Ufa, finalmente chegou ao fim, em Janeiro temos mais. Um dia
repleto de informação, contra-informação, desinformação, boatos, rumores, quase
certezas e até mentiras. Do Benfica, clube de milhões de adeptos, que paga a
dezenas de funcionários de um suposto gabinete de comunicação, tudo o que fez
para gerir a ansiedade dos adeptos foi um lacónico comunicado à CMVM ao fim da
noite.
Na quinta-feira à noite a equipa tinha extremos e avançados a
mais e jogadores com vocação defensiva a menos. Saldo final de um dia de
negociações: vem mais um avançado, temos menos um jogador com capacidade defensiva.
Sejamos sinceros, não tem muita lógica.
E Javi Garcia não era apenas isto. Era um jogador que equilibrava
a equipa. Um jogador que para o clube valia mais do que ter 20 milhões em caixa.
Vender o Javi muito abaixo da cláusula de rescisão, no último dia do mercado e
sem acautelar um substituto, não é forma de trabalhar. Se tivesse sido há 3 semanas
atrás e o Benfica tivesse já assegurado um substituto jovem e promissor, com um
nível qualitativo aproximado, podia-se aceitar o negócio considerando que ainda
ficámos com 50% do passe. Mas assim não.
Veio o Lima por Michel. Visto assim tudo bem. Mas também foram
4,5 milhões de euros. Um jogador com grande qualidade, mas com 29 anos. Contudo
não necessitávamos, como não necessitávamos do Olá John. Sempre foram 12,5
milhões. Investidos noutros sectores do plantel, podíamos encarar o campeonato
com outro optimismo.
Continuamos a não conseguir contratar um defesa-esquerdo. Como
disse aqui, se fosse o Sílvio era mel, mas o que esperava o Benfica em apenas
começar a negociar no último dia. Sílvio, jogador português, penso que até internacional,
formado no Benfica, polivalente, deveria ter sido uma das prioridades.
Ainda se ventilou a possibilidade da troca com o Nolito, um
dos jogadores mais estimulantes do Glorioso. Enquanto isto o Gaitan e o Bruno César
dormiam descansados, embalados pela mão do Jesus.
Um crime não se ter inscrito o Sidnei, Urreta e o Shaffer
(olha um Defesa-esquerdo), mesmo que tenha sido por imposição regulamentar (número
de estrangeiros). Com tempo, o Benfica devia ter arranjado uma situação consentânea
com a sua matriz e mais dignificante para ambas as partes.
JL
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