N

Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


terça-feira, 27 de janeiro de 2015

FEBRE AMARELA

E de um momento para o outro, o Paços de Ferreira, a quem emprestamos jogadores da equipa B, transforma-se num Real Madrid ou num Barcelona. Intransponível, poderoso e, por vezes, até dominador. A nossa cabeça fez desta modesta equipa um cabo das tormentas e lá se foi a boa esperança ao fim de mais de oitenta jogos a marcar para o campeonato. 

Entrámos amorfos, desperdiçámos as poucas oportunidades que tivemos e, começa a ser um clássico, o Jorge Jesus trocou-se todo no Banco. A meio da segunda parte já sabíamos que não ganhávamos o jogo e o treinador não soube segurar o mal menor. Claro que a culpa não é dele (nunca é), nem das disparatadas substituições, muito menos do deserto que é o meio campo encarnado, mas sim da falta de experiência da equipa.

Uma derrota é sempre mau, contudo esta é terrível. Desmoralizadora. Pela massa adepta que entusiasticamente encheu a Mata Real, pela estocada que dávamos ao rival, pela distancia pontual com que entrávamos em Alvalade. Faltou experiência e sagacidade à estrutura do Benfica. 

Este jogo fez-me lembrar o do Estoril de há dois anos. Tínhamos tudo para ser felizes e arranjámos forma de perder o campeonato. A boa noticia é que falta ainda muito jogo. A má notícia é que com exibições destas, temo que seja campeonato a mais para nós.

JL

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A DERROTA


Esta é uma derrota inapelável, daquelas que nos levam a alma e nos deixam de rastos.

Dos valores, dos princípios, do respeito.

Não o que devemos a quem o não merece mas sim aquele que devemos a nós mesmos e à nossa história, ao esforço tantas vezes ultrajado dos nossos jogadores, à revolta justa e legitima de todos nós.

Há coisas que não se fazem, há locais que não se frequentam, há eventos que mais não merecem do que o nosso desprezo, a nossa ausência.

Não me revejo absolutamente nada no habitual folclore trauliteiro e demagógico do anti-vieirismo, mas ver o presidente do Benfica aos abraços com esta espécie de javardo, é para mim o pior momento dos mandatos de Luis Filipe Vieira.

As inequívocas responsabilidades institucionais do Benfica não passam, seguramente, por isto.

Caso contrário, doravante ninguém nos respeitará nem levará a sério cada grito de revolta após uma qualquer arbitragem “à Proença”.


 



RC

CHEIRO A MOFO


Aquela entrevista do Pinto da Costa, rodeado de microfones, a repetir as mesmas palavras até à exaustão. Todos caladinhos. Com respeitinho. Sem contrarresposta. Um dirigente do Porto a invadir o relvado, a ameaçar um árbitro, a ser retirado pela polícia…a ser retirado pela polícia? Afinal não é o canal memória. Pouco, mas algo mudou. 

JL

PS1: Só vi o resumo, mas não vi grande justificação para aquele carnaval.

PS2: Comparar com o que fez ontem o dirigente do Porto e o que fez o Jesus no ano passado em defesa de um adepto. 

PS3: Tão fácil a vitória do Benfica em Moreira de Cónegos com segundas linhas. Mais importante, por mérito próprio e não por desmérito do adversário.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

A FRIO, SOBRE A VENDA DE BERNARDO SILVA


Já passaram algumas horas, quase um dia completo, e a única coisa que temos sobre o assunto é um comunicado da SLB, SAD., exíguo em palavras, divulgado perto da meia – noite, quando já quase todo o país dormia. Pode não querer dizer nada, mas…

A venda de Bernardo Silva por quinze milhões não é um bom negócio. Como o do André Gomes não o foi, como não foi a venda do Ronaldo pelo Sporting, ainda em tenra idade. Foi talvez, e com alguma generosidade, o negócio possível. 

O que determina se um negócio é benéfico é o cálculo entre valor atual e o valor potencial, no futuro. Aqui entra, obviamente, alguma carga de incerteza. Mas uma coisa é certa, não sei se daqui a dois ou três anos Bernardo Silva vale muito mais do que 15 milhões, contudo, tenho a certeza, salvo alguma lesão grave, que no futuro próximo, o jogador não vai valer menos que os 15 milhões. 

Assim, a nível financeiro, a venda só tem alguma vantagem para o clube à luz de uma eventual asfixia financeira. Só largamos ativos destes, cujo valor vai manter-se por um tempo significativo quando precisamos de liquidez com alguma urgência. É dos livros. 

Se for esse o caso, há uma distância enorme entre o Benfica precisar de dinheiro e não querer ver isso escarrapachado na praça pública e Domingos Soares de Oliveira e o Presidente passarem o tempo a garantirem que não precisamos de vender jogadores, que a situação do clube é invejável, que o passivo não interessa. A primeira chama-se dourar a pilula, a segunda chama-se mentir.

