N

Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


sexta-feira, 31 de agosto de 2012

QUEM O LEVA ?


Alguns partem: emprestados, cedidos, dispensados, por rescisão amigável.
Uns deixam saudades e terão sempre o nosso respeito e o seu lugar na história do Glorioso; outros nem por isso.
De outros, tememos a saída, desejando que o maldito mercado feche rapidamente e que possamos conservar algumas das jóias da coroa por mais uns meses: a bem do Benfica e de quem aprecia bom futebol e grandes executantes.

Já esta encomenda, continuará por cá, a dormir pelos cantos da Luz.


RC

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

CASINO ROYALE


No final do sorteio da liga dos campeões, enquanto não encontrava o comando para mudar de canal, ainda assisti à deprimente atribuição do prémio de melhor jogador da Europa, ou da Espanha, ou outra coisa do género. São tantos os prémios que já nem sei.

A certa altura o ambiente tornou-se familiar e pensei que ainda aparecia por ali a Júlia Pinheiro a expulsar um dos concorrentes, mas o Platini fez bem o papel e contribuiu para mais uns orgasmos dos comentadores lusos que estavam no estúdio.  

Sintomático foi o facto do apresentador, que até é português, falar em castelhano com o Iniesta e o Messi e falar em inglês com o Ronaldo. Pior só a cara do menino Ronaldo quando foi anunciado o vencedor.    

Tudo com um glamour pseudo-cinematográfico, mas tão artificial como o relvado do Spartak e que nada tem a ver com o futebol que nós conhecemos. Futebol com sabor a lama, cimento, bifanas e cerveja. O senhor Platini gosta de outros sabores. Quando a simular suspense virou a estatueta com o nome do Iniesta reparei que estava velho e cansado. Aliás todos naquela sala me pareceram velhos e decadentes. A corrupção faz mal à pele.

 
JL

O GLORIOSO NA RODA DA SORTE


É difícil falar de sorteios. A opinião sobre nossa sorte anda sempre entre o podia ser pior e o podia ser melhor. Apanhámos clubes fortes e com carisma. Vão ser jogos entusiasmantes e com pica e, para além do pilim, é por isso que lá estamos.
Mais do que as equipas, o que nos correu melhor foi o calendário. Três jogos difíceis no início e depois dois em casa onde temos e devemos de fazer o pleno, para que a nossa ida a Espanha seja um passeio.   
Sinceramente, mesmo sendo o último jogo e dar-se o caso do Barça optar por fazer poupanças, não vejo o Benfica a pontuar em Barcelona. Já na Luz pode sempre haver uma surpresa. A ideia será pontuar com o Barcelona e ganhar os outros dois duelos.    
A data do jogo em Moscovo também não é das piores. Em Outubro, com um bocado de sorte, ainda podemos apanhar temperaturas positivas. Se o jogo fosse em Novembro ou Dezembro, só por milagre. No entanto não deixa de ser uma deslocação longa. O estádio do Luzhniki é majestoso e tem pista de atletismo, o que é sempre positivo para os forasteiros, contudo é sintético.
O Spartak eliminou com dificuldades o Fenerbahçe, mas olhando para o plantel dos russos, com uma série de brasileiros e internacionais de outras nacionalidades, verificamos que está longe de ser uma equipa fácil.  
Já o Celtic tem uma equipa mais acessível, mas o ambiente de Glasgow é imponente e vale por vários craques. O facto de ser lá a primeira jornada é positivo, dá sempre para rectificar alguma paragem cerebral do tipo daquela que nos deu em Israel em 2010.
 
 
JL

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

E SE FOSSE O OUTRO?


Penso que andamos preocupados com o lado errado da equipa. É certo que a caminho da terceira jornada do campeonato está muita coisa por definir no lado esquerdo. Mas mais preocupante ainda é verificarmos que do lado direito as coisas estão bem definidas para o treinador.
Vejamos o lado esquerdo: para além de aguardarmos diariamente, há coisa de 3/4 meses, por um defesa esquerdo de raiz, temos o melhor marcador do Paços da época passada como titular indiscutível e com um potencial enorme para ser o novo Coentrão, mais o Luisinho, titular do mesmo Paços (há coisas engraçadas, não há?) e ainda da equipa B o jovem “experiente” Carole e o Luís Martins, que apesar de muito novo já foi titular num jogo internacional. Quase uma mão cheia de opções.
Do lado direito para além do titularíssimo Maxi, temos apenas o Cancelo. O Cancelo vai ser jogador, não tenho dúvidas disso, mas a defender tem ainda falhas enormes, provavelmente devido à falta de competitividade do campeonato de Juniores. Não me parece que seja jogador para jogos complicados. Basta ver as entradas pelo seu lado nos jogos da B. E depois? Quem temos? O Miguel “pau-para-toda-a-obra” Vítor? A adaptação inacreditável do Djaló a defesa?
Hoje o Melgarejo lesionou-se e está em dúvida para domingo. E se fosse o Maxi Pereira a lesionar-se?
No Atlético de Madrid, clube com quem o Benfica adora fazer negócios, está um jogador que joga em ambos os lados, é português, jovem e vejam bem, até foi formado no Benfica.
JL

SAVIOLA


E pronto, à quarta época Saviola saiu do Benfica.
Não se pode dizer que seja uma surpresa, depois de duas épocas francamente abaixo das expectativas e do pouco espaço que Saviola começava a ter no plantel deste ano.

Jogador de inteligência acima da média, Saviola não deixa de ser um caso estranho: depois de uma primeira época espectacular, Saviola não mais voltou ao nível exibicional que o havia tornado uma das grandes figuras do Benfica campeão 2009-2010.
A espaços um golo ou outro, um grande pormenor aqui outro ali, mas apenas isso.
Pouco, muito pouco para um jogador com o estatuto, o nome e já agora o vencimento de Saviola.

Um jogador acomodado ou um talento desaproveitado pelo treinador?

