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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


segunda-feira, 31 de março de 2014

A ANGÚSTIA DOS BENFIQUISTAS DEPOIS DO PENALTY


Dos velhos e saudosos tempos em que “A Bola” era, de facto, “A Bíblia” do jornalismo português (e não só desportivo…), fica a lembrança de uma coluna semanal escrita pelo fantástico Duda Guennes: “  Meu Brasil Brasileiro”.

Entre mil e uma  peripécias, curiosidades e estórias do futebol brasileiro, Duda não se cansava de citar Neném Prancha, uma personagem mítica do futebol brasileiro, conhecida pelas suas frases de carácter mais ou menos filosófico.

Uma das mais famosas tiradas de Prancha era sobre o penalty: dizia este famoso faz-tudo do futebol carioca que “penalty é tão importante que devia ser batido pelo presidente do clube”.

Não se exige, obviamente, que seja Vieira a bater os penalties, mas a bem da sanidade cardíaca de milhões de benfiquistas, talvez não seja de mais pedir que a saga dos penalties falhados nos últimos minutos fique por aqui.

Em Barcelos ficaram 2 pontos, ontem ficou apenas o susto, mas nesta fase do campeonato seria de bom tom que nos deixássemos de experimentalismos à volta do penalty e se entregasse a tarefa ao insuspeito Lima que de resto, sempre que chamado, tem cumprido a missão com indesmentível competência e pontaria.




 RC

domingo, 30 de março de 2014

ÀS VEZES OUVIMOS PASSAR O VENTO



Esta manhã, cerca de treze mil pessoas, de todas as idades e classes sociais, à chuva, ao vento e ao frio, correram e andaram à volta da Catedral numa simbiose entre a paixão e o orgulho. A esmagadora parte delas trazia um sorriso nos lábios e o emblema do sport Lisboa e Benfica ao peito. Eram papoilas que mesmo molhadas saltitavam no asfalto.  

À mesma hora no Seixal os nossos iniciados brindavam o Sporting com três golos sem resposta. Durante a tarde os Juniores golearam em Leixões e continuam em primeiro. Tal como os iniciados e os Juvenis. No Vólei assegurámos a presença no playoff. Ontem o futsal conseguiu difícil vitória em Braga e é favorito a ganhar a taça. A equipa B continua nos primeiros lugares da divisão de honra. 

O Futebol sénior, a mola real do clube, deu um passo de gigante em direcção ao 33º título. Claro que é notório o cansaço da equipa. E é óbvio que se o título está ao virar da esquina é nessa mesma esquina que costuma estar o diabo. Sendo também consensual entre os minimamente racionais que Jesus não pode parar de continuar a gerir a equipa. Mas quem acreditava no início da época nisto? Eu não e escrevi-o aqui.

Estamos ainda nas meias-finais da Taça da Liga, somos favoritos na eliminatória que dá acesso às meias-finais da Liga Europa e estamos a uma vitória em casa sobre o Porto de chegar ao Jamor. Temos o direito de estar optimistas. Temos o direito de estar felizes e com uma vontade imensa de citar Pessoa: “Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.”

JL

sexta-feira, 28 de março de 2014

DUZENTOS MIL QUE VALEM O DOBRO



Esta chafarica atingiu hoje as 200 mil visualizações. Todavia, se considerarmos a outra morada este valor chega quase ao dobro. Não se trata de uma avaliação, mas de um marco, um número redondo.  Que vale mais pelo inesperado do que pelo seu valor absoluto. Esta foi uma brincadeira subvalorizada. O amor pelo Benfica é maior do que imaginámos.  

JL

quarta-feira, 26 de março de 2014

NADA FOI COLOCADO EM CAUSA



Não acho que o Benfica tenha ido a medo. Ao invés, foi de peito feito, à Jesus e perdemos no início as rédeas do jogo, encontrando um adversário enraivecido, como se fosse o jogo das suas vidas, a abusar, de costas quentíssimas, das entradas assassinas.  

Ainda não é nos tempos mais próximos que vamos encontrar facilidades. Todavia, nota-se um desafogar ligeiro, uma nova brisa para aqueles lados, mesmo ao nível das bancadas. Com tantas ofertas, o Porto habitual das últimas três décadas tinha goleado.  

Desde que se alongou esta serie de bons resultados, já sabíamos que até ao fim da época, algum dia teríamos de fazer uma má exibição, não conseguir marcar qualquer golo e perder. Parece-me claramente que foi o jogo ideal. 

JL

domingo, 23 de março de 2014

AGORA NÃO, QUE JOGA O REAL...


 É oficial e incontestável: até ao momento o Benfica está a fazer uma época fantástica: 1º lugar destacado no campeonato, quartos de final da Liga Europa, meias-finais da Taça de Portugal e da Liga.
Futebol de qualidade jogado com mais cabeça e menos coração: só os burros nada aprendem com os erros do passado.
Quanto ao futuro, a Jesus pertence mas estou seguro de que, como cantam os Xutos, o que foi não volta a ser.

