JL
N
Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.
sábado, 28 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
HÁ ISENÇÕES E ISENÇÕES, HÁ DEMAGOGIA E ALDRABÕES
Sobre benefícios camarários a
clubes desportivos a capital está a anos-luz de autarquias mais a norte,
nomeadamente duas, separadas entre elas pelo Rio Douro. Foram anos de favores,
cuja denominação de benefício é extremamente redutora. Do estádio ao Centro de
estágio, a negociação de terrenos efetuou-se com sucessivos atropelos graves à
lei, autênticos casos de polícia.
O Sport Lisboa e Benfica durante
os últimos 100 anos elevou o nome de Portugal e de Lisboa aos quatro cantos no
mundo, como nenhuma outra instituição nacional. Diria mesmo que o Benfica, por
ser do mundo, é o maior património da cidade. Nas instalações do Sport Lisboa e
Benfica, em Lisboa, praticam desporto mais de cinco mil atletas, a sua esmagadora
maioria jovens.
Ao longo da história o Sport
Lisboa e Benfica sacrificou-se diversas vezes em benefício da cidade, sem nunca
ter sido devidamente compensado. Um exemplo foi o abandono do campo das Amoreiras
para a construção da autoestrada Lisboa-Jamor.
O Sport Lisboa
e Benfica está longe de ser o clube mais beneficiado da cidade pela autarquia.
Mesmo em valores absolutos. O Sporting e o Belenenses têm conseguido fazer
sucessivas alterações de PDM em volta das suas instalações desportivas.
Nos terrenos onde o Benfica agora
reclama a isenção de taxas foi construído um complexo de piscinas, dois
pavilhões desportivos, um museu impar na cidade e de extrema qualidade, que até
ganhou o prémio de melhor museu nacional do ano. Uma obra, na sua totalidade,
ao serviço da cidade e dos seus cidadãos.
O orçamento anual da Câmara
Municipal de Lisboa é de mais de 700 milhões, este alegado benefício não chega
a 0,5% do mesmo. Até mesmo em relação ao Benfica, que no exercício consolidado
teve cerca de 200 milhões de receitas, estes 1,5 milhões, significam uns meros
1%.
O curioso é que este ataque
moralista e demagogo a “benefícios a clubes de futebol” não vai beneficiar
ninguém, especialmente a cidade e a sua população. Contudo, vai prejudicar
essencialmente e num futuro próximo o clube que pertente construir um pavilhão.
Se é que algum dia vai chegar a ser construído. Houve alguém que disse que um estúpido é aquele que prejudica os outros sem tirar daí qualquer benefício para si próprio. E quando vai mais longe e até se prejudica a si
próprio?
JL
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
TODOS PAGAMOS O ANTI-BENFIQUISMO
Os
meios de comunicação social sustentados com capitais privados têm
o direito de definir a sua linha editorial como bem entendem. O
jornal Record, por exemplo, deve ter liberdade total para o
jornalismo de sarjeta que pratica. Se os seus responsáveis e os
coniventes jornalistas consideram que ser descaradamente o jornal
oficial de um clube, atacando permanentemente e cegamente o Sport
Lisboa e Benfica, é o melhor para o futuro da publicação, estão
no seu direito.
O
mesmo já não se passa com os meios de comunicação social
sustentados com o orçamento de Estado, ou seja, com o dinheiro dos
contribuintes. Sou defensor acérrimo da existência de um serviço
público de rádio (como, já agora, de televisão) e considero que
temos, de uma forma geral, um excelente serviço público de rádio,
apesar do ataque que vem sofrendo nestes últimos anos por quem nos
governa.
A
antena 1 é uma boa estação de rádio, exceto no que diz respeito
ao fenómeno desportivo. Não existe uma receita definida sobre como
fazer serviço público, mas existe uma coisa chamada a lei do bom
senso. Colocar a comentar um jogo do Benfica um anti-benfiquista
primário como um tal de Manuel Queiroz não encerra qualquer tipo de
vantagem para os ouvintes, que tratando-se de um relato de um jogo do
Benfica, deverão ser, penso eu, na sua esmagador maioria
benfiquistas.
