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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


domingo, 30 de setembro de 2012

UM CAMINHO DIFICIL


E eis que contra muitos e apesar de todas as Xistralhadas, o Benfica está em 1º lugar.
À 5º jornada, estar em primeiro vale o que vale: o campeonato é uma prova de fôlego e o que interessa verdadeiramente é estar neste lugar no final da 30ª jornada.
E no entanto, este 1º lugar pode ser uma dose suplementar de vitaminas animicas para uma equipa em que, verdadeiramente, poucos acreditam.
Esfrangalhada a meio campo com o campeonato já em curso, desequilibrada à nascença devido a opções pouco entendíveis, este Benfica 2012-2012 vai ainda ser vitima, não tenhamos ilusões, de um processo eleitoral que poderá ser tudo menos pacifico, tal o ódio a Vieira que grassa nalgumas franjas mais ruidosas da massa associativa.
O triste espectaculo a que se assistiu na Assembleia-Geral de 5ª feira, poderá ser apenas um prenúncio do que aí vem, com a equipa de futebol “entalada” entre uma direcção autista e fechada em si mesma, incapaz de entender a realidade  e um bando de arruaceiros que, sabe-se lá porquê,  crê ter nas mãos o destino do Sport Lisboa e Benfica, como se não existissem dezenas de milhar de sócios que mesmo não concordando com Vieira, não se revêem seguramente nos métodos utilizados por esta horda de desordeiros.

Isto para falar apenas dos obstáculos internos, porque quanto ao resto, não duvidemos que o pior está para vir.
Esperam-nos outros Xistras e todos os Proenças que por aí andam, desejosos de fazer carreira e agradar aos donos.
O sietma, mais forte, pujante e confiante do que nunca, foi bem claro: ponham os olhos em Proença; sirvam como ele serviu e poderão chegar onde ele chegou.
É esta a grande mensagem que o sistema deixou e é este o grande perigo que nos espera em cada jornada até ao final do campeonato.
Saber se a nossa equipa será suficientemente forte para ultrapassar uma conjuntura interna complicada e um percurso externo completamente armadilhado  é o grande desafio desta época.
A própria equipa parece desconfiada de si mesma, o que de resto nem surpreende.
Vinda de duas épocas completamente decepcionantes, viu-se retalhada a meio-campo, perdendo 2 jogadores fundamentais, ainda para mais quando um deles era um dos líderes naturais da equipa: Javi Garcia.

Pode parecer uma frase feita, mas nunca foi tão verdade: o caminho desta equipa far-se-à caminhando, semana a semana, jornada após jornada.
Por vezes, contra quase todos, sabendo (e é bom que a equipa tome definitivamente consciência disso) que para ganhar não basta sermos melhores: teremos de ser muito melhores, mas também mais fortes, mais inteligentes, mais espertos, menos ingénuos.

A ver vamos como termina, mas para já,estamos em 1º.
Apesar dos Xistras.


P.S.-Ainda sobre a AG de 5ª feira: Leonor Pinhão, tão venerada em alguns meios , por vezes gosta de se fingir distraída. Distraiu-se, por exemplo, durante o triste consulado do ladrão que está em Londres. Voltou a distrair-se agora quando afirma em “A Bola” de sábado que o que se passou na AG foi “um levantamento popular espontâneo”.
Claro que foi: popular e sobretudo espontâneo.
Enfim, acontece a todos.


RC

A VIDA DOS OUTROS



Está difícil e complicada a vida dos outros. Se não bastasse andarem de calças na mão à procura de investidores em sítios pouco recomendáveis ainda continuam com o hábito de se colocarem em bicos de pés, o que com as calças na mão não deve dar muito jeito.
Foi o que aconteceu quando do justo ruído feito por nós devido ao assalto ocorrido em Coimbra. Aquilo fez-lhes muita confusão e como uma criança que quer aparecer em todas as fotografias de uma festa lá se colocou nos tais bicos de pés lançando um comunicado sobre arbitragem.
Com pouco ou nada para dizer, dissertaram sobre um segundo amarelo a um seu jogador que se envolveu aos empurrões com um adversário já no último minuto de compensação de um jogo que ganharam graças à providência divina. Este comunicado prova acima de tudo que o ridículo não mata, caso contrário a Servilusa montava sucursal no Lumiar.
Mas se andar aos empurrões não dá direito a amarelo, uma semana depois o acto de pedir amarelo para um adversário que entrou de carrinho, em tesoura, às suas pernas, já deu. Foi assim no sábado, mais um penálti por marcar, um vermelho perdoado ao Rinaud e o Estoril a jogar com dez uns bons 30 minutos. Quais 30 Minutos? Foram uns inéditos 38 minutos de compensação. Até pareceu que faltou a luz durante o jogo.
Acontece que andar em bicos de pés é incomodativo e talvez por isso terminada a 5º jornada estão mais perto do último do que do terceiro lugar. E ainda por cima, para azar deles e sossego nosso, só com um exercício delirante de imaginação poderão falar da arbitragem.
Dirão vocês que a vida dos outros não nos deve interessar para nada. Desculpem mas interessa, até porque continuamos a aguardar os resultados de um inquérito sobre uma claque que incendiou parte de um estádio.
E já agora se não for muito incomodo para os senhores da Federação, digam lá o que acontece a um clube cujo dirigente deposita dois mil euros na conta de um fiscal de linha dias antes de este ir arbitrar um jogo do seu clube?

JL

O SISTEMA JOGA XADREZ


 A arbitragem do Sr. Xistra não foi um caso de azar, nem foi resultado de qualquer macumba feita à meia-noite num qualquer descampado de Leça, nem mesmo fruto de um plantel de velas acesas no santuário do São Bento da Porta Aberta.
Era mesmo imperioso o Benfica não ganhar em Coimbra e/ou em Paços de Ferreira, já que caso somasse os 6 pontos nos dois jogos, o Porto-Sporting da próxima semana seria um belo trampolim para equipa de Jesus. A juntar a isto, o facto de tanto os andrades como os lagartos irem jogar com o Braga antes do Benfica visitar Alvalade. Era agora o momento certo do Benfica perder pontos.
É assim há anos. Joga-se com o calendário. Os “erros” são fabricados com precisão, como se fossem feitos com um bisturi.  
Se recordarem bem, o Benfica só consegue ser campeão quando não luta directamente com o Porto. Aconteceu na época de Trapattoni, o Porto só se aproximou dos lugares da frente mesmo no fim, ultrapassando o sporting na penúltima jornada. Aconteceu na primeira época de Jesus, o Porto deixou-se ficar e apostou tudo no Braga, que foi levado ao colo até ao limite do razoável. De resto, quando as duas equipas estão lado a lado, o sistema trata do assunto. Quando o Porto está um pouco melhor, o sistema trata também e dispensa-os desta coisa chata de lutar pelo título, deixando-os fresquinhos para a Europa.   
Desta vez as contas saíram um pouco furadas. Graças ao Rio-Ave e à aselhice do Vitó. Mas não perdemos pela demora. Estejam atentos.
JL

