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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

QUATRO PROBLEMAS OU QUATRO SOLUÇÕES ?


É dos livros e da história do Benfica: cada vez que algo corre menos bem, cada um de nós tem um coelho para sacar da cartola, um salvador da pátria, um Santo Graal para tudo curar.
Não é, porém, disso que se trata, mas apenas de abrirmos ao debate a situação de quatro jogadores do Benfica que num plantel algo “curto” poderiam acrescentar um pouco de qualidade.

Poderiam. Ou não.

Não esqueçamos nunca que é o treinador quem decide e sobretudo quem avalia o trabalho diário, o empenho, o modo como cada jogador justifica ou não a chamada ao onze ou pelo menos ao lote de convocados.

Todos estes jogadores poderiam fazer parte da solução.

Assim, pelo menos alguns deles, são apenas e para já, problema.

Cristante: é decididamente um caso estranho. Vem daquela que é para mim a melhor escola táctica do mundo. O futebol italiano pode não ser propriamente o mais entusiasmante do mundo mas é uma incomparável escola de táctica, de rigor, de pragmatismo e dentro destes parâmetros, de qualidade.

Ora, Cristante parece ter tudo isto; tem escola, tem mercado em Italia e é bastante considerado não só pelos tifosi ( a sua saída chegou a motivar alguns focos de revolta entre a tifoseria rossonera), como também pela exigente imprensa desportiva italiana.

Cristante não foi nunca opção para o anterior treinador e também agora parece carta fora do baralho, pelo menos até ao momento.

Num meio-campo que parece por vezes algo limitado em termos de opções, o continuado “desaparecimento” de Cristante é, pois, algo enigmático.

Carcela: já teve oportunidades e quem viu reconhece que tem futebol, que poderá trazer um acréscimo de imprevisibilidade e magia ao futebol do Benfica, como talvez apenas Gaitán o faça neste momento.

Parece claramente uma questão de adaptação e sobretudo de cabeça.

Não tenho dúvidas de que se Carcela realmente quiser (leia-se fizer por isso e trabalhar) será, mais tarde ou mais cedo, titular do Benfica e poderá brilhar.

Djuricic: aparentemente um lamentável caso de talento desperdiçado.

Quando chegou, deslumbrou na pré-época. Tem toque de bola, tem classe, tem tudo para fazer a diferença numa zona do campo onde falta isso mesmo.

Consta que á chegada exigiu o mítico número 10 e poderia perfeitamente sê-lo numa equipa que às vezes parece estar órfã de quem organize e pense o jogo. E já agora de quem, pela classe, faça a diferença.

Falhou no Benfica, no Mainz, no Southampton e aí está de novo, aparentemente e de novo carta fora do baralho das opções do treinador.

Uma pena e sobretudo um desperdício.

Taarabt: poderá ser um caso definitivamente perdido ou a fénix que renasce das cinzas.

Chegou a fazer magia no Milan e quem consulte a imprensa da época, constata isso mesmo.

Considerado um fora de série, Taarabt é um daqueles casos típicos em que os neurónios parecem andar ao ritmo inverso do talento que tem nos pés.

Um predestinado que insiste em fintar um destino que poderia ser brilhante.

O Benfica talvez seja a sua última oportunidade de ser alguém no mundo do futebol.


Resta saber se Taarabt está interessado.


RC

3 comentários:

  1. Somos pacientes e vamos esperar na certeza de que o treinador, os seus adjuntos e técnicos sabem o que estão a fazer e a tentar colmatar eventuais falhas que existam e a recuperar os jogadores como já fizemos com outros. Nem vale a pena dar exemplos.

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  2. Totalmente de acordo. Com estes quatro a quererem jogar, certamente setiamos mais fortes...

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  3. A época é longa e às vezes as competições "menos importantes" fazem surgir jogadores que pareciam esquecidos. Vamos ver.

    Post pertinente numa altura em que a primeira eliminatória (para nós) da Taça de Portugal está perto.

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