Esta foi a noite em que ficou demonstrado que um Benfica em
versão aparentemente contra-natura,
com pouca inspiração e escassa dinâmica ofensiva, pode perfeitamente bastar para
empatar com um sportém veneradamente levado ao colo pela comunicação social e,
como tal, em níveis máximos de empenho, motivação e rigor táctico.
Uma noite, pois, alla Trap: “quando não se pode ganhar,
empata-se”.
É apenas disto que se
trata quando em causa estão jogos, pontos, títulos.
Esta foi, também, a noite de Jardel, o eterno mal-amado de
serviço entre uma larguíssima franja de sócios do Benfica.
Aos que o acusam de ser tosco, de não ser Garay(!), de não ter qualidade para
jogar no Benfica, Jardel responde com trabalho, dedicação, profissionalismo: de
cabeça ligada se assim tiver que ser, de máscara jogos a fio, a despachar para
a bancada se for essa a melhor solução.
E com golos, por vezes, como o de hoje, que não calou apenas
aqueles pobres tristes que cantavam olés em jeito de ejaculação precoce.
E claro, esta foi também e, obviamente, a noite em que Artur
Morais fez a maior defesa da sua vida, ao passar, como disse “ de cabeça
erguida e de forma honesta” diante de uma cáfila de pulhas e cobardes sem
dignidade nem formação, que durante uma semana promoveram a mais suja e ignóbil
campanha de desestabilização a um jogador de que há memória no jornalismo (?) desportivo português,
E é também destes heróis que se fazem os campeões.
RC
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