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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

DESCULPEM A INTERRUPÇÃO: O BENFICA JOGA DENTRO DE MOMENTOS...


Ao entrar numa edição on-line de um jornal desportivo, apercebi-me que amanhã joga o Benfica.
A julgar pelo que aí vai, creio ser mais uma invenção da infernal máquina de propaganda de Vieira, mas vou tentar contactar com a candidatura de Rangel para tentar tirar a coisa a limpo.

Em plena fase pré-eleitoral, cada benfiquista reinventou-se, descobrindo novas facetas até agora ocultas ou adormecidas.
Qualquer um de nós é agora um perito em finanças: discutem-se défices como quem fala despreocupadamente da conta que se deve à mercearia do bairro; passivo bancário e não bancário são agora conceitos comuns a qualquer habitante do piso 3 da bancada Meo; fundos de jogadores, patrocínios, namings ou direitos televisivos geram ainda menos unanimidade do que as capacidades goleadoras do Tacuara.
Descobrimos até vocações arqueológicas até agora desconhecidas: há quem garanta que há escavações na Luz tentando descobrir vestígios do ano exacto da filiação benfiquista de Vieira ou se Rangel é sócio há mais tempo do que Luisão.

Perante tudo isto, é, de facto pouco crível e ainda menos importante que haja um pequeno pormenor que ameace distrair-nos da intriga politico-desportiva que gira à volta do folclore eleitoral do Benfica.
Nada de muito importante, de resto: apenas um joguito para a Liga dos Campeões, com uns tipos da Rússia, de nome Spartak de Moscovo.
Uma chatice, de facto.
Logo agora que todos nós estávamos embrenhados em comentários políticos de enorme alcance, tinha de vir a equipa do Vieira estragar tudo com um jogo  que, de facto, a ninguém interessa.

Por mim, tenho ainda a esperança que às 17 horas, Rangel convoque uma conferência de imprensa para revelar ao mundo o 5º segredo de Fátima:   a estátua do Eusébio que está em frente à porta 18 é, afinal, de plasticina, porque a verdadeira está na sala de estar de Vieira.
Ou então que a essa mesma hora, Vieira me salve de um trauma de rejeição, batendo-me à porta e pedindo-me encarecidamente para fazer parte da comissão de honra (que, já agora, ameaça ter mais gente do que o último Benfica-Beira Mar…).

Se assim, não for, tudo bem na mesma, mas tenho de me resignar à minha inutilidade e contentar-me com mais um jogo do Benfica para a Champions League: um aborrecimento, uma inutilidade.


Agora a sério: tragam de lá a vitória e Viva o Benfica!


 RC

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