N

Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


domingo, 31 de maio de 2015

SE ISTO NÃO É O BENFICA...


Benfica bi-campeão de futebol, cenário de delirante ficção cientifica há bem poucos anos,quem se lembra agora? mas não só: coleccionando Taças da Liga, somando semanalmente títulos nas modalidades, acrescentando glória à glória em ritmo de vertigem pura.

Onde andam agora os profetas da desgraça, os maledicentes crónicos, os que insistem em ver o copo vazio ainda que ele esteja a transbordar?
Por onde vagueia agora o anti-vieirismo das horas más e das derrotas, sempre lesto e miseravelmente oportunista a pedir cabeças, a exigir sangue, a gritar insultos?

Significam as vitórias que tudo está bem porque acabou bem?
Nada disso, até porque somos Benfica e amanhã há tudo para ganhar de novo, como sempre.

Deixem-me, porém, dizer que se isto não é o Benfica, não sei que Benfica pretenderão alguns.


RC

E O VENCEDOR DA TAÇA É...JJ!


Se necessário fosse e se dúvidas ainda existissem, uma final da Taça pobrezinha e jogada a 10 à hora, encarregar-se-ia de o confirmar: o Benfica de Jorge Jesus (e de Vieira, se me permitem…) está claramente num patamar superior em relação ao ritmozinho do futebol português.

A bisonha final da Taça jogada entre uma equipa que não a soube ganhar e outra que dos generosos céus viu cair-lhe a sorte aos trambolhões, mostrou bem a realidade do futebol português: sem dinâmica nem ritmo, sem pujança física nem capacidade de pressão.

Qualquer semelhança entre este futebolzinho para entreter tristes e frustrados e o futebol avassalador que o Benfica tem demonstrado nas últimas épocas é, pois, pura coincidência, ou então mero exercício de demagogia para mentes desonestas.


Posto isto, deixemo-nos de detalhes e tratemos rapidamente de renovar com JJ: caro é o que não presta e não há tempo a perder.

RC

segunda-feira, 25 de maio de 2015

CANCELO: UM GRANDE NEGÓCIO


No futebol como na vida fazem-se por vezes maus negócios, fazem-se frequentemente os negócios possíveis e poucas vezes é possível fazer grandes negócios.

Atrever-me-ia a dizer que a venda de João Cancelo ao Valência por 15 milhões se enquadra nesta última categoria.
Mais: 15 milhões por um jogador como Cancelo talvez seja em termos relativos o melhor negócio da era Luis Filipe Vieira.

Confesso que João Cancelo nunca me entusiasmou por aí além: demasiado impetuoso e algo descoordenado a atacar, pouco rigoroso e desposicionado a defender, alguns tiques de vedeta.
O tipo de jogador que, decididamente, não agrada a Jesus.

Quinze milhões de euros serão sempre uma excelente venda, ainda que Cancelo venha a tornar-se no melhor defesa direito da Europa: trata-se de gerir recursos e não de acertar no Euromilhões às sextas à noite e sinceramente não creio que Cancelo seja um predestinado ou um génio que possa amanhã valer 30 ou 40 milhões.

É também disto que se trata quando falamos de formação e é com negócios como o de Cancelo que se mantém uma estrutura como o Caixa Futebol Campus.


RC



JONAS E O DESTINO






"E ele lhes disse: Levantai-me, e lançai-me ao mar, e o mar se vos aquietará; porque eu sei que por minha causa vos sobreveio esta grande tempestade.
(…)
E levantaram a Jonas, e o lançaram ao mar, e cessou o mar da sua fúria."
In Livro de Jonas
 

 
 
 
Não me recordo em que minuto foi. Nem sei se foi antes ou depois do quarto golo do Benfica. Sei que foi depois do golo “barbaramente” anulado. Jonas ficou no meio-campo, puxou as meias para baixo e ajeitou as caneleiras. A seguir massajou as pernas e fez um esgar de dor. Olhou para o céu e continuou a sua luta contra o destino.

