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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


domingo, 27 de agosto de 2017

DA DESCAPITALIZAÇÃO À CAPITULAÇÃO


Por vezes, Varela pode ser titular do Benfica, Eliseu e André Almeida também, pode-se até, num assombro de otimismo, aceitar Filipe Augusto e, num dia bom, anuir a entrada de início de Rafa. Todos estes ao mesmo tempo é que já é pedir demais.

O Benfica ontem jogou com apenas três titulares indiscutíveis: Luisão, Pizzi e Jonas. A que se junta os muito aceitáveis Jardel, Cervi e Seferovic. Os restantes cinco são suplentes que se toleram ou porque custaram 16 milhões ou porque são bons rapazes. Ganhar seria um feito.

Havia lesões, pois havia, mas vamos colocar lado a lado o já disponível e experiente Samaris e Filipe Augusto e vamos recordar que há várias semanas já foram descartados Buta e Pedro Pereira como substitutos de Nelson Semedo. Aproveitamos e perguntamos quantas oportunidades já teve o inconsequente Rafa e já agora, quantos extremos o Benfica tem?  

Como já aqui foi escrito anteriormente, o Benfica sabe jogar à bola, sabe o que faz em campo, não se pode é pedir que seja sempre feliz com tão grande descapitalização do plantel. E não são só casos de lesões. Em grande parte do jogo o Rio-ave foi superior e em alguns setores até tem melhores executantes. Deu empate, podia ter dado derrota. A época já começou.

JL

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

À DESCARADA


Quem viu no passado fim-de-semana a pouco habilidosa, porque descarada, arbitragem de Rui Costa, da Associação de Futebol do Porto, no Benfica B – Nacional, não pode deixar de achar muito curiosa, no mínimo, a sua nomeação para o Benfica- Belenenses de amanhã. Basta que tenha uma atuação ao mesmo nível da que teve no Seixal, para ser muito difícil o Benfica somar a terceira vitoria seguida neste campeonato. Ao que parece no VAR vai esta o nosso “amigo” Vasco Santos. Aguardemos.


JL

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

SE FOSSE SÓ NA RELVA


Acabei agora de ver o final da transmissão da Sport TV e o tipo de microfone na mão termina com “O Benfica foi feliz…”. É isto.  O Benfica faz um grande jogo em Chaves, 21 remates, 14 cantos, uma bola ao poste, outra na barra, dois penaltis por marcar e ainda foi feliz. Se o Benfica tivesse empatado como seriam as conclusões dos profissionais do jornalismo desportivo?  

O que fica desta vitória, merecidíssima, é que a equipa está muito bem trabalhada pelo Rui.  Tem Limitações? Pois tem. André Almeida, Eliseu, Varela, Jardel, Rafa ou Filipe Augusto não seriam primeira escolha na equipa de sonhos de qualquer benfiquista, mas têm correspondido à chamada, com mais ou menos dificuldade. É nestes pormenores que está a grande valência de um treinador.

A diferença está também num conjunto de jogadores com uma qualidade, experiencia e profissionalismo difíceis de igualar em equipas nacionais. O caso do Lusão, do Fejsa, do Pizzi e do Jonas. E por fim, um avançado Suíço que foi um achado.

Resumindo, do que se viu até agora, o Benfica é quem está a jogar melhor à bola em Portugal. Ao contrário que se quer transmitir é o que tem o plantel melhor organizado e a estrutura mais definida. Partimos para o fecho do mercado com essa grande vantagem. Que venham um guarda-redes e um lateral que sejam indiscutíveis.

Contudo, como se ouviu hoje nos comentários e na atuação indecorosa de Jorge de Sousa, só perdemos no campo da comunicação social.  Aí até somos goleados. Vence a gritaria, a barracada, o insulto e a paranoia. É um mundo paralelo. Esperemos que não seja mais forte.

 

JL

sábado, 12 de agosto de 2017

A LIGA GÓIS MOTA






Massacre e alívio, salvos por Dost, pontapé na ansiedade.
Foi isto que se passou ontem na arena do Campo Grande, não foi ?
Deve ter sido, porque até o recentemente revoltado Couceiro nada viu:"foi do outro lado", explicou.

E é isto, panem et circenses com fartura, como tanto gosta o portugal dos pequenitos, assim mesmo em minúsculas, tal como eles.

