Ponto prévio: estou-me
olimpicamente nas tintas para a selecção, para os resultados da selecção para
os treinadores, patrões e público específico da selecção.
Num país governado por
escroques que já venderam a electricidade a chineses, aeroportos a franceses e que
todos os dias vendem a alma e a dignidade ao diabo, era o que faltava que me
sentisse refém de complexos patrioteiros.
Da selecção espero apenas uma
coisa: que os jogadores do Benfica que por lá passarem regressem rapidamente,
sãos e salvos: manias que me ficaram desde que Humberto Coelho e Bento ficaram
com as carreiras precocemente acabadas devido a lesões ao serviço da selecção.
A contratação de Fernando
Santos reconcilia-me com a selecção: um sentimento profundo entre a gratidão e
o alivio.
Se havia coisa que me
incomodava e perturbava o sono era a possibilidade ainda que remota, de um dia,
o “Engenheiro do Penta” regressar.
Sempre que, nos últimos anos,
se aventou a hipótese da saída de Jesus, lá vinha o nome de Fernando Santos à
baila e os meus calafrios voltavam.
Vieira continua convencido que
o erro maior da sua gestão desportiva foi despedir Fernando Santos.
Para mim foi contratá-lo.
Fernando Santos tem o carisma
de uma garrafa de Sumol, é claramente um perdedor e o futebol das suas equipas
é tão entusiasmante que só os pobres gregos o aturariam durante tanto tempo.
Sempre que o nome de Fernando
Santos vinha à baila eu tremia: passar do futebol de Jesus para o futebol de
Santos seria o mesmo que trocar a Scarlett Johansson pela Duquesa de Alba.
Fascinante, de facto.
Com pompa e circunstância, Fernando
Santos foi apresentado como novo seleccionador nacional.
Eis um verdadeiro final feliz.
RC
Brilhante...concordo com tudo.
ResponderEliminarSó discordo de uma coisa, uma garrafa de Sumol tem mais carisma que o FS, o Sumol é uma bebida portuguesa melhor que qualquer porcaria americana, atenção. De resto, concordo.
ResponderEliminaralguém disse:
ResponderEliminarExcelente !!!
De facto o F.S. como homem do Sistema, não podia falhar esta chamada, obedecendo-lhe cegamente. Certamente se o castigo em vez de ser oito jogos (que vai ser diminuído, os Corruptos não dormem), fosse Irradiação ele ficava à frente da Seleção DELES a mandar por fora, tal é a javardice que por ali reina.
O único treinador que conseguiu não ser campeão com Jardel. Um falhado.
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