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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


segunda-feira, 29 de agosto de 2016

À VOLTA DO JOGO NO CAMPO GRANDE

Façamos um exercício de especulação pura: num qualquer jogo do campeonato (já nem falo de um clássico), o Benfica vencia com 2 golos obtidos em condições duvidosas (isto para usar um eufemismo), para além de alguns lances que envolviam o uso indevido dos cotovelos por parte dos nossos jogadores.

Cairia certamente o Carmo e a Trindade: escrevinhadores e comentadores arregimentados, jornalistas sérios e imparciais até ao tutano, treinadores adversários, roupeiros, massagistas, fisioterapeutas e curandeiros, todos viriam clamar contra o roubo, a afronta, o colinho.

A Norte, ainda que nada a tivesse a ver com o assunto, o moribundo fingiria que estava vivo e lançaria mais umas farpas com a "habitual ironia".
No Campo Grande, a vara agitar-se-ia entre comunicados e abundante diarreia verbal.
Nas televisões, rádios e imprensa escrita, o assunto abriria telejornais, primeiras páginas, fóruns de opinião, indignações várias.

Pois bem, foi desta forma que o Sporting despachou o Porto e tirando algumas envergonhadas criticas em tom de sussurro por parte do principal lesado, o treinador do Porto, esse tal do “Somos Porto!”, a coisa passou por entre os elogios do costume á exibição do Sporting.
É isto a propaganda: a criação de um mito para que depois  tudo se torne justificável;  o Sportém “joga o melhor futebol do campeonato”, pelo que se marca golos e ganha jogos recorrendo a falanginhas, falangetas ou cotovelos, é tudo absolutamente normal, tendo mesmo algo de justiça divina ou coisa que o valha.

Ao contrário, o Benfica faz durante 75 minutos uma exibição absolutamente lamentável contra o Vitória de Setúbal (e fez, digamo-lo sem reservas nem pruridos…), pelo que não tem qualquer legitimidade para protestar contra os desmandos de um árbitro incompetente ou talvez competente de mais…

É isto que está em causa e era bom que toda a estrutura do Benfica, treinador e jogadores incluídos, acordassem definitivamente para o problema.
Perante o que já se viu e o que se adivinha estar para vir, distrações e atitudes como a que tivemos perante o Vitória de Setúbal, não são sequer admissíveis.

Este vai ser o campeonato mais duro de todos quanto disputamos nos últimos anos, porque pode marcar definitivamente uma hegemonia duradoura do Benfica no futebol português e ao mesmo tempo a queda definitiva do moribundo a Norte, bem como o estrondoso trambolhão do charlatão do Campo Grande.

Sabem-no bem eles e por isso começaram a trabalhar ainda antes do minuto zero.

Seria óptimo que sobre isto ninguém se distraísse no Benfica: que se encare cada jogo como uma verdadeira batalha, sem hesitações nem pausas, com realismo mas muita determinação.

Veremos se chega, face ao que aí vem, mas pelo menos faremos a nossa obrigação.

RC

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

UM DÉRBI NO RIO




Durante anos um clube gostava de se confundir, ou confundir-nos, com as representações olímpicas do País. Talvez por falta de melhor em outras áreas, talvez pelo facto do Comité Olímpico ter sido comandado durante tempo demasiado, e por sinal com péssimos resultados, por um seu associado e membro do conselho leonino. Seja lá qual for a principal razão, o facto é que se orgulham de medalhas de gente que nem sabe onde fica Portugal, já para não falar daquela famosa de Armando Marques no Tiro em 76, apesar do atleta à época representar o Clube Português de Tiro a Chumbo, contabilizam como do Sporting apenas por ser adepto.

Porém, na situação atual já parece difícil contornar as evidências. Nas últimas três olimpíadas, ou seja, nestes 12 anos, o Benfica consegue 3 medalhas, contra uma (e coletiva) do Sporting. Os 3 medalhados do Glorioso, Telma Monteiro, Nélson Évora e Vanessa Fernandes, são atletas com passado, presente e futuro no clube, inseridos num projeto que já dura há mais de uma década. Não foram, como outros fazem agora, contratações avulsas e sem critério apenas para fazer número. Aqui está a explicação para a circunstancia do número de atletas que viajaram para o Rio de Janeiro ter fciado ligeiramente desequilibrado para um dos lados.

Mas falemos de resultados. Para quem anunciou com pompa e circunstancias, em conferência de imprensa, a grande comitiva, e mesmo tendo em consideração a desastrosa participação portuguesa na gneralidade, não deixam de ser risíveis. Façamos o exercício de comparar os resultados do desempenho dos atletas dos dois clubes. As conclusões ficam com cada um de nós.

