutal, absurdo, desprezível até.
Foi há 24 anos e 4 dias: tanto tempo mas foi ontem e uma parte de mim ficou por ali, algures no sector W do Neckarstadion.



RC

domingo, 27 de maio de 2012

Mais uns canecos para o Museu

Foi um domingo feliz para as nossas cores depois de uma sexta-feira em que fomos brindados com um inacreditável resultado no hóquei em patins (derrota pesada e eliminação na taça dos campeões europeus) e do desaire de ontem do futsal em Porto Salvo. Para mim, não constituiu grande surpresa é difícil jogar naquele ringue.  

Mas vamos a contas:

No futebol os juvenis B golearam o ao Caneças (13-0) e sagraram-se campeões distritais. Quem também ganhou o campeonato foram os Benjamins A após vencerem a Associação da Torre por 5-0. De destacar ainda os 5-1 ao Sporting e o respectivo campeonato de sub-12 (infantis).

No basquetebol, depois de na semana passada conquistar o campeonato de seniores, o Benfica tornou-se campeão de sub-20 após vencer o Barreirense (87-71). Nesta modalidade podemos ainda fazer o pleno porque vamos participar nos próximos dias 1, 2 e 3 de Junho em Almada na fase final de sub-18 e nos dias 8, 9 e 10 de Junho na Luz na Fase Final Sub -16. Em ambos os escalões somos os actuais campeões.

Uma pequena nota para o Rugby, que tantas vitórias nos tem dado em femininos mas que em masculinas está difícil de acertar o passo. Mas este domingo o Benfica venceu o CDUP e garantiu a permanência na primeira divisão. Valha-nos isso.
O atletismo cumpriu na Taça dos Campeões Europeus no Algarve. Entretanto, os juniores do andebol apesar do mérito de terem chegado à fase final, continuaram a senda de “bons resultados “ dos seniores.

Resumindo: quatro canecos de campeão.

JL

sábado, 26 de maio de 2012

O DISCURSO E O MÉTODO


Ao contrário do que aconteceu com muitos e bons benfiquistas, o discurso de LFV não despertou em mim qualquer centelha de entusiasmo.
Considero mesmo que poderá ser um erro estratégico determinante.
Desajustado, antes de mais. No tempo e no espaço. O que estava em causa pela negativa, era a forma miserável como (uma vez mais!) o Benfica foi tratado naquele antro de cobardia, vigarice e corrupção.
Era isso que urgia desmascarar e denunciar: até para que nunca mais pudesse acontecer.
Pela positiva, seria obviamente de enaltecer a postura e a atitude de uma equipa do Benfica que mesmo não fazendo um jogo brilhante, arregaçou as mangas, foi à luta, fez-se à vida e de lá voltou campeã, fazendo deste jogo um exemplo para todas as modalidades do Benfica, que não poucas vezes parecem derrotadas logo que passam Aveiras de Cima.
Ao invés, LFV perdeu-se num desenfreado ataque pessoal a Pinto da Costa do qual, temo, o Benfica terá muito pouco a ganhar.
Sinceramente, não recordo uma guerra deste tipo da qual o Benfica tenha saído vencedor. É o velho principio da inutilidade em discutir com um idiota: para além da perda de tempo, ele leva anos de vantagem.
Acontece que aqui, não estamos a falar de um qualquer idiota. Falamos, sim, de bas-fond no sentido mais literal do termo. De alguém que tem décadas de experiencia a corromper, a chantagear, a urdir estratégias para ganhar a qualquer custo,não olhando a meios e atropelando a ética, a justiça e a verdade desportiva.
Para além disso, estamos a falar de alguém que criou uma tentacular máquina de propaganda e contra-informação. Basta ver, aliás, como menos de 24 horas após o jogo, todas as televisões sem excepção já tinham invertido e distorcido completamente o que sucedeu naquela espécie de arena.
Pelo momento pré-eleitoral que se começa a adivinhar, percebo que LFV tenha tentado com este discurso, uma espécie de toque a reunir e para nisso nada como um bom ataque a Pinto da Costa: música para os ouvidos de qualquer benfiquista.
Temo, porém, que da turbulência que já se gerou, nada de bom saia para o Benfica.
Perdeu LFV uma grande oportunidade: a de, usando como exemplo este jogo e a equipa de basquetebol, mostrar à nação benfiquista como é afinal, fácil derrotar a Besta, ainda que no seu antro.
Basta acreditar, ousar, lutar e ser Benfica.
Obviamente que o sistema tem de ser desmascarado, combatido, de armas na mão se necessário for. Diariamente, porém. Em campo, tal como fez a equipa de basquete ( e não há melhor forma de o fazer...), mas também em termos institucionais, com estratégias concretas e coerentes.
O Benfica não pode permanecer mudo e quedo uma época inteira, para vir esbaforido tentar pôr trancas à porta quando a casa já foi roubada.
Questão, pois, de método, mais do que de discurso.
RC

sexta-feira, 25 de maio de 2012

È isto, simplesmente.