Ao
menos uma tentativa de neutralidade, mesmo que ligeira, era o que se
pedia. No sábado o destilar de odio e de azia foi tanto que parecia
estarmos num programa de comentários da Sporting TV ou da Porto TV.
Será que só existe este “comentador” disponível? É que os
Benfiquistas também pagam impostos e estar a pagar para ser
insultado, tanto nas suas convicções, como na sua inteligência, de
forma tão descarada como ontem, é evidentemente insustentável.
Obviamente
que mudar de estação é sempre uma opção. Contudo, se o eventual
fecho, por falta de resultados financeiros, do Jornal record, não
nos aquece nem arrefece, a redução de auditório da antena 1 pode
vir a ser utilizado como argumento de desinvestimento no serviço
público de rádio, o que seria uma pena, especialmente para os seus
profissionais.
O
Benfica merece respeito. Esse tal de Manuel Queiroz antes de
pronunciar o nome Benfica devia de lavar a boca.
JL
domingo, 22 de fevereiro de 2015
SPORTÉM: OUTRA VITÓRIA PARA A HISTÓRIA
Mais uma vitória mítica, retumbante,
daquelas que perduram na história e que definem um clube.
Há, de facto, clubes assim:
talhados para os grandes feitos, fazem deles o seu dia-a-dia, a sua forma de
vida.
Neste domingo de inverno aparentemente
bisonho e sem história, soube-se que William Carvalho revelou à Sporting TV que
há uns anos recusou o Benfica porque queria jogar no Sporting (sic).
Mas não ficou por aqui: revelou
também que a pesar na decisão, esteve um telefonema de Nani (sim, o tal, esse
ganhador nato e visionário que aos 27 anos trocou o Manchester United pelo
Sporting).
Inequivocamente, é desta massa
que se fazem os grandes vencedores e a história dos grandes clubes.
RC
3 IMPORTANTES PONTOS MAS...
A exibição do Benfica ontem em
Moreira de Cónegos, está longe de ser tranquilizadora relativamente ao
campeonato que falta para jogar.
De uma forma intrigante, a equipa
mostrou pouco ter aprendido com a lição de Paços de Ferreira e voltou a pôr-se
mansamente a jeito para algo que, nesta fase, poderia ser fatal.
Antes de mais e sem rodeios: este
Benfica é ainda e claramente uma equipa em construção: Pizzi é um regalo para
os olhos com a bola nos pés, mas no processo defensivo falta-lhe (ainda?) o
raio de acção, a quase omnipresença e o poder de choque de Enzo Perez.
O facto torna-se ainda mais
evidente quando ao lado, em vez de Samaris, está André Almeida, sem qualquer
desprimor para o jovem português, um daqueles jogadores que qualquer treinador
quer ter num plantel.
Na frente, Jonas é um jogador finíssimo,
de superior inteligência mas obvia e claramente diferente de Rodrigo, que
proporcionava movimentos de ruptura e dinâmica ofensiva que não são, agora, repetíveis.
Grave é, porém, quando aqueles
que podiam ser os desequilibradores, não saem da concha: Ola John dá um passo
em frente e três atrás e Salvio está complicativo e ineficaz até ao desespero.
E foi basicamente o que se viu
sobretudo na 1ª parte: falta de agressividade competitiva, posse de bola sem
consequências, cantos sobre cantos sem perigo para Marafona.
Sobre a 2ª parte, todos podemos
agora especular com tudo e com o seu contrário, mas a equipa pareceu vir
disposta a mudar o rumo do jogo e talvez o momento chave do jogo, tenha sido o
golo do grande capitão.
Globalmente, não gostei do que
vi: o laxismo, a ineficácia e moleza competitiva da 1ª parte poderiam ter
custado muito caro, numa fase em que é proibido cometer erros e perder mais
pontos.
Vão obviamente longe os tempos da
máquina trituradora de Jesus: outros tempos, outros jogadores, circunstâncias
diferentes.
Gostaria, porém, de ver uma
equipa mais afirmativa, incisiva e decidida quanto ao que, de facto, importa:
resolver os jogos e conquistar os 3 pontos.
Seria importante até para acabar
com a gigantesca vaga de fundo que começa a ser levantada pela escumalha do
costume, à volta de tudo quanto acontece nos nossos jogos.
