Leio por aí que na Dinamarca, mais concretamente em Brondby e depois
de um jogo algo enfadonho, um casal foi surpreendido a fazer sexo em
pleno relvado.
Por cá e depois de um jogo com final feliz (finalmente!), nós andamos
alegremente entretidos a inventar problemas, tentando crucificar o
nosso capitão.
Será por estas e por outras que os dinamarqueses são considerados o povo mais feliz do mundo e nós não passamos da cepa torta.
Leio também algures que Lisandro Lopez, ex-avançado do Porto, ao sair
do Lyon para o Qatar, confessa a sua paixão pelo clube francês: “Nunca
amei tanto um clube”, é o que diz taxativamente o avançado argentino.
Infelizmente para nós, Lisandro ganhou que se fartou no Porto, muito mais, obviamente do que no Lyon.
O que é, no mínimo, curioso é que um clube tão ganhador e uma
estrutura tão elogiada não aticem paixões, nem deixem saudades a
ninguém.
Ora aí está o árbitro do derby: Hugo Miguel de sua graça.
A excelente actuação no Paços de Ferreira-Porto da época passada, começa a dar os seus frutos.
O inigualável empresário de Cardozo volta á carga: “Preferíamos que Cardozo tivesse saído”, diz a personagem.
Muito a sério, agora: o carácter e a personalidade de um jogador revelam-se também nestes pormenores.
Quem tem um traste destes como empresário, permitindo-lhe que,
constantemente, fale em seu nome, tem de fazer escolhas: ou o traste ou o
Benfica.
Para lá de todas as paixões e ódios que desencadeia, o futebol consegue ainda e sempre surpreender-nos.
Quantas vezes uma simples foto captada no momento certo não nos leva às lágrimas?
Eis um desses momentos:
A cena de um ternurento e compungido Raul Meireles a dar a mão a
Bruno Alves enquanto este é suturado após uma cotovelada certamente
maldosa de um adversário, é certamente umas das imagens mais comoventes e
mais poderosas a que qualquer um de nós assistiu: uma espécie de
“Pietà” do pontapé na bola.
RC
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