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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


terça-feira, 26 de julho de 2016

FUTSAL – RESUMO 2015/2016 E EXPECTATIVAS PARA 2016/2017


No futsal e depois de uma época espetacular 2015/2016 ficou aquém das expectativas.

Como tinha referido a época passada, o Sport Lisboa e Benfica mudou o paradigma do futsal nacional ao reforçar-se no mercado europeu. Era sabido que os outros nos tinham copiado e que esta época seria mais equilibrada. Penso que não estivemos ao nível do que era exigido não só a nível de mercado no princípio da época, como também a nível mental durante a época com a exceção dos playoffs finais.

Não eramos imbatíveis (ficou provado) e a equipa embora já não andasse a praticar um futsal com a qualidade que nos tinha habituado, também a nossa capacidade mental diminuiu muito após a primeira derrota do treinador Joel Rocha (em casa frente à AD Fundão, com uma arbitragem algo escandalosa).

Penso que devido ao planeamento da época ter sido feito a pensar na UEFA futsal cup, os nossos níveis físicos não foram os melhores e ao aparecerem alguns maus resultados (depois de más exibições) a equipa passou a revelar uma maior intranquilidade o que provocou um efeito tipo “pescadinha de rabo na boca”… Juntando a isso o nosso adversário ter estado bem e sem dar hipótese aos adversários que ia encontrando também terá afetado a nossa equipa, que nisto dos campeonatos a dois as vantagens mentais são importantes e relevantes.

Destaques pela negativa em 2015/2016

- A nossa condição física durante a época não foi a melhor. Durante toda a época foi notória a falta de capacidade para ultrapassar as equipas que jogavam em bloco baixo e que se revelavam bem fisicamente.

- Falta de capacidade criativa em vários jogos. Chaguinha não faz uma época ao nível da anterior e quando não esteve bem foi evidente a perda de criatividade coletiva, pois sempre pareceu que mais ninguém conseguia desequilibrar.

- O abaixamento de forma de jogadores decisivos e a não confirmação da qualidade prevista nos reforços efetuados. Já falei sobre Chaguinha, mas também Patias não esteve tão decisivo como na época anterior. Isto para falar nos jogadores realmente decisivos. Em relação aos reforços, apenas Fábio Cecílio provou que foi uma boa aquisição. Mário Freitas nunca conseguiu impor o seu futsal e em relação ao internacional argentino Fernando Wilhelm sempre me pareceu que a equipa não jogou o estilo de futsal a que ele está habituado.

- A vergonha que se passou no castigo a Bruno Coelho. Mais uma vez se prova que o domínio do futsal nacional se conquista fora de campo. Não é possível que um conselho de disciplina tome a decisão de suspender um jogador a duas horas duma final, quando podia suspender o jogador para um jogo posterior nessa final. Ainda por cima num jogo pivot, num desporto em que todos os pormenores contam. Obviamente isso afetou todo o grupo. Não podemos deixar que aquele diretor que agride jogadores e árbitros, escolhe árbitros de escalões de formação e tem poder de acabar com carreiras de árbitros continue a fazer o que quer no futsal.

 Destaques pela positiva em 2015/2016

- Praticamente o único destaque que posso fazer pela positiva é a disponibilidade que os jogadores mostraram. Não tenho nada a apontar aos jogadores em relação a isso e apesar de querer obviamente vencer sempre, como associado deste Clube nunca deixo de estar orgulhoso dos atletas que dão tudo o que têm. Em relação às decisões na UEFA futsal cup acabámos por não perder nenhum jogo e nas finais do campeonato perdemos os dois últimos por um golo com arbitragens um pouco esverdeadas (embora não decisivas o suficiente para que isso possa ser uma queixa relevante)

Previsão da época 2016/2017

Guarda-Redes: Cristian, Bebé e Cristiano

Em termos de GR a nova época não começa teoricamente bem. Sai para o Barcelona Juanjo, na minha opinião o melhor GR de sempre a atuar no futsal português e chega o GR suplente do mesmo Barcelona, Cristian. Portanto podemos concluir do ponto de vista teórico que ficamos mais fracos. Esperemos que a prática contrarie a teoria pois é para mim a posição mais importante do jogo. Em relação a Bebé e Cristiano não tenho nada a apontar. Espera-se cada vez mais Cristiano e menos Bebé durante as próximas épocas.

Fixos:

Gonçalo Alves, Fábio Cecílio, Jefferson e Fernando Wilhelm

Não há mexidas nos jogadores de campo com características mais defensivas. Será certamente o último ano do Gonçalo pois quer sair campeão. Esperemos que o consiga.

Em relação a Cecílio acho que foi o melhor reforço da época passada. Muito jovem e com muito talento e eficácia ao nível do remate.

De Jefferson esta época viu-se muito menos do que na época anterior. Foi uma das pedras essenciais da época anterior que não conseguiram manter o nível. Esperemos que esta época consiga provar que o nível correcto foi do primeiro ano.

Em relação a Fernando muitas dúvidas. Um jogador capitão da seleção argentina que jogava em Itália tinha na minha opinião que mostrar muito mais. Esperemos que com mais um ano de futsal nacional a sua adaptações esteja concluída.

Alas:

Chaguinha, Franklin, Miguel Ângelo, Ré, Bruno Coelho, Rafael Henmi, Mário Freitas e Tiaguinho

Para as alas chegam dois reforços, um nacional vindo dos nossos maiores rivais, Miguel Ângelo, e outro vindo da Rússia e com passagem pelo futsal espanhol, o brasileiro Franklin. Parece-me óbvio que ficamos mais fortes. Reforçamos a equipa num parâmetro que muito faltou durante a época passada, o da criatividade/criação de desequilíbrios.

Não conheço muito Franklin mas espero grande qualidade de um jogador com o currículo dele. Confesso que a contratação de Miguel Ângelo é das que mais me agradam nos últimos anos. Jovem e com muita qualidade, acredito que nos vá trazer muitas alegrias.

Em relação aos restantes jogadores todos tiveram menos bem a época transata do que na anterior, e em relação ao Mário Freitas tenho as mesmas palavras que para o Fernando: Esperava mais, espero que este ano consiga estar mais adaptado e mostrar mais.

Pivots:

Alessandro Patias e Elisandro

Em relação à posição de pivot Patias permanece, ele que também faz uma época abaixo da anterior, e chega Elisandro para o lugar de Alan Brandi. Parece-me que também aqui ficamos mais fortes e com mais presença física. Elisandro é conhecido por “imperador”, se tiver ao nível do último (César Paulo) ficará na história do nosso futsal.

Resumindo em relação à próxima época:

Numa época em que nada se venceu parece-me que fizemos bem em não mexer muito e retocar apenas alguns pontos. O campeonato continuará a ser a dois e os nossos adversários continuam a reforçar-se muito e bem, espero que tenhamos acompanhado o nível.

Gostava de não ter perdido o Juanjo e será muito importante que os reforços consigam estar ao nível esperado/exigido. Tenho muita confiança nesta equipa e espero que voltemos a ser campeões, mas há muito para fazer “fora de campo” para mudar o futsal português.

Eddie

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