N

Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


terça-feira, 29 de dezembro de 2015

TODOS COMIDOS


Os três clubes grandes a comparar pilinhas, uma imagem decadente porque já não são nenhuns meninos. São centenários cuja ereção dificilmente passa as nossas fronteiras. Nenhum dos negócios é bom, é o possível e até disso tenho dúvidas. Hipotecaram-se receitas e limitaram-se gestões futuras. Comparamos receitas de tostões que são facilmente encurtadas com os Djuricic e Ola John desta vida. Obviamente que o do Benfica é menos mau, porque não vende tudo e o que vende é por menos tempo. O que se realça deste carnaval é a inaptidão e lentidão da comunicação do Benfica. Neste campo somos mesmo comidos de cebolada. Comidos, e a cru, são os sócios que em pleno século XXI, no tempo das SAD, auditorias e CMVM, cada vez sabem menos do seu clube.   

JL

domingo, 27 de dezembro de 2015

O COLINHO

Aproximam-se jogos difíceis e isto não está tão fácil como parecia. Vamos lá adoçar a boca a quem manda nas notícias. Miguel Prates, José Manuel Freitas, Rui Pedro Braz, João Bonzinho e José Ribeiro, tudo ao beija-mão. Há meninas que são mais caras. Ainda se admiram do homem ter tão boa imprensa. Aqui.

 JL

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

DEVE SER FÍGADO


Olhando para esta foto não sei qual dos animais está com pior aspeto, se o vivo, se o embalsamado. Aconselho uma consulta com o bebedolas do Dr. Barroso. Quanto à referida “sustentabilidade dos ciclos de vitória”, e como são pequeninos, aconselho o Daniel Sampaio. Uns e outros ficam bem servidos.



JL

domingo, 20 de dezembro de 2015

QUARTO PODRE PODER


O Sport Lisboa e Benfica fechou um contrato com a NOS pelos direitos dos seus jogos em casa e pela distribuição do seu canal de televisão. Este contrato só devia dizer respeito, em primeira ordem, ao Benfica e à referida empresa, ou seja, aos associados do primeiro e aos acionistas da segunda. Obviamente que, devido aos valores e às instituições envolvidas, é normal que o negócio seja noticiado, comentado e avaliado nos órgãos de comunicação, nomeadamente os de teor desportivo e económico.

O que não é normal é o clima que se instalou de, conforme o lado da barricada, de pânico ou excitação. Desde o desmesurado regozijo das nossas hostes, às ridículas análises dos aziados do costume, tudo foi desproporcional. A título de exemplo, o palhaço pobre que escreve no semanário angolano Sol, José Lima, conseguiu torturar de tal forma os números que apresentou que eles acabaram por ceder mas completamente ao contrário do que próprio pretendia. Vale a pena ler para rir.   

O que não é exemplar e de difícil aceitação é o profundo silêncio de toda gente, salvo raríssimas exceções, sobre mais um perdão de divida ao Sporting por parte do BCP e do Novo Banco. Se a ação do primeiro diz respeito essencialmente aos seus acionistas e aos seus empregados, estes últimos alvo de uma constante politica de downsizing pressionados para aceitar propostas pornográficas de rescisões de contratos por mutuo acordo, a do segundo tem contornos inexplicáveis, pela mediatização da intervenção estatal que o Banco sofreu.

Este desnivelamento de tratamento mediático entre um legítimo contrato entre entidades privadas e um forte chuto numa divida de 55 milhões, atirando-a para as calendas gregas, por parte de uma entidade sustentada pelos contribuintes, traduz a podridão que reina no quarto poder em Portugal. Importante pelos vistos, são os seguranças dos inocentes Jesus e Trinca-Bolotas, ameaçados de crucificação, no quente Natal de 2015.   

JL  

 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

FUNCHAL GEMINADO COM AROUCA


O União vinha de uma derrota trágica. Aliás, vinha de um score negativo de 0 – 10 nos últimos dois jogos, até por isso o Benfica não podia entrar assim no jogo, mas como em Arouca foi feito tudo ao contrário. Aqueles 45 minutos iniciais foram inacreditáveis. Em vez de avassaladores, foram amorfos. Em vez de rigorosos, foram desleixados. Houve uma enorme falta de seriedade. Quando assim é, não merecem mais. O problema é que o Benfica somos nós e não eles.  

Se o jogo de hoje tivesse sido na data inicial esta exibição até podia ser tolerada á luz do estado de espirito de então, neste momento é um enorme passo atrás.