Uma questão de difícil resposta, embora me pareça que a inconstância de Saviola não é propriamente um facto novo: assim o provam as passagens por Barcelona, Real Madrid e Sevilha.

DE qualquer forma, isso é uma coisa; outra, bem diferente é a aposta persistente num modelo de jogo em que Cardozo é claramente assumido como a referência atacante da equipa e uma série de opções são tomadas em função desse pressuposto.
Com isso, para além de outros inconvenientes que em determinados jogos e em certos momentos da época se tornam bem evidentes, corre-se o risco de Cardozo se tornar uma espécie de eucalipto no ataque do Benfica, secando tudo à sua volta: Nélson Oliveira, Hugo Vieira, Rodrigo Mora e agora Saviola.

A ver vamos se a aposta é bem sucedida e se o risco compensa, mas o passado recente deixa-me algo apreensivo.

De qualquer forma e voltando a Saviola, como benfiquista e apreciador de jogadores inteligentes e profissionais correctos, agradeço a “El Conejo” a sua passagem pelo Benfica e desejo-lhe as maiores felicidades.


RC

terça-feira, 28 de agosto de 2012

AINDA O MELGAREJO


Num ponto concordo com o Jorge Jesus, o Melgarejo pode dar um bom defesa-esquerdo (ou lateral-esquerdo, se quiserem). É rápido, sabe pressionar, joga bem de cabeça e é tecnicamente evoluído. Vindo de trás e bem articulado com o extremo é muito difícil de bater. Por fim, ajusta-se bem à forma de jogar do Benfica de Jesus, dois laterais subidos com o trinco a fazer de terceiro central.  Se chegará perto do nível de um Coentrão, o tempo do dirá. Até lá fará bons e maus jogos e como diz Jesus oito semanas é muito pouco. Contudo, para o bem de todos nós espero que, nem que seja com a ajuda divina, a coisa resulte.
Mas o problema não está no simples facto do Melgarejo estar a ser adaptado a defesa-esquerdo. Provavelmente se assim não fosse até era dispensado/emprestado e seria outro Urreta ou outro Jara desta vida. Vendo a questão de forma isolada até é benéfico para o jogador, porque aumenta a sua polivalência e consequentemente  aumenta as soluções disponíveis no plantel.
A este propósito os jogos da pré-época deveriam servir para avalizar duas coisas: concluir se o outro defesa-esquerdo do plantel (Luisinho) serve (do pouco que jogou não comprometeu) e/ou se o esforço que se vai fazer de adaptação do Melga vale a pena. Chegando à segunda jornada do campeonato temos um Luisinho pouco rodado, um Melgarejo com o peso de uma responsabilidade que não devia ter e um desfilar de nomes nos jornais. Parece-me a mim que neste particular a pré-época não serviu os seus propósitos.  
Outro aspecto a recordar quando se faz a comparação com o Coentrão é que este foi progressivamente se tornando no defesa-esquerdo do Benfica, quando o titular era o César Peixoto. Apesar de contestado, o facto de ser ele o titular deixava margem para o Coentrão evoluir e errar. Neste caso o Melgarejo está numa situação oposta. É ele o titular escolhido pelo treinador e este facto faz toda a diferença ao nível da pressão mediática.
A questão fulcral é que o Benfica (e Jesus) precisa de ganhar um campeonato imediatamente e como manda o bom senso qualquer factor que implique mais risco deve ser eliminado, minimizado ou substituído por uma situação mais segura.
E é neste ponto que entra minha discordância com a gestão do plantel. Com a capacidade financeira que o Benfica já demonstrou, há necessidade de andar a arriscar pontos com estas adaptações? Nos anos 60 ou 70 se não ganhássemos um ano o título, certamente ganharíamos nos seguintes, infelizmente já estamos longe dessa realidade.   


 
JL

A FACTURAR


Foi um fim-de-semana muito gordo no diz respeito a golos. Os seniores deram 5 ao Setúbal, os B´s 6 ao Belenenses, os juniores também 6 na casa do Real de Massamá e os Juvenis 4 ao Sporting. Foram apenas 4 vitórias, mas marcar 21 golos em 4 jogos, nos tempos que correm, não é nada mau.
De positivo a gestão que está ser feita entre o plantel júnior e a equipa B. Conjuga bons resultados e dar andamento a alguns jogadores, que é o que mais interessa na formação. A título de exemplo a exibição do Derlis Gonzalez em Massamá.
JL
 

QUANDO A DEFESA DÁ GOLEADAS.


Um resultado da equipa B muito saboroso com momentos de bom futebol. Com a defesa muito segura, beneficiando da presença do Jardel e do Miguel Vítor, a equipa finalmente libertou-se do meio campo para a frente e os seis a zero, a partir de certa altura, até pareceram pouco, tal era o desatino do Belenenses.  
Sentadinho no camarote presidencial, Jorge Jesus pôde confirmar que aquela máxima de que as grandes equipas se constroem a partir da defesa tem um fundo de verídico. Ninguém duvida que uma defesa segura possibilita a recuperação da bola mais depressa e solta o meio campo para funções mais ofensivas. Ganhando a equipa a nível técnico e físico. Neste caso também os jogadores que estão em fase de formação.
 
Os golos foram surgindo, conforme ia acontecendo exactamente o contrário aos azuis. A defesa entrou em completo desacerto. O meio campo, qual manta curta, não segurava a avalanche do Benfica, nem conseguia fazer as transições. O ataque era um mar de frustração porque bolas jogáveis não apareciam por lá. Onde é que eu já vi isto?
 
JL
 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

OUVE-SE CADA COISA

Às vezes penso que há quem ache que somos todos uns débeis mentais. Ou então só falam para quem sofre de preguiça mental congénita, porque consideram que é a maioria neste quintal ao qual chamam país.
Como é que se consegue dizer que o varrimento com os dois pés do Amoreirinha, que nem sequer toca na bola, não é para vermelho? Como é possível comparar-se com a jogada do Luisão, uns minutos depois, a qual até tenho duvidas se existe realmente falta?
 