Acreditando que não é isto que se passa e que a venda do Bernardo foi um ato de gestão normal, sem pressão alguma de tesouraria, ficamos sem perceber o que levou o Benfica a desfazer-se de um ativo que não vai desvalorizar-se tão cedo. E não me venham falar da rigidez tática do treinador atual e que o bernardo não tem lugar do Benfica pela forma como a equipa joga. Isso pode justificar um empréstimo, nunca uma venda. 

Recordo que no ano passado, depois de umas declarações de Jorge Jesus, Bernardo Silva escreveu na sua página de Facebook: "Nasceremos mais 9 vezes se for preciso, ninguém nos rouba o sonho de uma vida". Jorge Jesus até tinha alguma razão no que queria dizer, mas, para variar, trocou-se todo e saiu disparate. O jovem jogador devia ter estado calado, não esteve. Azar, o Jorge não é Charlie. Como tenho a sensação que não vai ser Charlie com o promissor Raphael Guzzo, que disse a propósito da compra do alemão Mukhtar: "Porquê apostar em estrangeiros se os portugueses que temos cá também são bons."

No meio disto tudo, temos um Luis Filipe Vieira que fala em meis palavras: “O jogador vai voltar”, “tem para lá umas cláusulas”, finalizando sempre com o clássico: “sabem lá como encontrámos isto”. Contudo, apesar destas condicionantes todas, gostava que explicasse, de forma clara, como vende a maior promessa que alguma vez saiu do Seixal por uns míseros quinze milhões e como ao mesmo tempo vai querer uma equipa baseada na formação, sem se atrapalhar e sem voltar a falar da posição financeiramente invejável do Benfica. É pedir muito?


JL

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A BOA E A MÁ NOTÍCIA

A boa: este cavalheiro nunca mais vai arbitrar um jogo. Pelo menos a sério. Arbitrar, na verdadeira acepção da palavra, nunca arbitrou. O que fazia era gerir uma carreira baseada em fraudes desportivas, mais ou menos visíveis, aproveitando a onda camorriana que varreu o nosso futebol, desde meados dos oitenta, iniciada pelo pouco saudoso Pedroto e pelo ainda vivo da Costa. 

A má: diz que tem intenção de andar por aí, talvez num chorudo cargo de dirigente. Mesmo sem uma influencia tão directa, é preocupante. Quantos campeonatos vamos ainda deixar de ganhar pela sua acção? 



JL

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

PASSADO, MORTO E ENTERRADO

Há uns dias assomou nas redes sociais, primeiro amiúde e depois em grandes parangonas, que o menino Ronaldo tinha sido considerado o jogador do século. Resolvida a questão da bola de ouro e da estátua, parecia finalmente o culminar, com sucesso, da demanda doentia do jovem jogador pela justiça mediática, ou seja divina, no que diz respeito ao reconhecimento público. Podia enfim sossegar o homem e seus ilustres familiares e amigos e, por consequência, deixar-nos a nós um pouco sossegados e em paz. 

Contudo, fiquei a pensar no termo: “Jogador do século?”, mas que século? O século começou há pouco mais de quinze anos e no anterior o Ronaldinho da Madeira ainda nem aparecia nestes comboios (talvez em outros). Daí a curiosidade, daí tentar informar-me, daí ter chegado à conclusão que aparentemente existe um século da Federação Portuguesa de Futebol, algo ultrapassa a lógica dos calendários juliano e gregoriano. Uma coisa nova, tuga.

Curioso é que a Federação Portuguesa de Futebol chegou à conclusão que a sua história é tão pobre, mas mesmo tão pobre, que em 100 anos de existência os melhores jogadores, treinadores, jogadores de futsal, árbitros, só foram dignos de relevância na última década. Os outros andaram entre a olímpica ignorância e o prémiozinho de ocasião.

É estranho, porque a melhor classificação de sempre de uma seleção nossa num campeonato do Mundo foi nos anos 60. A única equipa que consta na lista das equipas míticas é o Benfica dos mesmos anos 60. E foi no século passado, nomeadamente nos anos 50 (Benfica), 60 (Benfica e Sporting) e 80 (FCPorto) que houve os maiores sucessos internacionais, a nível de clubes.

Entretanto, chamaram-me a atenção que tão inopinada lista tinha resultado da “votação do público”. Uma espécie de casa dos segredos. A “votação do público”, essa entidade inclassificável, obviamente que não viveu os últimos 100 anos, nem, muito provavelmente os últimos 50 anos. Provavelmente nunca viram um jogo a preto e branco, provavelmente nunca sentaram a peida em cimento molhado.  Então, que valor tem esta votação? Que sentido faz perguntar em 2015 a uma criança de oito anos quais foram os melhores desenhos animados de sempre.

Bem, lá se fez uma festa no Estoril, como nos saudosos tempos, e conviveu-se com o Platini. Croquetes, abraços e sorrisos. Devem ter conseguido uns patrocínios. Capas de jornais e muito texto de rodapé. Tudo muito provinciano. Até o professor Marcelo apareceu. O regime está saudável, gordo e bem alimentado e a vida corre bem ao Mendes.  