Com ajuda dos seus dez colegas em campo, mais os sessenta mil na bancada, e provavelmente os outros milhões que acompanhavam na televisão ou ouviam na rádio, tentou vencer o mais intransponível adversário, o tempo. E correu, muito. Como se não tivesse dor, como se fosse possível.

Jonas não tem o ar atlético e artificial do menino Ronaldo, mas nunca lhe faltou velocidade para chegar primeiro que os defesas e marcar. Não tem também o virtuosismo gingão do génio Messi, contudo foram dele as jogadas mais talentosas que vimos no nosso campeonato. Quando remata, inclina-se para trás, ao contrário do que mandam as regras. Ao andar, diríamos estar perante um dançarino de tango, caso não fosse brasileiro. Ao correr, aparenta não saber para onde, mas surge nos lugares mais improváveis no campo, a cortar, a iniciar jogadas, a assistir e, claro, a marcar. Nada, no brasileiro, nos leva a pensar que estamos perante um grande jogador.

Não ganhou a bola de prata, não o deixaram. Como escreveram hoje, seria apenas a cereja. O melhor, o principal, foi o longo caminho percorrido em apenas dez meses, de dispensado a figura do Benfica, a figura do campeonato, a figura da época. O destino foi vencido.
 
 

 JL

domingo, 24 de maio de 2015

OUTROS TEMPOS, O MESMO CLUBE


“O primeiro confronto entre Sporting CP e SL Benfica ocorreu em 1 de dezembro de 1907(… ) Jogaram pelo Sporting oito jogadores que tinham abandonado o Sport Lisboa em troca de melhores condições, (…)  Aos 50 minutos, Corga empatou para o Sport Lisboa. Logo após, caiu uma chuva tão intensa que os jogadores do Sporting CP abandonaram o campo. Estes acabariam por voltar após insistência do árbitro inglês”.
In Wikipédia
 
“A segunda edição da Taça de Honra da Associação de Futebol de Lisboa foi ganha pelo Sporting em 1915, este foi declarado unanimemente como um "escândalo desportivo", o jogo disputou-se no dia 4 de Junho de 1915 no Estádio de Lisboa, propriedade de José Alvalade, (…) Aproveitando o facto de jogar a favor do vento, o Sporting chegou ao intervalo em vantagem (1-0) e no segundo tempo optou por fazer aquilo que hoje é costume designar-se por antijogo: passou o jogo a atirar bolas para a bancada e alguns dos seus jogadores entretiveram-se a rematar o esférico para fora de campo, mesmo depois de este ter saído das quatro linhas, retardando deste modo o recomeço do desafio. A atitude dos leões deixou o público em polvorosa e a consequente invasão de campo teve de ser resolvida com cargas de cavalaria. Mas o "escândalo" não ficou por aqui. Instados a abandonarem o terreno de jogo, os futebolistas encarnados permaneceram orgulhosos em campo.”
In Jornal Record 9 janeiro de 2000
 
"O Benfica venceu neste domingo a Taça de Portugal de hóquei em patins, ao bater o Sporting por 3-0 na final, que se jogou em Vila Franca de Xira. Com golos de Carlos Nicolia (24 e 48 minutos) e João Rodrigues (39), os encarnados juntaram a Taça ao título de campeões nacionais.
O encontro ficou marcado por uma troca de agressões entre jogadores de ambas as equipas no fim da primeira parte. No final, a equipa do Sporting recusou-se a entrar em campo para receber a medalha de finalista."
In Mais futebol, hoje
 
JL
 

sábado, 23 de maio de 2015

DEPOIS DA FESTA, A ENCRUZILHADA ?


Há uma merecida festa para viver e mais uma Taça para ganhar e por agora são essas as prioridades.

A Luz vai encher hoje (por onde andou toda esta mole benfiquista durante boa parte da época?...) e em Coimbra seguramente mais uma dose de colinho para a conquista da 6ª Taça da Liga, a tal que não interessa nada, dizem eles.