Depois temos o fora-de-jogo, por milímetros, visto apenas através das linhas manhosas da Sport TV. O que eu vejo são os dois jogadores em linha. O Melgarejo tem é o corpo inclinado porque vai em corrida. Mas há quem veja um fora-de-jogo “claríssimo” e o compare ao do FCPorto na Luz na época passada. A sério, ouvi agora na televisão e não foi no meokanal de um qualquer andrade.  
  
JL

MOTA, O EUNUCO

Os eunucos devoram-se a si mesmos
Não mudam de uniforme, são venais
E quando os mais são feitos em torresmos
Defendem os tiranos contra os pais

Em tudo são verdugos mais ou menos
No jardim dos haréns os principais
E quando os mais são feitos em torresmos
Não matam os tiranos pedem mais

Suportam toda a dor na calmaria
Da olímpica visão dos samurais
Havia um dono a mais na satrapia
Mas foi lançado à cova dos chacais

Em vénias malabares à luz do dia
Lambuzam da saliva os maiorais
E quando os mais são feitos em fatias
Não matam os tiranos pedem mais.



Será que, à excepção dos benfiquistas ( e dos comentadores da Antena 1, registe-se…), toda a gente acha absolutamente normal que um burgesso que acaba o jogo com 5 golos no bornal, passe a conferência de imprensa a queixar-se do árbitro, da expulsão do Amoreirinha (que coitado, mal tocou no Melgarejo…), da pretensa expulsão perdoada ao Luisão ( obviamente, o homem a abater esta época) e de um pretenso fora de jogo do Melgarejo no 1º golo do Benfica ???
Não houve, naquela plateia de escrevinhadores atentos , uma alminha caridosa que até por uma questão humanitária face á figura ridícula que o labrego estava a fazer, lhe chamasse a atenção para as alarvidades que estava a bolsar?
Tudo isto, depois de uma derrota transparente, óbvia, inevitável por 5-0, cinco a zero.
É também e sobretudo isto em que 35 anos de Pinto da Costa transformaram o futebol português: um exercício colectivo de mediocridade, bajulação e cobardia em que chafurda uma multidão  de eunucos fazendo disso o único projecto de carreira e de vida , lambendo sem pudor as migalhas do poder, esperando, subservientes, obrigados  e miseráveis um afago do dono.
Eles aí estão, pois, num campeonato minado de norte a sul.
O labrego de ontem deu o mote, mas a procissão dos bajuladores e dos cortesãos ainda agora saiu do adro.

RC

domingo, 26 de agosto de 2012

TOLERÂNCIA ZERO


Tolerância zero para invenções tácticas, para teimosias sem sentido, para casmurrices idiotas, para caprichos e convicções pessoais em detrimento das verdadeiras necessidades e dos interesses da equipa.
Tolerância zero para fanfarronadas e gabarolices, para a absurda insistência nos erros de sempre que fatalmente darão os resultados de sempre.
Tolerância zero para a tolerância que já foi dada a um treinador que mostra e demonstra não retirar ilacções das asneiras que comete, dos erros em que insiste, dos equívocos em que persiste.
Tolerância zero para uma estrutura que a todos os desmandos do treinador, tem assistido impávida e serena, dando cobertura cúmplice a opções absurdas e lesivas dos reais interesses da equipa e do clube.

É bom que, no Bonfim em final de tarde, o Sr. Jorge Jesus se aperceba finalmente do que está, de facto, em causa.




RC

sábado, 25 de agosto de 2012

É O MARKETING, ESTÚPIDO!


Nos últimos dias, o marketing do Benfica tem contactado os sócios que não renovaram o cativo (ou Red Pass, como agora se diz), procurando saber o porquê da desistência.

Parece-me muitissimo bem que o façam, mas é algo que soa a chorar sobre o leite derramado.

Entendamono-nos: a vida está dificil, durinha mesmo, e cada vez nos sobra menos dinheiro para extras.
Com o país afundado numa crise económica e social profunda e um governo mais troikista do que a troika, uma simples ida ao futebol passou a ser um luxo para muitos milhares de benfiquistas.

Estes são, pois, factores objectivos e exógenos que o Benfica não pode, obviamente,  controlar.

Pode e deve o Benfica, porém, fazer algo para não deixar fugir quem tem lugar no Estádio da Luz e é aqui que a estratégia(?) falhou rotundamente.
O custo do Red Pass subiu significativamente devido ao aumento do IVA, sabemo-lo todos e é evidente que num contexto económico transversalmente complicado, seria pouco razoável exigir ao clube que absorvesse o aumento do imposto, mantendo os preços da época passada.
(Num exercicio de algum cinismo, poder-se-ia dizer  que o custo financeiro desta medida seria muitissimo menor do que os desvarios do Sr. Jesus relativamente a qualquer um dos 7 defesas-esquerdos contratados durante o seu papado, mas nem vou por aí....)

A questão de fundo é que o Benfica e o seu marketing demonstraram um completo autismo em relação à realidade e às dificuldades com que se debatem milhões de portugueses e de benfiquistas.
Uma medida óbvia como o fraccionamento do pagamento, não foi sequer equacionada?
Será que algum dos yuppies que por lá circula terá noção do que significa para um português médio desembolsar 200, 400, 500 Euros  “à cabeça” em pleno período de férias e quando as  familias estão literalmente sufocadas pela selvajaria neo-liberal dos Relvas e dos Passos ?

