Que esta gente não tem escrúpulos
é sabido.
Que esta gente não olha a meios
(quaisquer que eles sejam) para atingir os fins, faz parte da história recente
do nosso desporto.
Que dominam a arte intoxicante e
suja da propaganda, da manipulação e da auto-promoção, não subsistem quaisquer
dúvidas.
Insinuam-se permanentemente com a
sua omnipresença, vomitando opiniões e lugares comuns com pretensões a grandes
tiradas.
Tudo isto a propósito da morte do
Prof. Moniz Pereira, figura respeitável e unanimemente respeitada no desporto
nacional.
Seria lógico que a comunicação
social se afadigasse na recolha de opiniões de quem com ele privou: atletas,
dirigentes, colegas de profissão, gente ligada ao atletismo de uma forma geral
ou até ao fado, outras das suas grandes paixões.
Nada disso bastou, porém, a uma
comunicação social que se esmera em prestar serviços e fazer recados, preenchendo diligentemente e apedido a agenda desta gente,
intoxicando-nos: criando gigantes a partir de meros anões.
E foi assim que Bruno de Carvalho
passou sucessivamente em horário nobre e em directo pelos 3 canais informativos da
televisão portuguesa, para além da honra de um depoimento escrito no “Expresso”.
Sim, falo de Bruno de Carvalho, esse
incomparável e histórico dirigente do desporto português que lidou décadas a
fio com o Prof Moniz Pereira e que, portanto, muito terá que partilhar connosco
sobre esta grande figura do atletismo português.
O grave de tudo isto não é haver
quem manipule ou tente manipular.
Preocupante é a existência de uma
comunicação social rasteira e sabuja que hoje não passa de uma correia de
transmissão ao serviço desta gente, dos seus interesses e da divulgação da sua imagem até á exaustão.
Os objectivos, esses, conhecemo-los nós.
RC
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