Depois, será a hora das grandes decisões e todas as interrogações são legítimas.

Entre saídas mais ou menos anunciadas por necessidades financeiras (Gaitán, Salvio…), mais ou menos inevitáveis em face do custo/rendimento (Ola John, Sulejmani) e as renovações que tardam até à exasperação (Maxi Pereira), temos uma bomba nas mãos: a renovação de JJ.

Se à saída de mais uma leva de jogadores, se juntar a saída do treinador que, reconheça-se, devolveu o Benfica ao Benfica, poderemos estar no limiar do regresso à estaca zero: corropio de jogadores, ausência de referências na equipa, experimentalismo.

Os cemitérios estão cheios de insubstituíveis?
Não sei.


Não duvido, porém, que alguns são muito mais difíceis de substituir do que outros.

RC

terça-feira, 19 de maio de 2015

LOW COST JÁ NÃO SERVE


Estou completamente à vontade. Fui dos que pedi a cabeça de Jorge Jesus após a fatídica estocada que foi a final do Jamor com o Vitória de Guimarães. A equipa a perder tudo em quinze dias, o treinador aos empurrões com um dos capitães em pleno relvado, a massa adepta enxovalhada. O presidente decidiu mantê-lo. Neste particular, ainda bem que ele é o Presidente e eu um simples sócio. Desde então, a nível nacional, o Benfica de Jesus foi só ganhar. Se excetuarmos a supertaça desse ano, que não disputou, sendo por isso uma impossibilidade, o primeiro título ou troféu que vamos perder, desde essa tarde no Jamor, provavelmente, vai ser a final da Taça de Portugal.  

Já aqui o escrevi que este é o campeonato com a marca mais forte do treinador. Não o vou repetir. Os sinais são muitos. A equipa está no ponto em que, por mais saídas e entradas que aconteçam, o prato com mais peso é o da equipa técnica. A estrutura que não entra no relvado tem uma importância como nunca teve nos últimos 30 anos de Benfica.

Jorge Jesus não é eterno e a sua substituição será o maior desafio dos próximos tempos. Nesta ou numa próxima época. É inevitável. Contudo, por tudo o que disse atrás, temos de ter todos bem presente o seguinte: atacar o tri, não será a mesma coisa, com ou sem Jesus. Não vamos querer luxo nas camisolas e um low cost no banco.
JL

segunda-feira, 18 de maio de 2015

A FESTA QUE NOS QUEREM NEGAR


No Benfica é assim: nada nos é dado, tudo é conquistado e arrancado com sangue suor e lágrimas.

Depois de um campeonato brilhantemente ganho contra toda a descrença e a maledicência do início de época, temos agora que lutar contra aqueles que tudo farão para reduzir a festa do título aos confrontos com a polícia.

Subitamente esqueceram-se os milhões investidos pelo Porto, o vergonhoso mau perder do ajoelhado Lopetegui, uma época mais de total fracasso da "estrutura perfeita".
Da liderança de Luisão, do profissionalismo e humildade de Jardel, da classe de Jonas, da tranquilidade de Julio César, da raça de Maxi já ninguém quer saber.

Um país que espontaneamente desceu à rua e recuperou ainda que por meras horas, a alegria que tantos lhe negam, corre o risco de ser ignorado. 


O que interessa agora é passar ad nauseam imagens de energúmenos a arremessar pedras e garrafas, falar de bares vandalizados e de casas de banho partidas como se uma festa linda, enorme e genuinamente popular a isso se tivesse limitado.


Vão ser assim os próximos dias e preparemo-nos para isso mesmo, não permitindo porém que a corja do costume entre maus perdedores e ressabiados crónicos se aproveite para ofuscar e beliscar uma vitória justa, brilhante, histórica e inequívoca.