Sem paternalismos mas também sem meias-palavras, à rapaziada do Marketing deixaria um humilde conselho: deixem-se de slogans parvos e de canções a que ninguém liga e desçam à terra, ou melhor às bancadas da Luz.
Se não sabem o que é o Benfica e quem é verdadeiramente o povo benfiquista,  perguntem a quem passou épocas inteiras ao sol ou à chuva no antigo 3º anel, aprendam com quem ainda contribuiu para a campanha do antigo estádio, conversem com quem correu os campos deste país em “peões” mal amanhados em que mal se viu a bola.
Entendam também, já  agora e definitivamente, que todos nós, que ao longo deste últimos anos temos vindo a pagar o nosso Red Pass, nos temos sentido tremendamente ultrajados com a obscena politica de borlas que tem sido alegremente promovida pelo  clube: não esquecerei nunca os milhares de borlistas que o Benfica introduziu no estádio nos jogos com o PSV e com o Braga, enquanto nós, os de sempre, pagávamos como sempre.

Respeitem os sócios porque o clube é deles, nosso; não de clientes, “fidelizados” ou não!



RC

domingo, 19 de agosto de 2012

CONTRA ISTO…


Ontem, na página 15 do Expresso, quando se ilustrava a intensa actividade algarvia do sportinguista Relvas antes do comício do Pontal: “(…) terça-feira ao final do dia participou noutro jantar com figuras de primeira água. Entre elas Joaquim Oliveira, patrão da Sport TV, Pinto da Costa e António Salvador, presidente do Braga.” Nada a fazer.
JL

BONS SINAIS


Boa exibição da equipa B frente ao Feirense. Vitória por 4-2 num estádio difícil contra uma equipa com jogadores de primeira liga. A destacar de forma muito positiva: Jardel (boa ideia jogar), André Gomes, Ivan Cavaleiro e Carole. Cancelo tem excelentes pormenores, mas depois tem outros que revela muita inexperiente. O melhor em campo: sem dúvida o Miguel Rosa. Que grande golo. Que grande exibição.
JL

FEIO, MUITO FEIO



O Jorge Jesus pensa que é mais inteligente do que realmente é. Pior, pensa que é mais inteligente que toda a gente. Vai daí e toca de colocar uma equipa que ninguém esperava. È a forma de ele demonstrar que sabe mais que todos. Podia ter resultado? Pois podia. No outro dia atirei uma bola de costas e acertei no cesto, mas isso não fez de mim um génio do basquetebol.
Acontece que a equipa nunca se encontrou e nunca pegou no jogo. Os jogadores tentavam passar a bola e não encontravam o colega no sítio do costume. Pudera, estava tudo trocado. Resultado, não mais de dois passes seguidos. Meio campo perdido, com o Witsel e o Javi a fazerem quilómetros. O Cardozo sem apoio, o Rodrigo sem referencia, o César sempre fora de tempo.

O Braga não é o Estoril ou o Beira-Mar e existe esta ideia antiquada que o Benfica tem de jogar com dois pontas-de-lança. Para jogar com dois pontas-de-lança, ficam a sobrar oito jogadores de campo. Contra equipas como o Braga a manta pode ser curta.

Depois existe algo que ultrapassa toda a lógica. O Jesus convoca apenas dois PL. O Cardozo e o Rodrigo. Mandaria a precaução que um deles ficasse no banco para alguma eventualidade. E se o Cardozo de lesionasse na primeira parte?

Se houve  jogadores que se destacaram na pré-época foi o Enzo e o Martins. Um entrou quase no fim, o outro nem sequer jogou. Deve ser muito motivador para um jogador. E o defesa-esquerdo? Como é que ninguém convence o homem que o Benfica necessita mesmo de um defesa-esquerdo? A julgar pelos jornais de hoje, parece que é desta.

O Benfica acaba por ser feliz, apesar do azar. Não me lembro de um ataque perigoso do Braga para além dos falhanços do Benfica. Mas também não me recordo de uma exibição tão feia na época Jesus. Atabalhoado e desorganizado. Mesmo contra 10, o Benfica nunca conseguiu pegar no jogo.

Por fim, não entendo o elogio do Jesus ao Arbitro. Aquilo foi para quê? Mais um tiro no pé.


JL

CHEGA!


Os erros de sempre, a teimosia de sempre, a estupidez de sempre, a incoerência de sempre: o Jesus do costume.
Para quê a pré-época, se no primeiro jogo oficial, aquela besta muda tudo, ignorando regras básicas de justiça, gestão e motivação de recursos humanos?
Chega de deixar um fanfarrão incompetente, estúpido e teimoso brincar alegremente com o Benfica, esbanjando milhões de euros, pondo e dispondo de um plantel caríssimo mas desequilibrado e tudo com o beneplácito de quem há muito deveria ter dado um murro na mesa.
Por menos, muitíssimo e incomparavelmente menos vi treinadores sérios, competentes, benfiquistas de uma vida serem ofendidos, maltratados, enxovalhados por uma massa associativa que parece agora em completa letargia.
Jesus é isto, não adianta insistir: arrogantemente teimoso, incapaz de reconhecer os próprios erros e pior do que isso, repetindo-os até á náusea.
Quem o pára, quem lhe mostra a porta da rua, custe 1, 5, ou 10 milhões ?
Razão, reconheço-o agora, tinha Manuel Machado: “um vintém é um vintém mas um cretino será sempre um cretino”.
Chega ou teremos mesmo que bater no fundo ?



RC

sábado, 18 de agosto de 2012

…QUE NEM UNS PATINHOS

Pinto da Costa poucos minutos depois de ganhar a Supertaça fez um comentário sobre um incidente ocorrido na mesma tarde num jogo particular do Benfica. Num país com jornalistas sérios ter-se-ia logo questionado o porquê de um presidente dar mais importância aos outros que ao seu próprio clube. Muitos concluiriam que era um sinal de menoridade.     
Tivesse o Benfica um gabinete de comunicação como deve ser e o clube teria uma mão cheia de articulistas a dissecar estas palavras durante a semana. Aproveitariam para colocar o Pinto no ridículo, por estar a falar de um jogo particular, em que a sua equipa nem entrou, em vez de comentar a “grande e difícil “ vitória do seu clube.  

