N

Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


quarta-feira, 24 de junho de 2015

O MINI QUE QUASE FOI MAXI


Rui Vitória, seguramente ao corrente de todo o processo negocial, foi profético: “Espero que o que faça a diferença no fim sejam os 8 anos que o Maxi Pereira tem de Benfica”.

Não fizeram, pelos vistos.

Maxi foi muitas vezes super ao longo dos últimos 8 anos.
Termina agora como um mini, preso nas garras de um escroque, escravo das manobras sujas de um negreiro dos tempos modernos.

Maxi deu tudo ao Benfica?
Inquestionável. Oito anos de total entrega, brio, garra e profissionalismo.

E o Benfica não deu tudo a Maxi ?
Prestigio, glória, títulos: nada contam para quem do futebol faz vida e profissão?

Chegou mini: olhado com desconfiança e sarcasmo, no ingrato papel de sombra de uma estrela.
Quando a estrela traiu e rumou a norte, Maxi ficou, fez pela vida e afirmou-se como referência do Benfica, pensávamos nós.

Do Benfica espero agora uma única coisa: um comunicado justo mas sucinto, grato mas seco pelos tais 8 anos de inquestionável entrega, brio, garra e profissionalismo.

E nesse adeus devolveremos Maxi à sua condição de Mini.

RC 

VITÓRIA

64 títulos e troféus coletivos numa só época. E ainda não acabou. Aqui não se contabilizam vices, segundos lugares ou medalhas de bronze. São registadas apenas verdadeiras modalidades desportivas e não jogos sociais ou disciplinas obscuras. O presente e o futuro, para já, são de Vitória.

JL

segunda-feira, 22 de junho de 2015

E O POVO UNIU-SE PELO FUTEBOL

                                        Resultado de imagem para FOTOS BENFICA FC UNITED


Numa época em que o mercantilismo puro e duro tomou de assalto o futebol; no exacto momento em que, por exemplo, o nosso sub-capitão se deixa envolver num lamentável leilão promovido por um escroque, é um bálsamo para a alma assistir ao documentário “Unidos”, sobre a viagem do Benfica B a Manchester para participar na festa de inauguração do novo estádio do FC United of Manchester.

Em tempo de vendilhões e de Judas, nada melhor do que o regresso ao verdadeiro espirito do jogo e a uma espécie de pureza inicial do futebol que se foi perdendo entre empresários, fundos, milhões, reaberturas de mercado, “activos” e “equilíbrios das contas”.

Naquela gente genuína e simples de Manchester que tão bem recebeu os nossos rapazes e que tão reconhecida se mostrou ao Benfica, reside a semente da esperança no renascimento de um futebol mais puro, menos emporcalhado por um capitalismo cada vez mais voraz e omnipresente.

Foi um orgulho ver o Benfica associado a esta festa genuinamente popular, feita por homens e mulheres que amam verdadeiramente o futebol.  

Só poderia ser em Inglaterra, dir-me-ão e é totalmente verdade.
Já agora, só poderia ser com o Benfica.


RC

domingo, 21 de junho de 2015

(TAMBÉM) DO RED PASS


O tema é antigo, recorrente e ciclicamente provoca algum desconforto nos detentores.
Falo, é claro no Red Pass.
Detentor de Red Pass desde a primeira hora, o que se significa se a memória não me atraiçoar, desde 2004-2005, por várias vezes ao longo dos últimos anos me sentido defraudado e tratado um pouco como “carne para canhão”.

Ponto prévio: o Red Pass é um solução feliz para ambas as partes: ao clube permite um encaixe antecipado de receita para toda a época e a mim, que não perco um jogo na Luz esteja ao leme da equipa o Engº Santos ou Jorge Judas, permite-me garantir antecipadamente o meu lugar, sem confusões e atropelos que as euforias de última hora costumam gerar.
Acontece que frequente e sucessivamente ao longo das últimas épocas o marketing desdobra-se em campanhas, promoções e até vagas de borlas, sobretudo nas alturas em que a militância benfiquista está em baixa.
Da memória, não me sairão nunca, aliás, dois célebres jogos da Liga Europa contra o PSV e contra o Braga em que o nível de borlas atingiu a obscenidade pura.