Os 20 portugueses do Benfica: Telma Monteiro (3º Lugar), Célio Dias (17º Lugar), Nuno Saraiva (17º Lugar), João Pereira (5º Lugar), João Silva (35º Lugar), Miguel Arraiolos (44º Lugar), Teresa Portela (11º Lugar), João Ribeiro (4º e 6º Lugares), Vanessa Fernandes (suplente), Dulce Félix (16º Lugar), Susana Costa (9º Lugar), Marta Pen (36º Lugar), Carla Salomé Rocha (26º Lugar), Nelson Évora (6º Lugar), Tsanko Arnaudov (29º Lugar), Rui Pedro Silva (123º Lugar), Ricardo Ribas (desistiu), Sérgio Vieira (53º Lugar), Pedro Ísidro (31º Lugar), Miguel Carvalho (35º Lugar).

Os 22 portugueses do Sporting de Lisboa e respetivas classificações: Patrícia Mamona (6º Lugar) Lorene Bazolo (1ª Eliminatória), Cátia Azevedo (1ª Eliminatória) Marta Onofre (26º Lugar) Vera Barbosa (1ª Eliminatória), João Vieira (31º Lugar), Leonor Tavares (33º Lugar), João Vieira (desistiu), Jéssica Augusto (desistiu), Sara Moreira (desistiu), Emanuel Silva (4º e 6º Lugares), Francisca Laia (8º Lugar na Final B) Ricardo Esgaio (6º Lugar) Carlos Mané (6º Lugar), Diogo Abreu (16º Lugar) Joana Ramos (Eliminada), Sergiu Oleinic (Eliminado), Jorge Fonseca (Eliminado), Alexis Santos (12º e 14º Lugares), Gastão Elias (Eliminado), João Costa ( 11º Lugar)

JL
 

domingo, 21 de agosto de 2016

UMA OPORTUNIDADE E UM AVISO


Esta pode ser uma oportunidade para Rui Vitoria fazer mudanças na equipa. Como é óbvio, a vitória por 3-0 na final a supertaça e de 2-0 em Tondela recomendava um escalonamento da equipa conservadora e sem grandes alterações. Foi isso que o treinador seguiu. Contudo, há lesionados a voltar, há aquisições a experimentar. Ederson, Jardel, Samaris, André Almeida, Eliseu, Danilo, Zivkovic, Raul, por diversas razões, ainda não se estrearam a titulares. E hoje houve jogadores que, no mínimo, mostraram, pouca intensidade.

E é também um aviso. Não há vídeo-árbitro que salve uma arbitragem destas. Perdemos a conta das faltas marcadas ao contrário, jogadas travadas e a vista grossa a faltas perigosas a favor do Benfica. Os quatro minutos de compensação no final, tal como os dois ao intervalo demonstraram bem ao que vinha. E é muito estranho a vinda deste árbitro neste momento à Luz e após a deplorável exibição da última vez que cá tinha estado.

JL

FUTSAL FAROESTE


O Futsal em Portugal está cada vez mais transformado num circo. Decidiu-se ainda na época passada que as equipas tinham que ter, pelo menos, sete elementos formados localmente na ficha de jogo e que só podiam só poderiam jogar cinco estrangeiros. O Sporting de Lisboa, com dinheiro vindo de não sei de onde, contratou oito estrangeiros. Não é que a alguns dias do início da época a FPF faz tábua rasa do que foi acordado e decidido anteriormente?

Mas se acham que isto é anedótico, vejam a situação do Bruno Coelho. O jogador foi suspenso pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol duas horas antes do último jogo da final do Campeonato passado. Castigo que nem sabe bem porquê, basta ver as imagens dos dirigentes do Lumiar perante a equipa da arbitragem. Aliás, há dois anos atitudes ainda mais graves dos mesmos dirigentes originaram 15 dias de suspensão a cumprir nas férias.

Não é que agora, depois de ano passado ter sido impedido de jogar pelos representantes da federação que estavam no pavilhão, a FPF vem agora dizer que o castigo tem de ser cumprido na supertaça? Incrível. Vale tudo.



