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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


sexta-feira, 1 de maio de 2015

DESESPERO E O MEDO


Se algum miúdo da primária vos perguntar o que quer dizer a palavra “desespero”, escusam de procurar na antiquada diciopédia ou mesmo folhear o grosso e completo dicionário da Porto editora. Basta o exemplo. E que melhor exemplo que a capa dos jornais dos últimos dias? É Capela, Capela, Capela. E não são só os acólitos do Barão do norte, exasperados pela fuga para a frente que resultou numa visão privilegiada sobre o abismo, são também as carpideiras do Lumiar, que bêbados pelo sucesso na Taça Cers, choram tragédias alheias. A única diferença é que o fazem de forma gratuita, alimentados somente pelo ódio e pela inveja.  

Por isto tudo, amanhã é o jogo do título. Sim, do título, mesmo sendo contra o penúltimo. Somos muito europeus durante a semana, jogamos contra alemães e franceses, gente fina e educada, mas ao fim-de-semana, por vezes, isto parece um campeonato africano. Onde mais seria permitida esta pressão sobre uma equipa de arbitragem? Sem o repúdio generalizado da opinião pública e sem qualquer castigo por quem organizada a competição? Só mesmo no país das visitas noturnas de árbitros a casas de dirigentes.

Pinto da Costa está acossado. Está num beco e vai escolher a espada. O FCP está à beira de perder hegemonia. Logo no ano em que investiu cegamente. Contudo, nós temos medo. Como um gato escaldado de anos e anos de golpadas. Porque no país das visitas noturnas de árbitros a casas de dirigentes tudo pode acontecer, a chave do sucesso em Barcelos é a coragem. Temos de vencer o medo para que eles não vençam o desespero.


JL

2 comentários:

  1. NAO PODIA ESTAR MAIS DE ACORDO

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  2. Até o Mota recebeu telefonemas da Austrália e de França e das Antas não recebeu?

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