Perante, pois, as tais campanhas, borlas, ofertas, promoções, passatempos e iniciativas várias levadas a cabo pelo Marketing, é justo, legitimo, humano e benfiquista que o sócio que no inicio da época pagou o seu Red Pass se senta defraudado, enganado e tratado até como mero otário que ao pagar adiantado é mal servido.

Se é verdade que o detentor de Red Pass, não tem que ter privilégios especiais, não me pareceria despiciendo que fosse tratado com um pouco mais de respeito, deferência, de cortesia comercial até e se quisermos, uma vez que reiterou a sua fidelidade ao clube, não estando à espera de títulos, festanças ou promoções para comprar o seu bilhete e ajudar a encher o estádio.
No início, o clube oferecia um cachecol personalizado a quem adquiria o Red Pass. Rapidamente se acabou com a oferta, talvez por se pensar que os clientes já estavam fidelizados.
E daí para cá, absolutamente nada, à parte 2 bilhetes pata oferecermos a um acompanhante ou familiar.

Visando restabelecer uma certa justiça social, pergunto-me se os detentores de Red Pass e outros lugares anuais do estádio, não deveriam ter um leque de vantagens e benefícios que não só premiasse aquilo que para muito é um tremendo esforço financeiro, como sobretudo a prova de benfiquismo que significa este compromisso para uma época inteira, independentemente de resultados ou conjunturas desfavoráveis.

A reintrodução da oferta do cachecol personalizado, um desconto de, por exemplo, 50% na compra da camisola oficial do Benfica, seriam meros exemplos de factores distintivos e que sobretudo significariam um inequívoco sentido de justiça e respeito prestado pelo clube a quem disse presente desde a 1ª hora, a quem está sempre presente e não apenas quando é ainda mais fantástico ser do Benfica.


RC

O MANEL ESTÁ INDECISO


O Manel (lembram-se? Daqui e daqui), está indeciso. Sempre comprou o Redpass, ultimamente o Total. E geralmente arrepende-se. A vida não está fácil e pagar mais de duzentos euros no início das férias não é fácil. Depois, é sempre o mesmo. Os amigos aparecem na bancada com bilhetes à borla à conta das milhentas promoções do marketing do clube. O Manel sente-se anualmente enganado. Havia o cachecol com o seu nome, que sendo um objeto de pouca monta, tinha alguma importância simbólica e fazia a diferença. Até isso já acabou. E ao que parece este ano nem vai haver Eusébio Cup, o brindezinho de Verão para os Redpass. Este clube já foi para gente pobre.

JL

ATÉ À PRÓXIMA PALHAÇADA


Não esperava grande coisa, mas os senhores da “justiça” federativa, mesmo assim, conseguiram surpreender-me. Então o gordo do Albu”queque” e o treinador a Dias, depois do espetáculo deplorável por eles protagonizado no final do campeonato, levam quinze dias de castigo, a cumprir durante as férias? O gordo é o rei do futsal. Contudo, perdem como gente grande.
 
JL

quinta-feira, 18 de junho de 2015

MAXI PROBLEMA, MAXI SOLUÇÃO


O Jogador Maxi Pereira deu muito ao Benfica, mas todos concordarão que o Benfica deu muito mais ao jogador. E como cresceu nestes oito anos. Tal como no “caso Jesus” o caminho para o tri seria menos nebuloso com este elemento na esquerda, o que não quer dizer que sem ele fica mais difícil. O futuro é um livro por escrever. Por isso, nunca o saberemos, apenas que numa equipa que ganha não se deve mexer. Porque se mexeremos arriscamos mais. Contudo, por vezes, até pode ser benéfico. “Mudar algo, para que tudo fique na mesma”.  
Como o Judas do lumiar, Maxi podia sair de outra forma. Podia ter evitado este leilão, este caminho de pedras. Já nem sei se seria positivo uma renovação neste momento, tal é o desgaste de ambas as partes. Uma coisa é certa, Maxi Pereira era mais valioso para o Benfica, do que vai ser para aqueles que estão a dar-lhe uma fortuna.

Fazia bem o Benfica em parar com as negociações e desejar uma viagem ao jogador.
Maxi tem 30 anos e já não vai a tempo de ser um Messi.