JL

domingo, 14 de agosto de 2016

UM EXERCÍCIO


O Benfica está diferente e a forma como decorreu este primeiro jogo é demonstrativo dessa realidade. O Tondela, a manter o mesmo ritmo e a mesma agressividade e determinação, corre o risco de criar a outros, muitos amargos de boca durante este campeonato. O Benfica geriu bem as suas próprias debilidades e soube empregar no momento certo os seus pontos fortes.  Há que destacar dois aspetos que não devem ser desprezados: Seis jogadores do onze que entrou têm menos de 22 anos e encarámos esta primeira jornada com um número considerável de lesionados na enfermaria do clube, o que já vem sendo habitual.

A este propósito proponho o seguinte exercício: excluindo os que entraram de inicio tentem escalonar um onze de cada um dos três candidatos ao título apenas com os sobrantes.  Aqui vai o do Benfica: Ederson, André Almeida, Jardel, Lisandro, Eliseu, Samaris, Danilo, Sálvio, Carrillo, Jonas e Raul. Esta bem podia ser a equipa titular. E os outros? Têm assim tantos titulares?

JL

sábado, 6 de agosto de 2016

SUPERCLUBE


Amanhã em Aveiro o Benfica disputa a supertaça de futebol. É primeira de dez. As outras: Andebol Masculino, Hóquei em Patins Masculino e Feminino, Ténis de Mesa Masculino, Basquetebol Masculino, Voleibol Masculino, Râguebi Feminino, Futsal Masculino e Feminino. Um ecletismo único.

JL

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

BASQUETEBOL – RESUMO 2015/2016 E EXPECTATIVAS PARA 2016/2017

Para finalizar o resumo das principais modalidades de pavilhão do Sport Lisboa e Benfica ficou para o fim o basquetebol, a principal desilusão da época. E não apenas por causa dos resultados!

A época acabou da pior forma possível mas foi apenas a consequência do que se passou durante o ano. A contratação da "estrela" ex-NBA Cook e um plantel constituído com excesso de confiança revelaram-se apostas totalmente erradas (a segunda mais grave, na minha opinião). A começar por chegarem apenas 2 estrangeiros, Cook e Wilson, ficando deste modo com menos soluções interiores. Verdade seja dita que se percebeu o erro e se foi buscar um poste croata, Radic, embora depois se tenha emprestado Cláudio Fonseca. Ou seja, voltou a falta de soluções para o jogo interior. E nem quando os nossos maiores rivais se reforçaram a meio da época se reforçou a equipa quando tão necessário era. Ficámos a ver e quem fica a ver perde.

Mas na minha opinião o fracasso da época passada está todo ligado à contratação de Cook. Há muitos jogadores com feitios difíceis ou manias ou como lhe quisermos chamar. Mas eu nunca vi nada como este jogador americano. Ele pura e simplesmente vivia num mundo à parte em relação ao resto da equipa. Não defendia, não corria, não ouvia o que o treinador lhe dizia, não se aplicava nos treinos (e nem ligava ao treinador nem restante equipa técnica). Jogava quando lhe apetecia, corria quando lhe apetecia, lançava quando lhe apetecia. Jogava a maioria das vezes, a passo.

Compreendo que seja complicado gerir atletas que estão no mundo aparte em relação à realidade do nosso basquetebol, mas nisto tenho que criticar o treinador pois ao "perdoar" o mau profissionalismo deste atleta em relação aos outros acabou por perder o grupo. Foram incontáveis as vezes em que alguns jogadores quando substituídos vinham a protestar com o treinador, algo que não acontecia no início da época mas foi crescendo com o decorrer da mesma.

Por fim, a falta de soluções tácticas a partir do meio da época. O nosso jogo era previsível e quem nos defendesse bem só tinha que esperar que os triplos não entrassem. Mas em relação a isto já referi que o treinador perdeu o grupo e não sei até que ponto o discurso entrava na cabeça de alguns jogadores. De qualquer das formas a equipa técnica será sempre a principal responsável por esta época que considero um ano completamente desastroso.
Em relação ao basquetebol não vou fazer destaques pela positiva e negativa, pois todo o meu texto acima são os destaques pela negativa, e pela positiva a única coisa foi mesmo termos conquistado a Taça de Portugal. Isto porque… calhou!




Previsão da época 2016/2017
Antes de mais e por saber que é um assunto em que estou em discordância com a maioria dos restantes sócios, digo desde já que concordo com a manutenção do treinador. Por ser quem é, uma figura lendária do nosso basquetebol, mas principalmente porque o que conquistou nos últimos anos lhe deu na minha opinião, margem para continuar ao comando da equipa. Acho que esta época a equipa técnica tem um grande teste para provar que está à altura das necessidades do Clube.

