Perante o roubo, a mentira, a corrupção e a nojenta podridão que submergem o futebol
português há 35 anos e perante a completa ausência de estratégia, de visão e de
compreensão de sucessivas direcções do Sport Lisboa e Benfica, solicito que aos
23 dias de Setembro deste ano da desgraça de 2012, tomemos a única atitude digna que nos
resta e de uma vez por todas se abandone o futebol profissional, deixando-o
definitivamente entregue à corja que o governa governando-se e que lentamente o vai matando.
Que lhes faça bom proveito e que
definitivamente se rebolem satisfeitos na pocilga de vitórias sujas, imorais e roubadas, mas ao menos não contem connosco como palhaços pobres de um
circo falido.
O que se passou hoje não é apenas
culpa de Vieira, de Damásio ou do ladrão que se acoita em Londres: responsáveis
por isso são todos os que desde 1977 por cegueira, estupidez, mera ingenuidade ou interesses que não os do
Benfica, não perceberam o que estava em
jogo, sendo incapazes de descortinar a teia que estava a ser urdida.
E contudo, tudo foi sempre muito
claro para quem o quis perceber: de tão confiantes nas virtudes próprias e na
cegueira alheia, os donos do jogo logo mostraram ao que vinham, quase sempre de
forma evidente, ostensiva, provocatória
até.
O que se passou hoje em Coimbra foi
apenas o enésimo remake de um filme de série B visto, revisto e abominado até ao vómito.
Trinta e cinco anos. Muito tempo.
Tempo demais.
Neste esterco em que se
transformou o futebol português, não consigo perceber qual o nosso papel.
Basta: em nome do Benfica, dos
homens honrados que o fundaram, daqueles que, com sangue, suor e lágrimas o
tornaram imenso, Glorioso.
Deixem-nos a jogar sozinhos, com os jogadores e treinadores amigos que colocam e pagam, com os árbitros que corrompem e servem com putas, com os jornalistas que tudo vêem e tudo calam, subservientes, cobardes, miseráveis, canalhas.
De uma vez por todas, basta!
RC
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