sábado, 29 de setembro de 2012

EMPATE TAMBÉM É UM RESULTADO POSSÍVEL


Hoje à tarde, no grandioso estádio da Luz a nossa equipa B efectuou uma exibição menos conseguida do que é habitual. Apesar disso, empatou a zero com o Leixões, mas podia ter ganho, pois o melhor jogador em campo foi sem dúvida o guarda-redes leixonense. Já é sina as grandes exibições dos guarda-redes no nosso estádio.
Pode ser um lugar-comum mas o resultado para esta equipa é mesmo o que menos interessa.
A nossa defesa está cada fez mais estável, gostei muito de ver Ascues, no entanto parece-me que o meio-campo sem os jogadores que estão na equipa A perde alguma qualidade. Não sei se não seria melhor colocar o Miguel Rosa no meio.

Mais uma etapa na evolução destes jovens, para crescerem. E alguns precisam mesmo de mais experiencia, não è Cancelo?     
JL

E VÃO TRÊS


O Benfica ganha a sua terceira Supertaça esta época. Três Supertaças em outras tantas disputadas. O Hóquei em patins, com 9-5 à Oliveirense, junta-se assim ao Futsal e ao Andebol. Vitória justa, num jogo empolgante e com bons sinais para a época que agora inicia. Parabéns.  

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O TROPEÇÃO DO BRUXO DE FAFE


Tudo se estava a compor para uma noite de bruxas: apagão, torção do Salvio, cabeça partida do Garay, a equipa a jogar com menos confiança do que em Coimbra, o Paços bem organizado, muito superior à Académica, oportunidades incrivelmente perdidas e em barda, remates travados com o pé, corpo e até com os braços dos pacenses, bolas rematadas com a baliza escancarada mas que de forma sobrenatural voltavam para trás, jogadores do Paços caídos no relvado era sempre igual a falta (como é que o Benfica faz o dobro de faltas do adversário?), a maior parte delas a permitirem bolas bombeadas para a nossa área. Tudo isto aconteceu mas o Benfica venceu. Com sofrimento, mas com muita justiça.
JL

JUSTO CHUMBO, DESADEQUADA ATITUDE


O resultado da Assembleia Geral de sócios podia ter sido um forte motivo de orgulho para os benfiquistas. Pelo resultado da votação (já lá vamos) e pelo facto de a participação voltar a ser elevada. Desculpem a sinceridade, mas para mim não o foi totalmente. Não tem a ver com o ambiente tenso com que se viveu esta Assembleia. Já assisti a bem piores no tempo do Fernando Martins, do Jorge de Brito, do Damásio e especialmente do Vale e Azevedo. O que não pode acontecer é um clube com dezenas de milhares de sócios efectivos, ficar refém de uma centena, pelo terror que impõem, ameaçando de forma fascista quem está em desacordo. A razão não se impõe pela força. Ironicamente são os mesmo que gritam o “Benfica é nosso”.
Correu-se o risco a Assembleia ser suspensa. Não o foi porque o Presente da AG não tem a coragem e o pulso necessário para as funções. A rábula da leitura da acta da reunião anterior é um bom exemplo. Vendo bem a coisas, ainda bem que não o foi.
Mas indo ao que realmente interessa, seja qual for a avaliação que façamos do último mandato da Direcção, as contas apresentadas, tanto da SAD como do clube, são claramente um sintoma de má gestão. Esta noite era mais que justo a apresentação um cartão amarelo ou mesmo vermelho ao despesismo sem rigor, ao autismo e elitismo da Direcção e à falta de vontade de informar e esclarecer. Um sério puxão de orelhas.
Foi o que foi feito e bem. Mas apesar de concordar com o voto de desagrado gostava de salientar que não é com facilidade que um Benfiquista rejeita o relatório e contas de uma época inteira. Um chumbo destes é um momento grave e significativo na vida de um clube. Uma decisão bem ponderada. Por isso não percebo o que leva alguns ao extremo regozijo, com saltos, gritaria e carros a apitar.  
Como também não faz nenhum sentido pedir-se a demissão da Direcção quando estamos a menos de 30 dias das eleições? Talvez essa energia devesse ser gasta a encontrar uma alternativa credível. 
No Benfica, a instituição democrática mais antiga do país, os sócios sempre demostraram sabedoria quando são chamados a participar num sufrágio. Considerando que uma década é muito tempo para se estar no poder, sendo clara a decadência da direcção liderada por Luís Filipe Vieira, preocupa-me bastante que a poucas semanas das eleições não se vislumbrar qualquer alternativa. Nem boa, nem má.

 JL

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

ASSEMBLEIA GERAL

Hoje é noite de Assembleia-Geral.
Num país à beira de uma crise de nervos e num clube que parece viver em constante estado de ebulição com posições completamente extremadas, estão criadas todas as condições para que os ânimos aqueçam e as coisas acabem por descambar.

Da direcção e das oposições espera-se  bom senso, responsabilidade e sentido de benfiquismo.
Entre o vieirismo autista e o anti-vieirismo cego,  espera-se apenas que não seja esquecido aquilo que nos une e que está acima de todos os egos: o Benfica.

Para além da discussão do orçamento , o muito que a direcção tem que explicar e o muito que (legitimamente) os sócios querem saber, espero que os limites do respeito, da dignidade e de tudo aquilo que sempre fez do Benfica um clube exemplar, não sejam ultrapassados: fomos a casa da democracia antes do país saber o que isso era e quanto a lições, nada temos a receber, mas poderemos ensinar muitos e bons moralistas de coluna de jornal.

O Benfica continua já amanhã e não são pequenos os desafios que nos esperam: é bom que que vieiristas e anti não o esqueçam antes de partir para a demagogia fácil ou para o insulto barato.
“Et pluribus unum”!



RC

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

ANDEBOL: VITÓRIA SUADA SOBRE A ASSOCIAÇÃO PORTO E ÁRBITROS, LDA.