RC





DOIS GIGANTES

Há fotos que ficam para a história. Esta é uma delas. Dois homens, dois capitães, de duas gerações de campeões. Dois colossos. Cada um à sua maneira, servem o Benfica como poucos. O Senhor mais velho é um exemplo, não só no clube, mas no desporto nacional. Faz o seu trabalho, com uma seriedade e humildade impar, como o fazia enquanto jogador. O nosso capitão atual já está, por mérito próprio, na história do nosso clube. Quem adivinharia tal desfecho quando, numa tarde quente de agosto, apareceu tímido no estádio nacional?

Aquele olhar cúmplice e ao mesmo tempo desafiante entre os dois, aquela força que a foto demonstra, a união que representa, é o Sport Lisboa e Benfica que queremos. Este campeonato tem muito disto. Tem essencialmente disto.  




JL 

sábado, 16 de maio de 2015

DOMINGO: TRÊS VITÓRIAS, TRÊS TÍTULOS

Amanhã o dia vai começar às 11 horas. Os iniciados recebem o Sporting no Seixal, em caso de vitória ou empate o título é nosso. Mais ou menos à mesma hora, os juvenis vão ao centro de estágio que a autarquia de Gaia ofereceu ao FCP. Em caso de vitória não somos campeões, mas considerando o calendário que falta, damos um salto de gigante. Ao fim da tarde, contra bruxos, charlatões, labregos bascos, regionalistas medíocres, bairristas ignorantes, fascistas exacerbados e uma multidão de vencidos da vida, vamos lutar e esperar que exista a chamada justiça divina. Mais uma semana disto e damos em loucos.

JL

quarta-feira, 13 de maio de 2015

CHAMPIONS: A QUIMERA ?


Para o universo benfiquista, a Champions tornou-se uma quimera.
Jesus nunca a encarou demasiado a sério seja por sabedoria, realismo ou mera precaução.
Os adeptos e sócios, esses fogem da Liga milionária como o diabo da cruz: a média de assistências dos 3 últimos jogos na Luz para a Champions foi algo entre o desolador e o vergonhoso.

Muitos sentiram mesmo uma espécie de secreto alivio com a precoce eliminação da Champions: qualquer coisa seria preferível a uma putativa goleada aos pés de um tubarão do futebol europeu.

Pois bem, a Juventus está na final de Berlim: essa mesma, a “vecchia e finita signora” (era isso, não era???) que há pouco mais de um ano eliminamos numa épica meia-final  da Liga Europa a que possivelmente nem nós benfiquistas demos o devido valor.

Para chegar à final de Berlim, a Juventus eliminou, por exemplo, o bisonho Mónaco do apagado Leonardo Jardim, tão somente a pior equipa do nosso grupo mas que, num desses caprichos em que o futebol é fértil, acabou em 1º lugar.

Tudo isto para dizer que seria bom que a final de Berlim nos fizesse reflectir: no futebol, nem sempre ganham os orçamentos galácticos e as equipas de petulantes novos-ricos que coleccionam estrelas como cromos da Panini.

Talvez tenha chegado o tempo de todos juntos decidirmos que Benfica pretendemos.
Ousar sonhar, se quiserem.
Ou isso ou resignarmo-nos definitivamente à Champions como quimera.

RC



segunda-feira, 11 de maio de 2015

A ARTE DA GUERRA


Triunfam aqueles que sabem quando lutar e quando esperar
Sun Tzu


Caso se concretize, a importância de vencer este campeonato terá uma dimensão maior que a sua conquista isolada proporcionaria. Ser bicampeão não é um verbo-de-encher. Pode ser a concretização do regresso à glória, que faz parte do ADN do Benfica. É importante escrever isto quando ainda não temos as mãos na taça. Segunda-feira, já podemos estar bêbedos de felicidade.  

Diz-nos a história que o Benfica só conseguiu ser grande na Europa depois de resolver os seus assuntos caseiros. Foi assim nos anos 60. Depois de arrumar o Sporting, clube cheio de dirigentes ligados às elites do regime, o Benfica sai da década de cinquenta preparado para enfrentar a Europa. Naturalmente que foi assim que o Porto conseguiu, desde anos oitenta, os seus sucessos fora de portas. Qualquer presença numa final, sem a suficiente estabilidade caseira é somente resultado de pontuais conjunturas favoráveis.

