A imortalidade é a arte de se
morrer no tempo certo. E já agora, no sitio certo. Daqui a uns anos, décadas,
Jorge Jesus (ou Jorge Judas) não vai ser recordado pelo Bicampeonato, pelas
duas finais europeias que perdeu, nem pelo bom futebol que a equipa mostrava na
maior parte das vezes. Vai ser recordado pela sua saída e pouco mais. Vai ser sempre e apenas o
treinador que atravessou a segunda circular. Nada mais. Eventualmente, se houver tempo, alguém poderá referir
em complemento os 5-0 no Dragão, o golo de kelvin que resultou na sua ridícula
capitulação física, das suas manias e insistências, do Rodrick, do Emersson, do
Peixoto.
O que pode acontecer quando um
homem recusa a imortalidade? Perguntem a Luis Figo e a Paulo Sousa. Um foi
agora rejeitado num jogo de estrelas em Barcelona, o outro, que parece ser um
treinador competente, tem a principal porta fechada no seu país. A memória dos
adeptos é mais sólida do que se pensa.
JL
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