Vitória muito difícil contra os nove do Porto. Este ano a equipa parece-me com mais capacidade, nomeadamente na baliza, mas há sinais comuns a outras épocas que voltaram a verificar-se: a falta de concentração para matar o jogo, os remates extemporâneos e especialmente as inacreditáveis arbitragens. E isso deixa-me preocupado. Aquele último minuto é de bradar aos céus. Só faltou os juízes rematarem também eles à baliza do Benfica.
Enfim, estamos em vantagem pontual, espero é como em anos anteriores não a perder contra os Águas Santas desta vida.  
JL

terça-feira, 25 de setembro de 2012

RAPIDINHAS À PORTUGUESA

Vítor Pereira diz que arbitragem é dirigida de “dentro para fora”
Claro que sim, nem nós duvidávamos.
Mais concretamente, é dirigida de dentro de uma casa na Madalena…

A imprensa insinua que “Rodrigo pode dar o lugar a Lima”.
Parece-me bem. Cardozo está em grande forma, pelo que não o deixem no banco nem o perturbem.
Já agora, aumentem-lhe o ordenado, porque o rapaz tem feito por isso.

O Presidente do Paços de Ferreira confessa a sua preocupação com a pressão que está a ser feita pelo Benfica, esperando que “o árbitro não se deixe intimidar”.
Nesse sentido, espera o dignissimo  presidente dos paçenses que seja nomeado um bom árbitro, internacional.
Foi você que pediu um Pedro Proença ?

Na sequência do sorteio da Taça, a propósito do fortíssimo adversário que uma vez mais calhou em sorte ao Porto (apenas coincidências dos sorteios, que ninguém pense em bolinhas viciadas…) diz o Record on-line que o S. Eulália de Vizela “quer diversão”.
Aí está uma boa notícia para Reinaldo Teles que seguramente não perderá a oportunidade de abrir uma delegação de “O calor da noite” em S. Eulália de Vizela a fim de proporcionar a merecida diversão à rapaziada de S. Eulália de Vizela.

RC

DIFICULTAR AS XISTRADAS

Depois da descarada xistragem de domingo, parece que finalmente o Benfica acordou. Mas acordou com um ano ou dois de atraso (ou talvez mesmo 35), o que nos valeu perder pelo menos um campeonato. Enchemos demasiado a barriga com o primeiro ano do Jesus e deixamo-nos claramente adormecer à mesa. Uma reação destas no ano passado, logo a seguir ao jogo de Guimarães (com o habitué Xistra) ou de Coimbra e o campo nos jogos com o Porto e Sporting não estaria tão inclinado. Com o Sporting então, foi das coisas mais fraudulentas que já assisti e também das coisas mais branqueadas.
Lamentável é também a tentativa de minimizar a atuação do Xistra (até de alguns benfiquistas), dizendo que se o Benfica não tivesse falhado tantos golos ganhava o jogo. Primeiro, nem sequer é totalmente liquida essa aparente verdade de La Palisse, porque como foram coisas, provavelmente o Xistra encarregar-se-ia de equilibrar o jogo em outros lances, depois o Benfica não pode ser obrigado a marcar 5 ou 6 golos, todos os jogos, só por causa da arbitragem. Nem o Barcelona.
Marcou dois golos e considerando os condicionalismos até fez uma boa exibição, aliás, acho que o elevado nível de descaramento da arbitragem teve muito a ver com a exibição positiva do Benfica. Sempre pressionante e em alta rotação a maior parte do tempo. É certo que se perdeu um pouco a seguir ao 2-1, mas com um penalti daqueles depois da recuperação e de tanto falhanço a força anímica não podia ser a melhor.
Espero que na sexta-feira assim continue. A exibição da equipa, claro está. Caso contrário este despertar da Direção da SAD em relação à arbitragem não valerá de nada. O próximo jogo é importantíssimo.
JL

domingo, 23 de setembro de 2012

E DEPOIS DO ADEUS



 Perante o roubo,  a mentira, a corrupção  e a nojenta podridão que submergem o futebol português há 35 anos e perante a completa ausência de estratégia, de visão e de compreensão de sucessivas direcções do Sport Lisboa e Benfica, solicito que aos 23 dias de Setembro deste ano da desgraça de 2012, tomemos a única atitude digna que nos resta e de uma vez por todas se abandone o futebol profissional, deixando-o definitivamente entregue à corja que o governa governando-se  e que lentamente o vai matando.

Que lhes faça bom proveito e que definitivamente se rebolem satisfeitos na pocilga de vitórias sujas,  imorais e roubadas, mas ao menos  não contem connosco como palhaços pobres de um circo falido.
O que se passou hoje não é apenas culpa de Vieira, de Damásio ou do ladrão que se acoita em Londres: responsáveis por isso são todos os que desde 1977 por cegueira, estupidez,  mera ingenuidade ou interesses que não os do Benfica,  não perceberam o que estava em jogo, sendo incapazes de descortinar a teia que estava a ser urdida.

E contudo, tudo foi sempre muito claro para quem o quis perceber: de tão confiantes nas virtudes próprias e na cegueira alheia, os donos do jogo logo mostraram ao que vinham, quase sempre de forma evidente,  ostensiva, provocatória até.
O que se passou hoje em Coimbra foi apenas o enésimo remake de um filme de série B  visto, revisto e abominado até ao vómito.

Trinta e cinco anos. Muito tempo. Tempo demais.
Neste esterco em que se transformou o futebol português, não consigo perceber qual o nosso papel.
Basta: em nome do Benfica, dos homens honrados que o fundaram, daqueles que, com sangue, suor e lágrimas o tornaram imenso, Glorioso.
Deixem-nos a jogar sozinhos, com os jogadores e treinadores amigos que colocam e  pagam, com os árbitros que corrompem e servem com putas, com os jornalistas que tudo vêem e tudo calam, subservientes, cobardes, miseráveis, canalhas.

De uma vez por todas, basta!