Nada disto se fez. Nenhum benfiquista que tem o privilégio de falar na comunicação social veio a terreiro aproveitar esta benesse. Continuámos a afundar-nos, dia após dia, no caso Luisão e nada sobre Pinto da Costa. Este facto pode demonstrar uma de duas coisas, ou ambas, falta de força na CS e falta de estratégia.

Mandava o bom senso e o Bê-á-bá da gestão comunicacional que perdido o timing o Benfica não dissesse mais nada sobre as inconvenientes e caricatas palavras do Costa. Mas não. Contra tudo o que é aconselhável é o próprio Presidente, em ambiente de comício, que decide responder à letra ao senhor da fruta. O erro do costume.

Disse alguma mentira? Claro que não. Mas não tinha, nem devia, de ser ele a dizer alguma coisa. Acresce que perdeu completamente o sentido de oportunidade e deu uma enorme vantagem ao outro lado, que passadas poucas horas veio responder com 2 ou 3 tiradas, que apesar de intelectualmente desonestas foram ditas sem ler e em tom de resposta aos jornaleiros de serviço.

Perdeu o Benfica uma boa ocasião para melindrar o FCP e deu possibilidade de se montar o circo do costume no dia da primeira jornada, como tanto gostam os de lá de cima. É assim há anos e nunca mais aprendemos.    


JL

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

CONTRA A TURMA DOS SOPROS

Muito se sopra no futebol português. É ver quem sopra mais. E é no soprar é que está o ganho, porque o jogo é mais intenso e decisivo fora das quatro linhas. E mesmo dentro do campo, durante os noventa minutos regulamentares as grandes decisões não são de quem joga a bola, são de quem sopra.
Pegando nas edições em papel dos jornais, nestes dias todos que passaram, é difícil encontrar um artigo de opinião que não fale do Luisão. Estamos há uma semana nisto. Da esquerda à direita, de cima a baixo, dos azuis aos verdes, passando pelos prateados, todos têm algo a dizer e com autoridade.

Quase todos querem à viva força o castigo. Exemplar. Fala-se já em seis meses. Seis meses? Mas isso foi o que levou João Pinto por ter socado um árbitro no baixo-ventre num jogo do campeonato do Mundo? È comparável? Para eles, claro que é.

Deve ter sido o primeiro jogador da história a tocar num árbitro. O facto de ser um jogo particular, não ter havido ficha de jogo, nem cartões mostrados não interessa nada. O que interessa é que o Capitão do Benfica não suba ao campo.

Porque é disso que se trata. De um jogador fundamental. Vem-me logo à memória o castigo do Assis quando era fundamental no meio campo do Benfica. Ou o boato sobre Calado quando era titular indiscutível. E as campanhas contra o Katsouranis, David Luiz e Javi a torná-los violentos por decreto.

Hoje a coisa subiu de tom. Apesar de “A Bola” garantir que o árbitro alemão Christian Fischer, não utilizou em qualquer parte do seu relatório a palavra «agressão» para classificar o incidente com o jogador encarnado, “O Jogo” sopra em letras garrafais na capa “AGRESSÃO”. Está feito o serviço. É assim que se condiciona.

Os benfiquistas podem e devem criticar o que acham mal no clube, porque ser exigente faz parte da nossa cultura. Contudo, devemos unir-nos sob o nosso lema quando um dos nossos é atacado de forma vil e injusta. Amanhã o mínimo que espero é um grande apoio ao nosso capitão. Eles vão sentir o bafo da maior massa associativa do Mundo.





JL

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

MIXÓRDIA TEMÁTICA (OU TALVEZ NÃO)

Fernando Gomes mediou o "conflito" com o Fortuna de Dusseldorf.
Luisão ficou sob a alçada da FPF.
Artur Soares Dias será o árbitro do Benfica-Braga.

Alguns dos nossos, mais ingénuos ou pouco avisados, pensam que o campeonato só começa no sábado...

SÍNDROME DE ESTOCOLMO

É certo que o que se escreve nos jornais vale o que vale. Umas vezes é fumo sem fogo, um fumo que é só poeira para os olhos, outras vezes esse fumo vem de um fogo, que pode ser uma chama pequena, mas que arde e queima.   
Hoje n´A Bola fala-se da possibilidade de Sidnei jogar na equipa B. Nada contra, até porque eu pensava que a equipa B poderia, entre outras coisas, servir para recuperar jogadores e dar-lhes ritmo e competitividade. Mas isso foi antes de ver que a equipa B era mais uma razão para comprar autocarros de jogadores. Se na época anterior tínhamos quase 70 jogadores sob contrato, receito que no final desta época o número já se aproxime da centena.

Seria portanto uma notícia agradável, porque se há coisa que abomino e penso que dá uma imagem decadente e pouco profissional do clube é existirem jogadores como proscritos a treinarem-se à parte.   

Entretanto, no final do artigo de A Bola explica-se que ainda se equacionou o reingresso do jogador no plantel principal, no entanto, Jorge Jesus matou logo o tema à nascença. Não conta com o jogador e pronto. Mesmo que seja necessário um substituto para o Luisão.

Pode ser só conversa de jornais? Pois pode. Mas os sinais e exemplos anteriores leva a pensar que não o é. E como a política de informação do Benfica é adversa ao esclarecimento, só podemos de reflectir sobre os factos que conhecemos.

Voltemos ao caso Sidnei. A este propósito convém explicar que Sidnei foi um enorme investimento do clube. E convém esclarecer a alguns funcionários do clube, grupo no qual se inclui o contratado a prazo Jorge Jesus, que o Benfica não é um clube rico e que pertence a um país que está longe de ser o Dubai.   

Não me vou repetir sobre as qualidades do Sidnei, já o fiz aqui. Mas é consensual que é um jogador com potencial, certamente mais, muito mais, que o Jardel. Fechar completamente as portas da equipa principal só porque o treinador é de ideias fixas, é bonito e tem alguma graça num Real Madrid ou um num Manchester United. No Benfica, clube cujos gestores dizem em voz alta que é necessário vender para equilibrar as contas, é simplesmente estúpido.