Em relação ao plantel optou-se praticamente por uma revolução na equipa. Faz todo o sentido em acordo com o que escrevi antes. Teremos para já:

Base: Derek Ravio, Mário Fernandes, Tomás Barroso, Aljaz Slutej

Em relação à posição de primeiro-base ou base organizador temos a saída do agora ex-capitão Carreira que na verdade já não contava muito, e a entrada do norte-americano Derek Ravio. Pelas ligas onde jogou parece ser sem dúvida uma mais-valia, embora aparentemente seja um base mais concretizador que organizador. Ficarei à espera de perceber as suas valências defensivas e a sua qualidade para organizar o jogo. Acho esta posição a mais importante no basquetebol e claramente a equipa precisava de um base um nível acima do Mário e Tomás, pelo que acho que era necessário um reforço neste sector. Espero que o tenhamos encontrado, embora ache que a capacidade defensiva e de organização ofensiva fossem as mais importantes.

Em relação ao promissor jovem Aljaz que vem brilhando na equipa B penso que apesar de teoricamente fazer parte do plantel não contará muito a menos que haja uma lesão num dos outros jogadores referidos.

Base-extremo: Lace Dunn, Nuno Oliveira e Sérgio Silva

Para a posição de segundo base ou base atirador optou-se pelo regresso de um jogador que nos impressionou pela positiva na sua anterior passagem por cá. Lace Dunn na época que passou na Luz provou ser jogador a mais para o nosso basquetebol e pese embora não ser um Jobey Thomas parece-me que é um verdadeiro reforço desde que a forma física e motivação estejam inalteradas.

Em relação a Nuno Oliveira considero que fez uma primeira época positiva tendo em conta a nova realidade. Num plantel que se pretende mais equilibrado e com um espirito mais colectivo parece-me que tem capacidade para melhorar.

Já sobre o jovem marcador de pontos Sérgio Silva tenho a mesma opinião que sobre o jovem Aljaz.

Extremo: Carlos Andrade, João Soares e Velkjo Stanjkovic

Carlos Andrade e João Soares continuam como os extremos da equipa. Será certamente a última época de Andrade e Soares deverá consolidar-se como o principal jogador da equipa na posição 3, ele que foi dos poucos que conseguiu estar bem no final da época passada mostrando vontade e inconformismo. Dada a versatilidade de alguns jogadores a equipa poderá jogar com 3 bases ou 3 extremos/postes pelo que não será uma posição exclusiva destes dois jogadores.
Extremo-poste: Damian Hollis, Marko Loncovic e Nicolas dos Santos

Para a posição 4 com a saída de Wilson chegam dois reforços sendo teoricamente o principal Damian Hollis, embora este me pareça da pouca informação que retirei mais "small forward" que "power forward". Esperemos que tenha a qualidade desejada para dar um nível extra à equipa.

Em relação ao Marko e depois de uma época em que ficou completamente aquém das expectativas esperemos que se possa mostrar mais pois é impossível ter desaprendido de jogar. Também me parece que precisa de um estilo de jogo colectivo para poder sobressair, algo que não aconteceu a época passada. Esperemos que não aconteça o mesmo nesta.

Sobre Nicolas dos Santos, um jogador com passaporte português que desconhecia por completo, será um verdadeiro extremo-poste. Forte fisicamente vem teoricamente acrescentar peso e tamanho no ressalto. Contando como português parece-me que será uma mais-valia, embora seja mais um caso de esperar para ver.
Poste: Raven Barber e Ricardo Monteiro

Para o lugar de Radic chega Raven Barber, um jogador que fez um bom ano em Ovar. Não tenho grande opinião sobre ele e apenas vi os jogos da Ovarense quando se deslocou à Luz mas não me parece que seja melhor que Radic. E dado que a opção Ricardo Monteiro é (à semelhança de Aljaz, Sérgio e Velkjo) por enquanto apenas um jovem promissor, parece-me que ficamos claramente com um jogo interior abaixo do nível exigido. Face a isto ainda compreendo menos a saída de Cláudio Fonseca pois embora não fosse um jogador que me agradasse muito sempre era uma solução nacional e com uma qualidade acima da média.

Resumindo em relação à próxima época teremos um verdadeiro teste à equipa técnica que tem a responsabilidade de reerguer uma equipa de basquetebol que se quer dominadora depois de uma época terrível principalmente ao nível exibicional. Para isso contou com uma revolução no plantel, algo que eu compreendo e até concordo, embora me pareça que o plantel mais uma vez estará desequilibrado. Com várias soluções exteriores e não tantas interiores esperemos que os jogadores norte-americanos sejam jogadores que façam a diferença. Já se sabe que dado o nível do nosso basquetebol a qualidade dos jogadores americanos é preponderante para o sucesso da época.

