Para o universo benfiquista, a
Champions tornou-se uma quimera.
Jesus nunca a encarou demasiado a sério seja por sabedoria, realismo ou mera
precaução.
Os adeptos e sócios, esses fogem
da Liga milionária como o diabo da cruz: a média de assistências dos 3 últimos
jogos na Luz para a Champions foi algo entre o desolador e o vergonhoso.
Muitos sentiram mesmo uma espécie
de secreto alivio com a precoce eliminação da Champions: qualquer coisa seria
preferível a uma putativa goleada aos pés de um tubarão do futebol europeu.
Pois bem, a Juventus está na
final de Berlim: essa mesma, a “vecchia e finita signora” (era isso, não
era???) que há pouco mais de um ano eliminamos numa épica meia-final da Liga Europa a que possivelmente nem nós benfiquistas
demos o devido valor.
Para chegar à final de Berlim, a
Juventus eliminou, por exemplo, o bisonho Mónaco do apagado Leonardo Jardim,
tão somente a pior equipa do nosso grupo mas que, num desses caprichos em que o
futebol é fértil, acabou em 1º lugar.
Tudo isto para dizer que seria bom
que a final de Berlim nos fizesse reflectir: no futebol, nem sempre ganham os
orçamentos galácticos e as equipas de petulantes novos-ricos que coleccionam
estrelas como cromos da Panini.
Talvez tenha chegado o tempo de todos
juntos decidirmos que Benfica pretendemos.
Ousar sonhar, se quiserem.
Ou isso ou resignarmo-nos
definitivamente à Champions como quimera.
RC
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