Uma pequena nota para Rui Vitória: Nem sempre o que resulta num jogo tem necessariamente de resultar noutro. Os adversários são diferentes, logo a receita também deve ser diferente. E hoje, após uma série de jogos, em poucos dias, sempre com mesmo onze, impunha-se soluções diferentes. O treinador não soube fazer essa leitura.

JL

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

UMA CHINELADA VINDA DO SEIXAL


Suponham uma criança, nascida nos anos 70, 80 ou até 90. Agora é um homem feito, ou uma mulher feita. Por razões familiares, de amizade, de azar, decide ser do Sporting. É convencido pelo pai, irmão, vizinho ou colega de carteira que o Sporting é o maior clube do mundo. Ele não desconfia, as sucessivas derrotas são fruto de uma conjuntura adversa, explicam. Nem sempre foi assim, garantem. O tempo passa e vão surgindo sinais, cada vez mais fortes, que há um quiproquó. O clube fundado para ser um dos maiores da Europa, não só passa completamente despercebido no velho continente, como até trocam o seu nome com frequência, como se fosse aquele colega da empresa que trabalha no armazém, na cave, que só vemos na festa de Natal.   

Pior, o Sporting de Portugal – ou de Lisboa como é chamado no resto do mundo – não é sequer o maior de País. E já nem é o segundo. E, azar dos Távoras, nem sequer é o maior da sua cidade, nem da rua dele, porque mais à frente na segunda circular mora o enorme Sport lisboa e Benfica. Imaginem a frustração.

É por esta razão, humanamente aceitável, que o Sportinguista se torna lagarto. Uma metamorfose inversa à da lagarta que se transforma em borboleta. Uma revolta biológica contra o equívoco que sofreu. Quando sai do casulo, transformado em lagarto, o ex-sportinguista acredita piamente nas coisas mais inverosímeis desta vida. Não que seja ingénuo ou pacóvio, mas por necessidade, para que a sua vida faça sentido.   

Acredita, por exemplo, na glória mundial de um Joaquim Agostinho, mediano ciclista a nível europeu, cujas grandes vitórias internacionais foram com a camisola de clubes franceses e belgas. Acredita que uma garagem em Leiria cheia de chinesices se pode chamar de museu. Acredita que vitórias internacionais de atletas que representam outros emblemas, também são do Sporting só porque estes são associados ou já passaram pelo clube. Acredita no embuste do clube mais eclético de Portugal e segundo da Europa, mesmo contrariando os números da história e da atualidade.

Por fim, enaltecia orgulhoso o facto de, ao menos, serem os melhores a formar jogadores de futebol. Esta era uma verdade inabalável, apesar de que olhando para os resultados desportivos e financeiros, deveriam ser também os que menos se aproveitavam desse facto e nesse aspeto, dou o braço a torcer, eram mesmo dos melhores do mundo.

Contudo, há sempre um dia que o nosso mundo nos foge dos pés e esse dia é hoje. A notícia surge de rompante: o Sport Lisboa e Benfica vai ser distinguido na 7.ª edição dos Globe Soccer Awards, em cerimónia a realizar no próximo dia 28 de Dezembro, no Dubai, com o prémio “Best Academy of the year”, pelo trabalho desenvolvido no Caixa Futebol Campus.

O ex-sportinguista, agora lagarto, não desarma. Que importância é que isso tem? Jovens? Formação? Temos o Jesus, somos campeões da supertaça e trivencedores do dérbi. São assim os nossos vizinhos. Como uma melga no escuro do nosso quarto. É abrir a luz e usar o chinelo.
 
 

JL

sábado, 12 de dezembro de 2015

RÁDIO BENFICA (2)

Quando se prevê o retorno da BTV a Benfica TV, ou seja, à sua configuração original, é provável que toda a sua estrutura sofra uma espécie de downsizing. Surge assim uma oportunidade de reconverter alguns dos profissionais de comunicação e técnicos do canal para outro projeto do clube que desesperadamente vamos aguardando e que já foi aqui referido.

JL

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

A CHAMPIONS, OS TUBARÕES E OS CARAPAUS DE CORRIDA


Não é coisa pouca: em 6 épocas de Jesus, fizemos jogos europeus brilhantes, fomos a duas finais europeias mas deliberadamente esquecemos, ostracizamos, excluímo-nos da Champions League.

