Vou direito ao assunto. É perfeitamente
dispensável que o Presidente do maior clube do Mundo, nas raras vezes que se
dispõe a explicar alguma coisa em público, perca um minuto que seja a falar das
suas guerras pessoais, mesmo que se esteja a referir a antigos funcionários. Por
mais razões que tenha, aquelas menções ao Veiga, tipo Octávio Machado, não só
não lhe fica nada bem, como não transmite uma imagem de elevação que deve ter o
líder institucional do Sport Lisboa e Lisboa.
De resto, se exceptuarmos os
tiques do culto da personalidade, que vão desde a quantidade de vezes que somos
informados das horas que passa na Luz, até há frequência que utiliza a palavra “certeza”,
Luís Filipe Vieira lá conseguiu explicar muitas das coisas que já deviam estar
mais do que explicadas pela tão propagada estrutura do clube.
O Benfica pode ser gerido como
uma multinacional, mas é um clube e no dia que o último sócio deixar de
existir, deixa de haver clube e deixa de haver SAD. Ninguém quer que os sócios
sejam uma CMVM ao contrário e sejam informados de todas as intenções da direcção,
como se fossem um gigante big brother. Mas todas as informações dadas hoje pelo
Presidente, maior parte bastante esclarecedoras, poderiam ter sido dadas mais
cedo, através de pequenas declarações, comunicados ou mesmo mensagens para os
jornais. Se calhar evita-se as tais capas que tanto indigna o presidente. E os
sócios não servem só para pagar.
Quando Luís Filipe Vieira diz: “falam
do que não sabem”, está a colocar o dedo na ferida, sendo a frase correcta:
Falam, porque não sabem.
JL
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