Jorge Jesus pode ter tido uma importante quota de responsabilidade na potenciação de alguns jogadores, permitindo elevados encaixes financeiros, mas também é responsável por muitos milhões desperdiçados.   

Pode saber bem no presente este clima de afeição típico da síndrome de Estocolmo, mas diz a história que estar refém de um treinador não traz um futuro lá muito saudável a um clube.

JL

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A GRANDEZA, MODO DE USAR


Estamos a dois dias do início do campeonato. Hoje parece que joga a selecção de futebol. Há três dias atrás terminaram os Jogos Olímpicos, com uma participação nacional que devia compelir à reflexão. No fim-de-semana passado houve a final da supertaça, que apesar de ter dado em sinal aberto, aparenta ter sido jogada na clandestinidade.   
Estes são os assuntos que deviam emergir no espectro mediático. Em vez disso abrimos os jornais, ligamos a televisão, ouvimos a rádio e o tema é Luisão. Um jogo particular, realizado há uma semana, em que um árbitro fez de batatoon, aproveitando a justificada indignação dos nossos jogadores, ocupa debates, declarações e artigos de opinião.
A grandeza é isto. A sombra que o Benfica faz não deixa alguns verem o sol. Imagino os Migueis Guedes deste mundo, no sábado à noite, em vez de assistirem à supertaça, verem vezes sem fim as imagens do jogo da Alemanha. Os Eduardos Barrosos a darem saltos na praia a imaginarem o seu clube a ter hipóteses numa taça qualquer. Até o Pinto da Costa arranjou assunto para o ouvirem, porque se falasse só do seu clube, nem uma nota de rodapé ocupava.
Esta grandeza insuperável e eterna do Benfica podia ser proveitosa. Mas não está a ser. Há momentos que não passamos de um enorme e balofo saco de pancada.        
JL

A HISTÓRIA NÃO OS ABSOLVERÁ!


Mais de 13 meses depois da venda de Fábio Coentrão ao Real Madrid, o Benfica ainda não encontrou substituto.
Isto quando faltam 4 dias para o arranque do campeonato 2012-2013 e quando é quase unanimemente reconhecido que a falta de um defesa-esquerdo razoável (para sermos simpáticos) contribuiu de forma generosa para a perda do campeonato transacto.
Treze meses, meia-dúzia de extremos e várias dezenas de milhões de euros depois, continuamos, portanto, com um buraco monumental na equipa.
Seria cómico se não fosse trágico.

.../...

Não poderia ter corrido pior o encerramento da pré-época: o que se passou na Alemanha constituiu um dos episódios mais burlescos (para voltarmos a ser simpáticos) da história recente do Benfica.
Alguns jogadores do Benfica demasiado impulsivos (ou nervosos?), um capitão de equipa brioso e valente mas que ali foi irresponsável e destrambelhado e finalmente um árbitro dado às artes circenses.
Um cocktail explosivo do qual, suspeito, não resultará nada de bom para Luisão e por consequência, para o Benfica.
No rescaldo da “opera buffa” eis que, de Eduardo a Argel, de Rui Águas a Jesus, cresce uma vaga abonatória do carácter e das intenções do nosso capitão; para desconforto dos benfiquistas até o incomparável Proença vem dar uma mãozinha (o que, suspeito, nos vai sair caro…).
Todos defendem, pois, Luisão.
Todos? Não!
Algures na Lusitânia, um grande clube nem mais nem menos do que a entidade patronal de Luisão, resiste mudo e quedo.
Compreende-se: a canícula tem apertado e os vários directores de comunicação do nosso clube, algures entre o eixo Vilamoura-Ancão-Manta Rota, têm mais que fazer do que perder tempo com peripécias entre um brasileiro abrutalhado e um alemão com queda (literalmente) para o teatro.
Dos directores desportivos, nada de novo: um, por benfiquismo e educação anda desaparecido, o outro falou mas nada disse, tentando consertar no aeroporto da Portela o que deveria ter resolvido em Dusseldorf.
Alguma imprensa avançou já que o Benfica irá rapidamente ao mercado se Luisão for castigado, o que me leva a acreditar que o problema do defesa-esquerdo estará em breve resolvido: basta que o pobre do Melgarejo dê um encontrão num Proença qualquer…

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Rodrigo Mora confessou: “apesar de ter jogado 4 jogos e marcado 5 golos, Jorge Jesus nunca me disse nada”.
E pronto, lá foi até Buenos Aires, tentar fazer no River Plate o que o “mestre da táctica” não o deixou continuar a fazer no Benfica: marcar golos, esse pequeno pormenor.
Depois de Urreta e antes de Nolito (aceitam-se apostas que o espanhol é o próximo a ter guia de marcha…) lá foi Mora, mais um proscrito.

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Lê-se e parece mentira.
Gralha do jornal, exagero jornalístico, falta de rigor, o que quisermos inventar para tentar fintar a verdade crua e dura que nos magoa: o Porto assinou um protocolo de cooperação com a Academia Mário Coluna.
O Porto associa-se, assim, a um dos maiores nomes da história do Benfica: “O Capitão”, o “Monstro Sagrado”, figura maior dos anos de ouro do nosso clube.
Sejamos francos e honestos: dificilmente sairá da “Academia Mário Coluna” um novo Eusébio, um outro Coluna.
Foram génios e esses são irrepetíveis, únicos.
Não é isso, porém, que está em causa: este protocolo é algo que o Benfica nunca poderia ter deixado acontecer, sob pena de estarmos a trair a nossa história e um dos nossos maiores símbolos.
Na longa guerra com o Porto, esta é, para mim, uma das maiores humilhações a que o Benfica se sujeitou, esquecendo a sua história e os homens que, de forma indelével, o tornaram Glorioso.
Posso tentar imaginar o que sentirá Mário Coluna ao ver o seu nome associado a outro clube que não o seu clube de sempre, o seu Benfica, o nosso Benfica.
E sinto crescer a mesma raiva que senti quando, ainda miúdo, vi o ruço Artur ser escorraçado da Luz ou quando há poucos anos vi João Vieira Pinto, capitão e símbolo único daqueles tristes tempos sofrer a mesma sentença.
Então, como agora, o meu clube renegou os seus símbolos, negando-se e traindo-se, deitando para o lixo pedaços de uma história única, mas pior do que isso, esquecendo e vilipendiando os homens que a fizeram.


