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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A DOCE SENSAÇÃO DA SUPERIORIDADE



Foi uma vitória à Panenka. Aguardar com a confiança de quem sabe que é superior e atirar certeiro para o lado mais fraco do adversário. Nunca na vida este PAOK faria cócegas a este Benfica. Se era difícil alguma coisa correr mal, não se esperaria que tanta coisa corresse bem. Sálvio a deixar água na boca, Gaitan em forma, Cardozo a fazer minutos, Djuricic a desbrochar lentamente e até o Artur impediu um frango em cima da linha. 

Olhei para os 11 vermelhos sobre a verde relva e veio-me à cabeça que caso a imagem fosse a preto e branco teríamos 11 Colunas em campo. Coluna que vi jogar apenas em imagens era isto, a calma da superioridade técnica, física e moral. Que bonita homenagem. Hoje foram todos capitães. Mas no Restelo, junto ao mítico local onde há 110 anos um punhado de homens criou o mais bonito sonho do mundo, terão de ser todos operários. 

JL

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

AO SENHOR COLUNA







O Menino perguntou: “Senhor Coluna, posso marcar o penalty?”
E o Senhor Coluna pediu: “Ó Lalá, deixa o Menino marcar o penalty…”



Obrigado por tudo quando nos deixou e nos ensinou, Senhor Coluna, mas provavelmente o Otto Gloria ou o Bella Guttman estavam mesmo a precisar de Si para pôr ordem na malta.
Sabe que eles são já muitos
 (aliás, eles são cada vez mais…)
e todos magníficos, é verdade!
 mas, compreende, faltava-lhes o Capitão, sem Si aquilo não é a mesma coisa.

Cuide deles, cuide de nós.
Como sempre fez, ajude-nos a cumprir o Benfica.

Dê um abraço ao Lalá e ao resto da rapaziada e claro: sei que, uma vez mais, não se vai esquecer de olhar pelo Menino.

Até Sempre

RC

A ARTE DO GOLO



Único: adjectivo; que é só um; que não tem outro da sua natureza ou espécie figurado superior aos demais; excepcional; incomparável; exclusivo

O golo de Lazar Markovic foi um momento único. Daqueles que nos vamos lembrar durante décadas e recordar sempre que a conversa resvalar para os grandes golos. Como aquele do Poborsky contra o Braga em 98 ou os do João Pinto no 6-3. Era uma tremenda injustiça se os deuses do futebol permitissem que durante os restantes 50 minutos surgisse outro golo a fazer sombra àquela obra de arte. A seguir ao golo de Markovic o árbitro devia ter terminado o jogo e íamos todos para casa. Felizes. 

JL

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

MARXISMO AZUL E BRANCO



O Harpo Marx lá do sítio não é louro, nem surdo-mudo, mas faz-se. O Grouxo, sem charuto, nem bigode, empurrou com ar ameaçador um jornalista porque, com coragem ou distração, fez uma pergunta (im)pertinente. A comunicação social, por distração ou falta de coragem, não faz referência alguma a tão inusitada irritação presidencial, como se a espontânea conferência de imprensa a altas horas, num parque de estacionamento fosse algo absolutamente normal. No papel impresso o que unicamente se releva, de tão cómico filme, é que o senhor presidente não confirmou a demissão do treinador. Chico Marx estará hoje em estúdio, com todo o seu charme, a limpar a cena do crime. 

Não pertenço ao grupo de pessoas que abranda na estrada para ver os estragos de um acidente, mas ontem e hoje levantei o pé do pedal. Ele há coisas irresistíveis. 

JL

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A NORTE O DESNORTE



Fosse JJ a tratar o Eintracht por Bayern e a confundir Frankfurt com Leverkusen e teríamos anedotas, escárnio e maldizer para vários meses.
É a desorientação completa da outrora “estrutura perfeita”.

Assim o saibamos aproveitar.

RC

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O CÉU É O LIMITE?



“Tamos fortes, muita fortes”. Não pela vitória, porque o PAOK é de um nível abaixo. Não pela exibição, pelas mesmas razões. Mas porque com metade de suplentes e com um ou dois Maneis, revelámos uma segurança de jogo invejável. Para mim, esta época, Jorge Jesus tinha muito pouca margem. Mesmo quase nada. Mas hoje faço-lhe uma vénia, está a conseguir passar pelo buraco da agulha. Agora, que não se arme em camelo, porque o difícil ainda vem aí. 

JL