Era (é) assim o nosso ex-treinador: intuitivo e por vezes brilhante mas provinciano e pequeno perante os grandes palcos onde só os maiores têm lugar e se disputam, de facto, as grandes decisões.
Por isso, fugiu da Champions como o demo da cruz, temendo a derrota, a humilhação: fraco perante os fortes, é disso que se trata.

Esta postura cobarde e pequenina fez escola entre uma comunicação social tendencialmente ignorante, sabuja e também ela provinciana, para quem o futebol actual se resume aos recordes, birras, trejeitos e tiques de Cristiano Ronaldo ou aos seus supostos duelos com Messi.

Tudo isto a propósito do próximo sorteio da Champions.

Ficamos em 2º no nosso grupo e a consequência será jogarmos com um dos primeiros classificados dos outros grupos.
É este o formato da Champions, uma competição sem o glamour e o fascínio da velhinha e saudosa Taça dos Campeões Europeus, mas cujas regras são conhecidas.

E o que faz a imprensa desportiva portuguesa?

Pois bem, acena com papões, visões dantescas, enchendo a boca e alma com supostos tubarões que nos trucidarão sem dó nem piedade.

Abdicando pura e simplesmente do seu papel formativo e informativo, a jornalada escrita e palrada, limita-se a propagandear, a manipular, a condicionar e a quase aterrorizar o Benfica e os benfiquistas.

Já levo uns anos disto e já vi o Benfica defrontar o grande Bayern de Sepp Maier, de Franz Beckenbauer, de Breitner, de Müller e de tantas outras estrelas.
Empatamos na Luz e levamos 5 em Munique: o Benfica continuou a ser grande, respeitado, admirado.

E o que dizer daquela terrível noite de Março de 1984 em que o mítico Liverpool de Souness, Dalglish, ian Rush & Co. dizimou completamente o grande Benfica de Eriksson ?
Acaso deixou o Benfica de ser enorme, admirado, respeitado, quase venerado em Inglaterra?

É pois isso, que temos de evitar: este clima de quase histeria em que nos querem envolver, condicionando-nos logo á partida e derrotando-nos ainda antes de qualquer sorteio.

Sabemos das nossas possibilidades, e conhecemos as nossas limitações; não nos deixemos porém abater por meia dúzia de carapaus de corrida, por muito que nos falem em tubarões.

Aconteça o que acontecer, não deixaremos de ser Benfica e, sobretudo, de estar no nosso lugar: entre os maiores.



RC

DA RENOVAÇÃO DE GAITÁN


O Benfica renovou com Nico Gaitán e ainda que esta renovação seja provavelmente uma espécie de antecâmara da venda, não deixa de ser uma boa notícia.

Sobretudo se, como espero, servir para estabilizar a cabeça de um jogador que embora genial, dotado e por vezes brilhante, tem demasiadas intermitências.

Os últimos jogos foram, aliás, sintomáticos: vimos um Gaitán desconcentrado, a amuar com os árbitros, a insistir em toques de calcanhar e outro tipo de habilidades circenses que à equipa trouxeram…nada.

Gaitán é o melhor jogador do Benfica e não sei até que ponto não será esse o nosso drama.

Este rapaz argentino tão distante na pose dos raçudos guedelhudos que sempre me habituei a ver no futebol das pampas, alterna com demasiada frequência a genialidade pura com a ausência da mente ou com o inútil número de circo.

Precisaríamos talvez de um Gaitán por vezes menos exuberante tecnicamente mas mais presente fisicamente, mais empenhado no jogo e no seu (fundamental) papel na equipa.

É pois isto que espero deste momento pouco mais que simbólico: que a renovação com Gaitán seja também e acima de tudo uma certa renovação de Gaitán e aí sim, será um jogador assombroso e decisivo.


RC



NOTÍCIA SEM FUNDAMENTO, ESPERANÇAS INFUNDADAS


Acordámos no feriado com uma boa notícia. O Benfica tinha finalmente acertado o naming do estádio. É daqueles negócios onde é difícil encontrar defeitos. O estádio chama-se Estádio do Sport Lisboa e Benfica, mas ninguém utiliza esta denominação, toda agente chama, e sempre chamará, Estádio da Luz. É um verdadeiro negócio das arábias, vender algo que não se tem ou não se utiliza. Ainda mais por bom dinheiro.

Quando começávamos a ir moralizados para o estádio ver a champions o mestre da comunicação do clube, o Senhor Gabriel, apressou-se a desmentir. “Não tem qualquer fundamento”. Com tanta mentira que se escreve na impressa sobre o Benfica, acho engraçado este sentido de oportunidade e prioridade.  Isto é que é saber gerir expectativas.