RC

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O SAGRADO E O PROFANO

Como já devem ter reparado este blogue é escrito a várias as mãos. Apesar dos post estarem todos assinados por “Cosme”, um pouco mais acima está as iniciais dos nomes dos autores. Cada qual é responsável pelo que pensa e escreve. No entanto, existe uma coerência espontânea de opiniões resultante de horas e horas a discutir o nosso grande Benfica.
Esta introdução serve para dizer que apesar de uma postura critica em relação à gestão corrente do nosso clube nos últimos tempos, ansiamos sempre, e penso que falo por todos, por boas notícias.

Mas esta espera tem sido em vão. E este defeso está mais próximo do Verão quente de 93 do que da primavera de 2009. Não há dia sem problemas, contratações falhadas, declarações absurdas, castigos, ameaças de vendas inoportunas, etc. Esperamos por um lateral esquerdo e ou direito, desesperamos pela venda do Gaitan, sofremos pela do Witsel. E por ai fora.

Se tenho dito muitas vezes que o gabinete de comunicação do clube funciona mal, acho que neste momento está completamente à toa. O caso Luisão é paradigmático. Não se percebe a estratégia. Deixam o jogador ser crucificado em praça pública. O Benfica não tem poder nenhum nos jornais. Chegámos ao ponto de ter um vice-presidente num programa de televisão cuja participação é bastante prejudicial para o Benfica.

Hoje deparamo-nos com esta notícia. Só sou eu achar estranho que um dos maiores símbolos do Benfica seja apoiado pelo FC Porto?

Luís Filipe Vieira, por tudo o que fez, deve ficar destacado na história do clube. O Vieirismo está dar cabo desse legado. Esperemos que não seja de forma irreversível.

JL

QUEM TEM MEDO DA INFORMAÇÃO?

Sou do tempo em que os relatórios e contas do Sport Lisboa e Benfica, antes da parte sobre as contas propriamente ditas, traziam um resumo extensivo da actividade do clube. Antes da internet, esse resumo era de uma utilidade extrema.   
Escolhendo aleatoriamente um relatório do início dos anos 90, o que vemos? Iniciam com uma descrição pormenorizada das Instalações do clube – Estádio, balneários, departamento médico, instalações das comissões (secções), instalações administrativas, pavilhões, ginásios, etc. São três páginas cheias. Sem fotos.

A seguir a lista de filiações do clube (em Associações e Federações), as Filiais, Delegações e Casas do Benfica, lista das entidades e sócios galardoados (águias de ouro, prata e bronze, sócios beneméritos, honorários e de mérito, sócios distinguidos com anel de platina, emblema de ouro e emblema de prata), a lista dos órgãos sociais, a actividade interna (reuniões de AG, plenários dos órgãos sociais e reuniões de direcção), comissões especiais e constituição dos departamentos do clube. E assim se foram as primeiras 21 páginas.

Na página 22 temos a honra de conhecer os sócios do clube investidos em cargos de organismos nacionais da hierarquia desportiva (Associações e Federações). Vejam bem a utilidade desta informação. Nas páginas seguintes vemos o movimento associativo (número de sócios activos por categoria) e muito importante, a lista dos principais eventos do ano apresentados de forma cronológica, dia a dia, mês a mês. Assim termina a primeira parte.

Na 2ª parte é apresentado um relatório da direcção sobre toda a actividade do clube – administrativa, social, desportiva e cultural. A financeira fica de fora porque vem só na 7ª parte.

Na 3ª parte temos tudo que diz respeito ao futebol - quadro de jogadores, técnicos, médicos, pessoal de apoio, actividades das equipas (seniores e de formação), todos os resultados, jogadores campeões, jogadores seleccionados, etc.   

A 4ª parte é dedicada às modalidades, com o mesmo pormenor que a 3ª em relação ao futebol. A 5ª parte é dedicada ao departamento médico e a 6ª à secretaria. São um total de 67 páginas antes da parte financeira.

Obviamente que quase 20 anos depois a estrutura de tinha de ser diferente. Mas com a tecnologia que temos ao nosso serviço ao nível da informação é assim um investimento tão grande apresentar um documento anual desta envergadura?

Pensei nisto depois de andar à procura de uma lista dos títulos e troféus colectivos que o Benfica ganhou esta época. Uma coisa que me parecia simples de encontrar.

E onde encontrei? No site do clube? No relatório e contas? No 345º livro do João Malheiro sobre jogadores do Benfica? Não. No oficioso fórum benfiquista.  

Aqui está ela. Não sei se está completa. Mas é a que existe. Com TV, revista, site e jornal e cada vez mais longe da informação que interessa. E isto não está pior porque temos o Alberto Migueis.