RC

AZAR, XISTRA E OUTROS FILHOS DA PUTA


Peço desculpa. O título deste post foi escrito com demasiada raiva. Não devia ter escrito a palavra “azar”. Porque vendo as coisas mais calmamente, acho que o Benfica até teve sorte. Conseguir empatar com uma arbitragem destas está só está ao nível dos clubes míticos. Foi um sortilégio porque a Académica “ filial dos corruptos” de Coimbra apenas foi três vezes à área do Benfica. Três vezes. Na primeira ao beneficiar de um fora-de-jogo de mais de três metros. Na segunda há dois jogadores que saltam fora da área e dá penálti. Na terceira há um jogador que se atira para cima do defesa, o qual tinha acabado de cortar a bola e dá novamente penálti. Se tivessem ido mais vezes à nossa baliza tinha sido uma desgraça. 
Eu bem gostava de falar mal da exibição do gordo do Bruno César, de como me agradou a exibição do Enzo no meio-campo, de como gostei da pressão do Benfica ou do facto de quando o Cardozo está em dia não, nada a fazer. Mas para quê? Mesmo que fossem concretizadas uma ou mesmo duas das dezenas de oportunidades falhadas, o Xistra lá arranjaria um novo penálti. Porque desta vez jogamos mais do o suficiente para ganhar, marcamos até dois golos e empatámos o jogo.  
Arrumado a sorte, o azar e o Xistra. Falemos de filhos da puta.  Não é que o Xistra também não o seja, mas vendo aquele dirigente da académica que agride o Maxi Pereira quando este vai buscar a bola, percebo porque é que este clubezito que joga num estádio oferecido pelo Estado não tem mais de meia casa num jogo contra o Benfica. Ainda pensei que se fosse atirar ao chão como o árbitro alemão. Mas mais filho da puta ainda é o jornalista (certamente escola Monte da Virgem) da antena 1, rádio paga com os nossos impostos, que no comentário ao jogo teve a grandessíssima lata de afirmar que as agressões foram mútuas.  Incrivel!
JL

sábado, 22 de setembro de 2012

QUE BANDEIRA LEVANTAR EM OUTUBRO?


A poucas semanas das eleições (será?), por mais grandioso que seja o Museu a inaugurar brevemente, Vieira começa a ter poucas opções e a depender quase totalmente dos resultados do futebol.
Luís Filipe Vieira ganhou duas eleições (e bem) levantando a bandeira da recuperação económica e financeira do Benfica e da devolução da credibilidade ao clube. Ganhou e ganhou bem. No último sufrágio até teve a benesse de um pára-quedista do norte que com uma esperteza jurídico-saloia animou as eleições e levou às urnas milhares de Benfiquistas que de outra forma ficariam a aquecer o sofá.
O trabalho feito na recuperação económica e financeira do Benfica e da devolução da credibilidade ao clube já foi julgado nas eleições anteriores. O que se vai julgar agora é o trabalho do último mandato, somente isso. É assim em democracia. Em democracia a avaliação é contínua.
O Presidente preparava-se para desta vez elevar bem alto a bandeira das conquistas desportivas. Anunciou-o várias vezes. Era sem dúvida a próxima etapa. Reforçou de forma inimaginável as cinco modalidades de pavilhão - nunca o Benfica esteve tão forte nas cinco modalidades ao mesmo tempo - continuou a aposta no projecto Olímpico e de caminho não estragou e até apoiou o projecto da Professora Ana Oliveira no atletismo. Consolidou a aposta na formação e replicou o modelo em várias modalidades. Embora com um número de títulos inferior ao esperado, a evolução é indiscutível.
Onde Vieira, aliás o Vieirismo (que é um pouco diferente) falhou neste campo foi precisamente onde não deveria falhar: A gestão do futebol do Benfica. Apesar do forte e inédito investimento, este tem sofrido vários e incómodos reveses devido a aplicação de diversas e sucessivas estratégias erradas. São avanços e recuos constantes, falsas partidas e tiros ao lado. Tudo consubstanciado num mau posicionamento no sistema de poder do futebol português, numa má política de comunicação para o exterior, num exagerado entrincheiramento nos meios de comunicação do clube, na atribuição de demasiado poder ao treinador, pouco rigor na gestão de vários processos, instabilidade no staff profissional de apoio à equipa e alguma ligeireza negocial.
O sucesso do futebol mede-se em títulos e troféus e não podemos dizer que estes últimos 3 anos foram um sucesso só porque foram os melhores da última década. Isso seria uma traição à história do clube. São décadas e décadas de vitórias, de dominio do futebol nacional. Vencer apenas um campeonato em três anos não é uma tragédia mas não deve ser sinónimo de sucesso.
Outra bandeira   que poderia ser levantada para compensar os insuficientes resultados desportivos é a potencialização e promoção de jogadores e o respectivo encaixe financeiro, facto referido até à exaustão pelo treinador.
A este propósito não vale a pena voltar a explicar que estes processos devem ser encarados como um meio e não um fim. A missão do clube é vencer, se a venda de activos servir para reforçar o plantel e aumentar a capacidade para atingir vitórias, muito bem, agora utilizar esse facto como positivo por si só não é intelectualmente honesto. Ter sucesso nas vendas como objectivo principal de actividade é mais à frente, do outro lado da segunda circular, chama-se Colombo e as coisas não andam nada bem.   
Mas mesmo que se queira, nem mesmo por aí se poderá ir. Os últimos Relatórios e Contas da SAD e do Clube mostram um Benfica financeiramente sufocado, melhor que os nossos vizinhos é certo, mas sufocado. Um clube que nos últimos anos andou sempre na alta-roda da Europa, que tem um número de sócios invejável, vendas anuais de jogadores que originam receitas significativas e mesmo assim surge no final desta época com saldo de exploração negativo, é porque se anda a gastar demasiado e mal.  
Se foi reconhecido o mérito da recuperação económica e financeira pós buraco Azevedo com duas eleições ganhas com números cubanos, é justo agora afirmar, em relação ao mandato que vai ser julgado, que a gestão da SAD, cuja responsabilidade é dos seus administradores, nomeados pelo clube, foi extremamente incompetente, porque nem conseguiu vencer no campo desportivo, nem no campo financeiro.
Ninguém diminui a importância de se ter feito um canal do clube, de se ter recuperado as casas do Benfica, de se ir erigir um museu único no Mundo, mas a SAD do futebol é o elemento primordial do clube, não só porque este é o principal accionista, mas porque tutela a sua principal actividade, actividade que há mais de 100 anos fez sonhar o jovem nascido na travessa do Alqueidão.
A única bandeira que Luís Filipe Vieira poderá levantar é o facto de neste momento não existir alternativa. E é verdade. Não existe alternativa credível, nem sem ser credível. Simplesmente não existe. A poucas semanas das eleições é o deserto completo. Pior. Apenas um agitador a norte que se ouve de vez em quando como quem ouve ao longe uma incomodativa melga. É triste mas é assim. Este talvez seja o grande problema que o clube se debate neste início de século. A falta de participação associativa.
 
