Se algum miúdo da primária vos
perguntar o que quer dizer a palavra “desespero”, escusam de procurar na antiquada
diciopédia ou mesmo folhear o grosso e completo dicionário da Porto editora. Basta
o exemplo. E que melhor exemplo que a capa dos jornais dos últimos dias? É Capela,
Capela, Capela. E não são só os acólitos do Barão do norte, exasperados pela
fuga para a frente que resultou numa visão privilegiada sobre o abismo, são também
as carpideiras do Lumiar, que bêbados pelo sucesso na Taça Cers, choram tragédias
alheias. A única diferença é que o fazem de forma gratuita, alimentados somente
pelo ódio e pela inveja.
Por isto tudo, amanhã é o jogo do
título. Sim, do título, mesmo sendo contra o penúltimo. Somos muito europeus
durante a semana, jogamos contra alemães e franceses, gente fina e educada, mas
ao fim-de-semana, por vezes, isto parece um campeonato africano. Onde mais
seria permitida esta pressão sobre uma equipa de arbitragem? Sem o repúdio
generalizado da opinião pública e sem qualquer castigo por quem organizada a competição?
Só mesmo no país das visitas noturnas de árbitros a casas de dirigentes.
Pinto da Costa está acossado.
Está num beco e vai escolher a espada. O FCP está à beira de perder hegemonia.
Logo no ano em que investiu cegamente. Contudo, nós temos medo. Como um gato escaldado
de anos e anos de golpadas. Porque no país das visitas noturnas de árbitros a
casas de dirigentes tudo pode acontecer, a chave do sucesso em Barcelos é a
coragem. Temos de vencer o medo para que eles não vençam o desespero.
JL
NAO PODIA ESTAR MAIS DE ACORDO
ResponderEliminarAté o Mota recebeu telefonemas da Austrália e de França e das Antas não recebeu?
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