Por essa razão este campeonato era fundamental. Contudo, não foi uma linha reta. Júlio César e Jonas chegaram mesmo em cima do tiro da partida. E que importantes foram. Colecionou-se uma serie de erros de casting, desde Benito até Tiago ou bebé.  A equipa estava longe do equilíbrio e das opções da anterior. Até ao nível das lesões o panorama não foi um mar de rosas.

Acresce que o Benfica não jogou sozinho. O FCP reforçou-se como nunca, apresentando um plantel com vários elementos daquelas que sozinhos podem ganhar jogos. E apesar da asneirada que foi a contratação de um labrego para conduzir um carro de alta cilindrada, o FCP acaba o campeonato praticamente ombro a ombro com o Benfica. Se ganhar os próximos dois jogos faz 84 pontos.

Seria isto tudo possível com a passagem do Benfica aos oitavos de final da Liga dos Campeões? Teria a equipa sido capaz de se focalizar no jogo a jogo, de conseguir a concentração necessária para ter a dose elevada de pragmatismo que utilizou em vários momentos?   

Assim, devo dizer que tenho sérias dúvidas sobre o eventual acaso nos resultados da nossa participação na fase de grupos de Liga dos Campeões. Jesus sabe muito de futebol e certamente olhando para a nossa equipa, imaginou-a a jogar contra um Bayern, Barcelona ou Real Madrid e arrepiou-se. Talvez até tenha tentado a confortável Liga Europa. Mas o maior sentimento que sentiu foi de alívio após ser arredado do lago dos tubarões. Mais uns jogos na Europa e a história deste campeonato seria outra.
 

JL

domingo, 10 de maio de 2015

O RESISTENTE


No Benfica o voleibol é uma modalidade de resistentes. Nada lhes é oferecido, tudo tem de ser conquistado. Têm iniciado as épocas numa quase clandestinidade. Sem as promessas de amanhãs que cantam de outras modalidades. Contudo, com o decorrer das jornadas as cadeiras que rodeiam a ilha de cerca de uma vintena de adeptos vão progressivamente enchendo. E no final temos Benfica. Vencedor, imperioso e imparável. Numa palavra, entusiasmante.

Sabemos ainda que a modalidade a nível nacional não tem a exagerada projeção mediática do futsal, nem a inexplicável simpatia que os média destinam, por exemplo, ao andebol. Talvez por falta de equipamentos às riscas na quadra. Talvez porque a sul o Sport Lisboa e Benfica é autêntico um oásis.

Por tudo isto, este tricampeonato, que coincide com um triplete, tem um significado especial. Porque é o primeiro do nosso voleibol masculino e porque é concretizado na melhor época de sempre da modalidade. Tal como no futebol na época passada, faltou a taça europeia. Em ambos os casos a fortuna foi madrasta. A taça esteve quase nas nossas mãos.

De qualquer forma, o que fica para a história é que a partir de ontem, e durante muitos anos, quando ouvirmos as palavras Voleibol e Benfica, não nos limitaremos a recordar a gloriosa equipa das Marias. Teremos de referir também a equipa de Zelão, Roberto Reis e Hugo Gaspar. E memorar, como que gravado em pedra, o nome de José Jardim, como figura impar do clube. E acima de tudo um resistente.
 

JL

quarta-feira, 6 de maio de 2015

O FUTEBOL COMO UMA ENORME CHATICE



Esta época, no que diz respeito às competições nacionais de futebol, apenas está decidida a Supertaça. De resto, tudo em aberto: Campeonato para o Benfica ou FCP, Taça da Liga para o Benfica ou Marítimo e Taça de Portugal para o Sporting de Lisboa ou para o de Braga. Contudo, quem lê os jornais, parece que tudo acabou e entrámos em velocidade de cruzeiro no defeso e na época das aquisições. Para os jornalistas desportivos o futebol, jogado, incomoda, atrapalha. Então se não houver polémicas é uma enorme chatice. As jornadas são um intervalo entre as duas épocas de mercado. Talvez seja por isso que se tenta tanto vender a ideia de um campeonato com menos clubes.   

