Está difícil e complicada a vida dos outros. Se não
bastasse andarem de calças na mão à procura de investidores em sítios pouco
recomendáveis ainda continuam com o hábito de se colocarem em bicos de pés, o
que com as calças na mão não deve dar muito jeito.
Foi o que aconteceu quando do justo ruído feito por
nós devido ao assalto ocorrido em Coimbra. Aquilo fez-lhes muita confusão e
como uma criança que quer aparecer em todas as fotografias de uma festa lá se
colocou nos tais bicos de pés lançando um comunicado sobre arbitragem.
Com pouco ou nada para dizer, dissertaram sobre um
segundo amarelo a um seu jogador que se envolveu aos empurrões com um
adversário já no último minuto de compensação de um jogo que ganharam graças à
providência divina. Este comunicado prova acima de tudo que o ridículo não
mata, caso contrário a Servilusa montava sucursal no Lumiar.
Mas se andar aos empurrões não dá direito a amarelo,
uma semana depois o acto de pedir amarelo para um adversário que entrou de carrinho,
em tesoura, às suas pernas, já deu. Foi assim no sábado, mais um penálti por
marcar, um vermelho perdoado ao Rinaud e o Estoril a jogar com dez uns bons 30
minutos. Quais 30 Minutos? Foram uns inéditos 38 minutos de compensação. Até
pareceu que faltou a luz durante o jogo.
Acontece que andar em bicos de pés é incomodativo e
talvez por isso terminada a 5º jornada estão mais perto do último do que do
terceiro lugar. E ainda por cima, para azar deles e sossego nosso, só com um
exercício delirante de imaginação poderão falar da arbitragem.
Dirão vocês que a vida dos outros não nos deve
interessar para nada. Desculpem mas interessa, até porque continuamos a
aguardar os resultados de um inquérito sobre uma claque que incendiou parte de
um estádio.
E já agora se não for muito incomodo para os senhores
da Federação, digam lá o que acontece a um clube cujo dirigente deposita dois
mil euros na conta de um fiscal de linha dias antes de este ir arbitrar um jogo
do seu clube?
JL
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