Futebol
Taça da Liga
Campeonato Nacional - Iniciados
Basquetebol
Campeonato Nacional
Trofeu António Pratas
Campeonato Sub-20
Campeonato Sub-18
Campeonato Sub-16
Hoquei em Patins
Campeonato Nacional
Taça Continental europeia
Campeonato - Juniores
Futsal
Campeonato Nacional - masc.
Taça de Portugal - masc.
Supertaça - masc.
Supertaça - fem.
Taça APL - fem.
Voleibol
Supertaça
Taça de Portugal
Atletismo
Campeonato pista coberta - Masculino
Campeonato ar livre - Masculino
Campeonato Sub-23-Pista coberta - Masc.
Campeonato Sub-23-Pista coberta - Fem.
Campeonato Sub-23 - Ar livre -Masc.
Campeonato Juniores - Pista coberta -Masc.
Campeonato Juniores - Pista coberta -Fem.
Campeonato Corta Mato Longo-Juniores masc.
Campeonato Corta Mato Longo-Juvenis masc.
Campeonato Europa C.Mato Longo - Jun.Masc.
Campeonato ar livre fem. Juniores
Campeonato ar livre masc. Juniores
Campeonato ar livre masc. Juvenis
Campeonato ar livre fem. Juvenis
Bilhar
Campeões Nacionais de Pool 1.ª Divisão (femininos)
Campeões Nacionais de Snooker 1.ª Divisão (masculinos)
Campeões Nacionais de Pool Português 2.ª Divisão (masculinos)
Campeões Nacionais de American Pool 1.ª Divisão (masculinos)
Vencedores da Taça de Portugal de Pool (masculinos)
Vencedores da Taça de Portugal de Pool (femininos)
Vencedores da Taça de Portugal de American Pool (masculinos)
Vencedores da Supertaça de Pool (masculinos)
Vencedores da Supertaça de American Pool (masculinos)
Rugby
Taça Portugal Feminina
Supertaça Feminina
JL

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

SENHORAS DE PATINS


Enquanto aguardamos quem vai de patins no plantel sénior do futebol, recebemos a notícia que o Benfica vai ter uma equipa feminina sénior de Hóquei. Uma boa notícia. O Benfica progressivamente vai dando espaço ao desporto feminino. Ainda falta o andebol e o Vólei que tantas alegrias nos deram no passado.  
Muito atabalhoadamente e com pouca estratégia, temos de admitir que um dos grandes trunfos desta direcção tem sido o eclectismo. Vontade há muita, nomeadamente das cúpulas. Estou a falar do vice-presidente e dos directores. O pior é por ali abaixo. Onde se confunde gosto com habilidade e ambição com capacidade.
JL

domingo, 12 de agosto de 2012

A PEQUENEZ, MODO DE USAR.

Dizia a poetiza que não existem seres mais previsíveis do que os medíocres e a escória dos fracassados. Que maior fracassado pode ser se não aquele que mesmo conseguindo glórias e riquezas inimagináveis, continua a olhar para o lado com olhos de inveja e ressentimento.
Ontem um dirigente português, mais precisamente o de flatulência fácil, do alto do camarote da corrupção assumida que frequenta e junto à meretriz que sustenta, não esboçou um sorriso pela vitória da sua equipa, conseguida no último minuto do jogo. Em vez disso, veio comentar um episódio marginal, ocorrido num jogo particular, a alguns milhares de quilómetros de distância. 

Há coisas no futebol português que não mudam. São previsíveis até à medula. Como é a mediocridade da mediação das palavras desta gente, feita por cobardes sem opinião. Cobardes que envergonham os antepassados da classe, que sofreram, alguns na pele, por defender uma profissão que está agora na sarjeta dos serviçais.
JL

SEM REI NEM ROQUE


Num jogo em que não consigo vislumbrar utilidade nem lógica (a que propósito o grande Benfica vai participar na apresentação de uma equipa da 2ª divisão alemã, quando está na fase final da preparação???), um imprevidente Luisão, dá um encosto no árbitro que cai fulminado no relvado, pelo menos a julgar pelo aparato.
Nem Proença se lembraria de uma destas, mas algo me diz que o árbitro alemão deve ter feito um curso no Chapitô e nos vai arranjar uma carga de trabalhos.
Pergunto-me se a uma semana do início do campeonato, o Benfica tem necessidade de se meter nestas confusões.

Na Luz, a equipa B tropeça em jogo fraco, sem brilho e com muita falta de atitude competitiva.
Se na equipa principal, há falta de defesas esquerdos, aqui temos dois: Luís Martins (não consigo entender porque não está no plantel principal) e Carole que, porém, joga a central.
Tudo, portanto, na mesma semana em que o avançado Hugo Vieira jogou a…defesa direito.
(Percebo, finalmente, o que significa a expressão “ o modelo vai ser o mesmo da equipa principal").
Os maus hábitos entranham-se cedo e a equipa foi deixando correr o marfim até ao limite: um belo golo de André Gomes fez alguma justiça mas há ali jogadores que nem para um Benfica Z serviriam.
Quanto à organização, uma mente brilhante achou que nem a marcadores electrónicos a funcionar teríamos direito mas ninguém impediu um speaker idiota de anunciar orgulhosamente aos ventos que estavam na Luz 2700 (!) pessoas.
Pior ainda: parte delas aplaudiram, o que prova que estamos a entrar no domínio do surreal.
Uma palavra para o hino que os yuppies do marketing decidiram inventar esta época e que só hoje pude ouvir: óptimo como musica de fundo para velórios.
Se é um prenúncio para a nova época, estamos conversados quanto ao que nos espera.

A Sportv passa em rodapé a noticia que os adeptos do Braga terão bilhetes a 10 euros para o jogo do próximo sábado.
Ou é redondamente falso ou o Braga assume o remanescente ou é pura verdade e os adeptos do Braguinha terão bilhetes mais baratos do que os sócios do Benfica.
Aguardo sem esperanças nem ilusões um esclarecimento da SAD do Benfica sobre uma notícia que, a confirmar-se, significa mais uma afronta aos sócios.


Confirma-se a saída de Mora, emprestado ao River Plate.
Tem apenas o que merece depois de uma pré-época a marcar golos como se tivesse possuído pelo demo.
Tivesse feito como Kardec e tinha lugar garantido no plantel.


Sinceramente: há algo neste Benfica que me faz lembrar os últimos tempos de Damásio.
Sem rumo nem estratégia, desorganizado, algo decadente até.
A massa associativa por ali vagueia: adormecida e entorpecida, sem entusiasmo nem grandes expectativas.
Espero apenas que a coisa não acabe com um novo Vale e Azevedo…



RC