Tudo começou pela repetição das
imagens até á exaustão, devidamente alimentadas por comentários parciais,
maldosos, manipuladores e intencionais.
Houve toque em Jonas, foi dentro
da área, é penalty. Ponto final parágrafo.
Ou deveria ser, estivéssemos nós
num país decente, de jornalismo isento e conhecedor, bem intencionado e
imparcial. Impoluto.
Nada disso e as sementes da
manipulação, da mentira e do ódio foram sendo lançadas, quer directamente pelas
grandes centrais de desinformação e manipulação que são hoje os jornais e as
televisões, quer dando a palavra ou citando a carneirada do costume.
Jorge Ferreira fez uma boa
arbitragem: decente, isenta e conforme as leis do jogo, não fosse ter a suprema ousadia de ter assinalado um justo penalty
a favor do Benfica.
Como consequência até o pai do
senhor, proprietário de um humilde tasco no Minho, já foi incomodado pela
rapaziada do Madureira.
Não faltará muito também para que a tropa de choque da luminária que preside ao clube dos viscondes falidos, se apresse também a ameaçar Jorge Ferreira ou algum dos seus familiares.
Tudo isto a meio de um campeonato
em que tem valido tudo (mas mesmo tudo!) para entregar de bandeja o título a um
clube que entrou já em fase de desespero.
O futebol português tornou-se
nisto: uma imensa sementeira de manipulação, mentira e ódio.
Primeiro e durante 30 anos
construída, forjada e alimentada a norte sob o pretexto de uma absurda guerra
norte-sul; agora secundada pelos eternos derrotados da vida e de todos os
campeonatos que não obstante as milagrosas engenharias financeiras e todos os
malabarismos manhosos que fizeram um defunto levantar-se, temem que o destino
seja uma vez mais a derrota final.
É a fase do desespero.
Nada de bom esperemos, pois: até
ao fim da época é o que teremos e é também e sobretudo para isso que termos que
nos preparar.
RC