 
JL

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

ENTRETANTO EM PORTUGAL…



“A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, em cumprimento do disposto no artigo 248.º do Código dos Valores Mobiliários, vem divulgar a seguinte informação económica e financeira consolidada da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD (adiante designada Benfica SAD, Sociedade ou Grupo) relativamente ao exercício findo a 30 de Junho de 2012, a qual consta no Relatório e Contas do Sport Lisboa e Benfica:
(…)

Os principais destaques referentes ao exercício de 2011/2012 são como segue:

 
·      Os proveitos operacionais consolidados, excluindo as transacções de atletas, superaram os 91,1 milhões de euros, o que representa um aumento de 10,1%;

·      O resultado operacional consolidado, incluindo as transacções com atletas, ascendeu a 5,1 milhões de euros, correspondendo ao segundo exercício consecutivo em que atinge valores positivos;

·       O resultado líquido consolidado apresenta um prejuízo de aproximadamente 11,7 milhões de euros. De referir que os ganhos obtidos com as vendas dos direitos desportivos dos atletas Javi Garcia e Witsel serão reconhecidos no próximo exercício;

·      O aumento do activo consolidado para 411,9 milhões de euros;

·      O aumento do passivo consolidado para 426,1 milhões de euros;

·       O capital próprio consolidado atinge a um montante negativo de aproximadamente 14,2 milhões de euros, mas os ganhos com as alienações dos direitos desportivos dos atletas Javi Garcia e Witsel irão permitir que o capital próprio volte a ser positivo no 1º trimestre de 2012/2013. “

JL


 

ACERTAR O PASSO PARA OUTRO ANDAMENTO


Depois da tempestade, e esperemos que o se passou no último é que seja a tempestade, a equipa subiu ao relvado dorida, com ameaças de forte trauma pelas vendas de última hora e castigos dolorosos. Como no final das tempestades, o vento foi amainando, corpo foi se libertando, a confiança foi aparecendo. Podia ter vindo a bonança, mas ficámo-nos pela serenidade.
De positivo o resultado, a concentração e a organização, de negativo algum desperdício, alguma infelicidade e o excesso de receio. Uma coisa é certa, o Benfica não tem as soluções que tinha há um mês atrás, por isso tem de ser mais rigoroso tacticamente. Penso que desta vez conseguiu.
No entanto, não era assim que eu imaginava o Benfica no mandato da competitividade ou dos títulos. Idealizava uma equipa que qualquer que fosse o jogador impedido de jogar haveria soluções para o substituir, sem adaptações ou jogadores fetiches.
JL

CAFU, A ESTRELA DA MATINÉ


Diante de menos de 1500 espectadores (já lá vamos), o Benfica B não fez, na globalidade, um bom jogo. Muito trapalhão na primeira parte, não conseguiu contrariar a alta pressão do Tondela, uma equipa bem organizada pelo nosso Paneira.    
Acabámos por empatar, justamente. Podíamos até ter ganho o jogo. É certo que o Tondela ficou reduzido a dez elementos, mas o Benfica já estava em ascendente e se o jogador visitante não tivesse feito a falta que originou o vermelho havia fortes possibilidades de ser golo.     
Grande destaque para o Cafu, que finalmente apareceu, foi sem dúvida a estrela da tarde.  
Este campeonato vai ser assim, uns jogos mais conseguidos, outros menos. Só as equipas que conseguem 7 penalties em 11 golos é que poderão ter seguras as vitórias. Para as outras nada está garantido.
Sobre a pouca assistência é mais do mesmo. O Tondela jogou no sábado para a Taça da Liga frente ao Lagoa e penso não estar enganado, mas nem o Tondela, nem o Lagoa tiveram qualquer jogador em selecções. Não seria mais positivo para futebol terem antecipado o jogo da taça da Liga e permitir que este jogo fosse ontem? Ou arranjar outra solução alternativa? Transformar um jogo de futebol profissional numa obscura matiné para reformados e estudantes não me parece que interesse muito aos patrocinadores.
 
JL

MOMENTO DE DESCONTRACÇÃO


A renovação com o proscrito Adrien Silva e uma cláusula de 40 milhões, só para os invejosos do Benfica perceberem quem lidera o mercado das transferências; o pançudo da SAD a queixar-se do Xistra, o presidente a fazer uma cimeira com o indiano com nome de detergente.
Tudo isto já não seria pouco, mas o grande assunto do momento no futebol português é mesmo a polémica com o Arouca.
E pensar que há quem gostasse que estes gajos acabassem...


RC

terça-feira, 18 de setembro de 2012

BRAVE HEART


Um fecho de mercado desportivamente desastroso, o lamentável caso Luisão e a lesão de Maxi Pereira, deixam-nos à beira de uma crise de nervos na véspera da estreia na Champions League 2012-2013 e logo num dos estádios mais difíceis da Europa: o mítico Celtic Park.

Será, sem dúvida um Benfica diferente: remendado na defesa, “esburacado” a meio-campo e a ver vamos como corresponde a parte mais avançada da equipa perante tantas e tão importantes mexidas em sectores nevrálgicos da equipa.

Será também um Benfica claramente órfão de liderança: sem Luisão, sem Javi, quem dá a voz de comando e quem toca a reunir quando o cerco escocês apertar ?

Pede-se, pois, um Benfica humilde sem ser subserviente, operário mas algo ambicioso, mas sobretudo solidário, sofredor e generoso na hora da luta e do esforço, agarrado a um jogo que se prevê intenso, duro mas leal como eles gostam nas ilhas britânicas.

Pede-se um Benfica com um coração enorme que acredite e nos faça acreditar.


RC

OLHA UM POSTE


Fizeram-me a vontade, como tinha pedido aqui, já temos mais um poste para a equipa de basquetebol. Trata-se do internacional português de 23 anos, Cláudio Fonseca, vem do C. B. Plasencia Ambroz (Espanha). É Jovem, tem 2m07 e parece-me uma boa aposta, já que a equipa, a meu ver, fica assim mais equilibrada.
Para substituir Ted Scott assegurou-se o base/extremo LaceDarius Dunn, de 25 anos e 1m94 de altura, ex-Bnei Hasharon (Israel). È pena a saída do Ted Scott, mas pelas imagens este americano aparenta ter qualidade.  
 