JL

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

SAI XISTRADA?




Andaram semanas e semanas a alimentar uma mentira. O andor e o colinho foram repetidos à exaustão, numa coreografia verbal de fazer inveja aos desfiles norte coreanos. Os árbitros até erravam ao acertar. E diziam isto sem se rir, de cara séria. A cama esta bem-feita.Contudo, o Benfica não se tem deitado nela.

Mesmo com a saída de mais de metade dos titulares campeões e com meia equipa no estaleiro, o Benfica continua a ganhar. E por vezes até joga. E não perde pontos. Em Braga foi espoliado, contra o Sporting foi suicídio do Artur. De resto, um percurso imaculado. Esse é um problema enorme, colossal, especialmente para quem investiu o que tinha e o que não tinha para ser campeão. 

Depois do jogo de sábado estourou o alarme. Se desfalcados jogam assim, imaginem em março. Com o Proença e o Olegário em fim de prazo, poucos restam ao sistema antigo. Só a bomba atómica. No domingo vai ser um jogo à Carlos Xistra. Preparem-se. 

JL

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

PELA ESTRADA FORA



Nem foi necessário pôr os patins, o Benfica dominou a seu belo prazer o nacional de estrada. A estrada tem, para o Glorioso, um significado especial. Porque foi também na estrada, em cima de uma bicicleta, que nos tornámos o maior de Portugal. Foi igualmente na estrada que fomos pentacampeões europeus de atletismo. Contudo, o que nos mostrou este fim-de-semana, e já agora, como em todas as semanas durante os últimos 110 anos, é que só existe uma potência que se pode intitular como tal neste pequeno país. Na estrada, no ringue, no relvado e até no Dakar, o Benfica tem uma força incomparável. Mas onde é realmente imbatível é na bancada. Os últimos minutos do jogo de futsal em Gaia foram, no mínimo, arrebatadores. Com uma paixão e uma força destas, só uma estrada com muitos buracos nos pode despistar.


Ontem:















(fotos do blog em defesa do Benfica) 


JL

domingo, 11 de janeiro de 2015

GUERRA NORTE-SUL, ESSE MITO


Estádio da Luz, ontem: sobretudo a partir do 2º golo, os adeptos do Vitória têm como único objectivo insultar o Benfica e os seus adeptos, desinteressando-se completamente da sua equipa e do jogo.

Estádio AXA, hoje: não vi, obviamente, o jogo, mas não tenho qualquer dúvida de que o Braga agressivo para além dos limites, cheio de raiva e ódio que nos derrotou há umas quantas jornadas, nada teve a ver com a equipa que hoje foi derrotada com um golo marcado por um matraquilho com nome de boneco animado.

Regionalismo exacerbado, guerra contra Lisboa, divisão Norte-Sul?
Mitos alimentados durante 30 anos, esqueçam-nos.

O futebol português vive apenas de dois factos: a paixão que temos pelo Benfica e o ódio que todos os outros nos têm.

Daí um campeonato desprestigiado e desinteressante, os estádios vazios, os jogos sem qualidade: amorfos, sem público, nem futebol.
Infelizmente para nós e para eles o Benfica joga apenas uma vez por estádio e por jornada.


Ignorar isto, é continuar a alimentar uma ficção chamada campeonato português, alimentada a ódio, inveja, mesquinhez e despeito em relação ao Benfica.


RC



quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

A MAIOR POTÊNCIA DESPORTIVA - 3ª PARTE


Campeonatos Nacionais:
Benfica – 33
Sporting – 18

Taças de Portugal:
Benfica – 25
Sporting – 19

Taças da Liga:
Benfica – 5
Sporting – 0

Supertaças:
Benfica – 5
Sporting – 7

Taça de honra da AFL
Benfica – 18
Sporting – 13

Taças europeias:
Benfica – 3
Sporting – 1

Finais europeias:
Benfica – 12
Sporting – 3

Campeonatos de Juniores:
Benfica – 23
Sporting – 16

Campeonatos de Juvenis:
Benfica – 16
Sporting – 11

Campeonatos de iniciados:
Benfica – 8
Sporting – 11


JL

SÁBADO, NÃO PODEMOS FALTAR


JL

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

A MAIOR POTÊNCIA DESPORTIVA - 2ª PARTE




Futsal
1º Benfica - 46 pontos   
3º Sporting – 39 pontos

Hóquei em patins
1º Benfica - 37 pontos   
3º Sporting – 28 pontos

Voleibol
2º Benfica - 34 pontos
Sporting (não tem)    

Basquetebol
1º Benfica - 17 pontos   
Sporting (não tem)
    
Andebol
3º Sporting - 39 pontos   
4º Benfica – 38 pontos

Râguebi
3º Benfica - 30 pontos   
4º Sporting – 24 pontos


JL