Do jogo já muito se disse e escreveu, decorreu dentro do possível. No entanto, olhamos para o relvado e vemos os esforçados André Almeida, Eliseu, Pizzi  - muito uteis contra as Académicas desta vida, mas nestes jogos são apenas esforçados (adjetivo que tenho dificuldade em ligar ao Gaitan)  - e pensamos nos milhões da marca de pneus. Como fomos parar ao lago dos tubarões, o meu receito de um naufrágio não é de todo infundado. Está visto que precisamos de umas boias lá para janeiro.

Pena que os milhões da marca de pneus não têm fundamento.  

JL   

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O VERBO FORMAR NÃO JUSTIFICA TUDO


Não é desta época. A equipa B está muito abaixo das suas possibilidades. Já o tinha escrito aqui. Qualquer equipa, com alguma organização tática, consegue bater o pé ao Benfica B, cheio de craques e promessas do nosso futebol. Num projeto que dizem apostar muito na formação e em que o ano zero já vai bem longe, as três equipas da fase final do percurso – Juniores, Equipa B e Equipa Principal – estão longe, muito longe dos seus objetivos nos respetivos campeonatos. Isto não fará pensar os responsáveis? Podem ser várias as causas: Inadequação das equipas técnicas, jogadores mal distribuídos pelos três escalões, empréstimos mal feitos e outros por fazer, despensas abusivas. Uma coisa é certa, são demasiados os maus resultados. E não me venham falar que o importante é formar, não estamos a falar propriamente de iniciados.  

JL

domingo, 6 de dezembro de 2015

O NOSSO FUTURO (PARA ALÉM DO ÓBVIO)


É óbvio que o nosso futuro passa por uma equipa de futebol altamente competitiva, que ganhe três em cada quatro campeonatos e a passe com frequência a fase de grupos da Liga dos Campeões, sustentada financeiramente por um conjunto de receitas ordinárias. O sobe e desce de investimento, para além de ser mais arriscado desportivamente, pode causar fissuras no clube, tanto ao nível da sua estrutura técnica, como a nível económico-financeiro.

Contudo, não chega. E não chega porque o mercado em que o Benfica está instalado é minúsculo. Sofremos uma espécie de claustrofobia competitiva. Vejamos os ataques dementes do trinca-bolotas. Em outra dimensão seria uma anedota de rodapé, aqui faz capas de jornais. Cada vez que o trinca-bolotas abre a boca é como um peido num elevador. E é desse elevador que temos de sair.

O futuro tem de passar impreterivelmente por novos mercados. Algo já há muito detetado pelos maiores clubes europeus e muitos deles não têm a nossa diáspora, nem à disposição a enorme paixão ainda vivida nos países de expressão portuguesa.

Mas não só. Deve ir para além do futebol. É difícil, vivemos num país em que o desporto extra futebol é mesmo paisagem. No entanto, é um caminho que tem ser feito e se for com o Benfica a liderar tanto melhor.

O ecletismo do Benfica, apesar de mediaticamente mal tratado (por culpa nossa), é único no mundo. Nenhum clube tem tanta expressão. Essa vantagem deve ser trabalhada à séria e passa por três modalidades que à primeira vista podem parecer improváveis: Futsal, Ciclismo e Rugby.

O Futsal é a modalidade de pavilhão com maior crescimento. Talvez pela velocidade, pela incerteza dos resultados ou pela analogia com o futebol. Acresce que é uma modalidade onde temos reais hipóteses de ganhar na europa e no mundo. Se juntarmos o facto da fase final do Nacional se realizar já com todas as competições paradas, ou seja, com a quase exclusiva atenção de todos os agentes, concluímos da importância do sucesso na mesma.

O Ciclismo tem um peso mediático gigantesco. As provas, que se realizam, na sua maioria, durante o período de defeso do futebol, são essencialmente um enorme espetáculo televisivo. Com as comunidades portuguesas espalhadas por essa europa considero que não seria impossível encontrar um patrocínio que garantisse a participação do nosso clube nas maiores provas europeias. A volta a França, por exemplo, é vista mundialmente. Da América ao Oriente. Três anos de sucesso no Tour valeriam para a promoção do nosso nome como uma Liga dos Campeões.     