JL

domingo, 3 de maio de 2015

CORRERÃO AS CAPELAS TODAS...

Poucas vezes se terá assistido a uma tal coacção psicológica exercida publicamente sobre um árbitro.

Paineleiros, comentadores, escrevinhadores e até um pobre diabo basco com pretensões a treinador de sucesso, montaram a tenda e o circo, tentando condicionar Capela, inventando favores e benefícios passados, montando estatistiticas ridículas.
A tudo isto, treinador e equipa responderam com uma exibição arrasadora, plena de querer, convicção, autoridade e categoria.

Que voltarão à carga, não duvido. Ao desespero, soma-se agora o pavor perante um bicampeonato cada vez mais próximo, provável, justo.

À lenda de Capela, seguir-se-ão outras, forjadas e manipuladas por cortesãos miseráveis que continuam a rastejar perante um velho moribundo e cujo tempo está a chegar ao fim.

RC





ADIVINHEM QUEM VEM JOGAR


Hoje, para Jorge Jesus, tudo correu como gosta. Surpreendeu, venceu e massacrou. A chave da vitória esteve no sérvio Sulejmani. Depois de aberta a porta, foi um fartar. Quem esperava esta aposta? Quem esperava que o Sérvio estivesse tão bem e tão decisivo? O Benfica podia ganhar com o Talisca no lugar do Sulejmani? Podia, obviamente, mas não era a mesma coisa. Com os extremos argentinos a ficarem indisponíveis, Sulejmani é uma boa boia de salvação, muito mais robusta e mais em forma que o esquelético brasileiro. E assim o jogo do título passou a ser o próximo.
JL

sexta-feira, 1 de maio de 2015

A FOTO

Esta foto é da equipa tipo que arrecadou tudo o que foram títulos e taças nacionais em 2014. Destes, só se mantêm no Benfica quatro. Amanhã vão entrar em Barcelos, no jogo título, apenas três. Somente passou um ano e continuamos lideres, apesar da equipa ser praticamente outra. Raros fazedores de opinião refletem sobre isto.  

 



JL

DESESPERO E O MEDO


Se algum miúdo da primária vos perguntar o que quer dizer a palavra “desespero”, escusam de procurar na antiquada diciopédia ou mesmo folhear o grosso e completo dicionário da Porto editora. Basta o exemplo. E que melhor exemplo que a capa dos jornais dos últimos dias? É Capela, Capela, Capela. E não são só os acólitos do Barão do norte, exasperados pela fuga para a frente que resultou numa visão privilegiada sobre o abismo, são também as carpideiras do Lumiar, que bêbados pelo sucesso na Taça Cers, choram tragédias alheias. A única diferença é que o fazem de forma gratuita, alimentados somente pelo ódio e pela inveja.  

Por isto tudo, amanhã é o jogo do título. Sim, do título, mesmo sendo contra o penúltimo. Somos muito europeus durante a semana, jogamos contra alemães e franceses, gente fina e educada, mas ao fim-de-semana, por vezes, isto parece um campeonato africano. Onde mais seria permitida esta pressão sobre uma equipa de arbitragem? Sem o repúdio generalizado da opinião pública e sem qualquer castigo por quem organizada a competição? Só mesmo no país das visitas noturnas de árbitros a casas de dirigentes.

Pinto da Costa está acossado. Está num beco e vai escolher a espada. O FCP está à beira de perder hegemonia. Logo no ano em que investiu cegamente. Contudo, nós temos medo. Como um gato escaldado de anos e anos de golpadas. Porque no país das visitas noturnas de árbitros a casas de dirigentes tudo pode acontecer, a chave do sucesso em Barcelos é a coragem. Temos de vencer o medo para que eles não vençam o desespero.


JL