Janeiro aproxima-se como monstro aglutinador.
Que interessa a liderança, a eliminatória da Taça de Portugal, a Liga dos Campeões
ou mesmo a simpática Taça da Liga. Temos dois meses pela frente
de puríssima especulação. Saídas e entradas com fartura, assinaturas iminentes,
familiares de visita a Lisboa, reuniões noturnas em hotéis, cordas roídas à última
hora. O futebol agora é isto. O relvado trocado pela alcatifa. Não há uma capa
de jornal sobre a tática, a qualidade do jogo, a beleza da vitória. E os
culpados? Somos nós, claro. E como gostamos disto. Dos craques que nunca
assinarão, mas que nos apaixonam só a imaginá-los a vestir o manto sagrado. Os apaixonados
sempre foram uns tolos crédulos, uns ingénuos sem limites. Todavia, como diz o
povo na minha terra: “Da flor de Janeiro,
ninguém enche o celeiro”. Portanto, no sábado temos colheita. Essa é que interessa.
O resto é outro campeonato. Não saber se o treinador também assim pensa, é o
que me preocupa.
JL
Não sei porque chamam a este período o "Mercado de Janeiro", quando as inscrições estão abertos até ao último dia do mês de Fevereiro.
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