Enzo é um toureiro fora da arena.
Não há sol, não há silêncio nas bancadas. Não faz mal, Enzo espera, espera aproximação da besta, espera o momento. O momento é tudo. Nem mais, nem menos.
No segundo exacto, aquele que meticulosamente escolheu, arranca, serpenteando,
com a bola na ponta dos pés, um mar riscado de verde. Visto de longe é arte, é artifício.
De perto, é a mais bela das formas humanas. O momento em que a bola beija as
redes e o céu se tinge de vermelho. Um vermelho que só encontramos no fundo do
nosso ser.
JL
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