 
JL

UMAS BRAÇADAS PARA NÃO IR AO FUNDO




Não perderam tempo, convencidos que métodos antigos ainda resultam. O anafado do Lumiar, depois do banho de bola que levou na Madeira (sim, eu vi o jogo), ficou tão submerso que se apressou a usar a boia da arbitragem para não se afogar. Isto num país com sentido crítico resultaria numa sonora e justificada gargalhada de toda a comunicação social. Mas a lata que é preciso ter depois do que se viu no Funchal, onde o Sporting foi literalmente encostado pelo Marítimo durante parte significativa do jogo, por vezes resulta e quando tinham uma equipa aceitável até resultou nos únicos campeonatos que venceram nos últimos anos. Desta vez deve dar para se manterem à tona de água.
No ano passado o Benfica optou pelo silêncio desde o início do campeonato, convencido que saberia nadar na tempestade sistémica da nossa competição. Esse silêncio estimulou uma maré alta de erros grosseiros de arbitragem que à beira da praia nos levou ao naufrágio. Se tivéssemos tido alguma lata para fazer barulho no início, talvez hoje os nossos jogadores tivessem o escudo no braço.       
JL
     

sábado, 15 de setembro de 2012

A DORMIR NA FORMA



O que o Luisão fez como capitão do Benfica, na Alemanha, num oculto jogo de preparação, sem ficha de jogo e a meio da tarde de um sábado de praia, foi idêntico ao que fazem milhares de jogadores semanalmente por esse Mundo fora. Teve azar, encontrou um árbitro que quis palhaçada, armou um enredo tal que acabou por queimar fortemente o jogador e o Benfica.
Mas o tamanho da “queimadura” não é só da responsabilidade do árbitro. É da equipa técnica que promoveu um deprimente espectáculo de risinhos, é da estrutura de apoio que não soube resolver o problema na Alemanha, é da direcção que não soube trabalhar o caso por cá, nos meios de comunicação social.
Já para não falar que ninguém preparou um plano B para o caso do que era muito previsível acontecer realmente, tal como nas vendas de fim de prazo. Vamos se isto tudo não hipoteca definitivamente a época.   
Voltando aos factos, Luisão encosta-se ao árbitro a protestar uma decisão errada, o árbitro desequilibrara-se e faz-se de desmaiado. Isto decorre num jogo particular, sem ficha de jogo. Prova-se mais tarde que o árbitro mentiu várias vezes sobre o relatório médico. Não houve cartões, ninguém foi expulso. Resultado: dois meses de suspensão. Só recordo que o João Pinto que deu um soco claro e visível a um árbitro num jogo do campeonato do Mundo e teve apenas 4 meses de suspensão.
Hoje os jornais estão cheios de gente indignada a dizer que o castigo é insuficiente, que o Luisão até teve sorte e que a FIFA ainda pode agravar o castigo. Um nojo. Ninguém a defender o jogador e o Benfica, a recordar os factos acima, a fazer lobby pelos nossos. Apenas o singelo e habitual comunicado o Conselho de Administração da SAD. Mas que raio de influencia tem o maior clube português nos jornais?  
Só este mês tivemos o Presidente, o treinador e o capitão castigados. Isto num clube que soubesse gerir a informação e usá-la, era caso para o estádio estar cheio no próximo jogo. Por menos já houve manifestações a Norte e lutos aqui mesmo ao lado.

JL

GENTE? POUCA CERTAMENTE


É admitido por vários membros desta Direcção, inclusive o Presidente, que uma das grandes decepções (ou falhanços) diz respeito à pouca adesão de público aos jogos das modalidades. Se exceptuarmos os jogos dos playoff e o futsal, é desoladora a imagem das bancadas dos pavilhões da Luz na maior parte dos jogos. O que numa primeira análise pode parecer incompreensível, pois a qualidade competitiva das nossas equipas e o conforto dos pavilhões justificava outro nível de aderência.
Eu tenho uma opinião muito própria sobre este assunto, achando mesmo que não se faz o melhor para atrair mais público aos jogos das modalidades. Em primeiro lugar o ambiente é péssimo. Ver um jogo, seja de que modalidade for, nos nossos pavilhões, torna-se por vezes insuportável para os ouvidos. Aquele estilo de speaker já nem se usa para vender cobertores e jogos de toalhas na feira da Luz, quanto mais para acompanhar um jogo do grande Benfica. Então no Voleibol, onde há pontos a toda hora, é de rebentar com os neurónios. Os adeptos nem conseguem puxar pela equipa, tal é gritaria nos altifalantes. “soooolllttaaaaa aaaa pppaaarrreddde””, “ppponnnnttttoooooo!”.
Isto não é uma crítica directa aos speakers que até me parecem muito profissionais, o que está em causa é o estilo. É pior que uma chegada da volta a Portugal em bicicleta. Um dos senhores do marketing ou da comunicação (das dezenas que estão sentados no 2º andar) devia vir explicar à empresa, que recebe milhares do clube por ajusto directo e orçamentos tipo merceeiro para organizar tudo o que é evento do Benfica, que assim é realmente uma “confusão total”.    
Depois temos os horários. Custa muito colocar os jogos imediatamente antes ou depois do futebol? Eu escrevi “imediatamente”, porque não é o futebol ser às 20 horas e o andebol ser quatro horas antes. Ainda sou do tempo de sair a correr das bandadas para ir ver um jogo no velhinho pavilhão por baixo do terceiro anel.  
Um bom exemplo desta falta de cuidado é o facto de na próxima quarta-feira o Benfica – ABC, primeiro jogo do campeonato de Andebol, modalidade em que o Benfica fez um avultado investimento, ser jogado exactamente à mesma hora do Celtic-Benfica. Sinceramente escapa-me como é que o Benfica que devia ter interesse em que a equipa tivesse o maior apoio possível para beneficiar do factor casa e a Federação que deveria ter todo o interesse em promover a modalidade, marcam o jogo para este dia e a para esta hora. Gente no pavilhão? A essa hora será pouca certamente.
 
JL

QUEM ASSUME ?


A entrada despropositada de Javi, a forma destrambelhada como o Luisão reagiu, a rábula ridícula de um palhaço alemão que conseguiu 5 minutos de glória à custa do Benfica, mas sobretudo a irresponsabilidade, a incompetência, o completo amadorismo da estrutura do futebol do Benfica.
Tudo verdadeiramente triste, lamentável, vergonhoso.

Hoje, mais do nunca, gostaria de ouvir o que o Sr. Carraça tem a dizer a propósito do castigo de 2 meses a Luisão, gostaria de saber se aquele grupinho continua a largar gargalhadas alarves e idiotas perante o sucedido e gostaria, sobretudo, de ouvir a opinião do presidente do Sport Lisboa e Benfica sobre tudo isto.


