Lampedusa no seu il gattopardo,
que o genial Visconti adaptou a cinema, deixou a frase mítica “É
preciso que alguma
coisa mude, para que tudo fique na
mesma". O onze que Rui Vitória tem feito entrar em campo, com os pequenos
ajustes devido às lesões, tem resultado com os Moreirenses e Belenenses desta
vida.
Hoje temos o FCPorto que vem a necessitar apenas de
um resultado, a vitória. Graças à sucessão recente de vitórias, encaramos este
jogo com alguma margem de erro. Contudo,
se o FCP faz uma prova de vida, nós fazemos uma prova de força, ou seja, em
caso de derrota colocamos em causa a nossa robustez em jogos a doer. E na terça
não podemos entrar com dúvidas sobre nosso valor.
O que vou escrever é discutível e
pouco popular, mas logo à noite, depois do jogo, vai ser facílimo dizer como a
equipa devia de ter jogado. Com o risco de ter de reforçar o ataque no decorrer
da contenta, hoje apostava de início no reforço de meio-campo. Com apenas um
ponta-de-lança, que seria o Jonas, colocava Pizzi, Gaitan e Carcela à frente do
trinco. Defendo que, sem mudar a forma de jogar, as receitas têm de ser
diferentes, conforme o adversário.
JL
E o Renato? ficaria no banco? E Jonas, sozinho não rende.
ResponderEliminarEmbora concorde que o controle do meio-campo será fundamental.
Prefiro que não se invente muito (como costumava fazer o "cérebro") e que o Jonas recue um pouco para apoiar o meio-campo.
Mas isto somos nós, treinadores de bancada. Vitória saberá o que fazer.
Renato ao lado do Gaitan ao centro. A titularidade do Renato não se coloca em causa
EliminarPermita-me discordar em absoluto. Por 3 razões fundamentais:
ResponderEliminar1. Tendo em conta a superioridade emocional sobre os azuis-e-brancos, esse "recuo táctico" seria um bálsamo de confiança que oferecíamos de mão beijada. A meia hora do início, sabidos os onze oficias, não tenho dúvida que a notícia de que o Benfica ia jogar só com um avançado seria entendida no balneário do Porto como "afinal quem está com medo são eles".
2. Ou Danilo ou um junior. Um deles será o central a fazer dupla com Indi. Ou seja, uma dupla de centrais sem qualquer rotina. Esta falta de rotina nota-se sobretudo em duas situações: controlo da linha de fora de jogo e compensações. Se em relação à exploração da linha de fora de jogo o número de avançados não tem impacto directo, já nas compensações a presença de dois homens a progredir em tabelas pelo centro tem, teoricamente, muitas mais hipóteses de sucesso.
3. Mitroglou marca há 5 jogos consecutivos. Está na melhor forma desde que chegou ao Benfica, está leve e confiante. Entende-se cada vez melhor com Jonas. E o brasileiro, por seu turno, desce a pique de produção quando joga como homem mais avançado, simplesmente porque não é aquele o seu "verdadeiro" lugar. Destruir esta sociedade era deitar fora a eficácia que tem valido goleadas atrás de goleadas, afinal a grande força do actual Benfica.
Filipe
Em equipa que ganha não se mexe!
ResponderEliminarViva o Benfica!
Agora é fácil vir falar. Mas foi no meio campo...
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