è isto, simplesmente:

E mais. Não resisto em colocar aqui o último comunicado do nosso clube sobre a PSP do Porto (olha que meninos):
“Com 48 horas de atraso, decidiu a Polícia de Segurança Pública do Porto entrar no “folclore” do jogo de Basquetebol da passada quarta-feira, no pavilhão Dragão Caixa.
Diz a PSP do Porto que vai “investigar os confrontos entre adeptos do FC Porto e do Benfica”. Poderá a PSP investigar muita coisa, mas confrontos entre adeptos é que garantidamente não poderá fazer, pela simples razão de que não havia adeptos do Sport Lisboa e Benfica para festejar o título de Campeão Nacional no Dragão Caixa, uma vez que o FC Porto recusou disponibilizar bilhetes para a equipa visitante.
Só podemos desejar à PSP boa sorte para esta investigação, seja ela qual for.”

Hilariante.



JL

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Missão Outubro Vermelho

José Eduardo Moniz actual vice-presidente da Ongoing Media e rosto da oposição séria no último acto eleitoral (isto exclui o inqualificável Bruno Carvalho) afirmou ontem que não gosta que o Benfica seja "gozado" pelo presidente do FC Porto e que está disponível para ajudar Luís Filipe Vieira e seus pares directivos a recolocar o clube na rota das vitórias.
Hoje no jornal A Bola, Bagão Félix aproveitou a coluna “Pontapé de saída” para enviar uns recados à direcção. Censurou a última mudança estatutária no clube (por acaso não me lembro de o ter ouvido quando da sua aprovação) e ridicularizou o protocolo com a Servilusa.
Ao fim da tarde Luís Filipe Vieira na recepção aos heróis de ontem criticou como nunca o FCPorto e o seu presidente. Não disse nada que não fosse verdade, tenho é dúvidas se a dureza verbal trará benefícios no campo desportivo.  
O que me parece é que estamos a assistir à pré-pré-campanha eleitoral.  Estes recados não são tanto para norte mas mais para dentro do clube. Com os contratos dos direitos televisivos por resolver, com o contrato com a adidas em discussão, com os lugares de fundadores para renovar, toda a gente se posiciona de um ou outro lado da trincheira. Seja através da comunicação social, seja através das pinturas nos muros da luz (nova moda?).
O primeiro grande round neste aquecimento de motores e que vai definir o equilíbrio de forças será a solução encontrada pela actual direcção para o negócio dos direitos televisivos. Uma negociação com a Olivedesportos por números próximos dos recusados há dois meses dará uma nova alma à oposição.
No entanto, acredito que independentemente das vitórias de fim de época ou das contratações espectaculares que possam surgir, o que vai definir a força de Vieira em Outubro serão os primeiros resultados desportivos. E neste caso o presidente está nas mãos do treinador.


JL

Há dúvidas?


As imagens são eloquentes: jogadores do Benfica carregam sobre um desprotegido grupo de adeptos do Porto, constituído na sua totalidade por alunos do pré-primário de um colégio chique da zona das Antas.
O bando de facínoras é constituído por gente de evidente mau aspecto: mal vestidos, com t-shirts demasiado curtas e calções demasiado compridos, quase parecendo um gangue da Buraca num dos já célebres arrastões.
Na cauda da turba, um individuo de fato (presumivelmente o chefe da tenebrosa organização), tenta mascarar-se de papão com o intuito de aterrorizar ainda mais as pobres crianças.



RC

O comunicado

Ainda os acontecimentos no ladrão ou melão caixa ou como aquilo se chama. O inacreditável comunicado do FCP fez-me lembrar uma pequena historia que já tem uns largos anos. Numa tarde de Verão daquelas, como diria o saudoso Acácio Pestana diretamente dos Barreiros, de intensa canícula, vinha eu de Campo de Ourique a caminho das Amoreiras, quando um vejo um táxi a colidir com uma viatura que estava parada num semáforo.
Estava realmente muito calor, era uma tarde que convidava à preguiça. Claramente tratava-se de uma distração ou mesmo um adormecimento do motorista. Não foi um embate violento, mas ainda fez algum barulho e umas ligeiras amolgadelas.
A condutora da viatura que estava parada assustada saiu do carro com as mãos na cabeça para ver os estragos. O taxista, num rasco de imaginação e desenrascanço, coloca a cabeça de fora e com sorriso meio-malandro, disse:
- Então a senhora, faz assim marcha atrás de repente?
Ganhar títulos no Porto sempre foi difícil, como se pode ver neste exemplo. Mas ao menos remetiam-se ao silêncio.

JL

quarta-feira, 23 de maio de 2012

CAMPEÕES! CAMPEÕES! CAMPEÕES!

Primeiro que tudo, gritar: CAMPEÕES! CAMPEÕES! CAMPEÕES!

Depois dizer que já nada me surpreende neste país. O Benfica finalmente consegue ganhar um campeonato no Ladrão e mesmo assim tem de receber a taça no Balneário. Vergonhoso.


