N

Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


sábado, 31 de agosto de 2013

UM NOJO



A capa do “jornal” o jogo, hoje, é um nojo. Há limites e esses limites foram ultrapassados. E foram ultrapassados porque vivemos num país que roça o terceiro mundismo intelectual e moral. O “jornal” o jogo quer entrar em campo e demolir o Sport Lisboa e Benfica. Aliás, todo o grupo editorial do Oliveira. Vejam também a capa do centenário mas falido DN. Oliveira, de charuto na boca, radicaliza a estratégia. Um Benfica em crise e sem moral é um clube que não atrai assinantes para o seu canal. Um Sporting renascido é um novo mercado que se abre. Não tão grande mas significativo e o que está em causa é a sobrevivência. 

Houve sim senhor luta de classes no futebol português. Um Benfica do povo, democrático, dos desfavorecidos, daqueles que não tinham favores do regime. E um Sporting suportado por dirigentes fascistas, da legião e da PIDE, de gente de monopólios e tradição aristocrática. Mas isto acabou há trinta anos. Agora é a luta contra crime, cujo Oliveira de charuto na boca faz parte da cabeça do polvo. Infelizmente o crime tem vencido. Para além mensagem preparatória, vamos ter hoje à noite a executória. Hugo Miguel não foi escolhido ao acaso. O Benfica luta contra muita coisa. Bons tempos em que era só luta de classes.   



JL   

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

DO ESPLENDOR NA RELVA À “PIETÀ” SEGUNDO MEIRELES

Leio por aí que na Dinamarca, mais concretamente em Brondby e depois de um jogo algo enfadonho, um casal foi surpreendido a fazer sexo em pleno relvado.
Por cá e depois de um jogo com final feliz (finalmente!), nós andamos alegremente entretidos a inventar problemas, tentando crucificar o nosso capitão.
Será por estas e por outras que os dinamarqueses são considerados o povo mais feliz do mundo e nós não passamos da cepa torta.

Leio também algures que Lisandro Lopez, ex-avançado do Porto, ao sair do Lyon para o Qatar, confessa a sua paixão pelo clube francês: “Nunca amei tanto um clube”, é o que diz taxativamente o avançado argentino.
Infelizmente para nós, Lisandro ganhou que se fartou no Porto, muito mais, obviamente do que no Lyon.
O que é, no mínimo, curioso é que um clube tão ganhador e uma estrutura tão elogiada não aticem paixões, nem deixem saudades a ninguém.

Ora aí está o árbitro do derby: Hugo Miguel de sua graça.
A excelente actuação no Paços de Ferreira-Porto da época passada, começa a dar os seus frutos.

O inigualável empresário de Cardozo volta á carga: “Preferíamos que Cardozo tivesse saído”, diz a personagem.
Muito a sério, agora: o carácter e a personalidade de um jogador revelam-se também nestes pormenores.
Quem tem um traste destes como empresário, permitindo-lhe que, constantemente, fale em seu nome, tem de fazer escolhas: ou o traste ou o Benfica.

Para lá de todas as paixões e ódios que desencadeia, o futebol consegue ainda e sempre surpreender-nos.
Quantas vezes uma simples foto captada no momento certo não nos leva às lágrimas?
Eis um desses momentos:
BA

A cena de um ternurento e compungido Raul Meireles a dar a mão a Bruno Alves enquanto este é suturado após uma cotovelada certamente maldosa de um adversário, é certamente umas das imagens mais comoventes e mais poderosas a que qualquer um de nós assistiu: uma espécie de “Pietà” do pontapé na bola.

RC

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O NÃO CASO



E pronto, lá se criou uma novela antes do dérbi. A atitude do Luisão não é de aplaudir, mas quem estava no estádio e sentiu o ambiente penso que compreende perfeitamente o que se passou. Mais, não senti qualquer “fogo serrado” das redes sociais como refere A Bola. Este é um caso criado artificialmente e o Benfica ao colocar o Luisão a responder, mais uma vez cai que nem um patinho na armadilha montada. 

Como é que um momento de revolta e de possível união da equipa, acaba em mais um caso polémico e com o intuito descarado de virar a massa associativa contra os jogadores. A gestão da comunicação é mesmo um dos pontos fracos do clube. 

JL

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

APOIADO



…e de pé. Aquele comité olímpico pareceum covil de lagartos ressabiados. Sempre pareceu. Como é que estes animais se mantêm em silêncio perante décadas de corrupção no desporto português. Corrupção provada, gravada e, acima de tudo, assumida e vêm agora, com uma lata do tamanho das suas frustrações, falar do Benfica. Somente a maior instituição desportiva do país, exemplo de correcção em todas as competições, que nunca andou de mãos dadas com nenhum regime, que nunca depositou dinheiro em contas bancárias de árbitros e que faz mais pelo desporto nacional numa semana que esses senhores fizeram em vida toda.   

E já agora Sr. Presidente do COP (e que não o deixa de ser quando escreve no facebook), sócio do Benfica há vinte anos, o que fez pelo Benfica nestas duas décadas? É que eu nunca o vi por lá. E quando há eleições ou assembleias nunca o vi preocupado com o caminho que o clube tomava. Talvez nem esteja mesmo preocupado com clube e isto seja apenas um acerto de contas.



JL

A CASA COMEÇA A ESTAR ARRUMADA, MAS TARDE, MUITO TARDE




Isto é como quem arruma a casa já com a festa a decorrer. Imaginem os convidados a entrar e nós ainda a aspirar o chão, a abrir cadeiras, a preparar as bebidas, a reparar que falta o gelo e a ter de ir comprar. Adivinhem quem vai começar tarde a divertir-se. E talvez tarde de mais. Assim está o Benfica. Partimos para terceira jornada a acertar o plantel. E ainda não se vendeu ninguém. 

Finalmente temos um suplemente para o Matic, finalmente temos o Oblak como alternativa. O primeiro era uma necessidade que entrava pelos olhos dentro, o segundo andou fugido porque soube pela televisão, da boca do treinador, exemplo de ponderação, que ia ser mais uma vez emprestado. 

Tivemos o caso Cardozo, tardiamente resolvido. Anteriormente tinha sido o próprio treinador, mais uma novela desnecessariamente alimentada, quando segundo o próprio presidente tinha tudo acertado muito antes.  

Que esta pretensão para a polémica e para a historieta não apanhe o nosso capitão. Esteve mal? Pois esteve. Até devia ser multado? Talvez, de forma discreta e sem conhecimento mediático. Mas porra, quantas vezes não nos apetece fazer o mesmo à malta do assobio?  

JL