Tudo parece fazer sentido. Uma
pré-época proveitosa a nível financeiro em detrimento de alguma lógica
desportiva. Se não aproveitamos agora as receitas, quando aproveitaremos. Os
grandes clubes europeus já o fazem há algum tempo. Acresce, que não é certo que
a aposta é totalmente falhada. Jogámos com equipas fortes, por vezes em ambientes
e climas pouco confortáveis, reforçou-se o espirito de grupo e o desejo
competitivo.
O Benfica partiu para o Continente
norte-americano com mais de uma dezena de jogadores com contrato. Herança jesuíta
que faz todo o sentido gerir. Não era certa a saída de Lima, nem de Gaitan ou Jonas,
como se veio a verificar. Até Maxi ainda andava em reflexão. O bom senso mandava,
ao mesmo tempo que se preparava a equipa para, pelo menos, dia 9, e dentro dos
condicionalismos que a política de expansão da marca e da imagem internacional do
Benfica impõe, experimentar todo o plantel.
Findo o estágio, terminados os
jogos, com a saída do Lima e os jogadores do plantel avaliados, com o regresso
a Lisboa faz todo o sentido que agora se dispense quem está a mais (ou a menos)
e a equipa seja finalmente reforçada. Luis Filipe Vieira garantiu que Rui Vitória
teria as mesmas condições que Jesus. Ainda não tem. Por isso, até ao início da próxima
semana, dou o benefício da dúvida. É o tempo certo.
Se ao invés, ficarmos até 30 de
agosto a ver navios, das duas uma, ou alguém anda enganado na estrutura do
Benfica porque a equipa precisa mesmo de reforços ou temos de nos preocupar
seriamente com o panorama financeiro do clube.
JL