Neste livro, temos tanto de
passado como de futuro. Que melhor dicotomia podia ser a representação do Sport
Lisboa e Benfica? A viagem inicia-se em 2104, no longínquo planeta Ceblon, até onde
se estende o benfiquismo. Regressa a setenta e dois, à aldeia alentejana de
Safara, cenário para o início da mais bela viagem de Manel Pássaro, que se vai
cruzar, mais à frente, com a malta os Olivais. Continuamos a jornada inversa no
tempo e chegamos a 1907 e ao dia da gloriosa vitória do Sport Lisboa sobre
ingleses do Carcavellos do cabo submarino. Retomamos novamente o futuro para
conhecermos os bravos da companhia 1904. Mesmo quando quase tudo se perde, fica
o SLB. Emocionados, ficamos a saber da existência um certo Magnunsson e da
peculiar personagem do Chico Coxo, vidas difíceis amenizadas pela existência do
Clube. Não se viaja só no tempo, a mística chega ao Japão, onde se descobre uma
curiosa relíquia. Contudo, é a história da “Idalino” que mais nos faz rir, com
um certo Matias a espreitar nas Amoreiras a nadadora Idalina “no tanque de
natação, escondido atrás de umas tábuas de madeira”. Delicioso. E podia
continuar. “O benfiquismo é um sentimento eterno proveniente do ideal de 1904.
Um vírus de ideias” Assim abre o livro. É mesmo um vírus. À venda na nossa
loja. Vale bem a pena.
JL
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