UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA

Enquanto por terras de Vera Cruz, a FIFA à imagem da UEFA vai falseando resultados e tratando de assegurar que nada falte aos protegidos do costume (a 1ª jornada do grupo do Brasil foi, objectivamente, um escândalo e uma vergonha…), por cá vamos indo com as originalidades do costume.

Enquanto o Visconde das Sanitas constrói um plantel de fazer inveja aos galácticos de Madrid, uma vez que qualquer perneta acabado de chegar é corrido a cláusulas de rescisão de € 45 milhões, o Benfica corre sério riscos de ter de encerrar o futebol profissional, já que a julgar pelas noticias que alegremente circulam, no próximo ano não deverão restar mais do que 6 ou 7 jogadores.

Entre saídas confirmadas, possíveis, prováveis ou apenas aventadas para encher papel e moer o juízo ao benfiquismo, já contei gente que daria para encher dois Vermelhões.

Entre referências, consagrados, esperanças e projectos de jogador, há lugar para todos no gigantesco carrossel mágico montado neste defeso.

Este desastrado Benfica não acerta uma: sem piedade, o "Record" escrevia um deste dias " Benfica perde mais um", a propósito da permanência de Gerhardt no Colónia.

Hoje,“A Bola” fala mesmo no alarme relativamente ao meio-campo do Benfica, que perante o êxodo generalizado, lesões, Mundial e outras maleitas, corre o risco de se tornar uma espécie de terra de ninguém.

Os dados estão, portanto, lançados: o Sportém subitamente endinheirado trabalha, prepara, contrata; o Porto em silêncio e recato, reestrutura e prepara com rigor a próxima época; o miserável Benfica vencedor do triplete e depois de uma época brilhante faz a triste figura de um pobre diabo, obrigado a desfazer-se apressadamente de todas as suas jóias, arriscando-se a ficar sem equipa, nem orgulho, nem sequer esperança para a próxima época.

É  mesmo nisto que querem que acreditemos, não é?

RC