Por outro lado, cumprindo uma promessa antiga e um anseio benfiquista ainda mais velho, Vieira libertou-nos do jugo da Olivedesportos, essa estranha entidade que engorda na mesma proporção em que clubes e futebol vão definhando.
O Benfica voltou a ser dono do seu destino televisivo mas não só, sabendo nós como sabemos quão longos são os tentáculos da Olivedeportos.
E claro, para além de todas as consequências televisivo-financeiras-desportivas, a Luz voltou a ver futebol à tarde, a horas decentes e apropriadas.

Pois bem, mesmo perante tudo isto, alguns milhares de benfiquistas demonstram estar-se nas tintas para o final de uma tarde de futebol e de uma vitória fundamental.
Em alegres magotes, começam a sair do estádio a partir dos 80 minutos, borrifando-se para o final de um jogo importante e de uma vitória crucial como todas nesta fase da época.
Quando os nossos rapazes vão ao centro do relvado para o merecido aplauso final, meio estádio já lá não está: na roulotte ou na Sportv lá de casa vai começar o Real Madrid-Barcelona e ninguém no seu perfeito juízo perde tempo com o Benfica quando se pode embasbacar perante mais algumas proezas de CR7.

É este também algum do benfiquismo que vamos tendo, pelo que não nos podemos admirar quando só agora e perante o vislumbre do possível sucesso, estejamos a tocar a fasquia dos 50.000 espectadores.
Estou quase certo que mais duas ou três jornadas e o estádio encherá: talvez então, todos fiquem até ao fim.
Se não jogar o Real, claro.

RC

P.S- Para que conste: nada, evidentemente, contra o Real Madrid, clube amigo que ainda recentemente nos brindou com um gesto de uma grandeza imensa.




sábado, 22 de março de 2014

O ÁRBITRO DE ELITE (sic)


Tem tudo para ser um momento histórico: um programa do inigualável Nuno Luz sobre o inimitável Pedro Proença.
Título: árbitro de elite. 

Nesta peça que seguramente ficará nos anais (atendendo às personagens envolvidas nunca esta palavra foi tão adequada e certeira) do jornalismo desportivo português.
O árbitro de elite desvendará finalmente vários mistérios, como por exemplo falar abertamente do seu benfiquismo(sic) e do erro decisivo que levou o Benfica a perder o título para o Porto em 2012.

Para além disso, teremos o privilégio de entrar nos bastidores da preparação da vedeta com destaque para um simulador em que o árbitro de elite treina e testa as suas capacidades em situações de fora de jogo.

Em suma, prevê-se um momento de facto único: uma gigantesca jornada de propaganda e branqueamento de um dos maiores embustes do futebol português, de um fariseu habilidoso que se encostou ao poder, roubando, usurpando e deturpando a verdade desportiva para fazer carreira.

Presumo que seja apenas uma simples coincidência, o facto desta reportagem chegar no preciso momento em que os ventos parecem virar no futebol português, com um aprendiz de mafioso a pressionar árbitros diariamente e a tentar mudar o centro do poder.
Proença, árbitro de elite e rapaz avisado e previdente tratou de rápida e certeiramente contribuir para a nova causa, até porque há uma carreira para prosseguir.

Quem disse que Roma não paga a traidores?

RC






quarta-feira, 19 de março de 2014

DIA DE PAI E DE BENFICA

O meu pai não era Benfiquista, nunca o foi.

Acho até que ganhou uma costela "anti", fruto de uma picardia entre o amor da sua vida, o histórico Clube Oriental de Lisboa e o Benfica: resquícios ainda dos anos 50 quando o COL quase ombreava com os grandes, construindo equipas fortes que arrastavam multidões e incendiavam a zona oriental de Lisboa.

Tentava, por vezes, irritar-me quando dizia que o Benfica era naquela altura “o clube dos carroceiros”: mil e umas vezes contou a história de um momento menos bom do Benfica, em que um desgostoso benfiquista subiu a mítica Azinhaga dos Alfinetes fazendo-se acompanhar por um burro com um cartaz que dizia “Só somos do Benfica em categorias inferiores”…

Sempre soube, contudo, que admirava o Benfica, a sua raiz popular, a sua capacidade de arrastar multidões, o seu carácter de clube do povo.
Por oposição, falava-me da matriz elitista do Sporting e recordava a sede no Palácio Foz em que ninguém entrava sem gravata.
Muito antes de burgessos sem cultura nem memória tentarem reescrever a história, o meu pai falou-me do clube do fascismo e explicou-me quem tido sido Góis Mota.

Nunca foi Benfiquista, o meu pai.
Numa tarde de futebol, disse-me que gostava que o Benfica ganhasse só para me ver feliz.