JL

Andebol

No andebol do Benfica os resultados têm sido fortemente desproporcionais em relação ao investimento efetuado. Então este ano se não batemos no fundo, andámos por lá a raspar com o nariz. Conseguimos a este nível coisas extraordinárias, mas na negativa. Vejam quantos jogos o Benfica perdeu na fase final por apenas um golo de diferença. Vejam quantas vezes perdemos esta época com o Madeira SAD? O mais preocupante é que se está a tornar um lugar-comum: andebol igual a fracasso.
A Direção não desarma e mais uma avalanche de reforços aqui. Sinceramente não sei se não valeria a pena apostarmos apenas na formação. Parar para pensar e canalizar parte do investimento para outras modalidades.  Assumir que não lutamos pelo título e fazer uma equipa jovem.
Espero amanhã não estar aqui a escrever algo parecido sobre o Basquetebol.

JL

A pior fase do ano.



Para quem segue o Benfica com paixão, alegria e sacrifício durante uma época inteira, chegou a pior fase do ano.
Não porque o campeonato tenha acabado. Infelizmente, foi apenas mais um que não deixou saudades, mas isso são outras estórias.

Trata-se da chegada desse circo ambulante, pomposamente chamado seleção nacional, ou antes Seleção Nacional para não chocar os patriotas que nestas alturas aparecem como caracóis no orvalho matinal.
Chegou a altura da verdadeira tribo do futebol se retirar, dando lugar por um mês a quem  mais não faz do que maldizer o futebol durante um ano inteiro.
É um verdadeiro circo dos tempos medievais, com o seu característico cortejo de aberrações. Sempre em tom festivo e patriótico, como convém.
Durante 30 ou 40 dias, veremos, por exemplo, romarias de parolos e basbaques rumo aos treinos do Cristiano Ronaldo, declarações populares de orgulho no Miguel Lopes (quem???), entrevistas de fundo à professora primária desse grande avançado do futebol moderno que responde pelo nome de Hélder Postiga.
Gente que não distingue um canto de um penalty dará opiniões fundamentadas sobre o esquema tático em que jogam os heróis de Paulo Bento, tudo envolvido naquele mistico fervor patriótico que arrasou os odiosos castelhanos em Aljubarrota.
Na rua, nos mercados, na apinhada linha verde do Metropolitano de Lisboa, nos urinóis públicos, no banco de urgências de S. José, o povo em peso levantar-se-á por uma grande e bela causa: a campanha da Seleção Nacional.

Aos "populares", juntar-se-ão os nossos jornalistas num festim para os sentidos.
Até ao início do Europeu, saberemos seguramente o que aconteceu em cada um dos 86400 segundos que constituem a jornada do nosso CR7.
As alterações de penteado, o aparecimento de uma nova e irritante borbulha na testa, uma chamada fora de horas para a D. Dolores: tudo potenciais aberturas de telejornal com o inefável Nuno Luz a arfar junto ao hotel onde os nossos bravos estagiam.

Começará enfim, o Europeu com os nossos jornalistas habitualmente servis, submissos, cobardes, incompetentes, em êxtase absoluto.
Continuarão incompetentes, é certo, mas o fervor pela nação vai transfigurá-los: guinchos e urros próprios de criaturas fantásticas assinalarão as dezenas de penalties não assinalados em  cada jogo sobre Cristiano Ronaldo, os foras de jogo de jogo mal assinalados a Cristiano Ronaldo, os espantosos golos de Hugo Almeida, os desarmes limpos e em souplesse de Bruno Alves.

Vitor Serpa, em "A Bola" fará editoriais comovidos e comoventes sobre o fervor patriótico de uma nação amordaçada durante o ano pelos trogloditas que vão aos estádios apenas pelo prazer de ver o seu clube ganhar.

Por mim, não se incomodem: esperarei sentado e quieto na Bancada Meo, Piso 3, sector 22, fila W, lugar 1.

Até breve.
RC



terça-feira, 22 de maio de 2012

Mais um erro de palmatória?

Não sabemos qual o valor que vamos receber pelo Witsel, mas hoje fala-se em 20 milhões. É pouco, muito pouco.  Não pelo valor em si, porque atualmente até me parece um bom preço. E mesmo que venha a ser mais, é um erro o Benfica desfazer-se deste jogador ao fim de apenas uma época.
Axel Witsel é claramente um jogador em crescimento. Percebe-se vendo-o jogar. Talvez porque vem de uma escola europeia sabe jogar com cabeça (mais do que de cabeça) e conta com ela para aprender e evoluir. É um profissional que sabe onde está e para onde quer ir (lembrem-se como apareceu nos jogos da champions).
Acresce que pelas suas características é um jogador que não se substitui do pé para a mão. Mais depressa se encontra por essa América do Sul fora um extremo ou um avançado do que um jogador de meio campo com a visão, técnica e capacidade física do Witsel. É um valor seguro e com valorização certa.
Tenho a certeza que, se ficar, na próxima época será um jogador decisivo no meio campo do Benfica.

JL