JL

segunda-feira, 15 de junho de 2015

QUANDO O NÓS SUBSTITUIU O EU



Uma serenidade impressionante que mais não é do que uma imensa confiança nas capacidades próprias; sem fanfarronadas, arrogância ou tiradas explosivas , porem.

Um discurso elaborado porque reflectido mas fácil, escorreito, certeiro.

A rejeição da demagogia e do populismo fáceis (“estou aqui pela competência e pelo profissionalismo, não pelo benfiquismo”), a desmistificação em relação à formação: igualdade de oportunidades e não integração por decreto (“podem ser 5 mas também 6 ou 7”…).

A pronta rejeição das guerrinhas que alguns lhe atiraram como cascas de banana (“ a Supertaça é para ganhar mas é um Benfica-Sporting e nada para além disso…”).

Conhece bem o clube a que chegou, o momento em que o fez e isso apenas lhe reforça a ambição, a vontade de vencer e de fazer história.

E sempre na primeira pessoa do plural: no Benfica o “nós” substituiu o ”eu”.

Temos homem, não duvido.

Estou seguro de que temos também treinador.


RC

domingo, 14 de junho de 2015

TÃO SUPERIOR, MAS TÃO SUPERIOR


Este domingo terminou a época desportiva 2014/15. Provavelmente uma das melhores épocas de sempre. Para o Benfica terminou com o pentacampeonato de atletismo, a dobradinha no hóquei feminino e a dobradinha de futsal. Até o Célio arrecadou ouro em Budapeste. Não há no mundo clube como este. No entanto, como tudo na vida, há um lado B. Esse lado B mora no outro lado da rua.

Olhemos com mais atenção para o campeonato de futsal, hoje decidido por penaltis. Já aqui foi referido a idiotice do playoff numa modalidade como esta. Ganha-se em espetáculo televisivo, é certo, mas perde-se em justiça competitiva. Bolas, o campeonato deve ser uma prova de regularidade. Assim é a capitulação do desporto perante o entretinimento. A total americanização dos quadros competitivos.

Vejamos, o Benfica ganhou a fase regular com 10 pontos de avanço e sem derrotas e o Sporting ficou em 3°. Dos 8 jogos entre as duas equipas esta época (taça de honra, taça de Portugal e campeonato fase regular e fase final), no tempo regulamentar, houve 6 vitórias para o Benfica e 2 empates.

Acresce que nesta fase final, nos quatro jogos, o Benfica foi constantemente prejudicado pelas arbitragens, que estão ao nível das do hóquei em patins de há uns anos atrás. Os jogadores do Sporting em todos os quatro jogos agrediram deliberadamente jogadores do Benfica. Os árbitros nunca viram ou nunca quiseram ver e quando viram ou foi difícil disfarçar, optaram pela decisão salomónica de dar amarelo aos dois jogadores.

Conseguiram ainda expulsar dois guarda-redes do glorioso no mesmo jogo. Por isso hoje o Benfica levou quatro guarda-redes para Odivelas não fosse o diabo tece-las. Ontem o guarda-redes do Sporting cortou a bola com a mão fora da área, nem expulsão, nem amarelo, nem sequer falta.

No segundo jogo, quando empatado, arranjaram forma de transformar uma sexta falta do Sporting na expulsão do Bebé. São apenas alguns exemplos. O banco do Sporting passa os jogos a pressionar os árbitros, antes, durante e depois a pressão é constante. Vejam as imagens no intervalo.  

Hoje atingiu-se o máximo do descaramento. Apesar de tudo o que foi dito atrás, a superioridade inequívoca do Benfica, as benesses constantes da arbitragem ao Sporting, não foi fácil para aquela gente aguentar a derrota. Presidente tresloucado, treinador desvairado, diretor enraivecido. É isto é o Sporting. Infelizmente são nossos vizinhos.

Quando da justa repetição do último penalti, Albu“queque”, como sempre o faz, encostou a cara ao árbitro. Só que desta vez descuidou-se e em vez ser ao ouvido, percebeu-se perfeitamente na TV o que disse: “amanhã falamos”. Repetitivamente gritou essas palavras na cara do árbitro “amanhã falamos”. O que quereria dizer com esta frase?