Nesse dia longínquo ensinou-me o que é ser pai e demonstrou ser, também ele e à sua maneira, um enorme Benfiquista.


RC

PINTO DA COSTA MORREU?



Como imaginamos o desaparecimento de Pinto da Costa? Benito Mussolini esteve pendurado de cabeça para baixo numa praça pública. O Hitler Suicidou-se. Ceausescu foi fuzilado. Saddam Hussein enforcado. Mas todos tiveram algo em comum, já estavam politicamente mortos e enterrados algum tempo antes da morte física.
Pinto da Costa tem sintomas de morte desportiva? Talvez as noticias sobre a sua morte sejam exageradas. Talvez. A derrota perante o arruaceiro do Lumiar não foi só no relvado.  A incapacidade para chegar ao acesso directo à Liga dos Campeões parece evidente.  O Sporting neste campeonato aparenta dominar os meandros das decisões. Pelo menos ao nível da Liga. O Proença em Alvalade fez o que era impensável até recentemente. Ontem o Mota fugiu de qualquer decisão que pudesse levantar, mesmo que mínima, a suspensão de benefício ao Benfica.
Já dizia a filósofa que o contrário de estar morto é estar vivo. E se Pinto da Costa não está morte, está vivo. E vivo é o Pinto da Costa de sempre. E não sendo jurista, parece-me mais justa esta participação disciplinar do Porto que aquela rábula dos três minutos da Taça da Liga.
 O Sporting efectivamente fez coacção sobre os árbitros. Aliás não tem feito outra coisa desde o início do campeonato. E não foi uma coisa imperceptível, subtil, por baixo da mesa. Foi com estrondo, pedradas, manifs e comícios. Foi com hooligans no palco da sala de impressa do estádio. Ameaças claras e irrefutáveis que condicionaram a actuação dos agentes desportivos com reflexos nos resultados.   
O Sporting é aquele clube onde um dirigente, já nesta década, depositou um cheque na conta de um elemento de uma equipa de arbitragem e que conseguiu passar completamente impune. Pinto da Costa é Pinto da Costa. No final vamos ver quem está vivo, morto ou ainda para nascer. Uma coisa é certa, uns como outros, não são nada recomendáveis.

JL

segunda-feira, 17 de março de 2014

EXPRESSO: O NOJO!


Se isto é um "jornal de referência", estamos conversados: qualquer rolo de Renova tem mais utilidade.

Decididamente, para onde quer que nos viremos, é isto.

Uma comunicação social cobarde, tacanha, cheio de ódio, despeito e inveja, que não informa, antes insinua com o veneno da mentira reles e miserável.

Que desapareçam todos mas não antes de nos verem cobertos de glória.

Filhos da mentira, filhos da puta!


RC


PEDRADAS NA MONTRA DO TÍTULO



O Mota vinha avisado, o negócio já não anda nada bem e cacos de vidro não jogam com carne. Bom era o Benfica perder pontos e ter alguma responsabilidade. A malta esquecia-se e a coisa passava.  

O Chorão de Carvalho gosta de jogar pelo seguro e mais uma conferência de imprensa (outra?) a menos de duas horas do jogo. “Isto é assunto para directos em todas as rádios, o Mota está a caminho do estádio, até vai tremer” pensou. 

O Mota tem razões de queixa. Os jogadores do Benfica não ajudaram nada. Não perderam a cabeça, não se colocaram a jeito. E não é que um tipo do Nacional, já com amarelo, decidiu agredir o Rodrigo. Depois de tanto trabalho a arranjar um penalti. Valeu o teatro do árbitro oportunamente aplaudido pelos comentadores da Sport TV.

O Chorão de Carvalho não vai desarmar. Quando nomearem o árbitro para o próximo jogo vão desencantar um jogo, mesmo longínquo, em que houve uma polémica qualquer. Nem precisa ter participado o Sporting, um com o Benfica serve. Depois o exército de colunistas, comentadores, paineleiros vai destilar o seu ódio durante a semana. Umas ameaças de morte à família ou umas pedradas no negocio do juiz de campo e fica tudo preparado para o Chorão entrar pelo relvado, com seu ar de superioridade, antes do jogo.  

Vamos ter disto até ao fim. A pressão é tanta que, por vezes, temo que sete pontos não chegam perante este Sporting. Personificação do pior Porto das últimas décadas. O Porto do Pedroto, com o Pinto da Costa no banco. O terrorismo que deu origem à pior ditadura do nosso futebol.  

Culpados disto? Os principais? A comunicação Social que continua dar guarida moral a esta gente, como deu a Pinto da Costa nos anos 80. 

Inconcebível, a conferência de imprensa de hoje. Mais outra. 

Sintomático, os comentários da Sport TV no dia de hoje. Uma vergonha. 

JL