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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


terça-feira, 2 de agosto de 2016

A MANIPULAÇÃO DA MORTE


Que esta gente não tem escrúpulos é sabido.

Que esta gente não olha a meios (quaisquer que eles sejam) para atingir os fins, faz parte da história recente do nosso desporto.

Que dominam a arte intoxicante e suja da propaganda, da manipulação e da auto-promoção, não subsistem quaisquer dúvidas.
Insinuam-se permanentemente com a sua omnipresença, vomitando opiniões e lugares comuns com pretensões a grandes tiradas.

Tudo isto a propósito da morte do Prof. Moniz Pereira, figura respeitável e unanimemente respeitada no desporto nacional.

Seria lógico que a comunicação social se afadigasse na recolha de opiniões de quem com ele privou: atletas, dirigentes, colegas de profissão, gente ligada ao atletismo de uma forma geral ou até ao fado, outras das suas grandes paixões.

Nada disso bastou, porém, a uma comunicação social que se esmera em prestar serviços e fazer recados, preenchendo diligentemente e apedido a agenda desta gente, intoxicando-nos: criando gigantes a partir de meros anões.

E foi assim que Bruno de Carvalho passou sucessivamente em horário nobre e em directo pelos 3 canais informativos da televisão portuguesa, para além da honra de um depoimento escrito no “Expresso”.

Sim, falo de Bruno de Carvalho, esse incomparável e histórico dirigente do desporto português que lidou décadas a fio com o Prof Moniz Pereira e que, portanto, muito terá que partilhar connosco sobre esta grande figura do atletismo português.

O grave de tudo isto não é haver quem manipule ou tente manipular.

Preocupante é a existência de uma comunicação social rasteira e sabuja que hoje não passa de uma correia de transmissão ao serviço desta gente, dos seus interesses e da divulgação da sua imagem até á exaustão.

Os objectivos, esses, conhecemo-los nós.


RC



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