É assim que estão no desporto. É assim que conseguem ainda ir ganhando alguma coisa. Bruno de Carvalho, como tanto gosta, lançou um comunicado. “Não queremos favores mas exigimos profissionalismo!”. Escreveu. Podia começar por perguntar ao seu funcionário o que queria dizer com ““amanhã falamos”. A reação do Sporting fez lembrar as correrias de José Pratas em frente à equipa do Porto nos anos 90. Depois das benesses todas, não aceita a derrota pelo cumprimento das leis de jogo.

O que se conclui disto tudo é que o Benfica é tão superior, mas tão superior, que era necessário muito mais que isto para deixar de ser campeão.

JL  

sábado, 13 de junho de 2015

RTP2: VERGONHA PÚBLICA DE TELEVISÃO


Comentários de uma parcialidade absolutamente indecorosa, rasteira, abjecta com o árbitro a ser conveniente e antecipadamente desculpado perante cada evidente falta não assinalada a nosso favor e com os comentadores a não esconderem a dor que lhes ia na alma perante o rumo dos acontecimentos.

Uma realização ao nível da televisão da Coreia do Norte, com a realização deslumbrada pela papada do Querido Líder em imagens quase ao minuto.

É esta a televisão pública que temos e que infelizmente todos pagamos.
Privatize-se, pois! e por uma vez concordo com a selvajaria neo-liberal que por aí vai.

Entretanto e parafraseando Diego Armando Maradona, “se la chupen!”.

E manhã há mais!

RC

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Cosme Damião


Júlio Cosme Damião, nasceu a 2 de Novembro de 1885 em Lisboa e com apenas 18 anos de idade e foi, provavelmente, um dos 24 fundadores do Sport Lisboa, mais tarde Sport Lisboa e Benfica. Escrevo provavelmente porque o seu nome não consta na ata de fundação, cuja autoria seria sua.

Foi, no entanto, figura fulcral nos primeiro anos do clube, como jogador, capitão, treinador e dirigente. Como jogador, um dos mais talentosos da época a nível nacional, fez pelo Benfica 76 jogos e marcou 14 golos. Foi quase tudo no Sport Lisboa e Benfica, mas nunca foi presidente, cargo que recusou diversas vezes.

Mais importante que os cargos, foi o facto de a partir dos seus valores ter-se moldado os do clube, ou seja, um clube do povo, que subiu a pulso, cresceu do nada, vingou, venceu e assumiu-se como uma referência a nível mundial.

“Valores como a humildade, fair-play, desportivismo e, acima de tudo, uma inigualável vontade de vencer, nasceram, cresceram e solidificaram-se com Cosme ao longo dos anos em que este se manteve à frente dos destinos do clube. Cosme Damião deu alma, deu valores e deu dimensão ao clube. Numa palavra, deu-lhe a Mística que o torna tão especial.”

Para além do Benfica, foi ainda embaixador de Portugal no Brasil, escritor, jornalista, árbitro, presidente do Casa Pia, fomentou o ecletismo, foi guarda-redes de hóquei em campo, fixou as regras do hóquei em patins, arbitrando o primeiro desafio desta modalidade, em 1917.

Foi, definitivamente, uma das maiores figuras portuguesas da primeira metade do século XX.

Faz hoje 68 anos que Cosme Damião nos deixou.

(partes deste texto foram retirados do site do clube)


 
 
JL

 
 

 

quinta-feira, 11 de junho de 2015

BOAS NOTÍCIAS


Porque neste defeso também há boas notícias, finalmente suspenderam a Taça de Honra. Um dérbi num período de preparação só serve para alimentar quem nos morde a mão. Já não bastava cruzarmo-nos com essa gente nas competições oficiais, porque infelizmente partilhamos o mesmo país, era doloroso também levar com os riscados em período de férias. Com a agravante desta época ainda existir a supertaça.

Assim, para além de não trazer benefícios alguns ao Benfica, prejudicando até a planificação, a AFL continua a manter teimosamente no seu site um palmarés da prova completamente errado em detrimento do Benfica. Já há muito que deveríamos ter recusado participar neste circo.  Nem que fosse pela falta de consideração.  

JL

segunda-feira, 8 de junho de 2015

O PROJETO


Hoje, terça, talvez quarta ou mesmo quinta se saberá quem será o próximo treinador do Benfica. Como quero acreditar que a escolha (se é que ainda haverá escolha) será entre Rui Vitoria e Marco Silva, não estou preocupado. Ambos são bons treinadores, ambos têm condições para fazer um bom trabalho.