Portanto este ano não há desculpas, queremos todos mais e melhor tanto a nível exibicional como de títulos


Eddie

terça-feira, 2 de agosto de 2016

A MANIPULAÇÃO DA MORTE


Que esta gente não tem escrúpulos é sabido.

Que esta gente não olha a meios (quaisquer que eles sejam) para atingir os fins, faz parte da história recente do nosso desporto.

Que dominam a arte intoxicante e suja da propaganda, da manipulação e da auto-promoção, não subsistem quaisquer dúvidas.
Insinuam-se permanentemente com a sua omnipresença, vomitando opiniões e lugares comuns com pretensões a grandes tiradas.

Tudo isto a propósito da morte do Prof. Moniz Pereira, figura respeitável e unanimemente respeitada no desporto nacional.

Seria lógico que a comunicação social se afadigasse na recolha de opiniões de quem com ele privou: atletas, dirigentes, colegas de profissão, gente ligada ao atletismo de uma forma geral ou até ao fado, outras das suas grandes paixões.

Nada disso bastou, porém, a uma comunicação social que se esmera em prestar serviços e fazer recados, preenchendo diligentemente e apedido a agenda desta gente, intoxicando-nos: criando gigantes a partir de meros anões.

E foi assim que Bruno de Carvalho passou sucessivamente em horário nobre e em directo pelos 3 canais informativos da televisão portuguesa, para além da honra de um depoimento escrito no “Expresso”.

Sim, falo de Bruno de Carvalho, esse incomparável e histórico dirigente do desporto português que lidou décadas a fio com o Prof Moniz Pereira e que, portanto, muito terá que partilhar connosco sobre esta grande figura do atletismo português.

O grave de tudo isto não é haver quem manipule ou tente manipular.

Preocupante é a existência de uma comunicação social rasteira e sabuja que hoje não passa de uma correia de transmissão ao serviço desta gente, dos seus interesses e da divulgação da sua imagem até á exaustão.

Os objectivos, esses, conhecemo-los nós.


RC



segunda-feira, 1 de agosto de 2016

PARA ENTRAR PARA A HISTÓRIA


A baliza está como no ano passado. Talvez até melhor. Paulo Lopes fez uns amigáveis razoáveis. Assim, uma hecatombe, nunca será uma hecatombe. Júlio César deverá aproveitar a lesão de Ederson e manter-se a titular no campeonato. Ederson vai esperar pela taça e taça da liga. Só uma lesão poderá alterar a ordem natural das coisas.

A defesa esquerdo a minha preferência vai para Alex Grimaldo, mas não acredito que Rui Vitória desperdice a experiencia e a força de vontade de Eliseu. Será como disse em cima, um no campeonato, outro nas taças. Já na direita a maioria dos benfiquistas tem grandes esperanças em Nelson Semedo. Para mim já é um jogador para ser titular no glorioso. No entanto a evolução de André Almeida é ainda mais estrondosa. Em jogos em que não é espectável um domínio avassalador do Benfica parece-me que o Almeida dá mais garantias de equilíbrio.

Se aguentarmos estes quatro centrais Rui Vitória vai ter uma dorzinha de cabeça cada vez que tiver de escolher os 18. A meu ver Lindelof devia ser titular indiscutível, com Jardel alternar com Luisão, preparando-se atempadamente substituição do capitão. Lisandro dá garantias no banco. Kalaica terá de evoluir na B.

A 6 fejsa entra em vantagem. Contudo, sendo propício a lesões é de crer que Samaris será muitas vezes titular. Samaris pode jogar a 8, como Danilo a 6. Mas Danilo, que promete muito a 8, tem em Horta um competidor à altura. Quatro jogadores que funcionam como seis soluções para duas posições.

O necessário quarteto de extremos será um quinteto: Sálvio, Carrillo, Cervi, Zivkovic e Pizzi. Este último pode evoluir no meio campo. À frente mais um quarteto onde geralmente são necessários dois titulares: Jonas, Mitroglou, Raul e Guedes.

Aqui estão os 24 magníficos para enfrentar o tetra e seis. Talvez Celis seja o vigésimo quinto.

Kalaica, Marçal, Carcela, Benitez, João Teixeira, Rui Fonte e Jovic dificilmente jogariam com regularidade integrados neste plantel.

Se o mercado não nos atacar é isto que temos. Juventude, Experiencia, Classe, Habilidade. Com vontade e foco vão entrar na história como a equipa do tetra.  

JL