Demasiada incompetência para um clube só, por enorme que ele seja.



RC

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

UM BELGA NO PAÍS DOS SOVIETES E OUTROS CONTOS


Para além de absurdas, eram bem desnecessárias as declarações de Witsel  comparando  o Zenit ao Benfica.
Apenas no orçamento o clube de S.Petersburgo é superior ao Benfica, mas nem assim Witsel se iluda: se não cair Putin e a corja que governa a Rússia, os bolcheviques podem regressar, S. Petersburgo tornar-se de novo Leninegrado e lá vai tudo por água abaixo, inclusivamente os 5 milhões de euros anuais que têm o condão de pôr um rapaz discreto e sensato a dizer parvoíces.
Witsel é um grande jogador e foi um excelente profissional que passou pelo Benfica e é tudo o que me interessa recordar.
Se preferiu desterrar-se num campeonato secundário e num clube sem história nem prestigio, ainda para mais tendo como colegas de equipa dois primatas como Bruno Alves e Hulk, é lá com ele.

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Bem desnecessárias eram também as dúvidas e as polémicas à volta da cláusula de rescisão do jogador belga.
Que foram 40 milhões, os russos confirmam.
Quanto ao método de pagamento, ninguém sabe e está, pois, o caminho aberto à especulação.
Como é habitual nestas circunstâncias, o Benfica cala, consentindo o mar de dúvidas que nos vai inundando.
Questões de transparência, ou,  como a coisa mete russos, glasnost: ainda se lembram ?

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E por falar em transparência: soube-se por estes dias que, afinal, o  Benfica apenas pagou 20% do passe do desorientado Ola Jonh, sendo o restante pertença de um fundo sediado em Malta, essa  praça financeira de referência.
Para além da confusão que tudo isto me faz, uma vez que ainda sou do tempo em os jogadores eram, de facto, do Benfica, não consigo perceber que uma SAD deixe alimentar a dúvida durante 2 meses sobre o custo real do jogador (ou activo?), para agora deixar cair estas notícias nos jornais.
Tudo isto terá, certamente, alguma lógica, que um pobre e limitado sócio como eu, não consegue, contudo, vislumbrar.
Como se diz transparência em holandês, ou antes, em maltês?

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Numa semana marcada pelas tropelias de Passos, Gaspar e demais Chicago boys, a noticia quase passava despercebida, mesmo para uma comunicação social sempre tão atenta a qualquer espirro que se dê no Estádio da Luz: a UEFA reteve o pagamento dos prémios monetários ao Sporting por incumprimento de fair-play financeiro.
Uma cambada de plebeus ignorantes e ingratos, esta malta da UEFA: virem com acusações de incumprimento em matéria de fair-play para cima de um clube de senhores, de viscondes, de gente fina, bem e ricamente educada.
Financeiro ou não, ao grande Sporting ninguém dá lições de fair-play, nem que Eduardo Barroso tenha de se meter num voo da Easyjet e ir a Genebra dar 2 ou 3 berros aquela corja: não se metam com o Sporting!

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E pronto, as coisas começam a voltar à normalidade: Luís Filipe Meneses vai candidatar-se à Câmara Municipal do Porto.
Depois da generosa oferta do Centro de estágio em Gaia, é bem provável que a primeira medida de Meneses como presidente seja oferecer as receitas provenientes do IMI ao FC Porto para reforço da equipa B que não consegue ganhar um jogo.
Uma óptima noticia, portanto, para Pinto da Costa que muito em breve voltará à ribalta para, com a ironia do costume, comentar o castigo a Luisão.



RC

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

UM PESSIMISTA PERDIDO NUM CAMPO SEMEADO DE DETALHES


Falar sobre jogos particulares é como fazer dissertações gastronómicas sobre os congelados da Iglo. Porque o produto vale o que vale. É possível fazê-lo, mas ficamos sempre perdidos entre o fútil e o relevante. Conceitos muito relativos, porque o mais inútil pormenor para o comum dos mortais, para nós doentes do Benfica será com certeza um sinal relevantíssimo de glória ou tragédia futura. São detalhes onde pode estar escondido o diabo ou a chave da felicidade.
Exemplos? Aquele largo buraquinho no meio campo na primeira parte, aquelas correrias do Matic tipo bombeiro Verão de 2012, a superioridade numérica do Bétis à entrada da nossa grande área em alguns momentos, para muitos são minudências do próprio jogo. Eu como sou um preocupadinho da silva, senti um calafrio e imaginei que as camisolas dos espanhóis tinham as riscas horizontais e estávamos em Celtic Park.
Como não deve ser nada importante o Jesus parecer que ainda não tem bem a convicção (ou a crença) se o Miguel Vítor é o suplente ideal para o Maxi. Detalhes, dirá a maioria. O pessimista incorrigível que sou imaginaria este tipo de testes na Suíça contra uns turcos em férias ou uns luxemburgueses amadores. Nada mais errado, nessa altura não sabemos a forma dos jogadores, a uma semana do jogo é que é.
Ou seja, um pessimista tem muito que se preocupar, mesmo sendo um jogo particular. È inevitável. Como é o caso da diferença gritante de qualidade entre o Luisão (que exibição) e o Jardel e pensar que é o primeiro que está para ser castigo e não o segundo. Um detalhe pouco relevante.
Detalhes vários e deliciosos foi o que nos ofereceu o Luisinho no lado esquerdo. Não que o Melgarejo não esteja a calar progressivamente os mais cépticos, mas pergunto se o Sr. Jesus não tinha mais uns minutos na pré-época para esta aquisição se mostrar?
De resto, saúda-se o regresso do Gaitan ao Mundo dos vivos, recomenda-se uns ansiolíticos ao Lima e umas boas doses de cafeína ao Olá John.  
 

