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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


sábado, 1 de setembro de 2012

UM DIA DIFÍCIL


Ufa, finalmente chegou ao fim, em Janeiro temos mais. Um dia repleto de informação, contra-informação, desinformação, boatos, rumores, quase certezas e até mentiras. Do Benfica, clube de milhões de adeptos, que paga a dezenas de funcionários de um suposto gabinete de comunicação, tudo o que fez para gerir a ansiedade dos adeptos foi um lacónico comunicado à CMVM ao fim da noite.  
Na quinta-feira à noite a equipa tinha extremos e avançados a mais e jogadores com vocação defensiva a menos. Saldo final de um dia de negociações: vem mais um avançado, temos menos um jogador com capacidade defensiva. Sejamos sinceros, não tem muita lógica.
E Javi Garcia não era apenas isto. Era um jogador que equilibrava a equipa. Um jogador que para o clube valia mais do que ter 20 milhões em caixa. Vender o Javi muito abaixo da cláusula de rescisão, no último dia do mercado e sem acautelar um substituto, não é forma de trabalhar. Se tivesse sido há 3 semanas atrás e o Benfica tivesse já assegurado um substituto jovem e promissor, com um nível qualitativo aproximado, podia-se aceitar o negócio considerando que ainda ficámos com 50% do passe. Mas assim não.  
Veio o Lima por Michel. Visto assim tudo bem. Mas também foram 4,5 milhões de euros. Um jogador com grande qualidade, mas com 29 anos. Contudo não necessitávamos, como não necessitávamos do Olá John. Sempre foram 12,5 milhões. Investidos noutros sectores do plantel, podíamos encarar o campeonato com outro optimismo.
Continuamos a não conseguir contratar um defesa-esquerdo. Como disse aqui, se fosse o Sílvio era mel, mas o que esperava o Benfica em apenas começar a negociar no último dia. Sílvio, jogador português, penso que até internacional, formado no Benfica, polivalente, deveria ter sido uma das prioridades.
Ainda se ventilou a possibilidade da troca com o Nolito, um dos jogadores mais estimulantes do Glorioso. Enquanto isto o Gaitan e o Bruno César dormiam descansados, embalados pela mão do Jesus.
Um crime não se ter inscrito o Sidnei, Urreta e o Shaffer (olha um Defesa-esquerdo), mesmo que tenha sido por imposição regulamentar (número de estrangeiros). Com tempo, o Benfica devia ter arranjado uma situação consentânea com a sua matriz e mais dignificante para ambas as partes.  
JL

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