O que me preocupa é outra coisa. É o chamado ”projeto”. Amplamente divulgado na Comunicação Social, parece basear-se na ideia peregrina de que tudo o que nasce no Seixal é ouro e resumir-se à imposição de se colocar jogadores da formação na equipa principal por decreto. São seis, sete ou até oito jovens que têm de fazer parte da equipa.

O “projeto” preocupa-me bastante. Nos últimos anos também havia um clube que apostava muito na formação, não ganhava era nada. Agora que voltámos a vencer com regularidade, a cumprir o nosso destino, espero que o próximo técnico tenha à disposição matéria-prima do mesmo nível que teve o Jorge Judas. Nem que seja só para tirar teimas e claro…para ganhar.

JL

CAMPEÃO E MESTRE...DA GRATIDÃO!


Numa semana em que se usou e abusou de palavras e conceitos como gratidão, lealdade, valores e princípios, peço que não mais sejam esbanjados com uma personagem que escolheu a mais pequena das portas para sair do Benfica.

Ao invés, oiçam atentamente as emocionadas e emocionantes declarações de Renato Paiva após o final do Benfica-Porto que nos deu o título nacional de juvenis.

Esqueçam as tropelias do gordo, o Judas, o seu ego desmedido e a sua mente pequena, mesquinha, mercenária; nesta semana conturbada ficam as palavras de Renato Paiva que na hora do triunfo e da glória preferiu evocar de forma reconhecida, genuína e emocionada o mestre Jaime Graça.


A conquista do campeonato de juvenis transformou-se assim na mais bela das vitórias, por força do sentido tributo do mister Renato Paiva, reconciliando-nos com o espirito de um clube enorme e único, maior muito maior que o somatório de todos os seus inúmeros títulos.
                                     



RC

A COMPETIÇÃO MAIS IMBECIL DO MUNDO


O Campeonato Nacional de futsal, já agora como o de andebol, é das competições mais idiotas que conheço. As equipas passam o ano inteiro a jogar e depois tudo é decidido em menos de meia dúzia de jogos. Vão agora atirar-me: “então e o Basquetebol e o voleibol, não é a mesma coisa?”. Não, não é. São modalidades diferentes, onde a melhor equipa em campo, a mais competente naquele momento, tem maiores hipóteses de ganhar do que nas duas modalidades referidas anteriormente, onde o peso de fatores externos, como a sorte, o público e, especialmente a arbitragem têm uma enorme influencia.

Focalizemos no futsal, o Benfica terminou a época regular com dez pontos de avanço sobre o Sporting, que até ficou em terceiro. O Braga fez um esforço descomunal por garantir o segundo lugar, contudo foi despachado em dois jogos pelo Sporting. Os jogos finais dos playoffs são um autêntico granel. Pavilhões à cunha, bancos a pressionar os árbitros, péssimas e influentes arbitragens, muita sorte e azar à mistura, picardias desnecessárias.

O campeonato não é uma taça. Deve ser essencialmente uma prova de regularidade. Onde se deveria recompensar a planificação e a competência de manter altos níveis competitivos num período longo. Se incerteza do resultado pode entusiasmar no imediato, a injustiça mata a competição a longo prazo.

Percebendo-se que para a modalidade é importante a existência destes jogos, na fase final da competição, por uma questão de visibilidade mediática, o melhor método seria o adotado há uns anos pelo andebol e que tão bons resultados deu. No final da fase regular, os seis melhores, fariam um campeonato entre eles, partindo com metade dos pontos angariados da primeira fase. E deixava-se as finais para as taças.

Os dois jogos a que assistimos este fim-de-semana tiveram ambos arbitragens vergonhosas, com critérios diferenciados, prejudicando claramente o Benfica. Apesar de ser melhor equipa, de ter feito uma fase regular exemplar, parte para o terceiro jogo sem os dois guarda-redes, correndo sérios riscos de perder o campeonato.

Quem pensa nas competições, deve perceber que cada modalidade tem as suas características. Assim, parece que andam o ano inteiro a jogar e no fim tudo é resolvido como se de uma moeda ao ar se tratasse. Pior, porque as arbitragens do futsal nada têm de casual. Não é, Sporting?