RC
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
DO MAU GOSTO
Foi na esquina entre a rua do Jardim do Regedor e a das Portas de Santo Antão que conheci o Sport Lisboa e Benfica. Fiz-me sócio, procurei um proponente, delirei com os resultados das modalidades e das camadas jovens, fixados num quadro negro à entrada, com letras colocadas pelo porteiro. Tardes inteiras a ver bilhar, visitas à sala das taças, ouvidos atentos aos mais velhos. Foi uma geração inteira que se fez benfiquista naquela esquina. O emblema, a sua altivez, a sua força, era o símbolo dessa geração. Geração que não merecia o que colocaram esta semana a substituir o tradicional emblema. Era alvo de vandalismo? Faziam-se uns 50 para ir substituindo. Agora aquela coisa que parece um bolo encomendado no Pingo Doce é que não respeita minimamente a história do clube. Mesmo que seja temporário.
JL
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
UM CASO CLÍNICO
“(…) [Ainda me lembro] das vezes em que a
falta de uma resposta positiva minha a essa pseudo aliança o levavam a entrar
no meu carro, quando eu não estava presente, tentando convencer o meu motorista
das virtudes de uma aliança.”
Definitivamente, este tipo não é bom da cabeça. Parece uma brincadeira
de crianças. Estamos mesmo a imaginar, o Luis Filipe Vieira a esgueirar-se para
o carro do Bruno de Carvalho para ter uma conversa com o motorista. Para além
de mitomaníaco, sofre de transtorno obsessivo compulsivo. Sobre a publicidade
da cerveja Sagres, marca que patrocina o Belenenses, clube contra o qual o Patrício
deu o frango, saiu-se hoje com esta:
(…) tenho a certeza que nos próximos
dias haverá um vídeo promocional da marca, sobre os vários erros cometidos esta
época nos jogos do Benfica, pois darão com certeza notas bem mais artísticas do
que esta (...)”
Mas onde aparece o Benfica nesta história? Só na cabeça deste doente.
JL
PS: Foi
confrangedor ver no domingo um tal de Manuel Queirós a destilar o odio que tem
ao Benfica. “ O mais grave desta guerra Benfica-Sporting foi a tarja do futsal,
quando a vi já nem conseguiu ver o resto do jogo”. Prontamente desmentido pelos colegas de painel:
“Ó Manel, mas a tarja não apareceu no direto”. Simplesmente ridículo.
JE SUIS SAGRES
Pois é, não demorou muito, pouco
mais de um mês depois da comoção geral devido ao atentado do Charlie Hebdo, quando
a liberdade de expressão foi elevada a religião, quando o tipo do “querido
mudei a casa” foi enxovalhado por destoar da unanimidade, eis que surge o portugalzinho
no seu melhor. Ninguém agora se levanta a defender uma das marcas mais
emblemáticas do país? Que cometeu o “crime” de chamar frango a algo que toda
gente chama frango.
JL
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
PORQUE NÃO TE CALAS
“Em entrevista a Bola Branca, Gaspar Ramos
condena, ainda, os actos dos adeptos do Benfica "que evocaram
uma situação trágica na final de uma Taça de Portugal", (…)
Sobre os incidentes, Gaspar Ramos considera que "a direcção do
Benfica deve tomar uma atitude", sugerindo que "seja feito
um inquérito e que sejam punidos os infractores".
Existem duas figuras muito sui generis no
Benfica. Uma, é o inigualável Jaime Antunes, o outro é este Gaspar
Ramos. Figuras que pouco têm em comum, na idade, nos anos de sócio
e no tempo que dedicaram ao clube, mas que partilham um imenso desejo
de protagonismo. Se o primeiro não passa de um pobre diabo, que se
vê a léguas que não sabe do que fala, Gaspar Ramos, pelo seu
historial e benfiquismo merecia de si próprio algum recato. Não há
derrota ou empate do Glorioso que não sejam acompanhados nos dias
seguintes por declarações destas duas figuras.
Acontece que o Benfica não perdeu e o empate em
Alvalade, pela forma como foi obtido, valeu quase tanto como uma
vitória. Da mesma maneira que a derrota em Paços de Ferreira valeu
uma derrota e meia.
