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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

A NOITE DOS HERÓIS IMPROVÁVEIS


Esta foi a noite em que ficou demonstrado que um Benfica em versão aparentemente contra-natura, com pouca inspiração e escassa dinâmica ofensiva, pode perfeitamente bastar para empatar com um sportém veneradamente levado ao colo pela comunicação social e, como tal, em níveis máximos de empenho, motivação e rigor táctico.
Uma noite, pois, alla Trap: “quando não se pode ganhar, empata-se”.
É apenas disto que se trata quando em causa estão jogos, pontos, títulos.

Esta foi, também, a noite de Jardel, o eterno mal-amado de serviço entre uma larguíssima franja de sócios do Benfica.
Aos que o acusam de ser tosco, de não ser Garay(!), de não ter qualidade para jogar no Benfica, Jardel responde com trabalho, dedicação, profissionalismo: de cabeça ligada se assim tiver que ser, de máscara jogos a fio, a despachar para a bancada se for essa a melhor solução.

E com golos, por vezes, como o de hoje, que não calou apenas aqueles pobres tristes que cantavam olés em jeito de ejaculação precoce.

E claro, esta foi também e, obviamente, a noite em que Artur Morais fez a maior defesa da sua vida, ao passar, como disse “ de cabeça erguida e de forma honesta” diante de uma cáfila de pulhas e cobardes sem dignidade nem formação, que durante uma semana promoveram a mais suja e ignóbil campanha de desestabilização a um jogador de que há memória no jornalismo (?) desportivo português,


E é também destes heróis que se fazem os campeões.


RC 

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