 

JL

domingo, 7 de junho de 2015

AINDA JESUS:LONGE DO PRETO E BRANCO



Fosse o mundo a preto e branco e o veredicto estaria inapelavelmente traçado: Vieira ? Guilty!

Há, porém, na vida e sobretudo nesse mundo estranho que é o futebol, muitas zonas de cinzento que talvez recomendem algumas cautelas a quem procura culpados.

Mantenho a opinião de que dificilmente saberemos alguma vez toda a verdade quanto a este processo e se calhar ainda bem: a lavagem de roupa suja envolvendo o Benfica é algo que todos dispensamos.

Reafirmo também que não tenho grandes dúvidas de que para o desgaste da relação entre Vieira e Jesus contribuiu também uma certa guerra de egos, para além de diferentes visões sobre projectos, formação ou o futuro do Benfica.

A vitimização de Jesus logo empunhada publicamente por gente que deveria ter tento na lingua e na pena como RAP ou Leonor Pinhão confirmou apenas a melhor tradição inquisitorial dos portugueses: Vieira no pelourinho e temos as culpas expiadas e punidas.
Acontece que, de facto, as muitas zonas de cinzento que vamos conhecendo nestes últimos dias, desmentem um pouco a tese da cabala contra o pobre Jorge Jesus, empurrado de forma ignóbil do Benfica.
É hoje público que há pelo menos 2 meses que JJ ia mantendo contactos com gente ligada à SAD do Sporting.
Mais: na sua edição de ontem o insuspeito “Expresso” avança mesmo alguns pormenores: em sondagem efectuada há 2 meses junto de alguém do Sporting, Jesus pretendia saber pormenores importantíssimos para alguém que deveria estar de corpo e alma no Benfica; “se o jogador X poderia jogador na posição Y ou como era o ambiente no balneário do Sporting”.

Sabe-se agora também que as conversas de há 2 anos com Godinho Lopes forem muito mais do que simples sondagens: Jesus chegou inclusivamente a avançar com uma lista de jogadores pretendidos.

Parece, pois, que para além de uma alguma ingenuidade de Vieira e de mais um salto no desconhecido que pode revelar-se arriscado (para sermos simpáticos…) é no mínimo intelectualmente desonesto fazermos de Jesus a vitima e de Vieira o impiedoso algoz.
Pergunto-me se a cabeça de Jesus estaria a 100% no Benfica e se a sua vontade seria, de facto, continuar: ao lembrar agora a forma pouco efusiva como Jesus festejou campeonato e Taça da Liga (qualquer semelhança com o Jesus eufórico de há 1 ano será mesmo mera coincidência…), fico sem grandes dúvidas.

Dizia Vieira em Agosto de 2014 que “os grandes erros que o Benfica cometeu aconteceram na hora da vitória; disse JJ há não muito tempo que tinha atingido o topo pelo que não fazia sentido sair para outro clube português.


É assim no futebol e no Benfica: tudo linear, tudo simples. É isso, não é ?


RC

sexta-feira, 5 de junho de 2015

LÁGRIMAS POR JESUS ?


O Benfica é clube curioso: quando tudo corre bem e ganhamos o mérito é dos treinadores, dos jogadores, do apoio dos adeptos, da competência de médicos, massagistas, fisioterapeutas, pessoal da manutenção e da lavandaria; quando se perde ou algo corre mal, a culpa é de Vieira.

A saída de Jesus não escapou a esta toada maniqueísta que atravessa transversalmente uma determinada camada de benfiquistas.

O Benfica bi-campeão é mérito de Jesus; a saída de Jesus é culpa de Vieira porque se mete na gestão do futebol, como se, curiosamente não fosse essa uma das funções de um presidente.

Sobre este processo, duvido que alguma vez conheçamos toda a verdade mas tenho cada vez menos dúvidas de que Vieira foi completamente comido.
Sem, obviamente, que isso o inocente, confiou muito, confiou demais, confiou até ao limite e obviamente deu-se mal: do outro lado estava gente sem memória nem carácter que não olhou a meios materiais ou não para atingir os fins.

Que desta história pouco recomendável, algumas supostas eminências pardas da intelectualidade benfiquista queiram fazer uma cabala contra Jesus é lá com eles.

