Chamar sorteio a este ato determinativo
com tantos condicionalismos é ser simpático. Se no caso dos clubes madeirenses,
pelas condicionantes geográficas e estruturais, se compreende que seria
complicado ter, por hipótese, os três grandes a jogar mesmo tempo na ilha da Madeira,
não me parece aceitável, nem desportivamente legítimo, que as datas dos jogos entre
os três habituais candidatos ao título sejam tão “escolhidas”.
De qualquer forma, lá se fez o
sorteio e mais uma vez a sorte não nos sorriu. Começa a ser sina. Eu sei que
depois da bola rolar, os jogos à partida seriam uma tragédia, tornam-se fáceis e
jogos que à primeira vista seriam um passeio, tornam-se um cabo das tormentas.
O Benfica tem um início de
campeonato demasiado caseiro. Três jogos em casa em quatro. Segue-se o FCP no
dragão. Em tempo de concentração desportiva ainda em crescimento, há a vantagem
de ficarmos logo despachados de um jogo que não costuma ser nada agradável. O mesmo
acontece com a ida a Guimarães e a Braga. Deslocações chatas, até para quem acompanha
a equipa. Este é o aspeto positivo do calendário. O difícil no início.
Pior será em janeiro de 2016. O ano
inicia com a deslocação a Guimarães. Depois de 10 de janeiro a 7 de fevereiro
temos um jogo em casa e quatro fora (Nacional, Estoril, Moreirense e
Belenenses). Por “sorte” dois deles são na grande Lisboa. Logo a seguir
recebemos o Porto e vamos a Paço de Ferreira. Resumindo, cinco jogos fora em
sete, com um dos jogos em casa ser contra o Porto.
Janeiro é o mês do segundo
defeso. No final de dezembro costuma jogar-se a taça da liga. Mas o mais
interessante é que entre o tal jogo em casa com o FCP e a ida a Paços de
Ferreira temos a primeira mão dos oitavos de final da liga dos campeões. O
melhor que nos pode acontecer é ter um janeiro e fevereiro cheio de
preocupações.
JL
Sem comentários:
Enviar um comentário