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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


sábado, 28 de janeiro de 2017

NENHUM BARULHO POR TUDO


Nos últimos dois desaires, o Benfica sofreu cinco golos. Dos cinco, apenas um foi imaculado. E mesmo nesse, parecia que a bola tinha vida, desviando-se milagrosamente dos desesperados jogadores vermelhos, fazendo uma última e maldita curva para interior da baliza, como se os deuses a tivessem soprado.

Nunca na historia recente, e talvez mesmo em toda a sua história, o Benfica foi tão atacado. Nem mesmo quando Pinto da Costa era vivo.  Falar em colinho, benefícios, ajudas em relação a um clube com a historia do Sport Lisboa e Benfica não é simples difamação, é a consagração do no sense, só possível num país de ignorantes de memoria curta.

O silêncio tem sido a arma do Glorioso. Até agora letal, e para alguns, com efeitos de destruição massiva. Contudo, a frustração não desarma e o barulho começa a ter efeitos perversos no desenrolar das competições.

Há presidentes que cospem, empurram, escrevem demencialmente em redes socias, ladram fora e dentro do canil. Há treinadores que montam circos em conferências de imprensa e dissimulam investidas desonestas na boçalidade gramatical. Há anões que à beirinha do relvado, esse tapete sagrado do futebol, saltam, rebolam e dão cambalhotas à voz do dono. Todos são olhados com a indiferença com que olhamos para as desgraças do quotidiano. São assim, sempre foram, é da sua natureza. Desculpados vezes sem conta. Multados ao nível de uma qualquer EMEL.

Rui Vitória é Benfica. Da cabeça aos pés. No banco, no treino, nos contactos com os jornalistas. É um exemplo. Fossem todos Rui Vitória, fossem todos os clubes como o Benfica e havia um orgulho enorme em pertencer a este mundo chamado liga portuguesa.

Os 15 dias de castigo a Rui Vitória não é apenas uma aberração. Faz parte do plano B de uma estratégia falhada, cujo o objetivo deixou de ser a glória, mas a sobrevivência.

JL