O Rugby é um desporto com futuro. Moderno, urbano, em crescimento. Os seus praticantes e adeptos são na sua larga maioria filhos das classes média-altas, estudantes universitários, quadros superiores. Dela pode surgir uma importante base de apoio para o clube. O Benfica não pode continuar a olhar para a secção das sedas como uma estrutura autónoma. Apesar de SAD, é nossa e tem uma história centenária. Não deve definhar na segunda divisão.

 

JL

   

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

JOGOS DO BENFICA? OBVIAMENTE NO ESTÁDIO

Ainda é muito cedo para grandes conclusões sobre o negócio Benfica /Nos. Nem embandeirar em arco, nem criticar sem apelo, nem agrado. O anúncio é feito em grande: 400 milhões, mas depois vem as letras pequeninas: contrato por 3 anos, podendo ser renovável até 10, com montantes anuais progressivos. Assim, as explicações são muito necessárias, nomeadamente no que diz respeito ao acesso ao canal Benfica.
A este propósito é importante recordar dois aspetos fundamentais:
Primeiro, os objetivos iniciais do canal do Benfica, que seriam a divulgação da atividade do clube, promover o benfiquismo, defender os nossos ideais e especialmente alargar a marca nos PALOP, nas comunidades portuguesas no mundo e em novos mercados.  
Segundo, a forma como o Benfica é tratado na Sport TV. Basta assistir a uns minutos de qualquer jogo da nossa equipa transmitido pelo canal do Oliveira, seja ele nacional ou de uma competição europeia, para verificarmos o elevado nível de antibenfiquismo que corre naquela estação. E não me refiro apenas aos comentários, as imagens selecionadas, as repetições, tudo tem um objetivo de ataque ao nosso clube. Esta foi a principal razão para que a BTV assumisse as transmissões. Será que a isenção está assegurada neste novo contrato ou vamos continuar a ser enxovalhados?
 
De qualquer forma, ontem já se perguntava: “ onde vamos assistir aso jogos do Benfica?”
Resposta óbvia: No estádio, claro.

JL

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A ARTE DO CHOCALHO


O que foi tornado património mundial foi arte do fabrico do chocalho, não o ato de chocalhar. Contudo, num país de rebanhos e varas é este último que dá resultados. O som estridente do chocalho vence a música do trabalho sério.

Olhando para as contas trimestrais dos três grandes percebe-se agora o barulho insistente e contínuo do trinca-bolotas. Tinha de ser assim, não podia ser de outra forma. Citando Primo Levi, “compreender é justificar” e nada justifica os absurdos ataques que temos sofrido. Devemos responder à barbárie com civilidade. O ponderado mas firme comunicado de ontem pareceu-me um bom início de conversa. Todo cuidado é pouco, se vamos deixa-los a chocalhar em direção ao abismo, não podemos ir agarrados a eles. Ainda os salvamos, como já aconteceu no passado.

 JL

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

SUN TZU AO JANTAR


Muito deve ser do agrado do nosso treinador a citação de frases da Arte da Guerra. “A habilidade de alcançar a vitória mudando e adaptando-se de acordo com o inimigo é chamada de genialidade.”

Até enfim que contra equipas que se aproximam do nosso nível Rui Vitória resolveu preencher o meio-campo. Não digo que em casa, contra volumosos autocarros, não seja fundamental ter vários homens com vocação ofensiva em campo, mas quando se prevê que parte do jogo de desenvolva no meio-campo que sentido faz partir a equipa? Um dos mitos mais imbecis do futebol é pensar que quanto mais atacantes melhor.  

O Benfica não esteve sempre bem, chegou a estar encostado às cordas no início da segunda parte, teve dificuldades em efetivar as possibilidades de contra-ataque que o Sporting de Braga generosamente lhe proporcionou, mas acabou o jogo a controlar. Uma vitória justa, importante e saborosa.

Da arbitragem mais do mesmo. Dualidade de critérios, amarelos ridículos aos nossos, vista grossa a penalidades do tamanho do Sameiro. Cheira a anos noventa que tresanda.  

O Benfica pode ter iniciado aqui um novo ciclo. Depois da bonança que foi o bicampeonato e da tempestade que tem sido este início de época, podemos estar perante um novo despertar.

“Como a felicidade pode se transformar na insatisfação, assim o desespero pode sumir no despertar de uma nova primavera. Com cada dia pode nascer um outro entendimento de nosso estado e dos nossos objetivos.” Outra vez o nosso Sun Tzu.
 

JL

PS: Um Benfica à Benfica não equipa de preto, amarelo ou roxo, equipa de vermelho e branco ou de vermelho ou de branco.