Contudo, desta vez, a motivação teve a ver com a
pirotecnia verbal do dromedário que preside ao sporting de Lisboa.
Está a Direção do Benfica a tentar manter um silêncio higiénico,
numa contenção de difícil gestão, para não se conspurcar com a
merda que o homenzinho do Lumiar coloca na ventoinha e vem este
antigo dirigente lançar lenha para fogueira alheia. Com amigos
destes…
JL
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
SIGAM O STROMP
Comunicado nº 34560 do grande Líder Bruno de Carvalho: “Castiguem o
Benfica. Esqueçam que incendiamos o estádio da Luz no passado. Fomos
multados, lembram-se? O valor foi ao nível de uma multa de
estacionamento da EMEL, mas fomos multados. Agora foi pior, o foguetório
ao minuto 93 foi terrível para a minha azia. E a tarja? Uma coisa
dessas em Alvalade era impossível. Gozar com mortos? Se eu visse alguém a
fazê-lo atirava-o para o fosso. Ou então mandava-o abraçar um comboio
em Sete-Rios.”
JL
A NOITE DOS HERÓIS IMPROVÁVEIS
Esta foi a noite em que ficou demonstrado que um Benfica em
versão aparentemente contra-natura,
com pouca inspiração e escassa dinâmica ofensiva, pode perfeitamente bastar para
empatar com um sportém veneradamente levado ao colo pela comunicação social e,
como tal, em níveis máximos de empenho, motivação e rigor táctico.
Uma noite, pois, alla Trap: “quando não se pode ganhar,
empata-se”.
É apenas disto que se
trata quando em causa estão jogos, pontos, títulos.
Esta foi, também, a noite de Jardel, o eterno mal-amado de
serviço entre uma larguíssima franja de sócios do Benfica.
Aos que o acusam de ser tosco, de não ser Garay(!), de não ter qualidade para
jogar no Benfica, Jardel responde com trabalho, dedicação, profissionalismo: de
cabeça ligada se assim tiver que ser, de máscara jogos a fio, a despachar para
a bancada se for essa a melhor solução.
E com golos, por vezes, como o de hoje, que não calou apenas
aqueles pobres tristes que cantavam olés em jeito de ejaculação precoce.
E claro, esta foi também e, obviamente, a noite em que Artur
Morais fez a maior defesa da sua vida, ao passar, como disse “ de cabeça
erguida e de forma honesta” diante de uma cáfila de pulhas e cobardes sem
dignidade nem formação, que durante uma semana promoveram a mais suja e ignóbil
campanha de desestabilização a um jogador de que há memória no jornalismo (?) desportivo português,
E é também destes heróis que se fazem os campeões.
RC
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
OS GOEBBELS E AS SUAS PUTAS
Se não houvesse
mais provas, aqui está a confirmação do que foi escrito no post anterior. Ontem
houve Taça da Liga. Houve jogos oficiais com equipas profissionais e de
primeira linha do nosso futebol. O histórico Vitória de Setúbal ficou apurado
para as meias-finais. O “Invencível” Sporting de Bruno de Carvalho foi
eliminado. Sabiam? Se calhar não. Porque vendo as capas dos jornais de hoje
nada disto aconteceu. Importante? O aniversário do menino Ronaldo (não o fenómeno,
o da Madeira), uma estatística pífia sobre o derby, uma não-noticia sobre a
renovação do Jesus (que jeito faz criar um caso destes antes do jogo de domingo).
O engraçado é que
na primeira jornada desta Taça da Liga, onde tudo estava ainda em aberto, os
jornais abriram alas para uma brilhante vitória dos jovens Sportinguistas. Comparem.
Temos jogadores
razoáveis, bons treinadores, maus dirigentes. Mas maus, mesmo maus, são os
nossos jornalistas desportivos. Foram eles que mantiveram um silêncio cúmplice no
apito dourado, fizeram ouvidos moucos às escutas publicadas no youtube, que se
calaram quando um dirigente depositou um cheque numa conta de um fiscal de
linha e que vão a correr ouvir os dirigentes a seguir aos blackout, como putas
baratas.
Primeira jornada:
Ultima e decisiva jornada:
JL
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