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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


quinta-feira, 4 de junho de 2015

UMA VAGA NO MUSEU

A imortalidade é a arte de se morrer no tempo certo. E já agora, no sitio certo. Daqui a uns anos, décadas, Jorge Jesus (ou Jorge Judas) não vai ser recordado pelo Bicampeonato, pelas duas finais europeias que perdeu, nem pelo bom futebol que a equipa mostrava na maior parte das vezes. Vai ser recordado pela sua saída e pouco mais. Vai ser sempre e apenas o treinador que atravessou a segunda circular. Nada mais. Eventualmente, se houver tempo, alguém poderá referir em complemento os 5-0 no Dragão, o golo de kelvin que resultou na sua ridícula capitulação física, das suas manias e insistências, do Rodrick, do Emersson, do Peixoto.
O que pode acontecer quando um homem recusa a imortalidade? Perguntem a Luis Figo e a Paulo Sousa. Um foi agora rejeitado num jogo de estrelas em Barcelona, o outro, que parece ser um treinador competente, tem a principal porta fechada no seu país. A memória dos adeptos é mais sólida do que se pensa.
JL

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