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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


domingo, 23 de setembro de 2012

E DEPOIS DO ADEUS



 Perante o roubo,  a mentira, a corrupção  e a nojenta podridão que submergem o futebol português há 35 anos e perante a completa ausência de estratégia, de visão e de compreensão de sucessivas direcções do Sport Lisboa e Benfica, solicito que aos 23 dias de Setembro deste ano da desgraça de 2012, tomemos a única atitude digna que nos resta e de uma vez por todas se abandone o futebol profissional, deixando-o definitivamente entregue à corja que o governa governando-se  e que lentamente o vai matando.

Que lhes faça bom proveito e que definitivamente se rebolem satisfeitos na pocilga de vitórias sujas,  imorais e roubadas, mas ao menos  não contem connosco como palhaços pobres de um circo falido.
O que se passou hoje não é apenas culpa de Vieira, de Damásio ou do ladrão que se acoita em Londres: responsáveis por isso são todos os que desde 1977 por cegueira, estupidez,  mera ingenuidade ou interesses que não os do Benfica,  não perceberam o que estava em jogo, sendo incapazes de descortinar a teia que estava a ser urdida.

E contudo, tudo foi sempre muito claro para quem o quis perceber: de tão confiantes nas virtudes próprias e na cegueira alheia, os donos do jogo logo mostraram ao que vinham, quase sempre de forma evidente,  ostensiva, provocatória até.
O que se passou hoje em Coimbra foi apenas o enésimo remake de um filme de série B  visto, revisto e abominado até ao vómito.

Trinta e cinco anos. Muito tempo. Tempo demais.
Neste esterco em que se transformou o futebol português, não consigo perceber qual o nosso papel.
Basta: em nome do Benfica, dos homens honrados que o fundaram, daqueles que, com sangue, suor e lágrimas o tornaram imenso, Glorioso.
Deixem-nos a jogar sozinhos, com os jogadores e treinadores amigos que colocam e  pagam, com os árbitros que corrompem e servem com putas, com os jornalistas que tudo vêem e tudo calam, subservientes, cobardes, miseráveis, canalhas.

De uma vez por todas, basta!


RC

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