JL

terça-feira, 11 de setembro de 2012

NÃO NOS OBRIGUEM A VIR PARA AQUI ESCREVER


Diz a lenda que no PREC, numa reunião de um partido de extrema-esquerda, daqueles que se fartou de produzir políticos que agora estão no poder em formações muito mais à direita, um carismático líder confrontado com uma opinião certeira de um seu fidalgal adversário, começou a resposta com “considerando que mesmo um relógio parado está certo duas vezes ao dia…”
Muito se tem escrito neste blog contra a política de comunicação do Benfica. Uma politica que esclarece o que não é necessário, faz silêncio sobre o que devia esclarecer, não há negócio que seja cem por cento claro, são sempre confusos, com notícias díspares na CS, os adeptos sem dados oficiais especulam, os adversários aproveitam.
Dirão que se passa o mesmo nos outros clubes. Aliás ainda pior. Que a norte desaparece parte do dinheiro das vendas em nebulosas contas offshore e que do outro lado da segunda circular desaparece as percentagens dos passes dos jogadores como que por magia, entre os R&C.  Acontece é que estou-me a defecar para os outros. O que me interessa é o Benfica.
O Benfica é e será sempre notícia. Ou fazemos nós a notícia conforme os interesses do clube, agindo e não reagindo ou vivemos entrincheirados na nossa Benfica TV, deixando a CS alargar-se na sua fértil imaginação, podendo especular sem limites. A fantástica história do Correio da Manhã sobre a rebocada que o Norton de Matos terá levado do Jesus por não se ter sentado não camarote presidencial é um exemplo de como a criatividade é algo que lhes assiste fortemente. E não é com comunicados irónicos que se retrai a veia ficcional desta gente.
Eu sei que o segredo é a alma do negócio, que por vezes só o simples facto de se saber alguma coisa cá fora pode impedir a realização de um negócio. Mas depois das coisas estarem assinadas, qual é problema de esclarecer? Como sócios pagantes não temos o direito ao conhecimento?
Até podemos não concordar com a decisão. Quando nas últimas eleições me vi obrigado a votar Vieira por falta de alternativa e para mostrar a certo pára-quedista que no Benfica ninguém se torna presidente sem ir a votos, obviamente que não esperava, durante o mandato, vir concorda com todas as decisões. O problema é que cada vez concordo menos, mas isso é uma história para mais tarde.
O caso Kardec é paradigmático. O jovem é resgatado do Brasil e bem porque o Santos não merecia outra coisa. Pareceu-me que havia uma tentativa de aposta do Jesus na pré-época, sendo o único do desequilibrado plantel com semelhanças com o Cardozo (Rodrigo estava nos jogos Olímpicos), mas para não variar o jovem Kardec respondeu com correrias inócuas e remates para o lado. Obviamente nos jogos a sério foi encostado.
A certa altura fala-se nos jornais que iria para a equipa B. Preparava-se em lume brando mais umas capas de jornais e opiniões de especialistas. O Benfica age a tempo e faz sair a informação que o jovem Kardec rejeitou uma proposta de um clube do Catar que lhe ofereceria um salário de 1,2 milhões de euros e que estaria em causa um empréstimo por uma época com um benefício para a SAD vermelha de quase 2 milhões de euros.   
Eu sei que deixar de ganhar 2 milhões de euros com um jogador que dificilmente não será suplente pode deixar qualquer um irritado e compreendo que jogar no catar não será propriamente o sonho de carreira de um jovem jogador. Como também tornar a equipa B no cantinho do castigo não será certamente um acto de gestão muito lógico. Cada uma das partes terá as suas razões, mas o Benfica com a simples divulgação de alguns dados impediu mais uma novela nos jornais. Fosse o Benfica tão lesto em outros assuntos e este bolg teria muito menos para escrever. O que não era mau.    
JL

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

DA COLÓNIA PENAL AO PARAGUAIO QUE TEM A MANIA QUE É ARGENTINO


Saíram Mora e Saviola mas Kardec, outro equívoco de Jesus, por cá ficou.
Porquê, para quê, só o “mestre da táctica” poderá responder, mas sosseguemos todos: ele vê mais longe, pelo que estamos bem entregues.
Pois o bom do Kardec ou o seu empresário ou ambos, terá recusado um empréstimo para actuar no Dubai.
Perante a recusa, Vieira não hesitou : equipa B com o teimoso brasileiro.
Tudo como dantes, portanto: para além de todas as boas intenções que vão enchendo o inferno, a equipa B continuará a ser uma espécie de colónia penal para onde são mandados os meninos que não se portam bem.
Motivador, sem dúvida, para quem lá está a trabalhar com seriedade, empenho e profissionalismo para tentar chegar à equipa principal.

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Entretanto, em fase de remakes , “A Bola” titula que o inevitável Oscar Cardozo estica a corda e exige 3 milhões para renovar.
Para ser totalmente honesto e sincero, telenovela por telenovela prefiro a “Gabriela” e Juliana Paes ao Tacuara, mas concordo com o aumento que o moço pretende: seria um justo e merecido prémio para o amor que revelou ao clube depois do massacrante assédio a que foi sujeito por alguns dos maiores clubes do Mundo.
A propósito de mais este episódio com o protagonista do costume, recordo aquela anedota de há uns anos que dizia que um dos maiores negócios que poderia haver no futebol seria o de comprar um argentino pelo preço que ele vale e vendê-lo pelo preço que ele pensa que vale.
O problema é que este tipo é paraguaio.



RC

domingo, 9 de setembro de 2012

O GOLO DO ROSA


O primeiro golo internacional da equipa B. Gostava de ver esta equipa defrontar o Horsens.
JL

UM CHEIRINHO A LIGA EUROPA


Estes gregos são loucos. Não sei se o Aris sabia que era a equipa B que ia jogar, mas considerando a publicidade feita e os preços dos bilhetes (10 a 30 euros) se sabia, disfarçou muito bem. O estádio não encheu mas da transmissão televisiva percebeu-se que estava bem mais que meia casa, todos com grande entusiasmo, bandeiras, faixas, camisolas, fumos, tambores. Um  jogo a sério.  
A equipa B não se fez rogada e independentemente do resultado, voltou a dar prazer ver jogar, porque conhecemos a suas limitações e eles superam-nas constantemente. Alinhando de início com Paulo Lopes, Mvom, Sidnei, Cardoso, Carole, Ascues, Leandro Pimenta, Elvis, Ivan Cavaleiro, Duarte e João Mário, o Benfica começou desde o início a fazer uma pressão muito alta tendo sido sempre superior aos gregos. A vitória assentou-nos mesmo bem.   
De referir que houve titulares que nem jogaram por causa das selecções. O Ivan Cavaleiro só jogou a primeira parte e o Miguel Rosa apenas entrou ao intervalo, foi o autor do Golo. Gostei de ver os novatos Ascues e Mvom e de verificar que o Leandro Pimenta continua a surpreender positivamente. Desta vez tenho de dar alguma razão ao Jesus, porque existe mesmo muito talento nesta equipa.  

JL