As vitórias de Jesus ficam obviamente na história do Benfica; o futebol espectacular, dinâmico, envolvente com que amiúde nos brindou ficará também para sempre na nossa memória.
E porque falamos de história e de memória, não esqueçamos também algumas humilhações que sofremos, algumas derrotas dificilmente explicáveis, campanhas da Champions pouco condizentes com o historial e o prestígio do Benfica, apostas falhadas, Emersons e Robertos, teimosias e caprichos levados de derrota em derrota.

Manipular a história destas 6 épocas de Jesus é tão pouco sério e tão reprovável quanto tirá-lo das fotografias.

Virou-se, pois, uma página: o Benfica continuará para além de Jesus por impossível que possa parecer a alguns.

De resto, quem não aguentar as saudades tem uma óptima solução; comprar a Gamebox e ir para Alvalade aplaudir a nóvel atracção do circo do gordo.


RC

ANDAM A VER MAL ISTO


Anda por aí uma corrente, minoritária mas com algum eco nos média, que defende que o Jorge Judas foi empurrado do Benfica. E são gente com algum crédito e dois dedos de testa, como é o caso do Ricardo Araújo Pereira e da Leonor Pinhão. Não discuto, nem duvido, que o Vieira, como sempre, geriu mal o processo. É um hábito, cada vez que o Presidente se mete na gestão do futebol, saem fezes e das grossas. Contudo, existe alguma justificação moral para que um funcionário tão bem tratado, nomeadamente a nível salarial, se comprometa com outro clube antes do fim do contrato com a atual entidade patronal? E que esse novo contrato seja exatamente com o seu eterno rival? E que tudo esta seja feito na calada da noite, escondido, como um rato de esgoto? Que se comprometa para um lugar ainda ocupado por um colega de profissão, revelando uma total falta de escrúpulos?

Sabemos agora que o divórcio era inevitável. Que o Vieira enche a boca com tal “projeto”. Que o Judas tem dificuldade em lidar com a opinião dos outros e com lideranças partilhadas. No entanto, há limites. Limites éticos. Convém recordar que mesmo o João Vieira Pinto, que saiu claramente empurrado da Luz, contra a sua total vontade, desbaratou todo esse crédito, ao assinar pelo rival. Que imagem mais decadente podíamos encontrar, que o Judas da porcalhota, a sair da sua luxuosa vivenda, paga com dinheiros do Glorioso, no seu automóvel de alta cilindrada, de janela fechada para o mundo. Que mundo é este onde a ética vale tão pouco?

JL

quinta-feira, 4 de junho de 2015

UMA VAGA NO MUSEU

A imortalidade é a arte de se morrer no tempo certo. E já agora, no sitio certo. Daqui a uns anos, décadas, Jorge Jesus (ou Jorge Judas) não vai ser recordado pelo Bicampeonato, pelas duas finais europeias que perdeu, nem pelo bom futebol que a equipa mostrava na maior parte das vezes. Vai ser recordado pela sua saída e pouco mais. Vai ser sempre e apenas o treinador que atravessou a segunda circular. Nada mais. Eventualmente, se houver tempo, alguém poderá referir em complemento os 5-0 no Dragão, o golo de kelvin que resultou na sua ridícula capitulação física, das suas manias e insistências, do Rodrick, do Emersson, do Peixoto.
O que pode acontecer quando um homem recusa a imortalidade? Perguntem a Luis Figo e a Paulo Sousa. Um foi agora rejeitado num jogo de estrelas em Barcelona, o outro, que parece ser um treinador competente, tem a principal porta fechada no seu país. A memória dos adeptos é mais sólida do que se pensa.
JL

JESUS: OU...OU


Ou Vieira se fartou de Jesus ou Jesus se fartou de Vieira.

Ou Vieira foi na conversa dos tecnocratas da SAD e decidiu provar ao mundo que a estrutura está montada e funciona venha quem vier ou foi literalmente enrolado por Jesus.

Ou Jesus sentiu-se desrespeitado pelo Benfica e bateu com a porta ou fica provado que tem uma mente pequena, curta, lagarta, pelo que vai para o sítio certo.

Ou Jesus foi vítima de alguns egos no Benfica ou não passa de um ingrato traste,sem escrúpulos, honra, ambição ou vergonha na cara.


Os próximos dias e as explicações do Presidente dar-nos-ão as respostas,


RC