Discuta-se e inbestigue-se o computador do Jesus, mostre-se até à exaustão a roubalheira de que o palerma Abel tanto se queixou, chamem o bruxo, rebolem-se no chiqueiro, chamem os novos Goebbels dos pobres de espírito para continuar a acicatar o delírio da manipulação.

Sejam bem vindos à Liga Góis Mota.


RC
                            



segunda-feira, 7 de agosto de 2017

BREVES E PREGUIÇOSOS APONTAMENTOS DE AVEIRO


Foi um grande jogo de futebol. Os golos cedo do Benfica tiveram a virtude de abrir o jogo.

O Benfica ganhou e ganhou muito bem. O Vitória teve as suas oportunidades, duas de golo certo. Contudo, o Benfica, teve ainda mais, muito mais, o que para quem está a ganhar desde muito cedo e não necessitava de ir à procura desesperadamente do golo, diz muita coisa.

O Seferovic é jogador. Engraçado recuperar alguns comentários que se fizeram quando foi anunciada a sua contratação. O Varela é ainda curto para uma equipa como o Benfica. Nota-se que é um guarda-redes em formação, ainda a crescer, nem todos podem ser Edersson ou Oblak. André Almeida chegou a um nível satisfatório.  Cervi se jogasse sempre assim era titularíssimo.

Para a FPF o telespectador é mais importante que o espectador de estádio. Numa lógica puramente comercial faz sentido, mas como em todas as lógicas puramente comerciais a galinha vai ficar derreada da pressão de lhe tirarem os ovos.  

Num estádio do meio do nada, faz sentido demorar mais de duas horas para sair de um parque de estacionamento? Faz sentido fecharem todas as roulottes de comes e bebes no final do jogo, quando milhares de pessoas ainda tinham alguma horas de viagem pela frente?

O jogo acaba e os vencedores, público e jogadores, querem festejar. Sempre foi assim, desde o principio dos tempos. Porém, a vontade perde-se como um anticlímax, as luzes apagam-se como se fosse um festival de musica e começa a ouvir-se de forma estridente uma horripilante musica de elevador. A festa do futebol dá lugar ao festival pimba.

JL

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

VIOLÊNCIA LEGAL?


Vem em vários jornais. Antes de um jogo de caracter amigável adeptos espanhóis são perseguidos e agredidos na cidade do Porto. Em resposta o que faz a policia? Identifica os agressores? Levanta um processo de averiguações? Não, obriga os adeptos acossados a voltarem para casa, sem verem o jogo, para o qual tinham comprado bilhete. 

Ainda segundo os mesmos jornais, a perseguição não foi feita pelas serenas e hospitaleiras gentes da cidade do Porto, em resposta a eventuais distúrbios provocados pelos seguidores do Deportivo. Ao que parece, os protagonistas de tão inusitado ato foram cerca de 20 elementos de uma claque legalizada, cujos seus membros estão devidamente registados, tal como deseja o IPDJ e todos os espertos que mandam no nosso futebol.  

Provavelmente os referidos “claqueiros” encartados até fazem parte da claque Ultras Portugal, aquela que, apoiada pela Federação Portuguesa de Futebol, em vez de apoiar a seleção se entretêm a dirigir insultos ao maior clube português.

E está assim o nosso futebol, ou melhor, o nosso desporto. Manda quem fala mais alto e falar mais alto é ter os meios de comunicação ao serviço e uma opinião pública acéfala e acrítica. Porque nesta historia das claques e grupos organizados a pergunta que deveria surgir á cabeça é que vantagens encerra a sua legalização e registo? Que o balanço se faz da aplicação da legislação em vigor? Há menos violência? Já houve algum processo sobre alguém registado e legalizado, mesmo que esse alguém faça esperas a árbitros e a seus familiares?  Os lideres desses grupos registados, legalizados e apoiados por clubes, federações e governos são idóneos?

O que sabemos é que há gente a ganhar muito dinheiro com a aplicação da lei, isso sabemos.  E também sabemos como é a des(organização) dos espetáculos desportivos e a forma como os adeptos são recebidos em “campos” como, só a titulo de exemplo, os de Vila do Conde e de Paços de Ferreira quando o Benfica lá vai. E a preços chorudos.  
 

JL